Gilberto Dimenstein (*)
A sociedade fica horrorizada diante das cenas de selvageria patrocinadas pela greve dos funcionários da USP --cenas que ganharam um símbolo devastador com a proibição pelos grevistas de uma criança de quatro anos usar o banheiro da creche, bloqueada pelos piqueteiros. Ameaça-se agora a invasão do centro de computação da universidade.
A principal lição disso tudo vai muito além da USP. O que está em discussão é a crescente força dos servidores públicos, com seus sindicatos, colocando interesses corporativos acima dos interesses do coletivo.
Basta lembrar que neste ano o sindicato dos professores reivindicou aumento do absenteísmo, fim da promoção por mérito e das provas de conhecimento dos professores temporários.
Todos os dias, vemos como, em diferentes partes, são propostos novos benefícios a funcionários públicos, a começar de aposentadorias, inchando a folha de pagamentos --sem vermos retorno em eficiência.
Neste período eleitoral, se forem atender as reivindicações que estão no Congresso, vamos ter de trabalhar apenas para bancar os salários públicos. Aliás, já trabalhamos mais de quatro meses só para pagar impostos.
Como a economia vai razoavelmente bem, a população está anestesiada e desinformada, sem saber que quanto mais o recurso público for usado para bons investimentos --educação, por exemplo-- maior será o crescimento e a riqueza coletiva.
(*) Membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Em País sério ....
Dois ex-presidentes do Paris Saint-Germain são condenados à prisão
Os ex-presidentes do Paris Saint-Germain Laurent Perpere e Francis Graille foram condenados nesta quarta-feira à prisão, com direito a sursis (suspensão condicional da pena), por sonegação de impostos. Eles também terão que pagar a multa.
Os dois dirigentes, assim como a marca esportiva Nike e dez agentes dos jogadores, foram declarados culpados de participação em um sistema de gratificações dadas aos atletas. Eles teriam feito os jogadores assinarem falsos contratos com a Nike, livres de impostos e contribuições patronais.
Os fatos foram registrados durante os mandatos dos dois presidentes, entre 1998 e 2005.
Perpere foi condenado a 12 meses de prisão com sursis e ao pagamento de multa de 40 mil euros enquanto Graille recebeu 8 meses, nas mesmas condições, e multa de 20 mil euros.
Já a Nike France recebeu multa de 150 mil euros. Os agentes dos jogadores, entre eles Ranko Stojic, Milan Calasan, Roger Henrotay, Josep Maria Minguella e Roberto Rodriguez, foram condenados a seis meses condicionais e 15 mil euros de multa.
Nota do Blog -Deveria ser óbvio. Sonegação de impostos é crime e vai para cadeia. Deveria mas, não é assim. Isso apenas ocorre em país sério. Por aqui. Ora, bolas somos o país do futebol. Se os clubes estão endividados pelo não recolhimento de impostos o que devemos fazer? Pô-los na cadeia? Não, é claro. Nosso distinto presidente que é também amante do futebol nos concede "a timemania”, ou seja, mais um jogo para que o povo idiota jogue e pague as contas concebidas por dirigentes picaretas e tão bandidos quanto os franceses.
A questão está na interpretação da lei e principalmente na seriedade do País envolvido. Apenas isso.
Os ex-presidentes do Paris Saint-Germain Laurent Perpere e Francis Graille foram condenados nesta quarta-feira à prisão, com direito a sursis (suspensão condicional da pena), por sonegação de impostos. Eles também terão que pagar a multa.
Os dois dirigentes, assim como a marca esportiva Nike e dez agentes dos jogadores, foram declarados culpados de participação em um sistema de gratificações dadas aos atletas. Eles teriam feito os jogadores assinarem falsos contratos com a Nike, livres de impostos e contribuições patronais.
Os fatos foram registrados durante os mandatos dos dois presidentes, entre 1998 e 2005.
Perpere foi condenado a 12 meses de prisão com sursis e ao pagamento de multa de 40 mil euros enquanto Graille recebeu 8 meses, nas mesmas condições, e multa de 20 mil euros.
Já a Nike France recebeu multa de 150 mil euros. Os agentes dos jogadores, entre eles Ranko Stojic, Milan Calasan, Roger Henrotay, Josep Maria Minguella e Roberto Rodriguez, foram condenados a seis meses condicionais e 15 mil euros de multa.
Nota do Blog -Deveria ser óbvio. Sonegação de impostos é crime e vai para cadeia. Deveria mas, não é assim. Isso apenas ocorre em país sério. Por aqui. Ora, bolas somos o país do futebol. Se os clubes estão endividados pelo não recolhimento de impostos o que devemos fazer? Pô-los na cadeia? Não, é claro. Nosso distinto presidente que é também amante do futebol nos concede "a timemania”, ou seja, mais um jogo para que o povo idiota jogue e pague as contas concebidas por dirigentes picaretas e tão bandidos quanto os franceses.
A questão está na interpretação da lei e principalmente na seriedade do País envolvido. Apenas isso.
Por um voto, vale tudo (2)
Blog da Folha de São Paulo
Depois de muitas idas e vindas, Pirituba deve ser mesmo palco dos jogos da Copa do Mundo de 2014 que serão disputados em São Paulo. Nesta quarta-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou que o prefeito paulista Gilberto Kassab nomeou seu secretário de Planejamento Urbano, Miguel Bucalem, para trabalhar no apoio à construção de uma nova arena.
De acordo com a publicação, Bucalem irá à África do Sul neste início de julho para se encontrar com dirigentes da Fifa - a entidade não abre mão de ver a abertura do Mundial na capital paulista.
Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a intenção da prefeitura de São Paulo é realizar uma Parceria Público Privada (PPP) para viabilizar a construção de uma nova arena em Pirituba.
Nota do Blog: Um lodo de nojeira. Além da questão de usarem essa questão de Copa para construírem um novo estádio já tendo tantos na cidade e dessa forma usarem politicamente o Corinthians e conseqüentemente sua enorme torcida, ainda existe essa embriaguês de poder onde o atual prefeito na ânsia de postular degraus mais altos na sua carreira política, não mede esforços em enviar um assessor até a FIFA e cortar caminho para esse aval de construção. Gozado Kassab que você não faz esse esforço para construir mais creches, por exemplo, na cidade. Ontem, coincidentemente, uma creche da Prefeitura foi fechada deixando 80 crianças sem terem onde ficar enquanto seus pais trabalham. Porque você não se esforça desse tanto para ter mais creches na cidade ao invés de ficar pensando em estádio de futebol?
Coisas que apenas a essa política nojenta consegue ter.
Depois de muitas idas e vindas, Pirituba deve ser mesmo palco dos jogos da Copa do Mundo de 2014 que serão disputados em São Paulo. Nesta quarta-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou que o prefeito paulista Gilberto Kassab nomeou seu secretário de Planejamento Urbano, Miguel Bucalem, para trabalhar no apoio à construção de uma nova arena.
De acordo com a publicação, Bucalem irá à África do Sul neste início de julho para se encontrar com dirigentes da Fifa - a entidade não abre mão de ver a abertura do Mundial na capital paulista.
Ainda segundo a Folha de S. Paulo, a intenção da prefeitura de São Paulo é realizar uma Parceria Público Privada (PPP) para viabilizar a construção de uma nova arena em Pirituba.
Nota do Blog: Um lodo de nojeira. Além da questão de usarem essa questão de Copa para construírem um novo estádio já tendo tantos na cidade e dessa forma usarem politicamente o Corinthians e conseqüentemente sua enorme torcida, ainda existe essa embriaguês de poder onde o atual prefeito na ânsia de postular degraus mais altos na sua carreira política, não mede esforços em enviar um assessor até a FIFA e cortar caminho para esse aval de construção. Gozado Kassab que você não faz esse esforço para construir mais creches, por exemplo, na cidade. Ontem, coincidentemente, uma creche da Prefeitura foi fechada deixando 80 crianças sem terem onde ficar enquanto seus pais trabalham. Porque você não se esforça desse tanto para ter mais creches na cidade ao invés de ficar pensando em estádio de futebol?
Coisas que apenas a essa política nojenta consegue ter.
Defesa do Consumidor
Certamente se eu fosse um dos milhares de turistas que foram ao estádio assistir Paraguai e Japão, entraria com uma ação na Delegacia de Defesa do Consumidor (se lá existe), ou um processo de ressarcimento contra FIFA, enfim faria um banzé para ter meu dinheiro restituído.
Uma vergonha de jogo de futebol e ainda mais numa Copa do Mundo.
Como é possível um jogo de 120 minutos além de não ter gols, não ter um chute a gol o que impossibilita qualquer chance que haja gols que é a essência maior do esporte.
Com certeza as duas seleções deveriam ser punidas por falta de desempenho esportivo.
De qualquer modo a culpa é da FIFA que por essa chamada globalização vai enfiando seleções que conseguem chegar numa oitava de final com um futebol pior que solteiro x casado ou um jogo de fábrica.
Uma vergonha de jogo de futebol e ainda mais numa Copa do Mundo.
Como é possível um jogo de 120 minutos além de não ter gols, não ter um chute a gol o que impossibilita qualquer chance que haja gols que é a essência maior do esporte.
Com certeza as duas seleções deveriam ser punidas por falta de desempenho esportivo.
De qualquer modo a culpa é da FIFA que por essa chamada globalização vai enfiando seleções que conseguem chegar numa oitava de final com um futebol pior que solteiro x casado ou um jogo de fábrica.
É ou não é uma zona
PSDB desiste de Alvaro Dias na vice-presidência de Serra
Folha de São Paulo
Em reunião na casa do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os tucanos resolveram desistir de colocar o senador tucano Alvaro Dias (PR) como vice do candidato do PSDB à presidência, José Serra. Na madrugada desta quarta-feira, tucanos e democratas foram avisados por telefone pelo senador Osmar Dias (PDT) de que ele concorreria ao governo do Paraná, o que, segundo uma liderança peessedebista, inviabilizou a defesa do nome de Alvaro para ocupar o posto.
O presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foram de Brasília a São Paulo para definir com Serra quem será o vice. A solução deve ser apresentada até esta quarta (30), data da convenção do Democratas, que deve ser estendida até que encontrem uma solução consensual entre os aliados.
O DEM voltou a defender o nome da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires para ocupar o posto. Entre os tucanos, fala-se novamente na senadora Marisa Serrano e no deputado Gustavo Fruet.
Com Alvaro Dias como vice, o PSDB alcançaria seu objetivo de formar uma chapa puro-sangue. Enquanto o PSDB se reunia na casa de Guerra, líderes do DEM se reuniam na casa do senador Heráclito Fortes. Segundo tucanos, a tendência do DEM era de aceitar o nome de Alvaro Dias. No entanto, desistiram após a ligação de Osmar, explicando que o presidente de sua sigla e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o convenceu a disputar o palácio paranaense.
Após reunião da cúpula do DEM na casa do senador Heráclito Fortes, o presidente da sigla disse: "Queremos mostrar aos nossos aliados que foi cometido um erro e que esse erro precisa ser resolvido para que o partido entre com força total na campanha. Um partido que tem 56 deputados, 14 senadores e 4 candidatos ao governo com muitas chances de vitória precisa estar motivado".
Nota do Blog : Como já dissemos outro dia, não estão escolhendo a vaga para sub-sindico de um prédio, e sim de vice-presidente da república.
E simplesmente é uma zona. Demonstrando de forma patética que são pessoas muito mais voltadas por interesses de poder, de impôr suas vontades do que interesse num bem comum e se a pessoa tem ou não condições de assumir esse cargo. Uma vergonha que enoja. Que nem diz um amigo meu:- Não sei prá que tanta confusão para o cargo de vice. Vice é que nem saco, participa mas não entra ".!!!
Folha de São Paulo
Em reunião na casa do presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os tucanos resolveram desistir de colocar o senador tucano Alvaro Dias (PR) como vice do candidato do PSDB à presidência, José Serra. Na madrugada desta quarta-feira, tucanos e democratas foram avisados por telefone pelo senador Osmar Dias (PDT) de que ele concorreria ao governo do Paraná, o que, segundo uma liderança peessedebista, inviabilizou a defesa do nome de Alvaro para ocupar o posto.
O presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia, e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foram de Brasília a São Paulo para definir com Serra quem será o vice. A solução deve ser apresentada até esta quarta (30), data da convenção do Democratas, que deve ser estendida até que encontrem uma solução consensual entre os aliados.
O DEM voltou a defender o nome da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires para ocupar o posto. Entre os tucanos, fala-se novamente na senadora Marisa Serrano e no deputado Gustavo Fruet.
Com Alvaro Dias como vice, o PSDB alcançaria seu objetivo de formar uma chapa puro-sangue. Enquanto o PSDB se reunia na casa de Guerra, líderes do DEM se reuniam na casa do senador Heráclito Fortes. Segundo tucanos, a tendência do DEM era de aceitar o nome de Alvaro Dias. No entanto, desistiram após a ligação de Osmar, explicando que o presidente de sua sigla e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o convenceu a disputar o palácio paranaense.
Após reunião da cúpula do DEM na casa do senador Heráclito Fortes, o presidente da sigla disse: "Queremos mostrar aos nossos aliados que foi cometido um erro e que esse erro precisa ser resolvido para que o partido entre com força total na campanha. Um partido que tem 56 deputados, 14 senadores e 4 candidatos ao governo com muitas chances de vitória precisa estar motivado".
Nota do Blog : Como já dissemos outro dia, não estão escolhendo a vaga para sub-sindico de um prédio, e sim de vice-presidente da república.
E simplesmente é uma zona. Demonstrando de forma patética que são pessoas muito mais voltadas por interesses de poder, de impôr suas vontades do que interesse num bem comum e se a pessoa tem ou não condições de assumir esse cargo. Uma vergonha que enoja. Que nem diz um amigo meu:- Não sei prá que tanta confusão para o cargo de vice. Vice é que nem saco, participa mas não entra ".!!!
terça-feira, 29 de junho de 2010
Será?
Deu no blog de Juca Kfouri
O discipulo copia o mestre
Por Antonio Coelho
Carlos Caetano Verri, o Dunga, copiou outro Carlos, Carlos Alberto Parreira.
Em 1994, no primeiro jogo, o Brasil faz dois gols e vence um país por décadas comunista.
Em 1994, no segundo jogo, o Brasil faz três gols e vence um país africano.
Em 2010, no segundo jogo, o Brasil faz três gols e vence um país africano.
Em 1994, no terceiro jogo, já classificado, o Brasil empata com uma seleção europeia, que também se classifica.
Em 2010, no terceiro jogo, já classificado, o Brasil empata com uma seleção europeia, que também se classifica.
Em 1994, nas oitavas de final, o Brasil vence uma seleção da América sem tradição.
Em 2010, nas oitavas de final, o Brasil vence uma seleção da América sem tradição.
Em 1994, nas quartas de final, o Brasil vence a Holanda.
Em 2010, nas quartas de final, o Brasil vence a Holanda.
Em 1994, o Brasil enfrenta uma seleção que surpreendeu ao chegar às semifinais.
Em 2010, o Brasil enfrenta uma seleção que surpreendeu ao chegar às semifinais.
Em 1994, na final, o Brasil enfrenta uma seleção com tradição, que já tinha sido campeã mundial.
Em 2010, na final, o Brasil enfrenta uma seleção com tradição, que já tinha sido campeã mundial.
Em 1994, o capitão da seleção brasileira ergue a taça e a xinga.
Em 2010, o capitão da seleção brasileira beija a taça e a ergue.
O discipulo copia o mestre
Por Antonio Coelho
Carlos Caetano Verri, o Dunga, copiou outro Carlos, Carlos Alberto Parreira.
Em 1994, no primeiro jogo, o Brasil faz dois gols e vence um país por décadas comunista.
Em 1994, no segundo jogo, o Brasil faz três gols e vence um país africano.
Em 2010, no segundo jogo, o Brasil faz três gols e vence um país africano.
Em 1994, no terceiro jogo, já classificado, o Brasil empata com uma seleção europeia, que também se classifica.
Em 2010, no terceiro jogo, já classificado, o Brasil empata com uma seleção europeia, que também se classifica.
Em 1994, nas oitavas de final, o Brasil vence uma seleção da América sem tradição.
Em 2010, nas oitavas de final, o Brasil vence uma seleção da América sem tradição.
Em 1994, nas quartas de final, o Brasil vence a Holanda.
Em 2010, nas quartas de final, o Brasil vence a Holanda.
Em 1994, o Brasil enfrenta uma seleção que surpreendeu ao chegar às semifinais.
Em 2010, o Brasil enfrenta uma seleção que surpreendeu ao chegar às semifinais.
Em 1994, na final, o Brasil enfrenta uma seleção com tradição, que já tinha sido campeã mundial.
Em 2010, na final, o Brasil enfrenta uma seleção com tradição, que já tinha sido campeã mundial.
Em 1994, o capitão da seleção brasileira ergue a taça e a xinga.
Em 2010, o capitão da seleção brasileira beija a taça e a ergue.
Luz no final do túnel
À medida que a BR 163 começa finalmente a ter uma luz no final do túnel para que possa ser asfaltada dentro do estado do Pará, notícias de instalações de novas empresas começam a pipocar.
Por si só já visualiza que podemos começar a ter um novo ciclo na geração de receitas e empregos.
Para os eco-chatos de plantão tais noticias devem fervilhar suas cabeças porque a principal delas dá conta que uma empresa que deverá vir é uma nova empresa de grãos e instalando um novo porto. E isso com certeza irão gerar uma cadeia de outras, sejam ou não agrícolas.
Haja salas de reuniões para fazerem simpósios e reuniões contrárias.
Pior que Santarém não está preparada para essa "invasão" e que tenham certeza irá ocorrer. Poderá haver "atropelamentos" inclusive cultural o que não deixa de ser um grande problema.
Que fique o alerta e que a cidade comece a se preparar porque será inevitável tendo a BR 163 asfaltada.
Concurso
O Tribunal de Contas da Bahia seleciona bacharéis em direito com três anos de experiência para preencher quatro vagas de procurador do Ministério Público Especial.
A remuneração inicial é de R$ 16.811,06, e a taxa, de R$ 230.
As inscrições podem ser feitas até 18/7 em www.cespe.unb.br/concursos/tceba2010.
A remuneração inicial é de R$ 16.811,06, e a taxa, de R$ 230.
As inscrições podem ser feitas até 18/7 em www.cespe.unb.br/concursos/tceba2010.
Copa fácil de ser ganha
O Brasil jogou e ganhou ontem do Chile.
Para terem idéia da confiança do time adversário em continuar na Copa, as passagens de volta para casa estavam reservadas para depois do jogo.
A diferença de qualidade técnica é simplesmente enorme de um time para outro, tal qual um time de profissionais contra um de amadores.
O time do Chile é tão fraco quantos outros que passearam pela Copa graças à globalização feita pela FIFA para encaixar o maior número de países e nesses aparecem as Coréias do Norte, do Sul, Chile, Suíça, Austrália.
Um nível baixíssimo dessa Copa e que o Brasil mesmo com um time medíocre montado pelo arrogante técnico Dunga tem tudo para se tornar campeão.
Ontem bastou ter um pouco de velocidade e jogar ofensivamente para mostrar o quanto seria muito mais fácil se tivéssemos jogadores convocados com essas características: Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Hernanes, Alex (Fenerbach e ex-Palmeiras/Cruzeiro) que junto com Kaká (mesmo sem estar 100% em forma) Robinho e um Luiz Fabiano trariam a Copa sem susto e com muito mais alegria mostrando o real espírito do esporte que é marcar gols e jogando para frente.
Para terem idéia da confiança do time adversário em continuar na Copa, as passagens de volta para casa estavam reservadas para depois do jogo.
A diferença de qualidade técnica é simplesmente enorme de um time para outro, tal qual um time de profissionais contra um de amadores.
O time do Chile é tão fraco quantos outros que passearam pela Copa graças à globalização feita pela FIFA para encaixar o maior número de países e nesses aparecem as Coréias do Norte, do Sul, Chile, Suíça, Austrália.
Um nível baixíssimo dessa Copa e que o Brasil mesmo com um time medíocre montado pelo arrogante técnico Dunga tem tudo para se tornar campeão.
Ontem bastou ter um pouco de velocidade e jogar ofensivamente para mostrar o quanto seria muito mais fácil se tivéssemos jogadores convocados com essas características: Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Hernanes, Alex (Fenerbach e ex-Palmeiras/Cruzeiro) que junto com Kaká (mesmo sem estar 100% em forma) Robinho e um Luiz Fabiano trariam a Copa sem susto e com muito mais alegria mostrando o real espírito do esporte que é marcar gols e jogando para frente.
Lingüísticas
Cláudio Weber Abramo (*)
Outro dia, encontrando-nos presos no trânsito de uma rua dos Jardins, em São Paulo, a pessoa que me acompanhava teve a atenção despertada pelos dizeres de uma vitrina: "SALE". Por um momento, imaginamos tratar-se o proprietário de um xenófobo, que estaria desse modo exprimindo falta de disponibilidade de atender clientes de língua espanhola: "fora daqui, cucaracho". Ou, quiçá, era uma mercearia freqüentada por italianos, que anunciava dispor de sal em abundância. Descartamos como improvável a hipótese francesa, pois dificilmente um lojista apregoaria estar seu estabelecimento encardido. Logo, porém, de-mo-nos conta de que a explicação era outra, pois outra era a língua - tratava-se de uma liquidação, apregoada em inglês.
Motivados por tal revelação, começamos a prestar mais atenção nas placas dispostas ao longo da rua: uma lista interminável de denominações estrangeiradas, umas com palavras existentes, outras grafadas erroneamente, outras ainda fruto de imaginações frenéticas. Seria decerto temerário deduzir que todos aqueles estabelecimentos comerciais tivessem adotado o idioma inglês como trade lingo por conta da necessidade de se fazer inteligíveis às classes alta e média alta, suas freqüentadoras. Afinal, a burguesia brasileira certamente não se caracteriza pela amplitude das experiências culturais. Embora maneje com excepcional maestria os mecanismos do overnight, do open market, do gold trade, do dollar black market e de outros gêneros de ociosidade financeira, sua familiaridade com a língua - qualquer língua - não é o que se poderia chamar de íntima.
Na verdade, tal público é atraído pela mera simbologia do idioma estrangeiro, que por ser estrangeiro é considerado chique, "moderno", acima da massa. É por isso que o pessoal pede "salmon", com biquinho, em vez de salmão. Os nomes das lojas, os dizeres, as designações de comidas nos cardápios (outro dia lia-se "ngoch" numa cantina; eram inhoques) são, creio, o que os comunicólogos chamam de signos sem significado. Que nomes de lojas não precisem significar coisa alguma ainda vá lá; mas é grave que enunciados pretensamente informativos padeçam do mesmo defeito.
Embora não sejam responsáveis pelo fenômeno, os publicitários brasileiros, príncipes do equívoco, contribuem valentemente para sua disseminação, acumpliciados com as empresas que usam seus serviços. Vira e mexe, os comerciais começam a falar estrangeiro. Ora, a população que assiste TV mal entende português, que dizer dessa algaravia.
Naturalmente, a proficiência dos publicitários no uso do inglês só é pior do que sua falta de desenvoltura com o português. Os erros são freqüentes e, às vezes, hilariantes. Assim, por exemplo, num anúncio de calças tipo rancheiro (ou jeans), uma moça traduz, para um norte-americano de quem se subtraiu essa peça de vestuário, perguntas formuladas por um delegado de polícia. Os guardas que circulam pela delegacia (ou seria mais adequado dizer precinct?) vestem uniformes como os dos tiras do seriado "Os Intocáveis".
Em meio ao diálogo, o policial pergunta: "Sua altura?". Ao que a moça solicitamente repete: "Your Highness?". Assim transformada em Alteza, a vítima do roubo recebe de presente do delegado um novo par de calças, em mais uma demonstração explícita de que esse pessoal todo está aí mesmo é para servir ao patrão. No fim, adentra a cena o grupo de meliantes que arrancara as calças do turista. Vestidos como porto-riquenhos do East Harlem ou chicanos de Los Angeles, são levados ao encontro da lei.
Em outro canal, prossegue uma novela que pretensamente retrata "o Brasil que o Brasil não conhece". A trama passa-se numa companhia de rodeios, essa manifestação cultural tão genuinamente tupiniquim. Todo mundo se veste como personagens de filmes classe "B" de caubói (cow-boy, ou seja, atendente-de-vaca). Também ouviam muita música country, que a pretensiosa ignorância nacional pronuncia "cáuntri", em geral com a boca cheia, orgulhosa do cosmopolitismo, igual ao que sucede nas épocas eleitorais, quando os broches dos candidatos são designados, vocalmente e por escrito, como "bottons", misto de button e bottom, quer dizer, "fundo", ou "bunda". Pensando bem, não fosse a falta de imaginação da turma, isso poderia até ser proposital, pois certos candidatos até mereceriam ter sua bunda presa às lapelas dos cabos eleitorais.
De volta à novela, às vezes entrava em cena um narrador onisciente, locutor de rádio instalado numa estação dotada de grande vidraça que dá para a rua, expediente diretamente extraído do chatíssimo filme Do The Right Thing, de um film-maker negro e racista. Neste, por sua vez, o macete era inspirado num outro filme, cujo título foge à memória, no qual se descrevia a corrida solitária de um motorista (feito por Steve McQueen) que desafiava as polícias rodoviárias de vários Estados dos EUA para vencer uma aposta. Um locutor, negro e cego (talvez houvesse aí algum simbolismo), acompanhava, torcendo, as vicissitudes do herói. Terminou espancado. Era mais um desses filmes com começo, meio e fim que os americanos fazem tão bem, dedicado ao elogio do individualismo, derrotado pelas forças da sociedade organizada (momentaneamente, até o próximo filme).
Mas me desvio. Os jornais, o rádio, a TV, os out-doors têm sido responsáveis por uma verdadeira campanha de demolição da língua nacional, o patrimônio cultural mais importante de todos. O curioso é que, às vezes, procuram ridicularizar os outros. Assim, por exemplo, os jornais se compraziam em gozar um ministro do Trabalho por ter este cunhado a expressão "imexível" (muitas vezes em seções de notas repletas de agressões sintáticas e semânticas ao idioma pátrio); mas foram esses mesmos jornais que inventaram o inexistente "imperdível".
(*) É Matemático pela USP (Universidade de São Paulo) e Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Diretor executivo da Transparência Brasil
Outro dia, encontrando-nos presos no trânsito de uma rua dos Jardins, em São Paulo, a pessoa que me acompanhava teve a atenção despertada pelos dizeres de uma vitrina: "SALE". Por um momento, imaginamos tratar-se o proprietário de um xenófobo, que estaria desse modo exprimindo falta de disponibilidade de atender clientes de língua espanhola: "fora daqui, cucaracho". Ou, quiçá, era uma mercearia freqüentada por italianos, que anunciava dispor de sal em abundância. Descartamos como improvável a hipótese francesa, pois dificilmente um lojista apregoaria estar seu estabelecimento encardido. Logo, porém, de-mo-nos conta de que a explicação era outra, pois outra era a língua - tratava-se de uma liquidação, apregoada em inglês.
Motivados por tal revelação, começamos a prestar mais atenção nas placas dispostas ao longo da rua: uma lista interminável de denominações estrangeiradas, umas com palavras existentes, outras grafadas erroneamente, outras ainda fruto de imaginações frenéticas. Seria decerto temerário deduzir que todos aqueles estabelecimentos comerciais tivessem adotado o idioma inglês como trade lingo por conta da necessidade de se fazer inteligíveis às classes alta e média alta, suas freqüentadoras. Afinal, a burguesia brasileira certamente não se caracteriza pela amplitude das experiências culturais. Embora maneje com excepcional maestria os mecanismos do overnight, do open market, do gold trade, do dollar black market e de outros gêneros de ociosidade financeira, sua familiaridade com a língua - qualquer língua - não é o que se poderia chamar de íntima.
Na verdade, tal público é atraído pela mera simbologia do idioma estrangeiro, que por ser estrangeiro é considerado chique, "moderno", acima da massa. É por isso que o pessoal pede "salmon", com biquinho, em vez de salmão. Os nomes das lojas, os dizeres, as designações de comidas nos cardápios (outro dia lia-se "ngoch" numa cantina; eram inhoques) são, creio, o que os comunicólogos chamam de signos sem significado. Que nomes de lojas não precisem significar coisa alguma ainda vá lá; mas é grave que enunciados pretensamente informativos padeçam do mesmo defeito.
Embora não sejam responsáveis pelo fenômeno, os publicitários brasileiros, príncipes do equívoco, contribuem valentemente para sua disseminação, acumpliciados com as empresas que usam seus serviços. Vira e mexe, os comerciais começam a falar estrangeiro. Ora, a população que assiste TV mal entende português, que dizer dessa algaravia.
Naturalmente, a proficiência dos publicitários no uso do inglês só é pior do que sua falta de desenvoltura com o português. Os erros são freqüentes e, às vezes, hilariantes. Assim, por exemplo, num anúncio de calças tipo rancheiro (ou jeans), uma moça traduz, para um norte-americano de quem se subtraiu essa peça de vestuário, perguntas formuladas por um delegado de polícia. Os guardas que circulam pela delegacia (ou seria mais adequado dizer precinct?) vestem uniformes como os dos tiras do seriado "Os Intocáveis".
Em meio ao diálogo, o policial pergunta: "Sua altura?". Ao que a moça solicitamente repete: "Your Highness?". Assim transformada em Alteza, a vítima do roubo recebe de presente do delegado um novo par de calças, em mais uma demonstração explícita de que esse pessoal todo está aí mesmo é para servir ao patrão. No fim, adentra a cena o grupo de meliantes que arrancara as calças do turista. Vestidos como porto-riquenhos do East Harlem ou chicanos de Los Angeles, são levados ao encontro da lei.
Em outro canal, prossegue uma novela que pretensamente retrata "o Brasil que o Brasil não conhece". A trama passa-se numa companhia de rodeios, essa manifestação cultural tão genuinamente tupiniquim. Todo mundo se veste como personagens de filmes classe "B" de caubói (cow-boy, ou seja, atendente-de-vaca). Também ouviam muita música country, que a pretensiosa ignorância nacional pronuncia "cáuntri", em geral com a boca cheia, orgulhosa do cosmopolitismo, igual ao que sucede nas épocas eleitorais, quando os broches dos candidatos são designados, vocalmente e por escrito, como "bottons", misto de button e bottom, quer dizer, "fundo", ou "bunda". Pensando bem, não fosse a falta de imaginação da turma, isso poderia até ser proposital, pois certos candidatos até mereceriam ter sua bunda presa às lapelas dos cabos eleitorais.
De volta à novela, às vezes entrava em cena um narrador onisciente, locutor de rádio instalado numa estação dotada de grande vidraça que dá para a rua, expediente diretamente extraído do chatíssimo filme Do The Right Thing, de um film-maker negro e racista. Neste, por sua vez, o macete era inspirado num outro filme, cujo título foge à memória, no qual se descrevia a corrida solitária de um motorista (feito por Steve McQueen) que desafiava as polícias rodoviárias de vários Estados dos EUA para vencer uma aposta. Um locutor, negro e cego (talvez houvesse aí algum simbolismo), acompanhava, torcendo, as vicissitudes do herói. Terminou espancado. Era mais um desses filmes com começo, meio e fim que os americanos fazem tão bem, dedicado ao elogio do individualismo, derrotado pelas forças da sociedade organizada (momentaneamente, até o próximo filme).
Mas me desvio. Os jornais, o rádio, a TV, os out-doors têm sido responsáveis por uma verdadeira campanha de demolição da língua nacional, o patrimônio cultural mais importante de todos. O curioso é que, às vezes, procuram ridicularizar os outros. Assim, por exemplo, os jornais se compraziam em gozar um ministro do Trabalho por ter este cunhado a expressão "imexível" (muitas vezes em seções de notas repletas de agressões sintáticas e semânticas ao idioma pátrio); mas foram esses mesmos jornais que inventaram o inexistente "imperdível".
(*) É Matemático pela USP (Universidade de São Paulo) e Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Diretor executivo da Transparência Brasil
Ponderações filiais
Bellini Tavares de Lima Neto (*)
Meu pai era dessas pessoas que tinham muitas frases. Hábito antigo, hoje não se usa muito disso, sobretudo depois que a “internet” começou a consagrar a linguagem do “msn” que a garotada domina com fluência e que muitos outros, menos atuais, escorregam e precisam de dicionário. Que são os próprios garotos e garotas, é claro. Mas, meu “velho” adorava uma frase. E, boa parte delas, nós, seus filhos, acabamos espalhando por aí a tal ponto que já nos aconteceu de ouvir algumas delas, ditas por pessoas que nem imaginam a coincidência da autoria. Para dizer a verdade, não sei afirmar se as tais frases eram, realmente, de autoria do nosso pai ou se ele apenas as reproduzia com freqüência. Como essa história de direitos autorais não trás vantagem a ninguém por estas bandas, nem mesmo aos autores de verdade, não faz lá grande diferença se a frase era fruto da reflexão de nosso pai ou se era apenas um empréstimo a título gratuito.
Uma dessas frases, que ele usava em discussões mais acaloradas era assim: “você pode até me dar o diploma de burro, mas não peça que eu assine”. É auto-explicativa. Quando alguém tentava impingir a ele algum argumento ou justificativa insuportavelmente cínicos, o velho Tião, quase invariavelmente respondia com essa frase. Realmente, existem situações em que não cabe outra resposta. Ou melhor, até cabem muitas outras e ele mesmo tinha delas em seu repertório, mas nada tão polido quanto essa que, diga-se é polida até onde é possível alguma polidez diante de certas circunstâncias. Ainda há pouco os jornais trouxeram ao público ocorrido na câmara de vereadores de São Paulo. Os parlamentares, que dispõem de uma verba de representação de cerca de R$15.000,00 mensais, consumiram boa parte dela com serviços prestados por empresas que só eles conheciam. Mais precisamente, as tais empresas parecem, ao que tudo indica, não passar de empresas de fachada, endereços virtuais nos quais não funciona atividade alguma.
Algumas tentativas de contato em tais endereços indicaram exatamente isso. Quando alguém atendia, deixava claro que ali não funciona empresa ou atividade alguma.
Mais sintomático que isso, no entanto, foram duas outras constatações. Uma delas é que, ao que parece, os tais serviços quando eram conhecidos, interessavam apenas e tão somente ao parlamentar e não à comunidade pagante. A outra é que significativa parcela das empresas prestadores indicavam apenas e tão somente um cliente e tomador dos serviços: o parlamentar pagante. Então, a situação fica da seguinte maneira: verba de representação de origem pública utilizada para contratar empresas cujos endereços são meramente virtuais (considerando que a palavra “virtual” não tem semelhança com “virtude” mas, muito mais, com fictício); serviços não muito bem identificados ou, quando reconhecidos, deixando evidente que só atendem ao parlamentar e seus interesses, em lugar de servir à comunidade e: prestação de serviços em caráter exclusivo, vale dizer, a empresa só tem um cliente: o vereador. Convenhamos, explicar isso tudo não é tarefa para amadores. E, então?
Muito simples: para que se possa pagar de forma regular é preciso que o prestador do serviço esteja organizado sob a modalidade de pessoa jurídica. Por isso, os prestadores criaram as empresas. Isso, aliás, é o que acontece com os jornalistas que, para receber seus pagamentos dos jornais para os quais prestam serviços, tem que montar suas próprias pessoas jurídicas. Se alguém ligar para a empresa de um desses jornalistas vai perceber que, provavelmente, quem atenderá ao telefone será a mãe do profissional. Essa foi a explicação fornecida por um dos parlamentares pagantes. Sem titubear, sem gaguejar, sem tatibitates., De um só golpe, sem qualquer pretensão trocadilhesca. Bem, os jornalistas se limitaram a responder que não é bem assim que eles recebem seus pagamentos. Eles, jornalistas, são empregados dos jornais e recebem salários. E não comentaram mais nada já que não houve, por parte dos ilustres edis, qualquer observação a respeito dos outros pontos, tais como natureza dos serviços, exclusividade na relação cliente-prestador.
Mas isso são pormenores que, por menores, não merecem que se gaste tempo com eles.
Meu pai tinha, sim, outras frases para situações como essa, mas, em respeito à sua memória, optei por ficar com essa, a do diploma de burro que, sem dúvida, é polida.
E nós não vamos, assinar, não é?
(*) Advogado, agora avô e morador em São Bernardo do Campo (SP)
Site O Dia Nosso De Cada Dia - http://blcon.wordpress.com/
Meu pai era dessas pessoas que tinham muitas frases. Hábito antigo, hoje não se usa muito disso, sobretudo depois que a “internet” começou a consagrar a linguagem do “msn” que a garotada domina com fluência e que muitos outros, menos atuais, escorregam e precisam de dicionário. Que são os próprios garotos e garotas, é claro. Mas, meu “velho” adorava uma frase. E, boa parte delas, nós, seus filhos, acabamos espalhando por aí a tal ponto que já nos aconteceu de ouvir algumas delas, ditas por pessoas que nem imaginam a coincidência da autoria. Para dizer a verdade, não sei afirmar se as tais frases eram, realmente, de autoria do nosso pai ou se ele apenas as reproduzia com freqüência. Como essa história de direitos autorais não trás vantagem a ninguém por estas bandas, nem mesmo aos autores de verdade, não faz lá grande diferença se a frase era fruto da reflexão de nosso pai ou se era apenas um empréstimo a título gratuito.
Uma dessas frases, que ele usava em discussões mais acaloradas era assim: “você pode até me dar o diploma de burro, mas não peça que eu assine”. É auto-explicativa. Quando alguém tentava impingir a ele algum argumento ou justificativa insuportavelmente cínicos, o velho Tião, quase invariavelmente respondia com essa frase. Realmente, existem situações em que não cabe outra resposta. Ou melhor, até cabem muitas outras e ele mesmo tinha delas em seu repertório, mas nada tão polido quanto essa que, diga-se é polida até onde é possível alguma polidez diante de certas circunstâncias. Ainda há pouco os jornais trouxeram ao público ocorrido na câmara de vereadores de São Paulo. Os parlamentares, que dispõem de uma verba de representação de cerca de R$15.000,00 mensais, consumiram boa parte dela com serviços prestados por empresas que só eles conheciam. Mais precisamente, as tais empresas parecem, ao que tudo indica, não passar de empresas de fachada, endereços virtuais nos quais não funciona atividade alguma.
Algumas tentativas de contato em tais endereços indicaram exatamente isso. Quando alguém atendia, deixava claro que ali não funciona empresa ou atividade alguma.
Mais sintomático que isso, no entanto, foram duas outras constatações. Uma delas é que, ao que parece, os tais serviços quando eram conhecidos, interessavam apenas e tão somente ao parlamentar e não à comunidade pagante. A outra é que significativa parcela das empresas prestadores indicavam apenas e tão somente um cliente e tomador dos serviços: o parlamentar pagante. Então, a situação fica da seguinte maneira: verba de representação de origem pública utilizada para contratar empresas cujos endereços são meramente virtuais (considerando que a palavra “virtual” não tem semelhança com “virtude” mas, muito mais, com fictício); serviços não muito bem identificados ou, quando reconhecidos, deixando evidente que só atendem ao parlamentar e seus interesses, em lugar de servir à comunidade e: prestação de serviços em caráter exclusivo, vale dizer, a empresa só tem um cliente: o vereador. Convenhamos, explicar isso tudo não é tarefa para amadores. E, então?
Muito simples: para que se possa pagar de forma regular é preciso que o prestador do serviço esteja organizado sob a modalidade de pessoa jurídica. Por isso, os prestadores criaram as empresas. Isso, aliás, é o que acontece com os jornalistas que, para receber seus pagamentos dos jornais para os quais prestam serviços, tem que montar suas próprias pessoas jurídicas. Se alguém ligar para a empresa de um desses jornalistas vai perceber que, provavelmente, quem atenderá ao telefone será a mãe do profissional. Essa foi a explicação fornecida por um dos parlamentares pagantes. Sem titubear, sem gaguejar, sem tatibitates., De um só golpe, sem qualquer pretensão trocadilhesca. Bem, os jornalistas se limitaram a responder que não é bem assim que eles recebem seus pagamentos. Eles, jornalistas, são empregados dos jornais e recebem salários. E não comentaram mais nada já que não houve, por parte dos ilustres edis, qualquer observação a respeito dos outros pontos, tais como natureza dos serviços, exclusividade na relação cliente-prestador.
Mas isso são pormenores que, por menores, não merecem que se gaste tempo com eles.
Meu pai tinha, sim, outras frases para situações como essa, mas, em respeito à sua memória, optei por ficar com essa, a do diploma de burro que, sem dúvida, é polida.
E nós não vamos, assinar, não é?
(*) Advogado, agora avô e morador em São Bernardo do Campo (SP)
Site O Dia Nosso De Cada Dia - http://blcon.wordpress.com/
Aonde reparar? Quem sabe?
Os critérios usados em Santarém para priorizar consertos de ruas ou mesmo re-asfaltamento são dignos de um jogo de loteria. Ninguém consegue acertar.
Observa-se recentemente o re-asfaltamento da Avenida Barão do Rio Branco, que não deixa de ser uma importante via, porém ela não se encontrava em estado tão crítico como muitas outras e também importantes acessos.
Alguém comentou que o fato de ser a avenida onde mora a prefeita da cidade e também que seu falecido pai e ex-prefeito Everaldo Martins teria ajudado pessoalmente a construção dessa via, motivaram a esse re-asfaltamento.
Não posso acreditar que esses sejam os motivos.
Mas, que deixam dúvidas quanto aos critérios de escolha isso é claro Ruas como Moaçara ou Turiano Meira, entre outras centenas que estão em estado critico mereceriam uma atenção muito mais urgente do que a Barão. Turiano Meira, por exemplo, além de inúmeros buracos (o que não é privilégio somente dela) ainda tem 100 metros de terra tal qual um ramal que mostra a necessidade de urgente reparo.
Vai entender. O povo e os motoristas que arquem com seus prejuízos motivados por buracos no asfalto ou mesmo ruas mal consertadas provocando desnivelamento asfáltico.
Nada que um novo par de amortecedores não resolva. Mas, não é a Prefeitura que paga.
Observa-se recentemente o re-asfaltamento da Avenida Barão do Rio Branco, que não deixa de ser uma importante via, porém ela não se encontrava em estado tão crítico como muitas outras e também importantes acessos.
Alguém comentou que o fato de ser a avenida onde mora a prefeita da cidade e também que seu falecido pai e ex-prefeito Everaldo Martins teria ajudado pessoalmente a construção dessa via, motivaram a esse re-asfaltamento.
Não posso acreditar que esses sejam os motivos.
Mas, que deixam dúvidas quanto aos critérios de escolha isso é claro Ruas como Moaçara ou Turiano Meira, entre outras centenas que estão em estado critico mereceriam uma atenção muito mais urgente do que a Barão. Turiano Meira, por exemplo, além de inúmeros buracos (o que não é privilégio somente dela) ainda tem 100 metros de terra tal qual um ramal que mostra a necessidade de urgente reparo.
Vai entender. O povo e os motoristas que arquem com seus prejuízos motivados por buracos no asfalto ou mesmo ruas mal consertadas provocando desnivelamento asfáltico.
Nada que um novo par de amortecedores não resolva. Mas, não é a Prefeitura que paga.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
De Porsche na Disneylândia
Sócrates (*)
Tanta coisa emperra a possibilidade de vermos nossos atletas vestidos de cidadania, o que é, no mínimo, uma excrescência em um país que sonha um dia se tornar grande e comparável aos mais desenvolvidos. Todos sabemos, e mais do que nunca temos ouvido, que a educação é a única base para encontrar o bom caminho que nos levará ao desenvolvimento sustentável e à excelência. Como então entender que determinadas áreas sem o devido valor sejam tratadas como exceções, em face da questão educacional?
A primeira tentativa de regulamentar a atividade esportiva no Brasil ocorreu em 1976.
No texto constitucional, existia então um artigo segundo o qual nenhum atleta poderia celebrar um contrato profissional sem comprovante de alfabetização, além de outras questões menos relevantes, como atestado de sanidade física e mental. Esse artigo foi revogado, porém, no texto da Lei Pelé, em 1998. É inacreditável que em um país com a pretensão de erradicar o analfabetismo e educar toda a sua população haja estímulos à evasão escolar decorrentes do desprezo pela educação. E continuamos a discutir transferências para o exterior como se fosse a questão principal...
Um bom exemplo são as recentes declarações de uma das nossas grandes revelações. Elas soaram com estupefação, mas não surpresa. Representam a fina flor daquilo que estamos fazendo com a nossa juventude, antigamente transviada, rebelde e lutadora. Juventude que muitas vezes decidiu ir às ruas para defender seus direitos, constranger políticos, reclamar por democracia e expulsar presidentes, mas que nunca foi tão extraordinariamente abandonada e agredida.
Nada contra o sonho de possuir uma Ferrari ou um Porsche (quem sabe os dois), uma mulher linda e não inteligente; andar depilado; preferir ir à Disney que ao Musée d’Orsay ou ao Louvre; jogar sinuca; não ter título de eleitor, não saber quem são os candidatos a presidente ou, quem sabe, nem mesmo quem é o atual presidente. O que dói mesmo é esta ser a realidade de boa parcela da população brasileira – mesmo aquela sem ter o que o comer sonha com isso. Ou aquela sem um único dente na boca, ela também sonha com isso. Assim como a que mora debaixo dos viadutos, faz suas necessidades na rua, jamais toma banho ou nem sabe o que é higiene pessoal. Ou a que se prostitui, rouba e mata para manter seus vícios, principalmente o crack – eles também sonham com isso.
Dizem que nosso país tem futuro. A nossa nação, pelo visto, não trilhará, porém, o mesmo caminho. E eu pergunto que diabos estamos fazendo com a nossa juventude? Temos pela frente uma Olimpíada e uma Copa do Mundo. Por que não aproveitar e tratar o esporte como ferramenta de educação, socialização e promoção da saúde, que são grandes problemas nacionais.
Ao observar os olhares de todos os que assistem ao acender e apagar de uma chama olímpica, perceberemos muito de esperança.
Esperança que jamais será concretizada na vitória de um ou outro atleta, até porque quase ninguém dos que estão em torno de um evento como esse se preocupa com indivíduos ou bandeiras, e, sim, com a humanidade.
Concreto é o sonho coletivo de melhora das condições de vida de todos que habitam o planeta. Diferentemente da lógica atual que a todos impõe uma postura individualista, em que se vê exclusivamente o próprio umbigo, abandonando tanto a solidariedade quanto o sacrifício de lutar por uma sociedade mais justa e racional.
Nos jogos lutamos contra nossas limitações e não contra nossos semelhantes.
Quando assistimos um maratonista exausto lutar até o limite de suas forças para chegar ao final de prova mesmo que em último lugar, nos damos conta de que os valores humanos não morreram. Estão desvalorizados, é certo, porém nem por isso devem ser desprezados. Quando um ginasta erra por pouco e cai, deixando escapar lágrimas de frustração, ele nos dá mostras de que devemos acreditar até o fim, ainda que sejamos frágeis demais para enfrentar alguns obstáculos. A Olimpíada e a Copa do Mundo, nos dias de hoje, são um dos raros momentos em que podemos crer que o ser humano pode ser melhor do que aquilo que demonstra. E é com esse espírito que devemos tratá-los e aproveitar seus exemplos.
Serão oportunidades especiais capazes de gerar muita coisa positiva para o cidadão brasileiro. A realização dos dois eventos terá, necessariamente, de servir como referencial para o futuro do desporto no País. Há possibilidade de que possam permitir um estímulo dos mais importantes para o desenvolvimento dessa área tão importante com aumento e qualificação dos praticantes – o que também pagaria uma parte da dívida social.
Poderá também, desde que os investimentos realmente sejam voltados para tal, melhorar e muito a qualidade de vida nas cidades que os receberão. Como no Rio de Janeiro, com a despoluição de seus mananciais e da Baía de Guanabara, aumento substancial nas linhas do metrô e de outros transportes públicos, aumento dos leitos de sua hotelaria, maior exposição turística para o mundo menos informado a respeito do Brasil.
Se a organização e o planejamento conseguirem produzir uma infraestrutura adequada à importância dos eventos, teremos grandes possibilidades de dar um salto de qualidade na nossa competência esportiva. É disso que precisamos e é isso que queremos. Temos de ter em mente que a imagem do País estará em jogo e não sei até onde estão levando a sério essas questões para que consigamos contemplar todas as expectativas.
Temos de esperar para ver, torcer e acompanhar de perto para que tudo dê certo.
Pelo bem do nosso esporte e pela imagem e futuro da nação brasileira.
Entretanto, tememos pela má gestão dos recursos a ser alocados para preparar os dois eventos. Temos todas as evidências para respaldar as nossas preocupações. Basta para tanto recordar o que foi e o que não foi feito, quando da realização do Pan-Americano em 2007 pelos mesmos dirigentes.
Será que, agora, eles farão coisa melhor?
Talvez, mas é difícil acreditar.
(*) Médico e ex-jogador da Seleção Brasileira
Tanta coisa emperra a possibilidade de vermos nossos atletas vestidos de cidadania, o que é, no mínimo, uma excrescência em um país que sonha um dia se tornar grande e comparável aos mais desenvolvidos. Todos sabemos, e mais do que nunca temos ouvido, que a educação é a única base para encontrar o bom caminho que nos levará ao desenvolvimento sustentável e à excelência. Como então entender que determinadas áreas sem o devido valor sejam tratadas como exceções, em face da questão educacional?
A primeira tentativa de regulamentar a atividade esportiva no Brasil ocorreu em 1976.
No texto constitucional, existia então um artigo segundo o qual nenhum atleta poderia celebrar um contrato profissional sem comprovante de alfabetização, além de outras questões menos relevantes, como atestado de sanidade física e mental. Esse artigo foi revogado, porém, no texto da Lei Pelé, em 1998. É inacreditável que em um país com a pretensão de erradicar o analfabetismo e educar toda a sua população haja estímulos à evasão escolar decorrentes do desprezo pela educação. E continuamos a discutir transferências para o exterior como se fosse a questão principal...
Um bom exemplo são as recentes declarações de uma das nossas grandes revelações. Elas soaram com estupefação, mas não surpresa. Representam a fina flor daquilo que estamos fazendo com a nossa juventude, antigamente transviada, rebelde e lutadora. Juventude que muitas vezes decidiu ir às ruas para defender seus direitos, constranger políticos, reclamar por democracia e expulsar presidentes, mas que nunca foi tão extraordinariamente abandonada e agredida.
Nada contra o sonho de possuir uma Ferrari ou um Porsche (quem sabe os dois), uma mulher linda e não inteligente; andar depilado; preferir ir à Disney que ao Musée d’Orsay ou ao Louvre; jogar sinuca; não ter título de eleitor, não saber quem são os candidatos a presidente ou, quem sabe, nem mesmo quem é o atual presidente. O que dói mesmo é esta ser a realidade de boa parcela da população brasileira – mesmo aquela sem ter o que o comer sonha com isso. Ou aquela sem um único dente na boca, ela também sonha com isso. Assim como a que mora debaixo dos viadutos, faz suas necessidades na rua, jamais toma banho ou nem sabe o que é higiene pessoal. Ou a que se prostitui, rouba e mata para manter seus vícios, principalmente o crack – eles também sonham com isso.
Dizem que nosso país tem futuro. A nossa nação, pelo visto, não trilhará, porém, o mesmo caminho. E eu pergunto que diabos estamos fazendo com a nossa juventude? Temos pela frente uma Olimpíada e uma Copa do Mundo. Por que não aproveitar e tratar o esporte como ferramenta de educação, socialização e promoção da saúde, que são grandes problemas nacionais.
Ao observar os olhares de todos os que assistem ao acender e apagar de uma chama olímpica, perceberemos muito de esperança.
Esperança que jamais será concretizada na vitória de um ou outro atleta, até porque quase ninguém dos que estão em torno de um evento como esse se preocupa com indivíduos ou bandeiras, e, sim, com a humanidade.
Concreto é o sonho coletivo de melhora das condições de vida de todos que habitam o planeta. Diferentemente da lógica atual que a todos impõe uma postura individualista, em que se vê exclusivamente o próprio umbigo, abandonando tanto a solidariedade quanto o sacrifício de lutar por uma sociedade mais justa e racional.
Nos jogos lutamos contra nossas limitações e não contra nossos semelhantes.
Quando assistimos um maratonista exausto lutar até o limite de suas forças para chegar ao final de prova mesmo que em último lugar, nos damos conta de que os valores humanos não morreram. Estão desvalorizados, é certo, porém nem por isso devem ser desprezados. Quando um ginasta erra por pouco e cai, deixando escapar lágrimas de frustração, ele nos dá mostras de que devemos acreditar até o fim, ainda que sejamos frágeis demais para enfrentar alguns obstáculos. A Olimpíada e a Copa do Mundo, nos dias de hoje, são um dos raros momentos em que podemos crer que o ser humano pode ser melhor do que aquilo que demonstra. E é com esse espírito que devemos tratá-los e aproveitar seus exemplos.
Serão oportunidades especiais capazes de gerar muita coisa positiva para o cidadão brasileiro. A realização dos dois eventos terá, necessariamente, de servir como referencial para o futuro do desporto no País. Há possibilidade de que possam permitir um estímulo dos mais importantes para o desenvolvimento dessa área tão importante com aumento e qualificação dos praticantes – o que também pagaria uma parte da dívida social.
Poderá também, desde que os investimentos realmente sejam voltados para tal, melhorar e muito a qualidade de vida nas cidades que os receberão. Como no Rio de Janeiro, com a despoluição de seus mananciais e da Baía de Guanabara, aumento substancial nas linhas do metrô e de outros transportes públicos, aumento dos leitos de sua hotelaria, maior exposição turística para o mundo menos informado a respeito do Brasil.
Se a organização e o planejamento conseguirem produzir uma infraestrutura adequada à importância dos eventos, teremos grandes possibilidades de dar um salto de qualidade na nossa competência esportiva. É disso que precisamos e é isso que queremos. Temos de ter em mente que a imagem do País estará em jogo e não sei até onde estão levando a sério essas questões para que consigamos contemplar todas as expectativas.
Temos de esperar para ver, torcer e acompanhar de perto para que tudo dê certo.
Pelo bem do nosso esporte e pela imagem e futuro da nação brasileira.
Entretanto, tememos pela má gestão dos recursos a ser alocados para preparar os dois eventos. Temos todas as evidências para respaldar as nossas preocupações. Basta para tanto recordar o que foi e o que não foi feito, quando da realização do Pan-Americano em 2007 pelos mesmos dirigentes.
Será que, agora, eles farão coisa melhor?
Talvez, mas é difícil acreditar.
(*) Médico e ex-jogador da Seleção Brasileira
Eterna discussão !!!! (2)
Relatório De Impactos Ambientais Do Porto Da Cargill Em Cheque
Padre Edilberto Sena (*)
O povo mais antigo gostava de dizer que nem tudo que brilha é ouro e nem tudo que balança cai. O Brasil é elogiado como país das mais bem acabadas leis ambientais do planeta. O grave problema é a falta de ética no cumprimento das leis. Na Amazônia, tal situação se torna ainda mais grave, pelo fato de ser uma região altamente sensível nas questões ambientais e sociais. Abrir uma estrada, um oleoduto, construir uma hidroelétrica, permitir mono cultivo de soja, em fim, causa impactos irreversíveis ao ecossistema da região. Tome-se um caso exemplar disto.
Quando a multinacional Cargill começou a destruir a praia da Vera Paz, em frente a cidade de Santarém, no início do ano 2.000, se baseava numa licença ilegal liberada pela Secretaria de Estado de ciência, tecnologia e meio ambiente, antiga Sectam, hoje Sema. Logo foi denunciada a ilegalidade ao Ministério Público Federal, MPF, que abriu processo na justiça federal. Era ilegal a falta de um estudo prévio de impacto ambiental e seu relatório, o EIA RIMA.
A Multinacional não se importou com o processo e levou adiante a destruição da praia, do sítio arqueológico e construiu o porto. Foi condenada pela justiça federal, recorreu a tantas liminares quantas possíveis e continua recorrendo, mas sub judice. Em 2006 foi condenada por grupo de 3 desembargadores em Brasília, mas de um modo esdrúxulo. Deveria mandar realizar um EIA RIMA, mas podia continuar com o porto funcionando, o que faz até hoje.
Em 2009 a empresa contratada realizou um estudo de impactos ambientais e seu relatório, mas foi rejeitado pela Secretaria de meio ambiente, SEMA, por falta de mais informações necessárias exigidas pelo termo de referência. Cargill foi obrigada a mandar realizar novo estudo de impacto ambiental, que será levado a julgamento da sociedade civil e dos ministérios públicos, federal MPF e estadual MPE no próximo dia 14 de julho.
Nestes dias, o MPE convidou grupos interessados em participar num seminário de análise do RIMA novo. O motivo é que se conheça o relatório e suas irregularidades para serem apresentadas no dia da audiência pública do dia 14.07. Mesmo com um segundo EIA RIMA, tudo indica que os impactos da presença da multinacional na frente da cidade de Santarém são irreversíveis. Resta saber se a lei será cumprida, Isto é, se caso as análises confirmarem o desastre sócio ambiental deste porto implantado em frente à cidade, se a empresa será obrigada a retirar seu porto para outra região menos impactante.
O Plano Diretor do Município prevê a zona portuária de grande porte à montante do rio Tapajós, fora da cidade. A dúvida é, será que a justiça terá força para respeitar a dignidade da população de Santarém "Terá coragem para ordenar a empresa a retirar o porto da frente da cidade, caso os impactos sócio ambientais sejam provados irreversíveis" Uma questão interessante a se aguardar.
(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém
Padre Edilberto Sena (*)
O povo mais antigo gostava de dizer que nem tudo que brilha é ouro e nem tudo que balança cai. O Brasil é elogiado como país das mais bem acabadas leis ambientais do planeta. O grave problema é a falta de ética no cumprimento das leis. Na Amazônia, tal situação se torna ainda mais grave, pelo fato de ser uma região altamente sensível nas questões ambientais e sociais. Abrir uma estrada, um oleoduto, construir uma hidroelétrica, permitir mono cultivo de soja, em fim, causa impactos irreversíveis ao ecossistema da região. Tome-se um caso exemplar disto.
Quando a multinacional Cargill começou a destruir a praia da Vera Paz, em frente a cidade de Santarém, no início do ano 2.000, se baseava numa licença ilegal liberada pela Secretaria de Estado de ciência, tecnologia e meio ambiente, antiga Sectam, hoje Sema. Logo foi denunciada a ilegalidade ao Ministério Público Federal, MPF, que abriu processo na justiça federal. Era ilegal a falta de um estudo prévio de impacto ambiental e seu relatório, o EIA RIMA.
A Multinacional não se importou com o processo e levou adiante a destruição da praia, do sítio arqueológico e construiu o porto. Foi condenada pela justiça federal, recorreu a tantas liminares quantas possíveis e continua recorrendo, mas sub judice. Em 2006 foi condenada por grupo de 3 desembargadores em Brasília, mas de um modo esdrúxulo. Deveria mandar realizar um EIA RIMA, mas podia continuar com o porto funcionando, o que faz até hoje.
Em 2009 a empresa contratada realizou um estudo de impactos ambientais e seu relatório, mas foi rejeitado pela Secretaria de meio ambiente, SEMA, por falta de mais informações necessárias exigidas pelo termo de referência. Cargill foi obrigada a mandar realizar novo estudo de impacto ambiental, que será levado a julgamento da sociedade civil e dos ministérios públicos, federal MPF e estadual MPE no próximo dia 14 de julho.
Nestes dias, o MPE convidou grupos interessados em participar num seminário de análise do RIMA novo. O motivo é que se conheça o relatório e suas irregularidades para serem apresentadas no dia da audiência pública do dia 14.07. Mesmo com um segundo EIA RIMA, tudo indica que os impactos da presença da multinacional na frente da cidade de Santarém são irreversíveis. Resta saber se a lei será cumprida, Isto é, se caso as análises confirmarem o desastre sócio ambiental deste porto implantado em frente à cidade, se a empresa será obrigada a retirar seu porto para outra região menos impactante.
O Plano Diretor do Município prevê a zona portuária de grande porte à montante do rio Tapajós, fora da cidade. A dúvida é, será que a justiça terá força para respeitar a dignidade da população de Santarém "Terá coragem para ordenar a empresa a retirar o porto da frente da cidade, caso os impactos sócio ambientais sejam provados irreversíveis" Uma questão interessante a se aguardar.
(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém
Eterna discussão !!!!
(Do blog da Rádio Rural)
Licenciamento ambiental da Cargill é discutido em seminário.
O processo de instalação da Multinacional Graneleira foi um dos principais pontos discutidos no seminário organizado pelo Ministério Público Estadual, MPE, intitulado ?Temas Atuais no Direito Ambiental?
O evento aconteceu durante todo o dia de ontem, no salão do tribunal do Júri do Fórum de Santarém e contou com a participação de várias entidades da sociedade civil organizada.
Para discutir sobre o Licenciamento da Cargill foi composta uma mesa, com representantes do MPE, do Ministério Público Federal, e da Sociedade Civil Organizada, com destaque para a participação da Comissão de Pastoral da Terra e do Sindicato de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Santarém e da Frente em defesa da Amazônia.
Uma audiência pública deverá acontecer no dia 14 de julho para discutir a
Licença Ambiental da Cargill, que até hoje opera com um Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, fornecido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, e Meio Ambiente.
Como o TAC é ilegal a empresa foi obrigada a promover um estudo de impacto ambiental e só agora será analisado pela sociedade civil e o ministério público. O seminário de ontem pretendia estimular os membros da sociedade civil estudarem o Relatório de impactos ambientais identificando os erros e deficiências.
Sobre o tema Meio Ambiente, a promotora Lilian falou que a população está procurando mais o serviço dessa autarquia, sendo inúmeras as ocorrências.
Nota do Blog: .Interessante que ninguém desse time senta para discutir como se faz para ganhar dinheiro nessa cidade, como alavancar empregos, como gerar receitas para evitar que a cidade viva de pinico na mão, como aumentar a produção agrícola, como fazer para que produtores legais e com vontade de trabalhar possam ter o titulo de propriedade de suas terras e por ai vai. Porque a cidade não possui um Plano Diretor e conseqüentemente um Código de Postura? Porque ainda temos bosta correndo junto ao meio fio das ruas em pleno centro da cidade? Enfim há tantos problemas que essas mesmas pessoas poderiam sentar e discutir para tentar resolver o problema, mas vira e mexe a metralhadora vira para esse assunto. Certamente com o Eia-Rima a coisa se resolve e os ecos-chatos de plantão irão atrás de outra empresa para bater suas teclas conservacionistas
Licenciamento ambiental da Cargill é discutido em seminário.
O processo de instalação da Multinacional Graneleira foi um dos principais pontos discutidos no seminário organizado pelo Ministério Público Estadual, MPE, intitulado ?Temas Atuais no Direito Ambiental?
O evento aconteceu durante todo o dia de ontem, no salão do tribunal do Júri do Fórum de Santarém e contou com a participação de várias entidades da sociedade civil organizada.
Para discutir sobre o Licenciamento da Cargill foi composta uma mesa, com representantes do MPE, do Ministério Público Federal, e da Sociedade Civil Organizada, com destaque para a participação da Comissão de Pastoral da Terra e do Sindicato de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Santarém e da Frente em defesa da Amazônia.
Uma audiência pública deverá acontecer no dia 14 de julho para discutir a
Licença Ambiental da Cargill, que até hoje opera com um Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, fornecido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, e Meio Ambiente.
Como o TAC é ilegal a empresa foi obrigada a promover um estudo de impacto ambiental e só agora será analisado pela sociedade civil e o ministério público. O seminário de ontem pretendia estimular os membros da sociedade civil estudarem o Relatório de impactos ambientais identificando os erros e deficiências.
Sobre o tema Meio Ambiente, a promotora Lilian falou que a população está procurando mais o serviço dessa autarquia, sendo inúmeras as ocorrências.
Nota do Blog: .Interessante que ninguém desse time senta para discutir como se faz para ganhar dinheiro nessa cidade, como alavancar empregos, como gerar receitas para evitar que a cidade viva de pinico na mão, como aumentar a produção agrícola, como fazer para que produtores legais e com vontade de trabalhar possam ter o titulo de propriedade de suas terras e por ai vai. Porque a cidade não possui um Plano Diretor e conseqüentemente um Código de Postura? Porque ainda temos bosta correndo junto ao meio fio das ruas em pleno centro da cidade? Enfim há tantos problemas que essas mesmas pessoas poderiam sentar e discutir para tentar resolver o problema, mas vira e mexe a metralhadora vira para esse assunto. Certamente com o Eia-Rima a coisa se resolve e os ecos-chatos de plantão irão atrás de outra empresa para bater suas teclas conservacionistas
Médico estagiário
Um médico muito requisitado querida descansar e ir pescar.
Então aproximou-se do seu assistente-estagiário e lhe disse:
- Jorge, amanhã vou pescar e não quero fechar a clínica. Acha que consegue cuidar dela e de todos os pacientes?
- Sim, senhor! - respondeu Jorge
O médico foi pescar e voltou no dia seguinte.
- Então, Jorge, como correu o dia?
- Cuidei de três pacientes. O primeiro tinha uma dor de cabeça e, então, eu dei-lhe paracetamol.
- Bravo, meu rapaz.
- E o segundo? - perguntou o médico.
- O segundo teve indigestão e eu dei-lhe Guronsan - informou Jorge.
- Bravo, bravo! Você é bom nisso… E o terceiro? - perguntou o médico.
- Bom, doutor, eu estava sentado aqui e, de repente, abriu-se a porta e entrou uma linda mulher.
Ela arrancou a roupa, despiu tudo, incluindo o sutiã e a calcinha. Depois deitou-se sobre a maca,
abriu as pernas e gritou: - AJUDE-ME, pelo amor de Deus! Há cinco anos que eu não vejo homem!
- Nossa Senhora, Jorge, o que é que você fez? - perguntou o médico…
- Eu pus-lhe colírio nos olhos, doutor!
Então aproximou-se do seu assistente-estagiário e lhe disse:
- Jorge, amanhã vou pescar e não quero fechar a clínica. Acha que consegue cuidar dela e de todos os pacientes?
- Sim, senhor! - respondeu Jorge
O médico foi pescar e voltou no dia seguinte.
- Então, Jorge, como correu o dia?
- Cuidei de três pacientes. O primeiro tinha uma dor de cabeça e, então, eu dei-lhe paracetamol.
- Bravo, meu rapaz.
- E o segundo? - perguntou o médico.
- O segundo teve indigestão e eu dei-lhe Guronsan - informou Jorge.
- Bravo, bravo! Você é bom nisso… E o terceiro? - perguntou o médico.
- Bom, doutor, eu estava sentado aqui e, de repente, abriu-se a porta e entrou uma linda mulher.
Ela arrancou a roupa, despiu tudo, incluindo o sutiã e a calcinha. Depois deitou-se sobre a maca,
abriu as pernas e gritou: - AJUDE-ME, pelo amor de Deus! Há cinco anos que eu não vejo homem!
- Nossa Senhora, Jorge, o que é que você fez? - perguntou o médico…
- Eu pus-lhe colírio nos olhos, doutor!
Cadê a grana, Funasa?
Deu no Blog de Ancelmo Góis
Agora, veja só, como as coisas na Amazônia, tão admirada no exterior tem seu ritmo próprio. O Ministério Público Federal teve de entrar com uma ação na Justiça para obrigar a Funasa a comprar motores de popa para que seus barcos possam atender aos mais de 33 mil índios que vivem em quase 700 aldeias na região do Alto Rio Negro.
Por falta de estrutura, os indígenas estão sem atendimento há um ano e seis meses, o que provocou um aumento na incidência de tuberculose e malária.
Nota do Blog: Para quem teve oportunidade de acompanhar um pouquinho um desses convênios junto a Funasa dá para se ter idéia que realmente os últimos a serem atendidos são aqueles pelo qual esse orgão foi criado. Lembro que o projeto foi cancelado exatamente porque o dinheiro originário da Funasa para pagamento das despesas do convênio passava antes pela prefeitura de abrangência dos indios atendidos e a conta ao final do mês nunca fechava, ficando o ônus para quem apenas era um agente intermediário. Coisas típicas de um País onde os contrôles do dinheiro público são feitos em papel higiênico de baixa qualidade e assim ele se esfarela mais fácil .
Agora, veja só, como as coisas na Amazônia, tão admirada no exterior tem seu ritmo próprio. O Ministério Público Federal teve de entrar com uma ação na Justiça para obrigar a Funasa a comprar motores de popa para que seus barcos possam atender aos mais de 33 mil índios que vivem em quase 700 aldeias na região do Alto Rio Negro.
Por falta de estrutura, os indígenas estão sem atendimento há um ano e seis meses, o que provocou um aumento na incidência de tuberculose e malária.
Nota do Blog: Para quem teve oportunidade de acompanhar um pouquinho um desses convênios junto a Funasa dá para se ter idéia que realmente os últimos a serem atendidos são aqueles pelo qual esse orgão foi criado. Lembro que o projeto foi cancelado exatamente porque o dinheiro originário da Funasa para pagamento das despesas do convênio passava antes pela prefeitura de abrangência dos indios atendidos e a conta ao final do mês nunca fechava, ficando o ônus para quem apenas era um agente intermediário. Coisas típicas de um País onde os contrôles do dinheiro público são feitos em papel higiênico de baixa qualidade e assim ele se esfarela mais fácil .
Beleza que sempre assusta
Um relâmpago ilumina o céu sobre o antigo templo do Partenon, na colina da Acrópole, durante forte chuva em Atenas
Lições de alemão
Luís Fernando Veríssimo para O Estado de S.Paulo
A vitória da Alemanha sobre a Inglaterra foi uma aula para todo o mundo.
A começar pelos comentaristas, incluindo, modestamente, eu, que tinham visto na derrota dos alemães para a Sérvia depois de arrasar com a Austrália um alerta contra primeiras impressões enganosas. Lição: a primeira impressão é que estava certa. A lição para a Inglaterra foi que não se forma um time em torno de dois jogadores de meio-campo, no caso Gerrard e Lampard, que não tem mais pernas para voltar quando perdem a bola.
Dois dos quatro gols da Alemanha nasceram de bolas perdidas na intermediária alemã por um meio-campo sem poder de recuperação. Gerrard e Lampard foram grandes, ainda chutam como ninguém, mas começam a sofrer de velhice, uma condição que cedo ou tarde afeta todo mundo mas é fatal para volantes com ambições de atacantes. Lição para todos foi o futebol enxuto da Alemanha, de poucos e precisos passes, que dá ao adversário a ilusão de ser o dono do jogo mas o liquida com quatro estocadas certeiras.
Em linguagem econômica, a seleção alemã foi um exemplo de relação custo-benefício, ou volume de jogo e bola na rede adversária, perfeita. E lição para a Fifa, é o que todo mundo espera, foi o grosseiro erro de arbitragem naquela bola chutada pelo Lampard que bateu no travessão e entrou pelo menos meio-metro dentro do gol. O juiz não viu e o bandeirinha, presumivelmente, estava comentando o jogo com alguém na arquibancada.
Com tantos recursos técnicos à sua disposição, só por conservadorismo incrustado ou birra a FIFA não toma providências para que isto não aconteça mais. E, além de todas essas lições, ainda tivemos aulas particulares de futebol objetivo dadas por Arne Friedrich, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil e Thomas Müller.
Já a única lição sobre como ter sucesso no futebol da vitória da Argentina sobre o México foi: reze para nascerem um Messi e um Tevez na mesma geração no seu país. Alemanha x Argentina não vai ser um jogo entre escolas diferentes, vai ser um jogo entre o método e a boa fortuna genética.
Estamos vendo ótimos jogos de futebol, nesta segunda fase. Mas, infelizmente, péssimas arbitragens. No segundo gol, em claro impedimento da Argentina, houve outro erro grosseiro. Desta vez o bandeirinha talvez ele estivesse atendendo o seu celular.
A vitória da Alemanha sobre a Inglaterra foi uma aula para todo o mundo.
A começar pelos comentaristas, incluindo, modestamente, eu, que tinham visto na derrota dos alemães para a Sérvia depois de arrasar com a Austrália um alerta contra primeiras impressões enganosas. Lição: a primeira impressão é que estava certa. A lição para a Inglaterra foi que não se forma um time em torno de dois jogadores de meio-campo, no caso Gerrard e Lampard, que não tem mais pernas para voltar quando perdem a bola.
Dois dos quatro gols da Alemanha nasceram de bolas perdidas na intermediária alemã por um meio-campo sem poder de recuperação. Gerrard e Lampard foram grandes, ainda chutam como ninguém, mas começam a sofrer de velhice, uma condição que cedo ou tarde afeta todo mundo mas é fatal para volantes com ambições de atacantes. Lição para todos foi o futebol enxuto da Alemanha, de poucos e precisos passes, que dá ao adversário a ilusão de ser o dono do jogo mas o liquida com quatro estocadas certeiras.
Em linguagem econômica, a seleção alemã foi um exemplo de relação custo-benefício, ou volume de jogo e bola na rede adversária, perfeita. E lição para a Fifa, é o que todo mundo espera, foi o grosseiro erro de arbitragem naquela bola chutada pelo Lampard que bateu no travessão e entrou pelo menos meio-metro dentro do gol. O juiz não viu e o bandeirinha, presumivelmente, estava comentando o jogo com alguém na arquibancada.
Com tantos recursos técnicos à sua disposição, só por conservadorismo incrustado ou birra a FIFA não toma providências para que isto não aconteça mais. E, além de todas essas lições, ainda tivemos aulas particulares de futebol objetivo dadas por Arne Friedrich, Sami Khedira, Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil e Thomas Müller.
Já a única lição sobre como ter sucesso no futebol da vitória da Argentina sobre o México foi: reze para nascerem um Messi e um Tevez na mesma geração no seu país. Alemanha x Argentina não vai ser um jogo entre escolas diferentes, vai ser um jogo entre o método e a boa fortuna genética.
Estamos vendo ótimos jogos de futebol, nesta segunda fase. Mas, infelizmente, péssimas arbitragens. No segundo gol, em claro impedimento da Argentina, houve outro erro grosseiro. Desta vez o bandeirinha talvez ele estivesse atendendo o seu celular.
Ficha Limpa e Renúncia
Helenilson Pontes (*)
A “Lei da Ficha Limpa” (Lei Complementar 135/2010), projeto de iniciativa popular que representará uma profunda transformação nos quadros da política brasileira, normalmente é encarada apenas como um instrumento que impedirá a candidatura de pessoas condenadas pelos crimes nela descritos.
No entanto, há um importantíssimo aspecto da Lei que vem sendo pouco lembrado. Trata-se da regra que considera inelegíveis os políticos que renunciaram aos seus mandatos para evitar as sanções decorrentes da cassação.
Segundo a nova Lei, são inelegíveis - para qualquer cargo - o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais que renunciarem a seus mandatos a partir da data do oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura.
Fica claro que a Lei eleitoral também imputou a inelegibilidade às pessoas que renunciaram aos seus mandatos. Assim, aqueles que renunciaram submetem-se a um período de inelegibilidade de 8 anos, que se inicia a partir do término da legislatura correspondente ao mandato renunciado. Vale dizer, aquele que renunciou a mandato cuja legislatura encerrou-se em 31.12.2002, fica inelegível até 31.12.2010; aquele que renunciou a mandato na legislatura que se concluiu em 31.12.2006, fica inelegível até 31.12.2014 e assim sucessivamente.
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu, na última semana, que a “Lei da Ficha Limpa” é aplicável às eleições de 2010, considerando que a inelegibilidade não constitui pena e abrange os fatos avaliados negativamente pelo legislador (tais como condenação e renúncia), mesmo quando tiverem ocorrido anteriormente à entrada em vigor da nova regra.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a regra eleitoral que prevê a inelegibilidade “não retroage para punir, mas sim busca colocar ao seu jugo os desmandos e malbaratações de bens e erário público cometidos por administradores. Não tem o caráter de apená-los por tais, já que na esfera competente e própria é que responderão pelos mesmos; mas sim resguardar o interesse público de ser novamente submetido ao comando daquele que novamente demonstrou anteriormente não ser a melhor indicação para o exercício do cargo”.
Decidiu a Corte que as novas disposições legais atingirão igualmente a todos aquele que, “no momento de formalização do registro da candidatura”, incidirem em alguma causa de inelegibilidade, não se podendo cogitar de direito adquirido às causas de inelegibilidade anteriormente previstas.
No que concerne à hipótese de renúncia de mandato, o período de inelegibilidade de 8 anos inicia-se do término da legislatura relativa ao mandato renunciado, o que permite que um político que renunciou já tenha sido eleito nas eleições subseqüentes para exercer um novo mandato. Ora, se ao tentar se registrar agora em 2010, para concorrer a um novo mandato, o político ainda estiver dentro do prazo de inelegibilidade de 8 anos, estará ele alcançado pela regra restritiva da nova Lei?
A decisão do TSE, embora não tenha respondido diretamente a esta pergunta, até porque não foi formulada, não abriu exceções à aplicação das novas regras sobre fatos (condenação ou renúncia) ocorridos no passado. Logo, considerando o decidido até o momento pelo TSE, e sem entrar no mérito do seu acerto ou desacerto, não há dúvida de que políticos condenados ou que renunciaram aos seus mandatos estão inelegíveis dentro do prazo legalmente fixado.
Evidentemente que teses jurídicas criativas surgirão no objetivo de criar na Lei e na decisão do TSE uma exceção que elas não contemplaram, pelo menos até agora. A palavra final sobre o destino da decisão do eleitor deverá ficar com o Supremo Tribunal Federal.
(*) Livre Docente em Legislação Tributária e Doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo/SP
A “Lei da Ficha Limpa” (Lei Complementar 135/2010), projeto de iniciativa popular que representará uma profunda transformação nos quadros da política brasileira, normalmente é encarada apenas como um instrumento que impedirá a candidatura de pessoas condenadas pelos crimes nela descritos.
No entanto, há um importantíssimo aspecto da Lei que vem sendo pouco lembrado. Trata-se da regra que considera inelegíveis os políticos que renunciaram aos seus mandatos para evitar as sanções decorrentes da cassação.
Segundo a nova Lei, são inelegíveis - para qualquer cargo - o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais que renunciarem a seus mandatos a partir da data do oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura.
Fica claro que a Lei eleitoral também imputou a inelegibilidade às pessoas que renunciaram aos seus mandatos. Assim, aqueles que renunciaram submetem-se a um período de inelegibilidade de 8 anos, que se inicia a partir do término da legislatura correspondente ao mandato renunciado. Vale dizer, aquele que renunciou a mandato cuja legislatura encerrou-se em 31.12.2002, fica inelegível até 31.12.2010; aquele que renunciou a mandato na legislatura que se concluiu em 31.12.2006, fica inelegível até 31.12.2014 e assim sucessivamente.
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu, na última semana, que a “Lei da Ficha Limpa” é aplicável às eleições de 2010, considerando que a inelegibilidade não constitui pena e abrange os fatos avaliados negativamente pelo legislador (tais como condenação e renúncia), mesmo quando tiverem ocorrido anteriormente à entrada em vigor da nova regra.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a regra eleitoral que prevê a inelegibilidade “não retroage para punir, mas sim busca colocar ao seu jugo os desmandos e malbaratações de bens e erário público cometidos por administradores. Não tem o caráter de apená-los por tais, já que na esfera competente e própria é que responderão pelos mesmos; mas sim resguardar o interesse público de ser novamente submetido ao comando daquele que novamente demonstrou anteriormente não ser a melhor indicação para o exercício do cargo”.
Decidiu a Corte que as novas disposições legais atingirão igualmente a todos aquele que, “no momento de formalização do registro da candidatura”, incidirem em alguma causa de inelegibilidade, não se podendo cogitar de direito adquirido às causas de inelegibilidade anteriormente previstas.
No que concerne à hipótese de renúncia de mandato, o período de inelegibilidade de 8 anos inicia-se do término da legislatura relativa ao mandato renunciado, o que permite que um político que renunciou já tenha sido eleito nas eleições subseqüentes para exercer um novo mandato. Ora, se ao tentar se registrar agora em 2010, para concorrer a um novo mandato, o político ainda estiver dentro do prazo de inelegibilidade de 8 anos, estará ele alcançado pela regra restritiva da nova Lei?
A decisão do TSE, embora não tenha respondido diretamente a esta pergunta, até porque não foi formulada, não abriu exceções à aplicação das novas regras sobre fatos (condenação ou renúncia) ocorridos no passado. Logo, considerando o decidido até o momento pelo TSE, e sem entrar no mérito do seu acerto ou desacerto, não há dúvida de que políticos condenados ou que renunciaram aos seus mandatos estão inelegíveis dentro do prazo legalmente fixado.
Evidentemente que teses jurídicas criativas surgirão no objetivo de criar na Lei e na decisão do TSE uma exceção que elas não contemplaram, pelo menos até agora. A palavra final sobre o destino da decisão do eleitor deverá ficar com o Supremo Tribunal Federal.
(*) Livre Docente em Legislação Tributária e Doutor em Direito Econômico pela Universidade de São Paulo/SP
Chuvas no Nordeste: raiva, pena, perplexidade
Leonardo Sakamoto (*)
Conheço bem a região que foi afetada pelas águas em Alagoas e Pernambuco. Sei que, como jornalista, pode pegar mal falar essas coisas, mas vendo as imagens na TV sinto uma raiva absurda por aquela situação, pelas justificativas dadas para a catástrofe e pela certeza de que aquilo acontecerá de novo. Pois tragédias causadas pela natureza são muito poucas. A grande maioria delas poderia ser evitada ou profundamente mitigada se houvesse ação humana no sentido de prevenir. Quando você visita aqueles locais sabe que as construções estão em locais impossíveis, que alguma desgraça iria acontecer mais cedo ou mais tarde.
Distribuir dinheiro é importante para fazer as pessoas comerem todo o dia e continuarem de pé. Mas o Estado devia passar por um “choque de gestão” – para usar um termo caro aos liberalóides – a fim de inverter suas prioridades. A pauta nas discussões da campanha eleitoral não deveria ser a construção de infraestrutura com dinheiro público para a produção e escoamento de mercadorias, mas infraestrutura para tornar a vida do cidadão pé-rapado minimamente aceitável. Quando se fala em asfalto e concreto, a principal carência no país não é, como nos fazem crer, a ausência de portos, rodovias, silos, entrepostos, aeroportos e sim de condições dignas de moradia, transporte, educação, enfim, estruturas que efetivem a cidadania dessa massa parda que serve como mão-de-obra barata para o crescimento.
“O Estado deveria garantir estrutura para que a economia cresça. Com o desenvolvimento econômico do país, as pessoas vão ganhar mais e poderão investir na educação de seus filhos e na reforma de suas casas. Haverá mais recursos nos caixas de governos estaduais e municipais que poderão, com parcimônia, ser utilizados para benefício social da população mais carente…” Quando alguém diz uma aberração dessas, não dá vontade de dar um “Pedala Robinho”? Na ditadura, era fazer crescer o bolo e depois dividir. Hoje é fazer crescer o bolo e, se sobrar migalhas, que os pobres se digladiem por elas.
Outra coisa: os locais atingidos pela água, além de deterem alguns dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do país, possuem também alta concentração de terras. Por isso, ao invés de mandar consolo em sobrevôos ou repassar recursos que nunca chegarão em sua totalidade ao Zé que perdeu tudo, o governo federal bem que poderia usar esse momento para promover uma reforma agrária de verdade na região, gerando uma mudança estrutural que esse povo precisa. A tragédia poderia ser usada como justificativa humanitária, uma vez que falta coragem para os governos até agora peitarem os coronéis e dividirem a terra.
Em suma, que tal canalizarmos esses sentimentos todos – raiva, pena, perplexidade… – em algo mais útil do que doar roupa e limpar nossa consciência? Que tal cobrarmos dos nossos candidatos ao que quer que seja que se comprometam a mudar as prioridades, uma vez que as atuais resultaram nesse mar de lama?
(*) Jornalista e Doutor em Ciência Política
Conheço bem a região que foi afetada pelas águas em Alagoas e Pernambuco. Sei que, como jornalista, pode pegar mal falar essas coisas, mas vendo as imagens na TV sinto uma raiva absurda por aquela situação, pelas justificativas dadas para a catástrofe e pela certeza de que aquilo acontecerá de novo. Pois tragédias causadas pela natureza são muito poucas. A grande maioria delas poderia ser evitada ou profundamente mitigada se houvesse ação humana no sentido de prevenir. Quando você visita aqueles locais sabe que as construções estão em locais impossíveis, que alguma desgraça iria acontecer mais cedo ou mais tarde.
Distribuir dinheiro é importante para fazer as pessoas comerem todo o dia e continuarem de pé. Mas o Estado devia passar por um “choque de gestão” – para usar um termo caro aos liberalóides – a fim de inverter suas prioridades. A pauta nas discussões da campanha eleitoral não deveria ser a construção de infraestrutura com dinheiro público para a produção e escoamento de mercadorias, mas infraestrutura para tornar a vida do cidadão pé-rapado minimamente aceitável. Quando se fala em asfalto e concreto, a principal carência no país não é, como nos fazem crer, a ausência de portos, rodovias, silos, entrepostos, aeroportos e sim de condições dignas de moradia, transporte, educação, enfim, estruturas que efetivem a cidadania dessa massa parda que serve como mão-de-obra barata para o crescimento.
“O Estado deveria garantir estrutura para que a economia cresça. Com o desenvolvimento econômico do país, as pessoas vão ganhar mais e poderão investir na educação de seus filhos e na reforma de suas casas. Haverá mais recursos nos caixas de governos estaduais e municipais que poderão, com parcimônia, ser utilizados para benefício social da população mais carente…” Quando alguém diz uma aberração dessas, não dá vontade de dar um “Pedala Robinho”? Na ditadura, era fazer crescer o bolo e depois dividir. Hoje é fazer crescer o bolo e, se sobrar migalhas, que os pobres se digladiem por elas.
Outra coisa: os locais atingidos pela água, além de deterem alguns dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do país, possuem também alta concentração de terras. Por isso, ao invés de mandar consolo em sobrevôos ou repassar recursos que nunca chegarão em sua totalidade ao Zé que perdeu tudo, o governo federal bem que poderia usar esse momento para promover uma reforma agrária de verdade na região, gerando uma mudança estrutural que esse povo precisa. A tragédia poderia ser usada como justificativa humanitária, uma vez que falta coragem para os governos até agora peitarem os coronéis e dividirem a terra.
Em suma, que tal canalizarmos esses sentimentos todos – raiva, pena, perplexidade… – em algo mais útil do que doar roupa e limpar nossa consciência? Que tal cobrarmos dos nossos candidatos ao que quer que seja que se comprometam a mudar as prioridades, uma vez que as atuais resultaram nesse mar de lama?
(*) Jornalista e Doutor em Ciência Política
domingo, 27 de junho de 2010
Blog também é cultura
Cuidado ao abrir nova aba no navegador!
Um dos mais respeitados especialistas em segurança, o norte-americano Michal Zalewski, descobriu uma forma dos hackers falsificarem barras de endereço no momento em que o internauta abre uma nova janela ou aba a partir de um link.
Segundo Zalewski divulgou em seu blog, usuários do navegador Firefox podem ser enganados achando que estão vendo uma página enquanto estão acessando uma versão falsa. Isso porque enquanto uma nova aba ou janela está sendo aberta, por um clique em link, alguém mal intencionado pode injetar conteúdo e manter um endereço falso, inventado, na barra.
Obviamente essa é uma operação complexa e poucos hackers têm conhecimento para tal façanha. No entanto, a descoberta mostra que as novas formas de interação de navegadores com sites criam brechas ainda desconhecidas ou inexploradas.
Zalewski informou a Mozilla sobre sua descoberta em abril e a vulnerabilidade deve ser corrigida no lançamento da versão 3.6.6.
Um dos mais respeitados especialistas em segurança, o norte-americano Michal Zalewski, descobriu uma forma dos hackers falsificarem barras de endereço no momento em que o internauta abre uma nova janela ou aba a partir de um link.
Segundo Zalewski divulgou em seu blog, usuários do navegador Firefox podem ser enganados achando que estão vendo uma página enquanto estão acessando uma versão falsa. Isso porque enquanto uma nova aba ou janela está sendo aberta, por um clique em link, alguém mal intencionado pode injetar conteúdo e manter um endereço falso, inventado, na barra.
Obviamente essa é uma operação complexa e poucos hackers têm conhecimento para tal façanha. No entanto, a descoberta mostra que as novas formas de interação de navegadores com sites criam brechas ainda desconhecidas ou inexploradas.
Zalewski informou a Mozilla sobre sua descoberta em abril e a vulnerabilidade deve ser corrigida no lançamento da versão 3.6.6.
Cresce a raiva contra a Fifa
Fábio Zanini (*)
A Fifa mete medo. Grande, poderosa, rica, espaçosa, não toma conhecimento de governos ou fronteiras. Protege de maneira obsessiva seus patrocinadores. Numa Copa do Mundo, dá as cartas e acabou. Os países que se submetam a suas vontades. Se não quiserem, há sempre um “plano B” para sediar o evento.
Aqui na África do Sul tudo isso foi ainda mais forte. É um país pobre, periférico e com democracia ainda imatura. Sua força para resistir e contra-argumentar é muito limitada.
Por isso, não surpreende que tenha ganhado força recentemente um sentimento contrário à gigante do futebol. Uma campanha é genial: algumas camisetas com o slogan “Fick Fufa” (algo como “Fida-se a Fofa”) apareceram na Cidade do Cabo (não vi, estou confiando na reportagem do jornal sul-africano “Mail & Guardian”, disparado o melhor e mais respeitado daqui).
Outra campanha diz MAFIFA, com o segundo F numa cor diferente, fazendo portanto um jogo de palavras com a palavra “máfia”.
Tem mais: uma companhia aérea de baixo custo, a Kulula, faz piada em seus anúncios com a proteção das marcas ligadas à Copa pela Fifa (ninguém sem autorização pode usar termos como “Copa do Mundo”, ou “África do Sul-2010”). Em suas propagandas, ela diz que é a “companhia aérea não oficial daquela coisa que não podemos mencionar”.
No rádio, numa outra propaganda, um homem falando com sotaque alemão se apresenta: “oi, sou aquela pessoa que está governando seu país durante este mês”. Referência a Sepp Blatter, presidente da Fifa.
A Copa do Mundo agrada à maioria dos sul-africanos, mas a mão pesada da Fifa forma esses bolsões de insatisfação. Pode haver uma justificativa legal e comercial para banir dos arredores dos estádios ambulantes e trabalhadores informais, em nome da proteção dos patrocinadores.
Mas a imagem que fica é a do velhinho do Soweto que não pode vender sua cervejinha na caixa de isopor para não desagradar à poderosa Budweiser. Uma coisa é adotar essa política na Alemanha; outra bem diferente, num país em que o setor informal é bem mais importante, como a África do Sul.
Isso sem falar de tiros que saíram pela culatra, como a prisão de 30 e tantas mocinhas vestidas de laranja, numa bem-pensada estratégia de marketing da Bavaria, outra cervejaria. Nada pior para a imagem da Fifa do que policiais levando mulheres bonitas para a delegacia.
A Fifa, a bem da verdade, é assim com todo mundo, não apenas com países pobres e fracos. Ontem mesmo o secretário-geral da entidade, o francês Jerôme Valcke, ameaçou a França pelo que viu como interferência governamental na federação local, após o fiasco da sua seleção na Copa. Tudo isso apenas porque o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu explicações sobre o que aconteceu.
Em 2014, será a vez de o Brasil sentir o bafo quente da entidade. Com receita de US$ 1 bilhão por ano, a Fifa é forte. E sabe disso.
(*) Jornalista esportivo - escreve para Folha de São Paulo
A Fifa mete medo. Grande, poderosa, rica, espaçosa, não toma conhecimento de governos ou fronteiras. Protege de maneira obsessiva seus patrocinadores. Numa Copa do Mundo, dá as cartas e acabou. Os países que se submetam a suas vontades. Se não quiserem, há sempre um “plano B” para sediar o evento.
Aqui na África do Sul tudo isso foi ainda mais forte. É um país pobre, periférico e com democracia ainda imatura. Sua força para resistir e contra-argumentar é muito limitada.
Por isso, não surpreende que tenha ganhado força recentemente um sentimento contrário à gigante do futebol. Uma campanha é genial: algumas camisetas com o slogan “Fick Fufa” (algo como “Fida-se a Fofa”) apareceram na Cidade do Cabo (não vi, estou confiando na reportagem do jornal sul-africano “Mail & Guardian”, disparado o melhor e mais respeitado daqui).
Outra campanha diz MAFIFA, com o segundo F numa cor diferente, fazendo portanto um jogo de palavras com a palavra “máfia”.
Tem mais: uma companhia aérea de baixo custo, a Kulula, faz piada em seus anúncios com a proteção das marcas ligadas à Copa pela Fifa (ninguém sem autorização pode usar termos como “Copa do Mundo”, ou “África do Sul-2010”). Em suas propagandas, ela diz que é a “companhia aérea não oficial daquela coisa que não podemos mencionar”.
No rádio, numa outra propaganda, um homem falando com sotaque alemão se apresenta: “oi, sou aquela pessoa que está governando seu país durante este mês”. Referência a Sepp Blatter, presidente da Fifa.
A Copa do Mundo agrada à maioria dos sul-africanos, mas a mão pesada da Fifa forma esses bolsões de insatisfação. Pode haver uma justificativa legal e comercial para banir dos arredores dos estádios ambulantes e trabalhadores informais, em nome da proteção dos patrocinadores.
Mas a imagem que fica é a do velhinho do Soweto que não pode vender sua cervejinha na caixa de isopor para não desagradar à poderosa Budweiser. Uma coisa é adotar essa política na Alemanha; outra bem diferente, num país em que o setor informal é bem mais importante, como a África do Sul.
Isso sem falar de tiros que saíram pela culatra, como a prisão de 30 e tantas mocinhas vestidas de laranja, numa bem-pensada estratégia de marketing da Bavaria, outra cervejaria. Nada pior para a imagem da Fifa do que policiais levando mulheres bonitas para a delegacia.
A Fifa, a bem da verdade, é assim com todo mundo, não apenas com países pobres e fracos. Ontem mesmo o secretário-geral da entidade, o francês Jerôme Valcke, ameaçou a França pelo que viu como interferência governamental na federação local, após o fiasco da sua seleção na Copa. Tudo isso apenas porque o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu explicações sobre o que aconteceu.
Em 2014, será a vez de o Brasil sentir o bafo quente da entidade. Com receita de US$ 1 bilhão por ano, a Fifa é forte. E sabe disso.
(*) Jornalista esportivo - escreve para Folha de São Paulo
Será que os caras estão atrasados???
Justiça do Pará condena homem após 28 anos de assassinato
Após 28 anos, o Tribunal do Juri de Rio Maria (790 km ao sul de Belém) condenou na última quinta-feira (24) a 20 anos de reclusão José Herzog pelo assassinato do produtor rural Belchior Martins Costa. Belchior foi morto no dia 2 de março de 1982.
Apesar da condenação, o réu continuará impune. O julgamento de Herzog foi à revelia, pois ele está foragido. A decisão tardia da Justiça é o desfecho de um processo que levou nove anos para ser aberto e de um crime que não foi investigado na época: a polícia não fez nem a perícia do corpo do lavrador.
Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), mesmo tendo envolvimento no crime, Herzog não é o principal acusado. Conforme a entidade ligada à Igreja Católica, o suposto mandante e também autor dos disparos seria o fazendeiro Valter Valente, "contra o qual há provas fortes", mas hoje com cerca de 80 anos de idade não será submetido a julgamento, informa nota da CPT.
A promotora do caso, Cristiane Magella Silva Corrêa disse que a demora do julgamento demonstra "as circunstâncias de funcionamento da Justiça no Pará. Onde há comarcas sem juízes e promotores e, quando existem, não há servidores". Segundo ela, a polícia não conta com estrutura para fazer o trabalho de investigação e, nesse cenário, as testemunhas têm medo de depor.
Nota do Blog: E voces acham que os moços de Brasilia estão preocupados com isso? Essa é a terra da Copa, das Olimpiadas, importante são as coligações politicas ... o resto são bobagens ... 28 anos para julgarem um crime .. Depois querem que o País seja levado a sério.
Após 28 anos, o Tribunal do Juri de Rio Maria (790 km ao sul de Belém) condenou na última quinta-feira (24) a 20 anos de reclusão José Herzog pelo assassinato do produtor rural Belchior Martins Costa. Belchior foi morto no dia 2 de março de 1982.
Apesar da condenação, o réu continuará impune. O julgamento de Herzog foi à revelia, pois ele está foragido. A decisão tardia da Justiça é o desfecho de um processo que levou nove anos para ser aberto e de um crime que não foi investigado na época: a polícia não fez nem a perícia do corpo do lavrador.
Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), mesmo tendo envolvimento no crime, Herzog não é o principal acusado. Conforme a entidade ligada à Igreja Católica, o suposto mandante e também autor dos disparos seria o fazendeiro Valter Valente, "contra o qual há provas fortes", mas hoje com cerca de 80 anos de idade não será submetido a julgamento, informa nota da CPT.
A promotora do caso, Cristiane Magella Silva Corrêa disse que a demora do julgamento demonstra "as circunstâncias de funcionamento da Justiça no Pará. Onde há comarcas sem juízes e promotores e, quando existem, não há servidores". Segundo ela, a polícia não conta com estrutura para fazer o trabalho de investigação e, nesse cenário, as testemunhas têm medo de depor.
Nota do Blog: E voces acham que os moços de Brasilia estão preocupados com isso? Essa é a terra da Copa, das Olimpiadas, importante são as coligações politicas ... o resto são bobagens ... 28 anos para julgarem um crime .. Depois querem que o País seja levado a sério.
Goodbye England team
E mais uma das chamadas grandes seleções volta para casa mais cedo.
Hoje foi a Inglaterra e que alias não fez uma copa dos sonhos.
Foi um time muito irregular o que mostra que o técnico Capello não conseguiu dar um padrão de jogo a sua equipe. Ficou exageradamente dependente de Ronney e este em más condições físicas não conseguiu manter o mesmo ritmo que vinha tendo na temporada inglesa. Dessa forma a geração de Gerard, Lampard, Ashley Cole, se encerra de maneira melancólica na seleção inglesa.
Alemanha 4x1 na seleção inglesa que teve um gol legítimo anulado mas que paga com juros e correção o gol validado em 1966 quando Inglaterra foi campeã mundial contra a mesma Alemanha tendo um gol que não entrou validado. Hoje veio o troco apenas que mais doído haja visto as 32 cameras que existem num campo de futebol vigiando a partida diferentemente de 1966 .
De qualquer forma, mesmo que o gol fosse legitimado o time do sr Capello não merecia seguir na competição. Adeus time da Inglaterra.
Hoje foi a Inglaterra e que alias não fez uma copa dos sonhos.
Foi um time muito irregular o que mostra que o técnico Capello não conseguiu dar um padrão de jogo a sua equipe. Ficou exageradamente dependente de Ronney e este em más condições físicas não conseguiu manter o mesmo ritmo que vinha tendo na temporada inglesa. Dessa forma a geração de Gerard, Lampard, Ashley Cole, se encerra de maneira melancólica na seleção inglesa.
Alemanha 4x1 na seleção inglesa que teve um gol legítimo anulado mas que paga com juros e correção o gol validado em 1966 quando Inglaterra foi campeã mundial contra a mesma Alemanha tendo um gol que não entrou validado. Hoje veio o troco apenas que mais doído haja visto as 32 cameras que existem num campo de futebol vigiando a partida diferentemente de 1966 .
De qualquer forma, mesmo que o gol fosse legitimado o time do sr Capello não merecia seguir na competição. Adeus time da Inglaterra.
Encerramento das atividades
Com tristeza fico sabendo que a partir da próxima 4 a. feira se encerrará as atividades do Restaurante Santo Antonio de propriedade de Joana Vinholte e que fica junto ao Posto de combustivel do mesmo nome.
Desde que aqui cheguei a junho de 2002 muitos almoços e confraternizações pudemos realizar naquele estabelecimento.
Muitas risadas foram dadas em momentos marcantes.
Com certeza que a mim como a outros companheiros deixará saudades.
Não foi nos dito os motivos, mas ao que parece o proprietário ira realizar obras por conta de obrigatoriedades contratuais com a Shell que é a bandeira do posto.
Um forte abraço e força a equipe de garçons e cozinheiros do Restaurante Santo Antonio
Desde que aqui cheguei a junho de 2002 muitos almoços e confraternizações pudemos realizar naquele estabelecimento.
Muitas risadas foram dadas em momentos marcantes.
Com certeza que a mim como a outros companheiros deixará saudades.
Não foi nos dito os motivos, mas ao que parece o proprietário ira realizar obras por conta de obrigatoriedades contratuais com a Shell que é a bandeira do posto.
Um forte abraço e força a equipe de garçons e cozinheiros do Restaurante Santo Antonio
E o pôr do sol?
Novamente tivemos o Grande Prêmio de Fórmula 1 na Europa mais precisamente no circuito de rua montado nos arredores do Porto de Valência na Espanha.
As imagens aéreas nos deram a dimensão afora da beleza do circuito, mas a perfeita convivência entre cidade, porto, armazéns, residências, prédios luxuosos, hotéis, com navios de um lado, luxuosos iates do outro e a cidade respira, inclusive turismo em alta escala.
Será que algum eco-chato faz campanha contra o porto por causa do pôr do sol que é "prejudicado”?
Bolsa Anistia
Procurador quer que Comissão de Anistia corte valor de indenizações
Marta Salomon, - Brasília
Pelo menos R$ 4 bilhões de indenizações a perseguidos políticos já pagas ou aprovadas pela Comissão da Anistia poderão ter os valores revistos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Proposta em análise no tribunal prevê a possibilidade de reduzir os benefícios concedidos aos anistiados.
"A revisão poderá gerar uma economia de milhões de reais aos cofres públicos", defende Marinus Marsico, procurador do Ministério Público junto ao TCU, autor da representação que está para ser votada.
"Não contesto a condição de anistiado político, mas os valores das indenizações concedidas a título de reparação econômica", disse o procurador ao Estado.
São alvo da representação, por ora, 9.371 benefícios já concedidos com base em uma lei de 2002. Ela estabeleceu o pagamento de indenização do Estado a vítimas de perseguição política até 1988, ano em que a Constituição foi aprovada.
A reparação econômica é maior quando a perseguição tiver causado perda do emprego, prevê a lei. Nesse caso, além do pagamento de um valor mensal ? cuja média atual é de aproximadamente R$ 3.000 ?, o anistiado tem direito ainda ao pagamento de valores retroativos a 1988.
A regra rendeu indenizações milionárias e pagamentos mensais próximos do teto salarial do funcionalismo público, atualmente em R$ 26,7 mil, o limite para o benefício.
Aposentadoria.
A proposta do TCU só deixa de lado as indenizações pagas em parcela única, de R$ 100 mil, no máximo. Elas representam menos de 5% do total de benefícios de prestação mensal já pagos e dos pagamentos retroativos já aprovados. As demais ? pouco mais de 95% do valor total aprovado ? deveriam ser tratadas como aposentadoria ou pensão e, como tal, ser submetidas à análise do tribunal, argumenta Marinus Marsico. Ele quer que a revisão comece pelos benefícios de valores mais altos.
O texto da representação do procurador do Tribunal de Contas da União cita três casos de indenizações que deveriam ser reduzidas. O primeiro deles é o benefício pago a Maria Pavan Lamarca, viúva de Carlos Lamarca, que desertou do Exército, virou guerrilheiro e foi morto em 1971.
General. Lamarca foi promovido a coronel, quando a promoção correta seria a capitão, argumenta a representação. Os valores pagos à viúva equivalem ao vencimento de general, completa o texto. "A remuneração mensal de R$ 11.444, bem como o pagamento retroativo de R$ 902 ,7 mil deveriam ser reduzidos", diz.
O documento também menciona os casos dos jornalistas Ziraldo Alves Pinto e Sérgio Jaguaribe, o Jaguar, fundadores do jornal Pasquim. Em 2008, ambos tiveram aprovado o pagamento retroativo de pouco mais de R$ 1 milhão cada um, além de indenização mensal de R$ 4.375.
"Está devidamente comprovada a perseguição política por eles sofrida, mas não há elementos suficientes que indiquem estar correta a indenização", argumenta o procurador. O pagamento de indenizações a anistiados políticos é tema de investigação no TCU desde 2006.
Revisão.
A auditoria apontou ainda erros no cálculos de alguns benefícios, como o da ex-ativista Maria Augusta Carneiro Ribeiro. Os valores do pagamento retroativo de R$ 1,5 milhão e de mais R$ 8.200 mensais autorizado pela Comissão da Anistia foram revistos depois disso. É um dos poucos casos de revisão.
O tribunal chegou a suspender, por meio de cautelar, parte dos pagamentos retroativos concedidos, mas uma nova votação liberou os benefícios em dezembro de 2008.
A mudança foi conduzida pelo ministro Benjamin Zymler, o mesmo que pediu vista e conseguiu adiar mais uma vez a decisão do TCU sobre a revisão dos benefícios, no ano passado. Procurado pelo Estado, ele informou, por meio da assessoria, que a proposta será levada a votação nos próximos dias.
Nota do Blog - Interessante que ninguém menciona qualquer coisa a respeito da indenização do soldado Mário Kozel Filho, que teve seu corpo dilacerado e espalhado por vários lugares devido a uma bomba com 50 kgs de dinamite e em cujo carro se encontrava tal de Dulce “Judith”). Isso sem contar que Diógenes José Carvalho de Oliveira um dos 10 terroristas que mataram o soldado Mário Kozel Filho recebeu uma indenização de R$ 400.337,73 e mais uma pensão mensal vitalícia, livre de imposto de renda. Mário Kozel que era um simples soldado que estava de guarda no Quartel do II Comando Militar em 26 de junho de 1968 foi promovido pós morte para Sargento e sua família que antes recebia R$ 300,00 de indenização através de decreto de 2005 recebe R$ 1.140,00 por mês . Bem diferente para quem jogou a bomba e lhe tirou a vida.
Marta Salomon, - Brasília
Pelo menos R$ 4 bilhões de indenizações a perseguidos políticos já pagas ou aprovadas pela Comissão da Anistia poderão ter os valores revistos pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Proposta em análise no tribunal prevê a possibilidade de reduzir os benefícios concedidos aos anistiados.
"A revisão poderá gerar uma economia de milhões de reais aos cofres públicos", defende Marinus Marsico, procurador do Ministério Público junto ao TCU, autor da representação que está para ser votada.
"Não contesto a condição de anistiado político, mas os valores das indenizações concedidas a título de reparação econômica", disse o procurador ao Estado.
São alvo da representação, por ora, 9.371 benefícios já concedidos com base em uma lei de 2002. Ela estabeleceu o pagamento de indenização do Estado a vítimas de perseguição política até 1988, ano em que a Constituição foi aprovada.
A reparação econômica é maior quando a perseguição tiver causado perda do emprego, prevê a lei. Nesse caso, além do pagamento de um valor mensal ? cuja média atual é de aproximadamente R$ 3.000 ?, o anistiado tem direito ainda ao pagamento de valores retroativos a 1988.
A regra rendeu indenizações milionárias e pagamentos mensais próximos do teto salarial do funcionalismo público, atualmente em R$ 26,7 mil, o limite para o benefício.
Aposentadoria.
A proposta do TCU só deixa de lado as indenizações pagas em parcela única, de R$ 100 mil, no máximo. Elas representam menos de 5% do total de benefícios de prestação mensal já pagos e dos pagamentos retroativos já aprovados. As demais ? pouco mais de 95% do valor total aprovado ? deveriam ser tratadas como aposentadoria ou pensão e, como tal, ser submetidas à análise do tribunal, argumenta Marinus Marsico. Ele quer que a revisão comece pelos benefícios de valores mais altos.
O texto da representação do procurador do Tribunal de Contas da União cita três casos de indenizações que deveriam ser reduzidas. O primeiro deles é o benefício pago a Maria Pavan Lamarca, viúva de Carlos Lamarca, que desertou do Exército, virou guerrilheiro e foi morto em 1971.
General. Lamarca foi promovido a coronel, quando a promoção correta seria a capitão, argumenta a representação. Os valores pagos à viúva equivalem ao vencimento de general, completa o texto. "A remuneração mensal de R$ 11.444, bem como o pagamento retroativo de R$ 902 ,7 mil deveriam ser reduzidos", diz.
O documento também menciona os casos dos jornalistas Ziraldo Alves Pinto e Sérgio Jaguaribe, o Jaguar, fundadores do jornal Pasquim. Em 2008, ambos tiveram aprovado o pagamento retroativo de pouco mais de R$ 1 milhão cada um, além de indenização mensal de R$ 4.375.
"Está devidamente comprovada a perseguição política por eles sofrida, mas não há elementos suficientes que indiquem estar correta a indenização", argumenta o procurador. O pagamento de indenizações a anistiados políticos é tema de investigação no TCU desde 2006.
Revisão.
A auditoria apontou ainda erros no cálculos de alguns benefícios, como o da ex-ativista Maria Augusta Carneiro Ribeiro. Os valores do pagamento retroativo de R$ 1,5 milhão e de mais R$ 8.200 mensais autorizado pela Comissão da Anistia foram revistos depois disso. É um dos poucos casos de revisão.
O tribunal chegou a suspender, por meio de cautelar, parte dos pagamentos retroativos concedidos, mas uma nova votação liberou os benefícios em dezembro de 2008.
A mudança foi conduzida pelo ministro Benjamin Zymler, o mesmo que pediu vista e conseguiu adiar mais uma vez a decisão do TCU sobre a revisão dos benefícios, no ano passado. Procurado pelo Estado, ele informou, por meio da assessoria, que a proposta será levada a votação nos próximos dias.
Nota do Blog - Interessante que ninguém menciona qualquer coisa a respeito da indenização do soldado Mário Kozel Filho, que teve seu corpo dilacerado e espalhado por vários lugares devido a uma bomba com 50 kgs de dinamite e em cujo carro se encontrava tal de Dulce “Judith”). Isso sem contar que Diógenes José Carvalho de Oliveira um dos 10 terroristas que mataram o soldado Mário Kozel Filho recebeu uma indenização de R$ 400.337,73 e mais uma pensão mensal vitalícia, livre de imposto de renda. Mário Kozel que era um simples soldado que estava de guarda no Quartel do II Comando Militar em 26 de junho de 1968 foi promovido pós morte para Sargento e sua família que antes recebia R$ 300,00 de indenização através de decreto de 2005 recebe R$ 1.140,00 por mês . Bem diferente para quem jogou a bomba e lhe tirou a vida.
Alô Receita Federal
Deu no Blog do Ancelmo Góis no O Globo
Mundo dos bacanas
Acaba de ser vendido um apartamento de 400 metros quadrados do edifício construído na Praia de Ipanema esquina com Jardim de Alah, ali onde ficava um posto Esso.
Sabe quanto custou? Uns R$ 12 milhões.
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Sabe quanto custou? Uns R$ 12 milhões.
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