sábado, 31 de março de 2012

PCB ou PCdoB: afinal, qual deles tem de fato 90 anos?

Hildegard Angel (*) 

A festa dos 90 anos do Partido Comunista Brasileiro se estendeu até depois das duas da manhã de sexta-feira passada, no Clube dos Advogados, na sede da OAB, no Rio de Janeiro. Foi chamada de Festa Vermelha, com um show de MPB reunindo artistas filiados ao próprio partido, vindos de todos os Estados brasileiros. 

Anita Leocádia, a filha do Cavaleiro da Esperança, Luis Carlos Prestes, e de Olga Benário e o secretário-geral do partido, Ivan Pinheiro, lá estavam, recepcionando e também sendo prestigiados pela presença das delegações estrangeiras, que viajaram especialmente para a celebração, de Síria, Grécia, Alemanha, Venezuela, Cuba e Colômbia. Foi um apoio maciço e expressivo, verdadeira onda vermelha. Jornalista de todo o país. De Minas Gerais, o combativo sempre Laerte Braga. Presença também de figuras emblemáticas do comunismo, como o intelectual português Miguel Urbano. 

Curiosamente, não foi uma festa de velhos. Chamou a atenção a grande quantidade de jovens na Festa Vermelha. Muitos, mas muitos estudantes mesmo... Notou-se um certo cuidado do PCB em não estabelecer confronto com o PCdoB, este tão preocupado, nas chamadas na televisão, em aparentar legitimidade ao comemorar os mesmos 90 anos. ...Mas esta Hildezinha, que nada sonega a vocês, nem teme confrontos quando a questão é deixar as coisas às claras, vai tocar neste ponto delicado, sim... 

Em 1962, quando era ministro de Jango, Darcy Ribeiro, durante um congresso do Partido Comunista do Brasil, fundado em 1922, sugeriu que este passasse a se chamar Partido Comunista Brasileiro. Darcy alegou que "do Brasil" dava margem a pensarem que se tratava do braço de alguma organização estrangeira e não de um partido político legitimamente nacional. Votada a proposta de Darcy, a maioria acolheu a mudança e o dito Partidão chamou-se a partir daí Partido Comunista Brasileiro...

Aproveitando-se disso, a minoria perdedora abandonou o Partidão e fundou um novo partido comunista, com o mesmo nome do antigo Partido Comunista "do Brasil". Como vemos, não foi uma dissidência por questão política, mas por questão semântica. 
Melhor explicando: o atual PCdoB nasceu, em 1962, de um oportunismo semântico... 

Daí que seus fundadores erram na conta quando, em vez de celebrar os reais 30 anos que têm, mais uma vez professam o oportunismo de seu DNA e comemoram, como se deles, os 90 anos daquele partido comunista que eles abandonaram... 

Hoje, o PCdoB é Poder, na base do Governo. Tem o Ministério dos Esportes e tem uma série de ONGs. É um partido complicado. Difícil estar nele e lidar com ele sem ser vítima de toda essa complicação. Pelo que tenho observado, Orlando Silva foi uma das vítimas dessa estrutura, digamos, complicada... 

Hildezinha é uma colunista social eclética, com punhos de renda, porém com um algo mais. Ousa falar das rendas dos de alta renda, das rendas dos de baixa renda e dos babados da nossa política, da nossa economia e da nossa cultura em geral. Gostaram?

(*) Umas das mais respeitadas jornalistas do Rio de Janeiro. Durante mais de 30 anos foi colunista no jornal O Globo, quer cobrindo a sociedade (com seu nome e também com o pseudônimo Perla Sigaud), quer cobrindo comportamento, artes e TV, tendo assinado por mais de uma década a primeira coluna de TV daquele jornal. Nos últimos anos, manteve uma coluna diária no Jornal do Brasil, onde também criou e editou um caderno semanal à sua imagem e semelhança, o Caderno H. Com passagem pelas publicações das grandes editoras brasileiras - Bloch, Três, Abril, Carta, Rio Gráfica - e colaborações também em veículos internacionais, Hildegard talvez seja a colunista social com maior trânsito no país.” 

Palmeiras voltou a sua realidade

O Palmeiras jogando hoje a tarde no Pacaembú em São Paulo conseguiu a proeza de perder para o time do Mirassol,  um time de uma qualidade bem sofrível. 

Como já escrevemos por várias vezes não se trata de perder uma partida, mas, como se perde. 

Um time apático, sem vibração, sem jogadas e atuando da mesma maneira medíocre como no ano passado. Jogando de lado e para trás sem objetividade mostrando não um time, mas um bando. 

O Mirassol que não tinha nada a perder e jogando retrancado e tentando algo na base do contra ataque fez 1x0 e o que é pior perdeu outros tantos gols e que não seria nada difícil de sair de São Paulo com uma vitória por três ou mais gols. 

Enquanto os demais times entram numa crescente com seus time entrando em ritmo de jogo e atuando de maneira convincente, o Palmeiras, tal qual o ano passado que começou bem já entra em fase de declínio. 

Vinha invicto e perdeu para o Corinthians. 
Ganhou as duras penas no meio da semana e tomando sufoco e hoje perdeu para um time de qualidade sofrível. 

Cada vez mais me convenço que será muito difícil ver meu time novamente campeão de algum torneio. 

De há muito ele entra apenas para participar e ser coadjuvante e não o artista principal.

Desemperra Gurgel

Revista Isto É Independente 

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido como o engavetador de processos e denúncias contra políticos e gente graúda. Nas suas mãos, tudo parava e a sensação era a de que quem tinha poder jamais se tornaria réu. Nove anos se passaram desde que Brindeiro deixou o cargo, mas o enredo de lentidão – e consequente impunidade – nos processos se repete. Agora sob o comando de Roberto Gurgel, o Ministério Público Federal volta a ser visto como um obstáculo ao desfecho das ações penais. A diferença entre o procurador escolhido por FHC e o indicado pela presidenta Dilma Rousseff está na forma de agir. Enquanto o primeiro arquivava os inquéritos sem constrangimentos com uma simples canetada, Roberto Gurgel fica inerte diante das acusações encaminhadas pela Polícia Federal. No caso relacionado ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO), Gurgel só agiu depois de pressionado pela opinião pública. 

Na mesa do procurador-geral da República estão parados 4.346 processos. Entre eles, ações movidas pela PF contra pelo menos dois governadores e uma dezena de parlamentares. Um dos processos envolve o governador Pedro Dias (PP), do Amapá. Em setembro de 2010, a Operação Mãos Limpas levou-o para a cadeia sob a acusação de chefiar um esquema de desvio de recursos públicos. A operação vai completar dois anos sem que Gurgel sequer tenha oferecido denúncia contra a suposta quadrilha comandada por Dias. No Distrito Federal, o ex-governador José Roberto Arruda também segue a vida com tranquilidade graças à inação da procuradoria. Em novembro de 2009, um vídeo no qual Arruda aparecia recebendo R$ 50 mil resultou na prisão do político do DEM, que tinha índices de apoio popular que beiravam os 80%. Arruda perdeu o cargo, o partido e a liberdade por dois meses. Hoje, mais de dois anos depois, o símbolo do esquema que abalou o GDF ainda não sofreu nenhuma acusação formal pelo Ministério Público. 

A lista de políticos que se beneficiam com o engavetamento dos processos não se restringe a quem Gurgel deixa de denunciar. Parlamentares réus em ações ou que respondem a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) ganham tempo quando os casos chegam ao Ministério Público para análise do procurador-geral. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) é um dos exemplos. Desde agosto do ano passado, um processo que investiga a participação da ex-prefeita de São Paulo em fraudes em licitações está parado no MP. O procurador também não analisou a ação que acusa o senador Romero Jucá (PMDB-RR) de crime de responsabilidade e a que denuncia o senador Lobão Filho (PMDB-MA) por formação de quadrilha e uso de documentos falsos. 

A importância do procurador-geral para o andamento de processos contra autoridades foi sintetizada pelo ministro Ayres Britto em 2011 ao julgar um pedido feito por Gurgel para arquivar uma ação envolvendo o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). “Nos casos de crime ensejador de ação penal pública, quando o chefe do Ministério Público Federal se pronuncia pelo arquivamento do inquérito ou de quaisquer peças de informação, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que tal pronunciamento é de ser acolhido sem possibilidade de questionamento”, escreveu Ayres Britto. Exatamente pelo motivo apontado por Ayres Britto, a conduta do atual procurador tem causado celeuma nos bastidores do STF. Ministros reclamam que os mais de quatro mil processos paralisados no gabinete de Gurgel atravancam as investigações.

Chocolate para todos os males

Estadão - Saúde  

Da prevenção de doenças do coração ao alívio do estresse, não faltam boas razões para incluir porções de chocolate no seu cardápio - todas atestadas pela Ciência. 
Quem responde pelos benefícios da guloseima são os flavonoides, poderosos antioxidantes presentes no cacau que têm uma porção de efeitos positivos sobre o organismo. Com propriedades anti-inflamatórias, eles são capazes, entre outras coisas, de reduzir a pressão sanguínea e de melhorar a resistência à insulina, hormônio que carrega a glicose para dentro das células, o que pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2. 

Por isso, quanto maior a quantidade de cacau melhor. Não à toa a grande vedete é o chocolate amargo, lotado do ingrediente. O ideal é consumir as versões com, no mínimo, 70% dele. 

Mas atenção: aqui não vale a máxima quanto mais, melhor - 30 gramas por dia bastam para manter a saúde sem pesar na balança. O chocolate é muito calórico - chega a ter 530 calorias em cada 100 gramas. Daí que exagerar na dose leva ao ganho de peso. E, como os quilos extra são a origem de vários males, o tiro sairá pela culatra. 

Para manter o coração saudável 
O risco de doenças cardiovasculares é menor em quem come chocolate regularmente. O dado é de um estudo publicado pela Universidade de Cambridge, que avaliou mais de cem mil pessoas. O consumo regular foi associado a uma queda de 37% nas doenças cardiovasculares e de 29% nos derrames. ...Para controlar a pressão 

Basta um pequeno quadradinho por dia para baixar a pressão sanguínea. Um estudo alemão, que monitorou quase 20 mil pessoas ao longo de dez anos, constatou que aqueles que consumiam em média 7,5 gramas do doce por dia tinham pressão mais baixa do que os que comiam menos do que isso. Sabe-se que o chocolate possui uma ação vasodilatadora, que pode explicar esse efeito. 

Aparentemente, seus componentes aumentam a disponibilidade de óxido nítrico das células da parede dos vasos - gás que, quando liberado, ajuda na contração muscular deles. 

Para equilibrar os níveis de colesterol 
Estudos em laboratório sugerem que o chocolate estimula a produção do HDL, o famoso bom colesterol, e reduz a do LDL, mais conhecido como colesterol ruim. O mecanismo ainda é desconhecido, mas suspeita-se de uma ação sobre as proteínas envolvidas na fabricação dessas moléculas. O cacau também impede a oxidação da gordura ruim (LDL), evitando que placas se acumulem nos vasos. O resultado? Menos chance das perigosas obstruções que levam a enfartes e derrames. 

Para ficar de bem com a balança 
É difícil acreditar, mas esse alimento altamente calórico pode ajudar a emagrecer. O segredo estaria na capacidade de promover saciedade, sugere um estudo da Universidade Real de Copenhagen, na Dinamarca. Novamente, o benefício está associado ao consumo do tipo amargo. Os voluntários que consumiam um pedacinho dessa versão pela manhã ingeriram 15% menos calorias ao longo do dia do que aqueles que preferiam o tipo ao leite. 

Especialistas também suspeitam que as substâncias 2-feniletilamina (PEA) e N-aciletanolaminas, presentes no chocolate, reduzem a fome. Elas teriam ação similar à das anfetaminas. 

Para domar o estresse 
O cacau possui um coquetel de substâncias relacionadas ao bem-estar - além dos carboidratos, substâncias como triptofano, teobromina, feniletilamina, fenilalanina e tirosina melhoram o humor. 

Uma pesquisa constatou que indivíduos altamente estressados conseguiram controlar a tensão comendo apenas 40 gramas de chocolate amargo por dia ao longo de duas semanas. Os cientistas observaram que essa quantidade reduz o níveis dos hormônios do estresse e outros marcadores bioquímicos da ansiedade. Novamente, os mecanismos ainda não foram totalmente elucidados. 

Para fortalecer as defesas do corpo 
Pesquisas sugerem que o cacau aumenta a imunidade, estimulando a produção de linfócitos, um tipo de glóbulo branco que defende o organismo contra vírus e bactérias. 

Para se recuperar após o treino 
Beber chocolate após uma sessão de atividade física ajuda na recuperação muscular e ajudar a se preparar para o próximo treino. O dado é de uma pesquisa que acompanhou corredores e avaliou proteínas musculares envolvidas na síntese do tecido. Aqueles que ingeriram a bebida tiveram um aumento nos marcadores que sinalizam a presença dessas substâncias, sugerindo que neles a atividade de reconstrução muscular era maior. 

Caçada humana

Marcos Caetano (*) para O Estado de S.Paulo 

No último domingo eu comentei o jogo Santos x Bragantino, na Vila Belmiro, para a TV. Embora muitas vezes já tivesse visto Neymar em ação num estádio, foi a primeira vez que eu acompanhei sua atuação com o envolvimento e atenção que a função de comentarista exige. Além disso, nada como comentar uma partida na cabine do estádio, uma vez que nas transmissões feitas em estúdio, as câmeras estão normalmente com foco em quem está com a bola, não permitindo que o pobre analista consiga ver a movimentação de todos. O envolvimento e a proximidade permitiram que eu pudesse testemunhar uma autêntica caçada humana, cuja presa tem juba de leão e atende pelo nome de Neymar. 

Quando eu li as estatísticas da partida e constatei que o Bragantino era a equipe mais faltosa do Campeonato Paulista, com os três primeiros nomes da lista de jogadores mais faltosos da competição, esperei pelo pior. E o pior veio. Não que o Braga seja um time tosco, pois não é. Tem bom passe, um dos melhores ataques do campeonato e luta com boas chances para estar entre os oito melhores da tabela. Só que, para o infortúnio do jovem santista, a proposta de jogo dos rivais incluía o cada vez mais manjado recurso das faltinhas para parar as jogadas. E o problema dessa tática, para os talentosos, é que quanto mais bonita é a jogada, maior a vontade de pará-la - e maior a intensidade das faltas. Neymar, muito, mas muito acima do nível dos demais em campo, pagou o pato. 

"Neymar é cai-cai". Todo mundo que acompanha futebol já ouviu essa frase. Acho até que, no começo da carreira, ele foi assim. Mas já faz um bom tempo que sua atitude mudou. Hoje, grosso modo, de cada dez vezes que o garoto cai, sete ou oito são por conta de pancadas. As outras duas são para fugir de pancadas. Simulação? Ele ainda não é como Messi, que jamais simula e, muitas vezes, recebe a falta e prefere se reerguer para continuar a jogada. Mas Neymar hoje simula bem pouco. E o mais revoltante é constatar que, por conta da injusta fama de cai-cai, para cada dez faltas que sofre, só seis ou sete são marcadas. 

No jogo do domingo, ele levou tapa na cara, cotovelada no queixo e botinadas de absolutamente todos os matizes. O lado cruel de tudo isso é que, quando foi reclamar com um zagueiro que bateu mais duro que seus companheiros do triste sistema de rodízio de faltas, ouviu do algoz: "Deus te abençoe". O que foi isso? Humor negro? Se essas histórias fossem exclusividade da zaga do Bragantino, nem seriam tão trágicas. A tragédia é que sabemos que outros times, do Paulistão e da Libertadores, times grandes, inclusive, usam a mesma tática para tentar impedir Neymar de produzir a coisa que os que pagam ingresso ou são assinantes de pay-per-view mais querem ver: lindas jogadas. 

É por isso que eu insisto: enquanto a arbitragem não for verdadeiramente orientada a proteger os craques - e, com eles, o espetáculo -, o futebol jamais atingirá todo o seu potencial de entretenimento e atração de público. 

(*) Jornalista e comentarista esportivo 

Blog também é cultura

31 de março de 1964 - Golpe de Estado no Brasil  

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 O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram no dia 1 de abril de 1964, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango. Entre os militares brasileiros, o evento é designado como Revolução de 1964 ou Contrarrevolução de 1964. 

Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). 

O golpe estabeleceu um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos da América e  acarretou profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964.

O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1960. 
Jânio renunciou ao mandato no mesmo ano de sua posse (1961), e quem deveria substituí-lo automaticamente e assumir a Presidência era João Goulart, segundo a Constituição vigente à época, promulgada em 1946. Porém este se encontrava em uma viagem diplomática na República Popular da China. Militantes então acusaram Jango de ser comunista e o impediram de assumir seu lugar como mandatário no regime presidencialista. 

Depois de muita negociação, lideradas principalmente pelo cunhado de Jango, Leonel de Moura Brizola, na época governador do Rio Grande do Sul, os apoiadores de Jango e a oposição acabaram fazendo um acordo político pelo qual se criaria o regime parlamentarista, passando então João Goulart a ser chefe-de-Estado. 

Moqueca Baiana

Rendimento: 4 pessoas 
Tempo: 50 minutos 
Fácil 

INGREDIENTES 
1 kg de peixe (cambucu ou cação) em postas grossas 
1 limão 
Sal a gosto 
2 dentes de alho amassados 
Pimenta-do-reino moída na hora a gosto 
3 de tomates maduros picados 
1 cebola grande cortada em cubos
½ pimentão verde, cortado em cubos 
½ pimentão vermelho cortado em cubos 
½ pimentão amarelo cortado em cubos 
3 ramos de coentro 
3 colheres de sopa de azeite de dendê 
6 colheres de sopa de azeite extravirgem 
200 ml de leite de coco e a mesma medida de água 
Camarões miúdos ou camarões secos (opcional) 

PREPARO 
Tempere as postas de peixe com suco do limão, sal e a pimenta-do-reino.
Reserve. 
Numa panela grande, coloque o azeite de oliva, a cebola, o alho amassado e deixe fritar bem. 
Em seguida, coloque os tomates picados (com semente e tudo), os pimentões cortado em cubos e, se gostar, mais um pouco de pimenta-do-reino. 
Coloque as postas de peixe ajeitando com cuidado. 
Coloque o leite de coco. 
Em seguida, o azeite de dendê, o coentro e a mesma medida da garrafa que veio o leite de coco com água. 
Tampe a panela. 
Deixe em fogo alto até levantar fervura. 
Depois, baixe o fogo e deixe cozinhar por 15 minutos. 

Dica do chefe:  
O ideal é preparar em panelas de barro, mas, se não tiver, pode fazer na panela que tiver em casa. Recomendo que seja menor e menos funda. Sirva com arroz branco e um pirão. 

Receita do restaurante Na Cozinha (rua Hadock Lobo, 955, Jardins, em São Paulo.
telefone : (11) 3063-5377 

A piada que oprime

Conrado Hübner Mendes (*) para O Estado de S.Paulo 

Alguns membros de uma jovem geração de comediantes no Brasil perderam o tom. No seu repertório incluíram, entre outras coisas, piadas que relativizam a gravidade do estupro, reciclam clichês pré-abolicionistas, espalham desinformação histórica e repisam estigmas de todo tipo - de classe, de gênero, de feição física, estética, e assim por diante. Piadas, pois, sem muita nuance ou sensibilidade crítica. Parte do público se cansou e, mais atento a essa modalidade de discriminação, passou a denunciar ou até a recorrer às vias judiciais. Embora, ao que parece, tais reações tenham surgido a partir de episódios isolados nos últimos meses, a ocasião suscita, uma vez mais, a pergunta sobre as responsabilidades e os limites do humor (e da profissão de humorista). 

A pergunta, de imediato, poderia ser abordada pelo ângulo jurídico. Teríamos, nesse caso, de investigar se há algum choque entre direitos individuais ou coletivos, tanto do humorista quanto daqueles que se sintam afetados pela piada, e resolver o caso concreto a partir desse contraste e ponderação. Essa pergunta, porém, pressupõe outra mais importante e abrangente: numa sociedade comprometida tanto com a proteção da liberdade quanto com a promoção da igualdade, como lidar com a piada discriminatória? Independentemente do que diga a lei, até onde se deve tolerar o humor que fere esses valores? Supondo que nosso dever de tolerância não seja ilimitado, como e quando reagir? 

Num mundo imaginário de sujeitos inteiramente autônomos, delega-se tal problema à consciência dos indivíduos e ao debate público. Críticos culturais, jornalistas e cidadãos em geral dariam conta de manter o mau gosto e o preconceito sob controle, sem necessidade de intervenção do aparato legislativo e judicial. Todos seriam igualmente livres para se expressar e as ideias que, eventualmente, resistissem ao escrutínio público e à censura social sobreviveriam. As outras, reprovadas no teste de qualidade, cairiam no esquecimento. O próprio humorista, para se manter relevante, teria de negociar informalmente com o seu público as margens do aceitável. Calibraria, a partir daí, uma medida de autocontenção para não desaparecer nesse livre e exigente mercado de piadas. Em suma, a autorregulação se bastaria. 

BR 163 e o desmatamento

Plano ambiental para rodovia no sul do Pará patina e desmatamento avança  

Estadão 

O Plano BR-163 Sustentável, criado para reduzir os impactos da pavimentação da segunda parte da rodovia Cuiabá-Santarém, que corta uma área do Pará que ainda estava relativamente preservada, teve apenas 43% de suas ações cumpridas seis anos após sua implementação - e o desmatamento na região aumentou. A obra, por outro lado, chegou a 50% dos 978 km prometidos entre Santarém (PA) e Guarantã do Norte (MT). Os dados são de análise do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) com base em informações do governo. 

Segundo a análise, o ponto mais crítico é o de ordenamento fundiário (legalização de terras e realização de assentamentos rurais): 75% das ações não foram feitas e 13% estão em execução. Em relação ao uso sustentável, 40% dos projetos não saíram do papel. ....Os dados estatísticos, porém, não traduzem a situação que movimentos sociais, indígenas, extrativistas e trabalhadores rurais, que ajudaram a elaborar o plano, vivem na prática. 

Há oito anos, quando o governo federal anunciou a retomada de obras na rodovia, que estava asfaltada só em Mato Grosso, o temor do aumento de desmate levou à elaboração do plano. Foram reunidos 17 ministérios e inúmeras organizações que vivem no local. Essas entidades que alertam para os problemas. 

Reunidas no navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, em Santarém, na quarta-feira, cerca de 60 pessoas avaliaram o relatório do GTA e elaboraram uma carta que será enviada à Casa Civil. O grupo avaliou a qualidade das ações consideradas executadas e disseram que, na prática, a pressão sobre a mata continua. Nesses seis anos, o desmate no local aumentou cerca de 6 mil km². 

Eles afirmam, por exemplo, que as reservas extrativistas (Resex) Verde Para Sempre, Renascer e Tapajós-Arapiuns enfrentam a invasão de madeireiros e fazendeiros. De acordo com Rosa Maria Moraes Viegas, que trabalha na Diocese de Santarém na Renascer, moradores estão vendendo suas terras. "Tem muita gente sendo convencida pelo pessoal que está comprando as terras de que eles não poderão mais tirar seu sustento da floresta. No lugar entram os bois. E o Estado não está presente", diz. 

Sobrevoo. 
De acordo com Rubens Gomes, diretor do GTA, os movimentos devem apresentar as metas que consideram mais urgentes em uma reunião com 11 ministros para tentar apressar a retomada das ações. Ele alerta também para o roubo de madeira nas unidades de conservação. "Temos notícia que o montante retirado da Floresta Nacional de Trairão chega a 100 m³/ano. Não é pequena operação." 

Após a reunião, a reportagem realizou um sobrevoo em um avião do Greenpeace na região da BR-163 entre Santarém e Moraes de Almeida, ao sul no Pará, para visualizar o problema. 

É possível ver no entorno de Santarém plantações de soja que ilham a floresta, tapetes verdes com isoladas castanheiras, que não podem ser derrubadas, mas que não vão sobreviver sem a mata. Logo depois, aparece o maciço preservado da Floresta de Tapajós e outras unidades de conservação. Mas estradas de terra denunciam a extração ilegal de madeira, e pastos degradados pressionam a vegetação natural. 

O local mais crítico é a Floresta Nacional de Trairão, onde pátios com várias árvores derrubadas mostram que a atividade madeireira é permanente ali. Em Moraes de Almeida, do alto, tudo o que vemos são madeireiras. 

Procurada, a Casa Civil informou, por meio de nota, que 61% das ações foram ou estão em execução. "A BR-163 continua sendo área prioritária de governo e, por isso, estamos intensificando e acelerando os trabalhos em um esforço conjunto com os ministérios setoriais", afirma a nota. 

Num País sério isso é corrupção

Doação de empresa que vendeu lanchas é 'malfeito', diz ex-ministro da Pesca 

Estadão 

Deputado Luiz Sérgio
Sucessor de Ideli Salvatti no Ministério da Pesca, o deputado petista Luiz Sérgio classificou nesta sexta-feira, 30, de “malfeito” a ação da pasta de cobrar dinheiro para o PT de Santa Catarina de uma empresa contratada pelo governo federal. 
A Intech Boating, que forneceu por R$ 31 milhões lanchas-patrulha para o ministério, doou R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT, que bancou 81% dos custos da candidatura de Ideli em 2010 ao governo de Santa Catarina, como revelou com exclusividade o Estado. 
O contrato das lanchas é considerado suspeito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). 

A petista, hoje, é titular da pasta de Relações Institucionais. “Em relação à iniciativa do ministério de buscar contribuições, minha posição é contrária a isso. Não é função de ministério arrecadar dinheiro para candidaturas ou para partidos”, disse o ex-ministro da Pesca, a quem coube dar destino à maior parte das 28 embarcações compradas. 
As lanchas-patrulha estavam estragando, sem uso, num caso de desperdício de dinheiro público investigado pelo TCU. O Ministério da Pesca optou por doar a maioria à Marinha. 

Questionado se enxergava corrupção no caso, Luiz Sérgio optou pelo vocabulário adotado pela presidente Dilma Rousseff. “Eu diria, como a nossa presidente tem feito, que é um malfeito.” Luiz Sérgio ficou no cargo apenas seis meses, após perder o posto de articulador político do governo para a ministra Ideli Salvatti, em junho do ano passado. 

Na quinta-feira, 29, o dono da Intech Boating, José Antônio Galízio Neto, afirmou ao Estado que a doação ao partido havia sido feita em 2010 a pedido do ministério. 
“A solicitação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais, porque eu estava trabalhando para o governo, faturando naquele momento R$ 23 milhões, R$ 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade”, disse, mudando em seguida de versão e apontando um político local, “um vereador ou candidato a deputado, uma coisa assim”, como o responsável pelo pedido de doação ao PT. 

Irregular. 
O negócio que resultou em doação para o comitê petista contém irregularidades, segundo auditoria aprovada pelo TCU na quarta-feira. O relatório afirma que a licitação foi dirigida para a Intech Boating, sediada em Santa Catarina, base política dos ministros Altemir Gregolin e Ideli Salvatti. Além disso, ainda de acordo com o tribunal, as lanchas foram compradas sem necessidade e superfaturadas. 

Nesta sexta-feira, o dono da Engetec - empresa desclassificada “sem justificativa adequada” da licitação das lanchas, segundo o TCU - confirmou a interpretação do tribunal. César Thomé Filho contou que a Engetec reduziu o preço proposto pela Pesca de R$ 1,6 milhão para R$ 1 milhão. Apesar de atender aos pré-requisitos do edital, perdeu o negócio. 

Contratada, a Intech teve o preço das lanchas aumentado por vários “aditivos” contratuais. Entre os motivos estava até dar manutenção às embarcações sem uso. A Intech nega ter sido favorecida com o contrato e qualquer superfaturamento. Ao final da auditoria do TCU, 19 das 28 lanchas estavam sob a guarda do fabricante ou não haviam entrado em operação. Outras quatro estavam avariadas ou com operações suspensas. 

Compradas pelo Ministério da Pesca sem que a pasta tivesse competência para fiscalizar a pesca irregular, 11 das 28 lanchas-patrulha começaram a ser doadas para a Marinha em novembro de 2011. Na quinta-feira, ainda restavam quatro embarcações no estaleiro da Intech Boating. 

Erro. 
“Quando cheguei (ao ministério), havia mais de um ano que esses equipamentos estavam parados. É evidente que isso demonstra que houve um erro, um equívoco em como a questão foi encaminhada”, disse Luiz Sérgio, sobre a ação dos ministros do PT. Altemir Gregolin encomendou as lanchas. Ideli pagou parcela pendente de R$ 5,2 milhões do contrato. Luiz Sérgio deixou duas das lanchas aos cuidados do Instituto Estadual do Ambiente do Rio (Inea), sua base política. Uma delas estava ancorada numa marina privada, deteriorando-se.

Copa do Mundo - aonde vamos parar?

Muito além da Lei da Copa: derrame de dinheiro público  

Chico Alencar (*) 

1. O alerta sul-africano 
A África do Sul – que ainda tem o “apartheid” da desigualdade social – gastou US$ 4,9 bilhões (R$ 8,8 bilhões) em estádios e infraestruturas para realizar a Copa do Mundo de 2010. 
Ao todo, US$ 2 bilhões (R$ 3,6 bilhões) foram consumidos na construção ou reforma das dez arenas do torneio. 
 
Hoje, o Soccer City, de Johannesburgo, é usado para rúgbi e shows. 
O Green Point, da cidade do Cabo, tem manutenção de US$ 4,5 milhões (R$ 8,1 milhões) por ano e só foi usado 12 vezes desde então. Vários outros são, na terra dos safáris, desinteressantes e dispendiosos “elefantes brancos”. 

Alegava-se à época que todo esse investimento geraria rendas imediatas de US$ 930 milhões (R$ 1,69 bilhões), derivadas do afluxo de 450 mil turistas. 
Valores superestimados: o país só arrecadou US$ 527 milhões (R$ 961 milhões) dos 309 mil turistas que de fato lá entraram. 

Já as rendas de radiofusão e marketing da FIFA ultrapassaram os US$ 4 bilhões (R$ 7,2 bilhões), no ciclo quadrienal encerrado com a Copa da África do Sul. 
Seus dirigentes sabem fazer negócios. 

Há, no país, um local chamado Blikkiesdorp, que quer dizer Cidade de Lata. 
Lá, em 1.600 containers, colocaram os removidos da Cidade do Cabo, a 30 quilômetros de onde foi construído um dos estádios mais bonitos do mundo, vendido internacionalmente como um “estádio ecológico”. 

No país, cerca de 100 mil ambulantes perderam sua renda durante a Copa. 
Após o evento, o emprego anual diminuiu 4,7% no país, com perda de 627 mil postos formais de trabalho. 

Nem seria preciso pegar o exemplo sul-africano. 
Bastaria o nosso Panamericano de 2007, no Rio de Janeiro, cujos protagonistas continuam sendo os mesmos hoje (até o antigo Secretário de Esportes é, agora, o prefeito). 
O orçamento do evento foi multiplicado por dez. 

Houve remoções até mesmo depois dos jogos, no Canal do Anil. 
Os monumentos ociosos estão lá, para todo mundo ver. Só em serviços sem execução comprovada teriam sido gastos R$ 6,8 milhões.
Em pagamentos com duplicidade, outros R$ 4,1 milhões. 

É recorrente o argumento de que uma Copa estimula a realização de obras de mobilidade urbana, que ficariam como utilíssimo ‘legado social’. 
Um mínimo de inteligência e sensibilidade social questionará esse ‘êmulo’. 
Quem vive em sociedade tem o direito irrenunciável de, com ou sem megaevento, receber transporte coletivo (aí incluídos seus terminais) e moradia dignas! 

Só incompetência ou interesses escusos vinculam políticas públicas necessárias e urgentes com a viabilização de investimentos que um acontecimento episódico possa criar. Mas, pelo andar da carruagem no Brasil, nem com o atrativo da Copa haverá melhoria efetiva e duradoura na vida cotidiana das populações das cidades-sede. 

sexta-feira, 30 de março de 2012

Meu Deus!!! Não sobra um !!!!

Em depoimento ao MP, empreiteiro diz que presidente do DEM recebeu R$ 1 mi em dinheiro para campanha de 2010  

UOL - Política 

O MP-RN (Ministério Público do Rio Grande do Norte) encaminhou à Procuradoria Geral da República um depoimento do empreiteiro potiguar José Gilmar de Carvalho Lopes, no qual ele afirma que o senador e presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro “vivo” para a campanha de 2010 no Estado. O senador, que desde terça-feira (27) é o líder do partido no Senado, nega veementemente a denúncia. 

O depoimento do empresário --que é dono da construtora Montana, uma das maiores do Rio Grande do Norte-- foi dado em novembro de 2011, durante as investigações de um suposto esquema montado para manter o monopólio indevido nas inspeções ambientais veiculares no Estado, que poderia render R$ 1 bilhão aos acusados. Ao todo, 36 pessoas foram denunciadas e 27 tiveram a denúncia aceita --entre elas o suplente de Agripino Maia-- e se tornaram réus no processo da operação Sinal Fechado. As fraudes teriam sido realizadas com a participação de políticos, ex-governadores e servidores do Detran-RN (Departamento de Trânsito do Rio Grande do Norte). 

O depoimento vazou do processo, que corre em segredo de Justiça, e foi publicado por blogs e sites do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (29). À reportagem do UOL, a assessoria de imprensa do MP-RN confirmou a veracidade do depoimento e que o documento foi remetido para a Procuradoria Geral da República, já que o senador tem foro privilegiado, para que decida se uma investigação será aberta ou não. Por sua vez, o MP-RN não soube informar como o documento foi parar na mão de jornalistas potiguares. 

No depoimento, Gilmar afirmou que o repasse do R$ 1 milhão --que seria fruto do desvio de recursos públicos do Detran-RN-- teria sido feito pelo advogado George Olímpio, que foi preso e denunciado na operação Sinal Fechado. Além do declarante, uma advogada e dois promotores assinam o documento. 

Famoso Bar do Léo em São Paulo

Fraude no chope: como jogar o nome na lama 

Estadão 

A se confirmar a informação de que o tradicional Bar Léo vendia gato por lebre (o gerente foi preso acusado de servir chope de preço e qualidade inferior no lugar do anunciado Brahma), uma instituição paulistana pode sofrer um baque irreversível em sua imagem.

O Léo é um lugar mítico do centro da cidade, embora há muito tenha perdido seu charme original por causa das multidões de bebedores que se aglomoravam nos diminutos espaços em torno do balcão e nas calçadas. Mesmo com preços nada populares e um cardápio restrito e simples, vivia tomado - durante a semana, prinicipalmente por comerciantes da região e policiais do vizinho Deic – e nos fins de semana por turistas e paulistanos de todas as regiões que se orgulhavam de estar bebendo “o melhor chope da cidade”. 

Explicar para esse público porque uma fraude impensável estaria sendo praticada nas serpentinas embaixo do balcão será um desafio para a sobrevivência do septuagenário boteco. 

No fim dos anos 90, uma outra instituição paulistana, na época com 140 anos de existência, conseguiu cometer um suicídio empresarial e jogar sua marca e credibilidade pelo ralo ao fraudar pílulas para tratamento de câncer de próstata. Depois disso, a botica Ao Veado d’Ouro sumiu da lista de orgulhos paulistanos.

Nota do Blog: Como paulistano e frequentador em se confirmando será uma grande decepção. Um se sentir enganado e traído para quem há bem pouco tempo atrás em visia a São Paulo parei na esqueina da Aurora e encostado numa dessas mesas de rua comi um petisco e tomei algumas canecas de chopps imaginando estar tomando o mehor chopps de São Paulo .

Enquanto isso, em Brasília ....

Blog do Ricardo Noblat para O Globo - Charge Néo Correa

Fracassamos

Marco Antonio Villa (*) 

Nem o dr. Pangloss, célebre personagem de Voltaire, deve estar satisfeito com os rumos da nossa democracia. Não há otimismo que resista ao cotidiano da política brasileira e ao péssimo funcionamento das instituições. Imaginava-se, quando ruiu o regime militar, que seria edificado um novo país. Seria a refundação do Brasil. Ledo engano. 

Em 1974, Ernesto Geisel falou em distensão. Mas apenas em 1985 terminou o regime militar. Somente três anos depois foi promulgada uma Constituição democrática. No ano seguinte, tivemos a eleição direta para presidente. 

Ou seja, 15 anos se passaram entre o início da distensão e a conclusão do processo. É, com certeza, a transição mais longa conhecida na história ocidental. Tão longa que permitiu eliminar as referências políticas do antigo regime. Todos passaram a ser democráticos, opositores do autoritarismo. 

A nova roupagem não representou qualquer mudança nos velhos hábitos. Pelo contrário, os egressos da antiga ordem foram gradualmente ocupando os espaços políticos no regime democrático e impondo a sua peculiar forma de fazer política aos que lutaram contra o autoritarismo. 

Assim, a nova ordem já nasceu velha, carcomida e corrompida. Os oligarcas passaram a representar, de forma caricata, o papel de democratas sinceros. O melhor (e mais triste) exemplo é o de José Sarney. 

Mesmo com o arcabouço legal da Constituição de 1988, a hegemônica presença da velha ordem transformou a democracia em uma farsa. 
Se hoje temos liberdades garantidas constitucionalmente (apesar de tantas ameaças autoritárias na última década), algo que não é pouco, principalmente quando analisamos a história do Brasil republicano, o funcionamento dos três Poderes é pífio. 

A participação popular se resume ao ato formal de, a cada dois anos, escolher candidatos em um processo marcado pela despolitização. A cada eleição diminui o interesse popular. Os debates são marcados pela discussão vazia. Para preencher a falta de conteúdo, os candidatos espalham dossiês demonizando seus adversários. 

O pior é que todo o processo eleitoral é elogiado pelos analistas, quem lembram, no século 21, o conselheiro Acácio. Louvam tudo, chegam até a buscar racionalidade no voto do eleitor. 
Dias depois da "festa democrática", voltam a pipocar denúncias de corrupção e casos escabrosos de má administração dos recursos públicos. Como de hábito, ninguém será punido, permitindo a manutenção da indústria da corrupção com a participação ativa dos três Poderes. 

Isso tudo, claro, é temperado com o discurso da defesa da democracia. Afinal, no Brasil de hoje, até os corruptos são democratas. 
No último dia 15, a Nova República completou 17 anos. Ninguém lembrou do seu aniversário. Também pudera, lembrar para que? 
No discurso que fez no dia 15 de janeiro de 1985, logo após a sua eleição pelo colégio eleitoral, Tancredo Neves disse que vinha "para realizar urgentes e corajosas mudanças políticas, sociais e econômicas, indispensáveis ao bem-estar do povo". 

Mais do que uma promessa, era um desejo. Tudo não passou de ilusão. 
Certos estavam Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Escreveram em uma outra conjuntura, é verdade. Mas, como no Brasil a história está petrificada, eles servem como brilhantes analistas. 

Para Lobato, o Brasil "permanece naquele eterno mutismo de peixe". E Euclides arremata: "Este país é organicamente inviável. Deu o que podia de dar: escravidão, alguns atos de heroísmo amalucado, uma república hilariante e por fim o que aí está: a bandalheira sistematizada". 

(*) Historiador e Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Novos investimentos da Coca-Cola

Coca-Cola prevê investir R$ 14 bilhões no Brasil até 2016  

Folha de São Paulo 

A Coca-Cola planeja investir R$ 14,1 bilhões no Brasil até 2016. A cifra será revertida principalmente para a construção de novas fábricas no país, sendo a primeira delas em São Gonçalo (RJ). 

O volume apresentado para o período é 50% superior ao total destinado ao país nos últimos cinco anos. Cerca de R$ 3 bilhões do total dos recursos previstos serão investidos já neste ano. O valor representa um crescimento de 8% em relação ao ano passado. 

"O Brasil não é o país do futuro e, sim, do presente. Faz todo o sentido acelerar os investimentos para continuar crescendo", afirma o presidente da Coca-Cola para a América Latina, José Octavio Reyes. 

Reyes disse ainda esperar um "crescimento único" nos próximos anos, como resultado das Olimpíadas e da Copa no país. A Coca-Cola é patrocinadora de ambos os eventos. 

O Brasil, onde o volume de vendas cresceu 1% em 2011, para 10,7 bilhões de litros, representa hoje o quarto maior mercado da companhia no mundo. O país fica atrás apenas de EUA, México e China. 

Programa “Autonomia e Emancipação da Juventude”,

Programa de Autonomia e Emancipação da Juventude deve contar com R$ 311,3 milhões em 2012  

Blog Contas Abertas 

Implementado a partir do ano de 2012, o programa “Autonomia e Emancipação da Juventude”, que integra o Plano Plurianual 2012-2015 (PPA), tem orçamento aprovado de R$ 311,3 milhões para este ano. O valor representa 17,3% dos repasses para os quatro anos do PPA, que prevê a aplicação de R$ 1,8 bilhão no período;. 

O programa é coordenado por três órgãos superiores – Presidência da República (PR), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Ministério da Educação (ME) –, divididos os repasses em 14 atividades temáticas. A iniciativa com maior dotação, R$ 212,4 milhões (68,2% da previsão para o programa), corresponde a “Elevação da Escolaridade e Qualificação Profissional – ProJovem urbano e campo”. 

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) foi instituído pela Medida Provisória n° 238, de 1° de Fevereiro de 2005, no âmbito da Secretaria-Geral da Presidência da República, e é destinado a jovens com idade entre 18 e 29 anos que tenham sido alfabetizados, porém sem ter completado o ensino fundamental, e não tenham vínculo empregatício. 

Contudo, dentro do programa de Autonomia e Emancipação, apenas quatro atividades apresentaram gastos efetivados até o último dia 21 de março. O projeto com maior valor pagos foi “Funcionamento do Conselho Nacional de Juventude”, com a cifra de R$ 157,2 mil – dentro da expectativa de R$ 1,9 milhão até o fim do ano. 

O Conselho tem a função de formular e propor diretrizes voltadas para as políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais. 

A segunda atividade com mais verbas executadas é “Inserção de Aprendizes no Mercado de Trabalho”. O projeto já gastou R$ 55,5 mil, dentro de um orçamento de R$ 300 mil para 2012. 

Os dois outros projetos já em andamento são “Gerenciamento das Políticas Públicas de Juventude”, com R$ 22,4 mil gastos (do orçamento anual de quas R$ 10 milhões) e “Capacitação e Monitoramento da Juventude Rural (Projeto Amanhã)”, que faz parte do plano Brasil Sem Miséria, com R$ 18,9 mil gastos até agora (de orçamento de R$ 1 milhão). 

O último ponto – juventude rural – apresenta cenário complexo. Para Elenildo Arraes, coordenador geral da ONG Instituto da Juventude, há um êxodo maciço de jovens do campo para as cidades. “Hoje o que nós vemos é evasão muito grande [de jovens] pela falta de alternativas na zona rural”, disse. 

Segundo Arraes, “os jovens ociosos querem participar de algo”. Contudo, – em áreas onde muitas vezes os programas e ações do governo não chegam – a opção é “sair da zona rural pra cidade em busca de trabalho”. As atividades da ONG, em contrapartida, tentam combater essa tendência por meio de projetos culturais, trabalhos em áreas quilombolas e indígenas, mas, de acordo com o coordenador, somente agora “estão saindo do papel”. 

Agora o porre é lei

Blog Sanatório da Notícia 

O Superior Tribunal de Justiça excluiu como prova para a embriaguez do motorista o testemunho e o exame médico e assim fez o grande favor de enfraquecer a Lei Seca. 

Agora só o bafômetro ou o teste de sangue podem atestar a embriaguês. 

Oba, a Justiça acaba de liberar o happy hour! A birita só será sorvida, jamais soprada. 

Motorista alcoolizado agora é um bêbado de fato e de direito.

O valor de nossos pais

Um jovem de nível académico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. 

Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão. O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações academicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima. 
O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma". 
O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, 

"O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades." 
O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa." 
O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas. 
O diretor perguntou, "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu." 

O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã." 
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho. 

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água. 
Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência academica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe. 

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo. 
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor. O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?" O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram." 

O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste." 
O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar." 

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado." 
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. 
Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipa. O desempenho da empresa melhorou tremendamente. 

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos este tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho? 

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas. 

Quais são as pessoas com mãos enrugadas por mim? 

O desafio depois da cura

Opinião do Estadão 

Lula saiu um pouco igual e um pouco diferente do bem-sucedido tratamento do câncer na laringe diagnosticado há exatos cinco meses. O Lula de sempre e o Lula mudado apareceram no mesmo vídeo de pouco menos de três minutos que o ex-presidente gravou para anunciar a cura da enfermidade. O primeiro é o líder messiânico que jamais será apanhado dizendo em duas palavras o que pode dizer em vinte - uma das fontes de seu formidável carisma e poder de convencimento, a ponto de a loquacidade a serviço da autopromoção ter se tornado uma espécie de segunda natureza do escolado palanqueiro. Eis o Lula de safra: "Vou voltar à vida política porque acho que o Brasil precisa continuar crescendo, continuar se desenvolvendo, gerando emprego, gerando distribuição de renda e melhorando a vida de milhões e milhões de brasileiros que conseguiram chegar à classe média e não querem voltar atrás. E daqueles que sonham em chegar à classe média". 

No entanto, visto que ninguém passa impunemente por se saber portador de uma doença do gênero e pelas vicissitudes decorrentes das severas terapias empregadas no seu combate, um Lula submetido às servidões da condição humana também entrou em cena. "Agora", avisou no vídeo, "volto à minha militância com muito mais cuidado, muito mais maduro e muito mais calejado, pensando em primeiro lugar em cuidar da saúde." O tempo dirá se a consciência dos próprios limites - ele está curado, mas durante muito tempo terá de poupar as cordas vocais - prevalecerá sobre as pressões para que continue a agir como salvador da pátria petista. Nunca é bom, obviamente, ter tido câncer, mas, pior ainda, no caso dele, é enfrentar em seguida os desafios de um ano eleitoral. O principal, como se sabe, é o que ele próprio se criou, quando, nos seus tempos recentes de insopitável onipotência, resolveu repetir em São Paulo, com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o que fizera com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no plano nacional. 

Do estrito ponto de vista dos seus interesses partidários, Lula agiu certo ao considerar a vitória na eleição para prefeito da capital a primeira etapa do projeto hegemônico de cristalizar o poder do PT no País. A segunda etapa, evidentemente, seria a remoção do PSDB do comando do Estado, em 2014, depois de 20 anos ininterruptos. Só não podia prever o seu afastamento forçado do jogo político, o que deixou Haddad, jejuno em eleições como Dilma, à míngua de apoios - mesmo entre os petistas. O dedazo que ungiu Dilma em 2010 funcionou por duas razões básicas: primeiro, porque o PT não tinha um grande nome para contrapor ao do presidente; segundo, porque ele estava lá o tempo todo para carregá-la diante do eleitorado. Já em São Paulo, Lula cometeu dois erros. 

Subestimou as consequências da eliminação da candidatura natural da ex-prefeita Marta Suplicy - entre elas, a sua recusa, reafirmada ainda há pouco, de pegar pela mão o ex-ministro e desfilar com ele pelos redutos petistas da capital. "Haddad tem que gastar sola de sapato", ensinou, insinuando que ele que se arranje por sua conta. "O restante é conhecer os problemas da cidade", cutucou. Às demandas para se engajar na campanha, reagiu: "Não se turbina uma candidatura com desespero, pressões e constrangimento". Tivesse Lula lido Shakespeare, saberia que "os infernos não conhecem fúria maior do que a de uma mulher rejeitada". O seu segundo erro - inadmissível para um político com tamanho traquejo - foi imaginar que José Serra não se lançaria candidato, abrindo espaço para a profana aliança do PT com o prefeito Gilberto Kassab. O esperto criador do PSD, que a propôs a Lula, mudou de ideia mais depressa do que o tucano, já então pré-candidato, leva para dizer "papelzinho". 

Lula não poderá culpar Haddad se ele perder para Serra nem invocar a doença para atenuar a própria responsabilidade pelo eventual fracasso do afilhado. "O Haddad não é o centro da vida do Lula", ressalva o ministro e amigo íntimo Gilberto Carvalho. Pode não ser agora, mas, apesar do que disse sobre pensar na saúde, a ambição de uma vitória de virada em São Paulo não o deixará em paz. 

As maiores empregadoras do mundo

O levantamento sobre as organizações que mais empregam trabalhadores em todo o mundo foi realizado pela BBC . 

Quais são elas e quantos funcionários atuam em cada uma delas: 
Pentágono/USA

1º lugar: Departamento de Defesa dos EUA 
Funcionários: 3,2 milhões 

2º lugar: Exército de Libertação Popular da China 
Funcionários: 2,3 milhões 

3º lugar: Walmart 
Funcionários: 2,1 milhões 

4º lugar: McDonald's 
Funcionários: 1,9 milhão 

5º lugar: Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido 
Funcionários: 1,7 milhão 

6º lugar: China National Petroleum Corporation 
Funcionários: 1,6 milhão 

7º lugar: State Grid Corporation of China
Funcionários: 1,5 milhão 

8º lugar: Indian Railways 
Funcionários: 1,4 milhão 

9º lugar: Forças Armadas Indianas 
Funcionários: 1,3 milhão 

10º lugar: Hon Hai Precision Industry (Foxconn) 
Funcionários: 1,2 milhão