O que se pode esperar de uma pessoa covarde e que espera o último dia do seu governo para decidir algo que deveria ter decidido de há muito.
Foi assim que o atual ocupante da cadeira presidencial no Brasil e que deixa seu trono de Deus hoje, decidiu a respeito da permanência de uma delinquente e bandido italiano condenado a prisão perpétua em seu País.
Já não bastasse os nossos bandidos ainda vamos dar guarita para bandidos estrangeiros sob a ótica de serem perseguidos políticos, quando se sabe que o cidadão assassinou a sangue frio pessoas em seu País.
Ele foi julgado de maneira transparente em um País que respeita os direitos constitucionais de seus prisioneiros e um País que o Brasil mantém relações de há muito estreitas. Jamais poderia duvidar de seu julgamento e não repatriá-lo como Cacciola o foi há pouco tempo atrás, por violar leis comerciais e financeiras no Brasil e por isso ter sido condenado.
Mas, nosso super Deus assim não o quis. Assim, nosso super Deus manteve o italiano aqui no Brasil. Não demora ele deverá estar trabalhando em algum gabinete em Brasília e logo logo será candidato algum cargo eletivo depois de obter a cidadania brasileira. Sua covardia foi tanto que deixou para o último dia do seu mandato para evitar ter que dar satisfações. Triste retrato de um País empobrecido pela atitude covarde de um que sempre se achou estar acima de Deus.
Foi sua última cagada!
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Feliz 2011
O blog vai ficar alguns dias fora do ar.
Não há problemas técnicos dessa vez.
O blogueiro está indo a São Paulo visitar a "mama" já velhinha de 85 anos, a filha Claudia, os netos Lucas-Renan- Bianca e Pedro junto com a Giovana e sua irmã Yasmin.
Com certeza faremos alguns dos passeios tradicionais como no Mercadão, no Pont Chic, no Filet do Morais, no Gato que Ri, comer o pastel da feira do Pacaembú, aproveitar e rever o Museu do Futebol, ar um pulo no Simba e no Zoologico para as crianças curtirem, Masp, curtir alguns shoppings e cinemas, enfim passeios básicos e baratos.
Teremos algum tempo para revermos amigos de longas datas.
Havendo tempo daremos algumas rabiscadas.
Por isso, de coração desejo a todos que compartilham esse espaço um feliz 2011.
Que Papai do Ceú abencoe cada um e traga bençãos aos nossos novos dirigentes para que dirijam nosso País em prol do povo e não em prol de um partido ou de alguns.
Povo são todos que aqui vivem e trabalham.
Que o mundo se torne mais humano e com menos ambições.
Paz, Saúde e Felicidades !
Rabiscos do Antenor
domingo, 26 de dezembro de 2010
O bambu ainda é pouco explorado no Brasil
Foi-se o tempo em que o bambu e o seu similar nacional, a taquara, eram utilizados apenas para fins rústicos, como cerca para animais, haste para suspender varal, ou ainda para servir de alimento para pandas. O produto, que ainda é pouco explorado no Brasil, é um grande sucesso na China.
O material, com grande resistência, é frequentemente usado em construção civil e na indústria de móveis de alto padrão. Com esta informação em mãos, o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), desenvolveu uma sondagem para descobrir o potencial existente da planta.
Segundo o engenheiro agrônomo e chefe da divisão de planejamento do Deral, Luiz Rob erto de Souza, o estudo demonstrou que o bambu e a taquara têm boas condições de se desenvolver no Paraná. Entretanto, é necessário alterar os meios de plantação para que se possa utilizar comercialmente esta madeira.
"O bambu e a taquara estão presentes em todo o Paraná, o que facilita sua exploração comercial. Verificamos, entretanto, que há pouquíssima plantação com estes fins, uma vez que não temos uma cadeia produtiva instalada. Não há acompanhamento do plantio, corte, beneficiamento e produção de materiais destinados ao público final. O que temos hoje é usado mais para artesanato", informa.
O engenheiro revelou que uma delegação paranaense foi até a China para acompanhar de perto o que pode ser feito com a planta. O resultado surpreendeu. "O bambu deixou de ter aquele ar de fo lclore para se transformar em uma importante fonte de renda.
Os produtos comercializados rendem milhões de dólares para o país asiático.
Quem planta bambu na China ganha o suficiente para viver em excelentes condições", garante. Roberto de Souza chama a atenção também pelas utilidades do bambu. "Você pode aproveitar 95% dele. Seja para a produção de vassouras, até materiais mais elaborados, como bebidas, medicamentos e tecidos. Até mesmo carvão feito de bambu é possível fazer. Os europeus descobriram isso e vem utilizando bastante o seu uso", afirma.
Os mandamentos paradoxais
Kent M. Keith
1. As pessoas são ilógicas, irracionais e egocêntricas. Ame-as, apesar de tudo...
2. Se você fizer o bem, as pessoas o acusarão de ter motivos egoístas ocultos. Faça o bem, apesar de tudo...
3. Se você tiver sucesso, ganhará falsos amigos e inimigos verdadeiros. Busque o sucesso, apesar de tudo...
4. O bem que você faz hoje será esquecido amanhã. Faça o bem, apesar de tudo...
5. A honestidade e a franqueza o tornarão vulnerável. Seja honesto e franco, apesar de tudo...
6. Os maiores homens e mulheres com as maiores idéias podem ser eliminados pelos menores homens e mulheres com mentes mais estreitas. Pense grande, apesar de tudo...
7. As pessoas favorecem os oprimidos, mas seguem somente os bem-sucedidos. Lute pelos oprimidos, apesar de tudo...
8. Aquilo que você passa anos construindo poderá ser destruído da noite para o dia. Construa, apesar de tudo...
9. As pessoas realmente precisam de ajuda, mas poderão atacá-lo se você as ajudar. Ajude as pessoas, apesar de tudo...
10. Dê ao mundo o melhor de você e será golpeado no rosto. Dê ao mundo o melhor de você, apesar de tudo...
“Leia e reflita sobre esses mandamentos, pois com certeza eles o ajudarão a viver mais feliz e a fazer a diferença para alcançarmos um mundo justo e melhor para todos”
Discurso velho
Para futura ministra, ferrovias são fundamentais para melhorar a logística
A atual coordenadora-geral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e futura ministra do Planejamento no governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, Miriam Belchior, afirmou nesta sexta-feira (17) que o transporte ferroviário é fundamental para a logística do país.
“Por isso, o governo Lula retomou os investimentos em ferrovia”, disse, durante entrevista a emissoras de rádio no programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.
Segundo ela, mais de 900 quilômetros de ferrovias foram construídos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ela admitiu problemas nas obras da Ferrovia Norte-Sul em pelo menos cinco lotes – três em Goiás e dois em Tocantins – causados por uma troca de empresas.
As mudanças provocaram atrasos na entrega de trechos previstos para serem inaugurados ainda este ano. A nova previsão é que essas obras sejam concluídas em abril de 2011.
A coordenadora do PAC se referiu à ferrovia como “a espinha dorsal” do transporte ferroviário brasileiro.
“Um dos grandes legados do PAC 1 é exatamente o aumento das ferrovias. Estamos fazendo não só o prolongamento da Norte-Sul, mas temos obras em andamento na Transnordestina e na ferrovia Oeste-Leste”, disse. “Dilma dará continuidade à execução dessas obras. Vai ter geração de emprego e de renda muito grande e isso vai contribuir de forma efetiva para a continuidade do desenvolvimento”, completou
Linguagem Jurídica
Algumas frases famosas ditas por juristas - na sua grande maioria -:
*A fêmea ruminante deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço. ***
*(A vaca foi para o brejo) *
*Creio que V.Sa. apresenta comportamento galhofeiro perante a situação aqui exposta. ***
*(Você tá de sacanagem) *
*Prosopopéia flácida para acalentar bovinos. ***
*(Conversa mole pra boi dormir )*
*Romper a face. ***
*(Quebrar a cara)*
*Creditar um primata. ***
*(Pagar um mico)*
*Inflar o volume da bolsa escrotal. ***
*(Encher o saco)*
*Impulsionar a extremidade do membro inferior contra a região glútea de outrem. ***
*(Dar um pé na bunda)*
*Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de acampamento. ***
*(Chutar o pau da barraca)*
*Deglutir um batráquio..** *
*(Engolir um sapo) *
*Colocar o prolongamento caudal em meio aos membros inferiores.
*(Meter o rabo entre as pernas) *
*Derrubar com intenções mortais. ***
*(Cair matando) *
*Eximir de qualquer tipo de sorte. ***
*(Azarar) *
*Aplicar a contravenção do Senhor João, este deficiente físico desprovido de um dos membros superiores. ***
*(Dar uma de João sem braço) *
*Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira.. ***
*(Nem a pau) *
*Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais . ***
*(Nem que a vaca tussa) *
*Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente. ***
*(Chutar o balde) *
A farra orçamentária
Opinião do Estadão
O Congresso Nacional aprovou mais um orçamento de mentirinha, para ser remendado pelo Executivo e usado de acordo com as conveniências políticas do governo e de seus aliados. Como de costume, os congressistas deram prioridade a seus interesses partidários e eleitorais - para dizer o mínimo - ao tratar da proposta de lei orçamentária. Os debates passaram longe de assuntos considerados importantes em democracias de longa tradição, como o bom uso do dinheiro público e a austeridade fiscal. No Brasil, a prática política atribuiu ao Tesouro, e a ninguém mais, os cuidados com a saúde financeira do Estado.
Esse script foi mais uma vez seguido: os parlamentares elevaram a arrecadação prevista. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, começou a negociar um corte, mas a projeção de receitas primárias, isto é, não financeiras, acabou ficando em R$ 990,5 bilhões, R$ 22,9 bilhões acima da previsão contida na proposta do Executivo. Caberá à Presidência da República, seguindo a rotina prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal, contingenciar os gastos no começo do exercício e depois ir liberando as verbas de acordo com a arrecadação efetiva.
A pantomima orçamentária foi enriquecida com a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, incapaz de disfarçar seu desejo de continuar governando. Quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já convidado para permanecer no cargo, anunciou a possibilidade de cortar ou retardar investimentos do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, o presidente logo reagiu, declarando intocáveis as verbas do programa. Foram cortados R$ 3,4 bilhões, mas a Presidência da República foi autorizada a recompor o total de R$ 43,5 bilhões por meio de decreto.
O novo salário mínimo, especialmente importante para as despesas da Previdência, foi mantido em R$ 540, apesar das pressões dos grupos sindicais. Parlamentares do PDT defenderam pelo menos R$ 560. Mas o assunto não está liquidado. Foi criada uma reserva de R$ 5,6 bilhões para uma revisão.
A farra das emendas foi parecida com a de anos anteriores. A proposta de lei orçamentária foi usada mais uma vez para atender a interesses paroquiais e para beneficiar entidades com "fins não lucrativos". Acusado de favorecer entidades fantasmas, o senador Gim Argello (PTB-DF) renunciou à função de relator do projeto. Indicada para substituí-lo, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) também desistiu do posto, por ter sido convidada para chefiar o Ministério da Pesca. A função foi entregue, afinal, à senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
O escândalo em torno das emendas do senador Gim Argello teve pouco ou nenhum efeito pedagógico. Seus colegas congressistas continuaram dispostos a retalhar as verbas com os critérios de sempre.
Instituições "sem fins lucrativos", vinculadas principalmente às áreas de cultura e turismo, deverão receber em 2011 pouco mais de R$ 1 bilhão de recursos de emendas, se todos os desembolsos forem feitos. Propostas desse tipo foram apresentadas por 452 deputados e senadores.
Pouco mais de meio bilhão de reais foi desviado de programas de urbanização de favelas, saneamento, segurança do espaço aéreo, escolas e combate ao trabalho infantil - itens previstos na proposta original - para engordar emendas apresentadas por parlamentares. O programa "serviços urbanos de água e esgoto", por exemplo, perdeu R$ 126,4 milhões, segundo informe divulgado na quarta-feira pela organização Contas Abertas.
A grande polêmica, durante a tramitação, foi sobre o remanejamento de verbas do PAC. O Executivo poderá remanejar 25% sem pedir autorização - e não mais 30%, como até agora. Mas poderá chegar aos 30% se consultar a Comissão Mista de Orçamento.
Esse remanejamento é em princípio razoável, porque permite desviar dinheiro de obras com problemas para outras com melhores condições de execução. Mas a oposição não conseguiu produzir nada melhor do que essa tentativa de amarrar o Executivo. Uma oposição à altura de sua função institucional poderia, por exemplo, ter defendido a austeridade no gasto, ou, talvez, a moralização das emendas. Mas isso por enquanto é um sonho.
Nosso dinheiro é capim !!!!
O Estado de S.Paulo
Nota do Blog: Podem observar que é em todo setor. Político, esportivo. Os caras não tem vergonha. Gastam como se o dinheiro fosse capim. Mas, fomos nós, os burros sem capim, que elegeram e puseram essa camrilha tomando conta do dinheiro público.
Por um mês sem trabalho, um grupo de suplentes de deputado federal terá o que comemorar. Na reta final do mandato, pelo menos 12 suplentes terão direito de assumir o cargo, receber o salário de janeiro, usar verba indenizatória, contratar assessores sem concurso público e usufruir de auxílio moradia. Um detalhe: nenhum precisará trabalhar.
Na ponta do lápis, haverá um gasto de R$ 103 mil a R$ 114 mil com as "férias" de cada um dos suplentes se eles usarem todo o pacote de benefícios a que têm direito. Desde quinta-feira, a Câmara está em recesso, voltando no dia 1º de fevereiro já com a posse dos deputados eleitos em outubro passado.
Mesmo no recesso, os suplentes poderão assumir as vagas que serão abertas com a renúncia de deputados eleitos vice-governadores ou licenciados que assumirão cargos no ministério de Dilma Rousseff ou secretarias de governos nos Estados, além da vaga que será deixada pelo deputado Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice-presidente.
A previsão é que as renúncias aos mandatos e os afastamentos aconteçam na próxima sexta-feira, último dia, de acordo com a legislação, para o deputado que for tomar posse em Executivos estaduais ou no federal.
O pacote de fim de ano traz um salário de R$ 16.512,09, verba indenizatória que varia de acordo com o Estado de origem do parlamentar - máximo de R$ 34.258,50, para deputados de Roraima, e mínimo de R$ 23.033,13, do Distrito Federal - e uma verba de gabinete de R$ 60 mil para contratar de 5 a 25 funcionários sem concurso público. O suplente que não usar o apartamento funcional terá ainda o direito a um auxílio-moradia de R$ 3 mil.
Na montagem do futuro ministério, a presidente eleita, Dilma Rousseff, escolheu quatro deputados que terão de se afastar da Câmara para tomar posse no dia 1º: Mário Negromonte (PP-BA), para o Ministério das Cidades, Maria do Rosário, para a Secretaria de Direitos Humanos, Pedro Novais (PMDB-MA), para o Ministério do Turismo, e Iriny Lopes (PT-ES), para a Secretaria das Mulheres.
A Vergonha esportiva !!!
Rombo dos clubes brasileiros chega a R$ 3,5 bilhões
Folha de São Paulo
A dívida de todos os clubes brasileiros, de todas as divisões, soma R$ 3,5 bilhões.
É o que mostra um estudo realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), apresentado neste mês para o presidente Lula.
Nesse valor estão dívidas de todos os tipos: impostos, fornecedores, bancárias. O estudo, que foi encomendado pelo Ministério do Esporte, também dá sugestões de administração aos clubes.
Nota do Blog : Cadê a Timemania inventada pelo ainda atual ocupante da cadeira Presidencial e que iria resolver os problemas dos clubes profissionais ???? Ou seja, o povão jogando na Timemania iria pagar as dívidas contraidas por esses desqualificados dirigentes esportivos, que são ricos em suas vidas pessoais, mas, quando o dinheiro é do clube os levam à miséria e a esses números absurdos de dívidas. Pior que as dívidas são tributárias, trabalhistas que afetam milhares de pessoas e ao invés das autoridades politicas, inclusive esse senhor presidente, tomarem medidas repreensivas com punições exemplres, não passam a mão na cabeça e acoisa é levada em banho maria, porque o povo gosta de futebol. Teoria de medíocres e péssimos gestores. Tal qual agem na gestão do dinheiro público. Brincam com coisa séria. Cadeia, tomada dos bens, tomada do patrimônio, não importa, fechamento do clube, se for o caso, mas atitudes que façam com que essa corja administre o clube como administram suas empresas e gastem apenas aquilo que areecadam. Um exemplo o Fluminense, campeão brasileiro, com méritos. Mas, tem em seu elenco Murucy, Conca, Fred, Emerson, que custam mais de R$ 1,5 milhão ao mes enquanto o Clube tem mais de R$ 300 milhões de dívida. Incoerência total. Palmeiras, está com salários atrasados dos jogadores, dos funcionários que tem família mas fica falando em R$ 15 milhões por ano para o Ronaldinho Gaúcho !!!! . Se tem esse dinheiro, através de patrocinadoes cumpre primeiro seus compromissos e depois vai atrás do Ronaldinho que quiser. Esse é o futebol. Mas, tem presidente, tem Ministro dos Esporte que gostam disso. Quanto mais dívida melhor, porque é assim que eles administram o País, seu Ministério.
Revivência
Bellini Tavares de Lima Neto (*)
Neste ano nasceu um jesus. Eu sei que a afirmação pode soar estranha. Afinal, segundo a tradição do Natal, ele renasce todos os anos nesta mesma data, apesar de alguns já começarem a afirmar que o fato não ocorreu nesse dia. Isso, no entanto, é o de menos. Ultimamente qualquer acontecimento importante atrai a atenção dos polêmicos de plantão. Há quem ainda jure que o homem não chegou à lua, que fulano ou sicrano não morreu e por aí afora. Deixando tudo isso de lado, neste ano nasceu um jesus. Devo confessar que faço uma pequena confusão porque, ao menos de acordo com os meus arquivos pessoais, existe a Páscoa que, segundo consta significa renascimento. Mas, para sanar a dúvida seria preciso que eu fosse capaz de compreender melhor os mistérios todos. Como eu mal consigo compreender o que é evidente, ainda estou tentando entender um sem número de coisas que estão bem aí na minha frente, à luz do dia, seria muita pretensão compreender os mistérios.
Mas, independente disso tudo, neste ano nasceu um jesus. Mais correto seria dizer que nasceram muitos, mas como o alcance da minha visão é bem limitado, vou ficar apenas nas cercanias do que posso enxergar melhor. Nasceu um Jesus bem à minha volta, à nossa volta, bem aqui pertinho. Chegou de mansinho, não fez quase nenhum alarde. Nós é que fizemos muito mais barulho. Ele, mesmo, chegou quietinho e quietinho se manteve pelos primeiros tempos. Mas já começava a produzir efeitos. O principal deles é o que, segundo a tradição do natal, é a sua marca principal: o efeito do renascimento. Aliás, não sei se a palavra mais correta é, mesmo, “renascimento”. Mais adequado talvez fosse “revivência”. Mas o dicionário ainda não registrou essa. Em lugar dela existe “revivescência” ou “revivescimento” que são bem mais longas e difíceis de escrever e falar. Por isso, vou pedir licença aos mestres (que certamente não vão nem me ouvir pedir a tal licença) e adotar a minha “revivência” para os fins e efeitos desta prosinha.
Porque não “renascimento”? Porque, na verdade, ninguém nasceu de novo. Estávamos todos vivos já, quando esse jesus nasceu. Só quem nasceu foi ele. Segundo a minha forma de enxergar, veio de algum lugar que a minha vista não alcança, mas, para os efeitos do planetinha, por aqui ele nasceu. Portanto, “renascimento” fica um pouco fora do lugar. Já a idéia de “revivência” é bem o caso dos que estavam por aqui quando o cavalheiro nasceu. Porque, de um modo geral, todos os viventes que tomaram conhecimento da sua chegada ganharam uma dose extra de extrato de vida. Tudo começou com a inauguração de uma nova geração que já fazia um bom tempo que não acontecia. Esse jesusinho assumiu a função de arauto desse tempo novo. Sabe-se lá de que tamanho será a fila que ele vem puxando. Tomara que seja grande, barulhenta, que ponha fim ao sossego que tinha se instalado e já vinha incomodando por falta de novas lufadas de vento. Temos, por aqui, uma brisa fresca e perfumada.
Inaugurar uma nova geração talvez seja a forma de expressão mais eloqüente da dinâmica da vida. Afinal, é ela que dá o sentido o movimento. As novas gerações são as marés do oceano da vida. Sem elas tudo seria calmo como um lago que, apesar de bonito e sereno, não conseguirá jamais inspirar tanto aos poetas quando a soberania do mar. Ao inaugurar uma nova etapa, esse jesus recém surgido invadiu a todos com os cristais da dinâmica, ondulou nosso beira-mar, fez quebrarem em nossas praias calmas, as espumas da emoção, da revivência.
Nosso jesus não é o único. Muitos outros chegaram neste ano e certamente trouxeram na bagagem os mesmos tesouros mágicos que o nosso. Isso, no entanto, não faz do nosso jesus menos magnífico. Porque, para cada um de nós, ele é majestoso, imperial, assim como são os demais para os seus respectivos súditos, suas respectivas côrtes. Importante é reverenciar esse nosso pequeno jesus por tudo o que nos trouxe, tal como farão os mitos outros reinos em relação às suas próprias majestades. O nosso jesus vem nos coroar a todos pela caminhada que empreendemos até agora e que culminou com essa graça. Estamos, por isso, todos abençoados, glorificados, recompensados. Há de ser permitido e possível que todos os jesuses chegados neste ano possam juntar suas forças e transformar este recanto do universo num cantinho de paz e felicidade.
(*) Advogado , avô recente e morador em S. Bernardo do Campo (SPO). Escreve para o site O Dia Nosso De Cada Dia - http: blcon.wordpress.com.
Ministério de medíocre continuidade
Élio Gaspari (*)
Na melhor das hipóteses, Dilma Rousseff compôs um ministério de continuidade buscando talentos no segundo escalão. Na pior, apresentou uma promessa medíocre. Fez sua campanha prometendo desenvoltura na educação e na saúde.
Manteve na Educação um titular franqueado por seu "Grande Mestre" e nomeou para a Saúde, credenciado pelo aparelho do PT, um infectologista vindo da pasta da articulação política, contaminado pelas febres inerentes ao cargo.
A nobiliarquia ministerial tem 35 marqueses e três duques que realmente contam: Fazenda (com a Receita), Justiça (com a polícia) e a Casa Civil, com o resto. Dos três, Guido Mantega é aquele que traz melhor desempenho. Pode não ser muita coisa, mas é alguma coisa.
Na Justiça, José Eduardo Cardozo prenuncia um comissariado movido pela obsessão de uma reforma política destinada a empurrar o voto de lista e o financiamento público (leia-se "pelo público") das campanhas eleitorais. Por enquanto, o principal objetivo dessa mobilização é erguer uma bandeira sob cuja sombra espera-se criar um arcabouço teórico que justifique a absolvição da quadrilha do mensalão.
Antonio Palocci chegará à Casa Civil com dois sucessos: a estabilização econômica durante o surto de terrorismo financeiro de 2002/2003 e uma espetacular dispensa pelo Supremo Tribunal Federal no caso da quebra do sigilo do caseiro Francenildo.
Irmanados na fé petista, Dilma e Palocci tendem a formar uma poderosa dupla. Não se deve esquecer, contudo, que a futura presidente assumiu de fato a Casa Civil em novembro de 2005, quando enfrentou o último canto daquilo que se denominava ekipekonômica.
Diante de um plano de ajuste fiscal de longo prazo, concebido nos ministérios da Fazenda (Palocci) e do Planejamento (Paulo Bernardo), ela mostrou a que viera. Detonou o trabalho ("rudimentar") e calou o contraditório: "Esse debate é absolutamente desqualificado, não há autorização do governo para que ele ocorra". Com esse episódio, fechou um ciclo iniciado nos anos 90, por meio do qual a "ekipekonômica" emparedava o governo com planos, entrevistas e artigos de notáveis.
Na verdade, não foi Dilma Rousseff quem prevaleceu. Ela apenas vocalizou a posição de Nosso Guia e tanto Palocci como Paulo Bernardo entenderam.
A boa notícia, ou pelo menos o depósito de esperanças, está numa trinca da bancada de feminina: Miriam Belchior (Planejamento), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente). Elas têm a característica que identificava Dilma Rousseff em 2002, ao ser chamada para o Ministério de Minas e Energia. Acumulam currículos e, no caso das duas primeiras, militância petista.
Foi fácil para Dilma Rousseff compor um ministério que representa a continuidade do projeto de poder de Lula. Fica faltando definir o papel de Nosso Guia a partir de 2 de janeiro, quando retornará ao mundo onde os sinais de trânsito podem estar fechados, portas não abrem sozinhas e, como já percebeu, as pastilhas Valda de Guido Mantega vão para Dilma.
Depois de todo o esforço de composição do ministério o governo de Dilma Rousseff continua onde sempre esteve: qual o papel de Lula, o pau do circo, que não está em lugar nenhum, mas deu a todos os lugares onde estão?
(*) Jornalista e escritor ítalo-brasileiro.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Façam suas contas
O 13º Salário NUNCA Existiu...
Não tinha pensado nesta!
Os Ingleses recebem os ordenados semanalmente!
Mas ... há sempre uma razão para as coisas - e os ingleses NÃO FAZEM NADA POR ACASO!!!
..Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.
Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...
Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º salário.Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.
Perguntarão porquê.
Respondo: Porque o 13º salário não existe.
O 13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema capitalista, é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.
Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os trabalhadores.
Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.
R$ 700 X 12 = R$ 8.400,00
Em Dezembro, o generoso patrão manda então pagar-lhe o conhecido 13º salário. É lei...
R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual) + R$ 700,00 (13º salário) = R$ 9.100 (Salário anual mais o 13º salário)
O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.
Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer uma simple contas que aprendeu no Ensino Fundamental:
Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.
R$ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = R$ 175,00 (Salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100,00.
R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100.00
O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário
Surpresa, surpresa? Onde está portanto o 13º Salário?
A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham dado conta desse fato simples.
A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.
Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.
Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes. Não existe nenhum 13º salário. O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.
Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.
Feliz Natal
FELIZ NATAL
INTELIGENTE É QUEM OUTROS CONHECE.,
SAPIENTE É QUEM CONHECE A SI MESMO.
FORTE É QUEM OUTROS VENCE.,
PODEROSO É QUEM DOMINA A SI MESMO.
ATIVO É QUEM MUITO TRABALHA.,
RICO É QUEM VIVE CONTENTE.
FIRME É QUEM VIVE EM SEU POSTO,
ETERNO É QUEM VIVE A VIDA.
São nosso sinceros votos a todos os amigos leitores que nos prestigiaram durante esse ano e que esperamos continuem conosco em 2011.
Que o Papai do Céu traga todas as bençãos e que o mundo se torne menos agressivo e mais compreensivo.
Rabiscos do Antenor
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Um conto de Natal
José Paulo Kupfer (*)
Reunidos, discretamente, durante uma semana, vários economistas discutiram como acelerar o processo de crescimento, com foco na distribuição de renda, sem descontrole da inflação nem aumento da carga tributária. No encontro, estiveram presentes profissionais respeitados da academia, do mercado financeiro e das entidades de classe, num congraçamento jamais visto de linhas e tendências de pensamento.
O convite para o encontro, que chegou ao email dos participantes, não tinha assinatura. Mas o conteúdo da convocatória era instigante e, por isso, nenhum dos destinatários teve dúvidas em atendê-lo, mesmo sem saber bem o que iria acontecer nem o que iriam fazer. O autor era alguém que habitava esferas superiores e pregava a paz e a prosperidade entre os homens.
No texto, havia indicações de como chegar ao local, uma pequena propriedade na região serrana do Rio de Janeiro, e instruções sobre hospedagem e programa de debates. O signatário anônimo do email lembrava que os avanços registrados no Brasil há pouco menos de duas décadas apontavam reais possibilidades de enfim superar seculares chagas sociais brasileiras. Mas, para isso, considerava imperioso acabar com as divergências teóricas e conclamava os profissionais a se reunirem para encontrar as convergências necessárias e tornar possível.
Ao fim do encontro, sem que o signatário do convite tivesse aparecido, embora a força moral de sua convocatória fosse sentida em todos os cantos e momentos, os participantes do encontro divulgaram uma declaração conjunta. Eis aqui, com exclusividade, o conteúdo da declaração, que levou o nome de “Carta da Esperança, da Paz e da Prosperidade”
* * *
“Carta da Esperança, da Paz e da Prosperidade”
“Depois de uma semana de debates e trocas de ideias, chegamos à conclusão de que, independentemente da formação, ideologias e filiação teórica, todos temos contribuições a oferecer para o objetivo de elaborar políticas eficazes para um crescimento consistente do ponto de vista econômico, sustentável em suas dimensões ambientas e, sobretudo, socialmente justo e inclusivo.
Admitimos que temos sido arrogantes na defesa de nossas posições e intolerantes em relação a outros modos de pensar. Por isso, não raro, temos sido tentados a desprezar, sem a devida e acurada análise, os argumentos contrários, tratando logo de desqualificar os que, simplesmente, pensam diferente.
Reconhecemos agora, na virada para 2011, que se completa um ciclo razoavelmente bem sucedido de conquistas econômicas e sociais, depois de quase duas décadas de inéditos progressos, ainda que mais lentos do que desejávamos – uma lentidão que, em parte, talvez se deva às desavenças entre nós, que levaram a desvios e distorções na elaboração e aplicação de políticas públicas.
Concordamos que as reformas institucionais levadas a cabo na primeira quadra do ciclo formaram uma base suficiente para que políticas de inclusão pudessem ser aceleradas e bem desenvolvidas na quadra seguinte. As pressões macroeconômicas que se formaram com a aplicação mais intensiva dessas políticas, por razões de diversas ordens, na quadra anterior e na que se encerra, não configuram obstáculo intransponível para que o País caminhe, com firmeza, no rumo da erradicação da miséria, da superação da desnutrição infantil, da eliminação do déficit habitacional e universalização do saneamento básico, e, principalmente, da melhoria substantiva nos índices de educação e saúde da população.
Declaramos nossa esperança em que, a partir de 2011, com maior tolerância e espírito de cooperação, possamos contribuir mais e melhor para o bem-estar de amplas maiorias da população. E reafirmamos que é em nome desse objetivo que devemos desenvolver todo o esforço de aquisição e atualização de conhecimento em nossa área de atuação.
Brasil, Natal de 2010
(*) Jornalista
Reunidos, discretamente, durante uma semana, vários economistas discutiram como acelerar o processo de crescimento, com foco na distribuição de renda, sem descontrole da inflação nem aumento da carga tributária. No encontro, estiveram presentes profissionais respeitados da academia, do mercado financeiro e das entidades de classe, num congraçamento jamais visto de linhas e tendências de pensamento.
O convite para o encontro, que chegou ao email dos participantes, não tinha assinatura. Mas o conteúdo da convocatória era instigante e, por isso, nenhum dos destinatários teve dúvidas em atendê-lo, mesmo sem saber bem o que iria acontecer nem o que iriam fazer. O autor era alguém que habitava esferas superiores e pregava a paz e a prosperidade entre os homens.
No texto, havia indicações de como chegar ao local, uma pequena propriedade na região serrana do Rio de Janeiro, e instruções sobre hospedagem e programa de debates. O signatário anônimo do email lembrava que os avanços registrados no Brasil há pouco menos de duas décadas apontavam reais possibilidades de enfim superar seculares chagas sociais brasileiras. Mas, para isso, considerava imperioso acabar com as divergências teóricas e conclamava os profissionais a se reunirem para encontrar as convergências necessárias e tornar possível.
Ao fim do encontro, sem que o signatário do convite tivesse aparecido, embora a força moral de sua convocatória fosse sentida em todos os cantos e momentos, os participantes do encontro divulgaram uma declaração conjunta. Eis aqui, com exclusividade, o conteúdo da declaração, que levou o nome de “Carta da Esperança, da Paz e da Prosperidade”
* * *
“Carta da Esperança, da Paz e da Prosperidade”
“Depois de uma semana de debates e trocas de ideias, chegamos à conclusão de que, independentemente da formação, ideologias e filiação teórica, todos temos contribuições a oferecer para o objetivo de elaborar políticas eficazes para um crescimento consistente do ponto de vista econômico, sustentável em suas dimensões ambientas e, sobretudo, socialmente justo e inclusivo.
Admitimos que temos sido arrogantes na defesa de nossas posições e intolerantes em relação a outros modos de pensar. Por isso, não raro, temos sido tentados a desprezar, sem a devida e acurada análise, os argumentos contrários, tratando logo de desqualificar os que, simplesmente, pensam diferente.
Reconhecemos agora, na virada para 2011, que se completa um ciclo razoavelmente bem sucedido de conquistas econômicas e sociais, depois de quase duas décadas de inéditos progressos, ainda que mais lentos do que desejávamos – uma lentidão que, em parte, talvez se deva às desavenças entre nós, que levaram a desvios e distorções na elaboração e aplicação de políticas públicas.
Concordamos que as reformas institucionais levadas a cabo na primeira quadra do ciclo formaram uma base suficiente para que políticas de inclusão pudessem ser aceleradas e bem desenvolvidas na quadra seguinte. As pressões macroeconômicas que se formaram com a aplicação mais intensiva dessas políticas, por razões de diversas ordens, na quadra anterior e na que se encerra, não configuram obstáculo intransponível para que o País caminhe, com firmeza, no rumo da erradicação da miséria, da superação da desnutrição infantil, da eliminação do déficit habitacional e universalização do saneamento básico, e, principalmente, da melhoria substantiva nos índices de educação e saúde da população.
Declaramos nossa esperança em que, a partir de 2011, com maior tolerância e espírito de cooperação, possamos contribuir mais e melhor para o bem-estar de amplas maiorias da população. E reafirmamos que é em nome desse objetivo que devemos desenvolver todo o esforço de aquisição e atualização de conhecimento em nossa área de atuação.
Brasil, Natal de 2010
(*) Jornalista
Urgência no setor aéreo
José Dirceu (*)
A ameaça de greve dos trabalhadores do setor aeroportuário —felizmente debelada por hora— é mais um elemento que reforça a necessidade de medidas urgentes nessa área estratégica. As melhorias de curto prazo realizadas durante o Governo Lula já se mostram no limite de esgotamento. A conclusão é que precisamos adotar o modelo de concessão por outorga nos principais aeroportos do país.
Os últimos anos foram marcados por sucessivos aumentos no número de vôos, consequência das políticas de valorização do poder aquisitivo e de formação de um mercado interno robusto. Mais que dobramos o volume de embarques no país em uma década. E a perspectiva é de que esse processo continue —o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima que o setor triplique em duas décadas. Em 2014, seremos sede da Copa do Mundo e, em 2016, das Olimpíadas, o que torna a necessidade de investimento inadiável.
É preciso construir novos aeroportos e ampliar, reformar e modernizar os atuais, tanto para atendimento de passageiros, como para transporte de cargas. Ademais, carecemos de uma ampla reforma na Infraero e também de políticas inovadoras na Anac. Contudo, a União não possui recursos para promover tais avanços.
Assim, há duas alternativas no horizonte que atendem aos requisitos de urgência e carência de recursos públicos. A adoção do modelo de PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou, preferivelmente, fazer esses investimentos via concessão pública de aeroportos. As duas opções têm a vantagem de atrair a iniciativa privada, em um setor altamente promissor, mas sem os efeitos nocivos da privatização em uma área estratégica — a Infraero e os aeroportos seguirão públicos e beneficiados pelos recursos das concessões.
O modelo de concessão já é experimentado com sucesso em portos e rodovias federais. Em aeroportos, será testado pela primeira vez no aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), que se constituirá o principal centro aéreo do Nordeste e importante pólo nacional. Podemos expandir a experiência para centros que operam em vários momentos além de suas capacidades, como Cumbica (SP) e Santos Dummont (RJ), por exemplo.
Hoje, a Infraero se desdobra para gerir 67 aeroportos, 80 unidades de apoio e 32 terminais de carga. Mas quase a totalidade da receita vem dos 12 maiores aeroportos. São terminais atraentes à iniciativa privada, o que permitirá ao Poder Público conseguir recursos das concessões para investir em aeroportos secundários, mas igualmente importantes para a construção de uma malha aeroportuária moderna e condizente com o Brasil que se projeta aos próximos anos.
Para benefício da população, por razões de segurança e devido ao perfil estratégico que têm, é importante que as concessões deixem sob o controle público serviços de alfândega, Polícia Federal, controle de imigração, Anac, Infraero e conselhos tutelares. Além disso, as concessões mantêm o setor sob o guarda-chuva do Ministério da Defesa, da Infraero, da Anac e do Conac.
Sem concessões, não vejo como atender com eficiência, conforto e agilidade a demanda de passageiros em alta. Também se torna inconcebível reorganizar o transporte de cargas, melhorar os serviços nos aeroportos e equipar o país com a infraestrutura mais adequada à Copa-2014 e às Olimpíadas-2016. Sem dúvida, é a melhor (talvez a única) saída que temos para Estado, trabalhadores, entes privados e sociedade.
(*) Advogado, Ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT
A ameaça de greve dos trabalhadores do setor aeroportuário —felizmente debelada por hora— é mais um elemento que reforça a necessidade de medidas urgentes nessa área estratégica. As melhorias de curto prazo realizadas durante o Governo Lula já se mostram no limite de esgotamento. A conclusão é que precisamos adotar o modelo de concessão por outorga nos principais aeroportos do país.
Os últimos anos foram marcados por sucessivos aumentos no número de vôos, consequência das políticas de valorização do poder aquisitivo e de formação de um mercado interno robusto. Mais que dobramos o volume de embarques no país em uma década. E a perspectiva é de que esse processo continue —o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima que o setor triplique em duas décadas. Em 2014, seremos sede da Copa do Mundo e, em 2016, das Olimpíadas, o que torna a necessidade de investimento inadiável.
É preciso construir novos aeroportos e ampliar, reformar e modernizar os atuais, tanto para atendimento de passageiros, como para transporte de cargas. Ademais, carecemos de uma ampla reforma na Infraero e também de políticas inovadoras na Anac. Contudo, a União não possui recursos para promover tais avanços.
Assim, há duas alternativas no horizonte que atendem aos requisitos de urgência e carência de recursos públicos. A adoção do modelo de PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou, preferivelmente, fazer esses investimentos via concessão pública de aeroportos. As duas opções têm a vantagem de atrair a iniciativa privada, em um setor altamente promissor, mas sem os efeitos nocivos da privatização em uma área estratégica — a Infraero e os aeroportos seguirão públicos e beneficiados pelos recursos das concessões.
O modelo de concessão já é experimentado com sucesso em portos e rodovias federais. Em aeroportos, será testado pela primeira vez no aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), que se constituirá o principal centro aéreo do Nordeste e importante pólo nacional. Podemos expandir a experiência para centros que operam em vários momentos além de suas capacidades, como Cumbica (SP) e Santos Dummont (RJ), por exemplo.
Hoje, a Infraero se desdobra para gerir 67 aeroportos, 80 unidades de apoio e 32 terminais de carga. Mas quase a totalidade da receita vem dos 12 maiores aeroportos. São terminais atraentes à iniciativa privada, o que permitirá ao Poder Público conseguir recursos das concessões para investir em aeroportos secundários, mas igualmente importantes para a construção de uma malha aeroportuária moderna e condizente com o Brasil que se projeta aos próximos anos.
Para benefício da população, por razões de segurança e devido ao perfil estratégico que têm, é importante que as concessões deixem sob o controle público serviços de alfândega, Polícia Federal, controle de imigração, Anac, Infraero e conselhos tutelares. Além disso, as concessões mantêm o setor sob o guarda-chuva do Ministério da Defesa, da Infraero, da Anac e do Conac.
Sem concessões, não vejo como atender com eficiência, conforto e agilidade a demanda de passageiros em alta. Também se torna inconcebível reorganizar o transporte de cargas, melhorar os serviços nos aeroportos e equipar o país com a infraestrutura mais adequada à Copa-2014 e às Olimpíadas-2016. Sem dúvida, é a melhor (talvez a única) saída que temos para Estado, trabalhadores, entes privados e sociedade.
(*) Advogado, Ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT
Perú Festivo
Tempo : 4h (+4h de descanso)
Rendimento : 12 Porções
Dificuldade : Fácil
Ingredientes
1 peru de 3kg com miúdos
Sal e pimenta-do-reino a gosto
3 dentes de alho amassados
1 xícara (chá) de vinho branco seco
4 colheres (sopa) de manteiga
1 cebola grande picada
1 lata de milho verde escorrida
3 xícaras (chá) de farinha de milho
1/3 de xícara (chá) de azeitonas pretas picadas
3 colheres (sopa) de cheiro-verde picado
Modo de Preparo
Tempere o peru com sal, pimenta, alho e vinho e deixe tomar gosto de um dia para outro ou pelo menos 4 horas.
Derreta metade da manteiga, refogue os miúdos picados, junte a cebola e deixe murchar.
Adicione o milho, a farinha, as azeitonas e o cheiro-verde e deixe fritar por alguns minutos.
Seque o peru e reserve a marinada.
Recheie com a farofa e costure.
Coloque em uma assadeira e besunte com a manteiga restante.
Leve ao forno alto, preaquecido, por 1 hora ou até dourar.
Retire do forno, regue com a marinada e cubra com papel-alumínio.
Volte ao forno médio por cerca de 2 horas ou até amaciar.
Acompanha arroz branco
Nota do Blog: Mais uma deliciosa receita da GUIADERECEITAS.COM.BR
Eventual caos aéreo
Conheça seus direitos como passageiro de empresas aéreas
Confira as obrigações das companhias aéreas em caso de atraso ou cancelamento de voos e saiba como entrar em contato em caso de dúvidas ou reclamações.
Reacomodação:
Deve ser imediata no caso de cancelamento de voo. Em caso de atraso, o passageiro deve ser reacomodado no próximo voo da empresa ou de outra aérea que faça a mesma rota. Ele tem prioridade sobre quem ainda não comprou passagem.
Reembolso
Quem desistir da viagem por cancelamento ou atraso acima de quatro horas tem direito ao reembolso integral, na mesma forma de pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário). A empresa tem até 30 dias para efetuar o pagamento.
Assistência Material
Após uma hora de atraso, a empresa tem de oferecer facilidade de comunicação, como telefone e internet. Com duas horas de atraso, tem de providenciar alimentação. Após quatro horas, o passageiro tem direito a hospedagem.
Contatos das Empresas
Informações de voos da TAM podem ser obtidas pelo 4002-5700 (capitais) ou 0800 570 5700 (demais localidades) e no site http://www.tam.com.br.
A Gol dispõe do telefone 0800 704 0465 e do site http://www.voegol.com.br/Atendimento.
A Webjet atende no 0800 723 1234 ou no site http://www.webjet.com.br./
A Azul atende no 0800 884 4040 ou no http://www.voeazul.com.br./
Entre as estrangeiras, a Air France atende pelo 0800 888 7000 ou no http://www.airfrance.com.br./
A TAP responde a emails enviados a fale.conosco@tap.pt e disponibiliza informações no site http://www.flytap.com./
E a United Airlines traz informações sobre seus voos em http://www.united.com/
Onde Reclamar
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) atende pelo 0800 725 4445 ou pelo site www.anac.gov.br/faleanac.
Há também juizados especiais nos aeroportos de Brasília, Santos Dumont, Galeão, Congonhas e Guarulhos.
Confira as obrigações das companhias aéreas em caso de atraso ou cancelamento de voos e saiba como entrar em contato em caso de dúvidas ou reclamações.
Reacomodação:
Deve ser imediata no caso de cancelamento de voo. Em caso de atraso, o passageiro deve ser reacomodado no próximo voo da empresa ou de outra aérea que faça a mesma rota. Ele tem prioridade sobre quem ainda não comprou passagem.
Reembolso
Quem desistir da viagem por cancelamento ou atraso acima de quatro horas tem direito ao reembolso integral, na mesma forma de pagamento (cartão de crédito ou crédito bancário). A empresa tem até 30 dias para efetuar o pagamento.
Assistência Material
Após uma hora de atraso, a empresa tem de oferecer facilidade de comunicação, como telefone e internet. Com duas horas de atraso, tem de providenciar alimentação. Após quatro horas, o passageiro tem direito a hospedagem.
Contatos das Empresas
Informações de voos da TAM podem ser obtidas pelo 4002-5700 (capitais) ou 0800 570 5700 (demais localidades) e no site http://www.tam.com.br.
A Gol dispõe do telefone 0800 704 0465 e do site http://www.voegol.com.br/Atendimento.
A Webjet atende no 0800 723 1234 ou no site http://www.webjet.com.br./
A Azul atende no 0800 884 4040 ou no http://www.voeazul.com.br./
Entre as estrangeiras, a Air France atende pelo 0800 888 7000 ou no http://www.airfrance.com.br./
A TAP responde a emails enviados a fale.conosco@tap.pt e disponibiliza informações no site http://www.flytap.com./
E a United Airlines traz informações sobre seus voos em http://www.united.com/
Onde Reclamar
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) atende pelo 0800 725 4445 ou pelo site www.anac.gov.br/faleanac.
Há também juizados especiais nos aeroportos de Brasília, Santos Dumont, Galeão, Congonhas e Guarulhos.
Vigias
Fora de ordem
Blog Ancelmo Góis para O Globo
Em Santarém, no Pará, policiais federais foram retirados de investigações de tráfico para atuarem como vigias. Acredite: agora, atuam como vigilantes do prédio da PF.
O estado, como se sabe, é rota de drogas e armas para a Venezuela.
Nota do Blog: Quem disse que Santarém não é famosa ....
Blog Ancelmo Góis para O Globo
Em Santarém, no Pará, policiais federais foram retirados de investigações de tráfico para atuarem como vigias. Acredite: agora, atuam como vigilantes do prédio da PF.
O estado, como se sabe, é rota de drogas e armas para a Venezuela.
Nota do Blog: Quem disse que Santarém não é famosa ....
Um Ministério para começar
Opinião do Estadão
A presidente eleita, Dilma Rousseff, não é a primeira a formar um Gabinete no qual alguns dos seus integrantes chamam a atenção por serem as pessoas erradas nos lugares errados. Nenhum ocupante do Planalto escapou da desdita de ter de incluir na sua equipe nomes com escassa ou nula qualificação para o que os espera. Eles lá chegaram apenas porque foram apadrinhados por figurões partidários ou chefes políticos regionais cujos interesses deviam forçosamente ser acomodados na arrumação do poder. Nesse sentido, toda equipe de governo é produto de uma conciliação, menos ou mais bem-sucedida, entre as forças em presença.
Mesmo nos países onde as regras do jogo permitem que a legenda vitoriosa nas urnas leve tudo, o seu líder terá de gratificar as diversas alas da agremiação e os setores extrapartidários, como sindicatos e lobbies do poder econômico. A diferença é que, nas democracias amadurecidas, a existência de elites burocráticas estáveis e infensas ao rodízio dos chefes de governo estreita o espaço para barganhas na alta administração. No Brasil, como se sabe, não apenas esse corpo de gestores públicos é pequeno para as necessidades de um Estado avantajado, como ainda o próprio sistema político - o presidencialismo de coalizão - torna inevitável o fatiamento do governo.
Dilma Rousseff, por exemplo, foi eleita por uma aliança de uma dezena de partidos - a enxundiosa base lulista -, dos quais 7 estarão representados no Ministério. O esquema até que seria tolerável, dadas as circunstâncias, se os patrocinadores dos aspirantes a ministro tivessem a indicar afilhados com um mínimo de traquejo administrativo, familiaridade com as áreas de que irão se ocupar e capacidade de andar pelas próprias pernas na rota presumivelmente traçada pelo presidente de turno.
Mas é típico da política de patronagem que, com poucas exceções, os padrinhos se cerquem de afilhados que dificilmente lhes farão sombra - e os governantes que se arranjem com esse fato da vida.
A fórmula a que eles costumam recorrer para salvar a sua administração da incompetência dos colaboradores acolhidos a contragosto é conhecida.
Consiste em blindar os postos estratégicos do Gabinete, bem como os de maior visibilidade para a opinião pública, e ceder às pressões das caciquias na razão inversa da importância das vagas cobiçadas. E sendo elas 37 ao todo na abaulada cúpula federal, as coisas acabam se ajeitando, descontados os prejuízos para o interesse público.
De certo modo, é como diz o futuro vice-presidente da República e ainda presidente do PMDB, Michel Temer, falando do que tocou à sua voraz agremiação no time de Dilma: "O PMDB numericamente acabou ocupando o mesmo número de Ministérios que no governo Lula. Caiu a densidade dos Ministérios atribuídos ao partido. Mas não incomoda."
Se incomoda ou não, saber-se-á quando entrarem na pauta do Congresso que assume em 1.º de fevereiro os projetos caros ao novo governo - os quais, por ora, permanecem na penumbra. Os políticos apreciam guardar as suas frustrações no congelador - à espera do melhor momento para dar o troco ao governante que lhes deu menos do que se achavam no direito de receber. Para o País, de toda maneira, o que conta é a densidade dos ministros que irão ocupar as Pastas de primeira grandeza. Dessa perspectiva, Dilma não surpreendeu nem decepcionou. Mesmo porque seria ingenuidade esperar que, ainda engatinhando no assoalho da política e com a autonomia tolhida também por seu tutor Lula, ela conseguisse erguer um Ministério de notáveis.
Pelo menos ele não lhe impôs nomes de segunda, embora alguns deles dificilmente fiquem imunes aos efeitos de sua filiação ou militância no PT. Ao todo, o partido ficou com 17 cadeiras, 8 delas de espaldar alto (Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Fazenda, Planejamento, Justiça, Comunicações, Educação e Saúde). Nessa liga, os únicos não petistas são os titulares da Defesa e de Minas e Energia, inscritos no PMDB. Os sem-partido também são dois: o presidente do Banco Central e o ministro das Relações Exteriores. Deles dependerão, pelo menos, os primeiros movimentos da Presidência Dilma Rousseff.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, não é a primeira a formar um Gabinete no qual alguns dos seus integrantes chamam a atenção por serem as pessoas erradas nos lugares errados. Nenhum ocupante do Planalto escapou da desdita de ter de incluir na sua equipe nomes com escassa ou nula qualificação para o que os espera. Eles lá chegaram apenas porque foram apadrinhados por figurões partidários ou chefes políticos regionais cujos interesses deviam forçosamente ser acomodados na arrumação do poder. Nesse sentido, toda equipe de governo é produto de uma conciliação, menos ou mais bem-sucedida, entre as forças em presença.
Mesmo nos países onde as regras do jogo permitem que a legenda vitoriosa nas urnas leve tudo, o seu líder terá de gratificar as diversas alas da agremiação e os setores extrapartidários, como sindicatos e lobbies do poder econômico. A diferença é que, nas democracias amadurecidas, a existência de elites burocráticas estáveis e infensas ao rodízio dos chefes de governo estreita o espaço para barganhas na alta administração. No Brasil, como se sabe, não apenas esse corpo de gestores públicos é pequeno para as necessidades de um Estado avantajado, como ainda o próprio sistema político - o presidencialismo de coalizão - torna inevitável o fatiamento do governo.
Dilma Rousseff, por exemplo, foi eleita por uma aliança de uma dezena de partidos - a enxundiosa base lulista -, dos quais 7 estarão representados no Ministério. O esquema até que seria tolerável, dadas as circunstâncias, se os patrocinadores dos aspirantes a ministro tivessem a indicar afilhados com um mínimo de traquejo administrativo, familiaridade com as áreas de que irão se ocupar e capacidade de andar pelas próprias pernas na rota presumivelmente traçada pelo presidente de turno.
Mas é típico da política de patronagem que, com poucas exceções, os padrinhos se cerquem de afilhados que dificilmente lhes farão sombra - e os governantes que se arranjem com esse fato da vida.
A fórmula a que eles costumam recorrer para salvar a sua administração da incompetência dos colaboradores acolhidos a contragosto é conhecida.
Consiste em blindar os postos estratégicos do Gabinete, bem como os de maior visibilidade para a opinião pública, e ceder às pressões das caciquias na razão inversa da importância das vagas cobiçadas. E sendo elas 37 ao todo na abaulada cúpula federal, as coisas acabam se ajeitando, descontados os prejuízos para o interesse público.
De certo modo, é como diz o futuro vice-presidente da República e ainda presidente do PMDB, Michel Temer, falando do que tocou à sua voraz agremiação no time de Dilma: "O PMDB numericamente acabou ocupando o mesmo número de Ministérios que no governo Lula. Caiu a densidade dos Ministérios atribuídos ao partido. Mas não incomoda."
Se incomoda ou não, saber-se-á quando entrarem na pauta do Congresso que assume em 1.º de fevereiro os projetos caros ao novo governo - os quais, por ora, permanecem na penumbra. Os políticos apreciam guardar as suas frustrações no congelador - à espera do melhor momento para dar o troco ao governante que lhes deu menos do que se achavam no direito de receber. Para o País, de toda maneira, o que conta é a densidade dos ministros que irão ocupar as Pastas de primeira grandeza. Dessa perspectiva, Dilma não surpreendeu nem decepcionou. Mesmo porque seria ingenuidade esperar que, ainda engatinhando no assoalho da política e com a autonomia tolhida também por seu tutor Lula, ela conseguisse erguer um Ministério de notáveis.
Pelo menos ele não lhe impôs nomes de segunda, embora alguns deles dificilmente fiquem imunes aos efeitos de sua filiação ou militância no PT. Ao todo, o partido ficou com 17 cadeiras, 8 delas de espaldar alto (Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Fazenda, Planejamento, Justiça, Comunicações, Educação e Saúde). Nessa liga, os únicos não petistas são os titulares da Defesa e de Minas e Energia, inscritos no PMDB. Os sem-partido também são dois: o presidente do Banco Central e o ministro das Relações Exteriores. Deles dependerão, pelo menos, os primeiros movimentos da Presidência Dilma Rousseff.
O ministro descartável
Franklin Martins ataca imprensa e defende regulação de conteúdo
O Estado de S.Paulo
Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o jornalista Franklin Martins acusou a imprensa de agir movida por "interesses políticos", de atuar em dobradinha com a oposição, de ter perdido em determinado período "a noção do que é certo e do que é errado" e de ter feito um "jornalismo da pior qualidade". As declarações foram dadas em entrevista ao site Congresso em Foco.
A poucos dias de deixar o cargo, Franklin criticou ainda o comportamento da imprensa, sobretudo do que ele chama de "jornalões", com relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O secretário chamou de "ataques da imprensa" as denúncias de corrupção noticiadas nos oito anos de mandato do presidente Lula. Segundo ele, o noticiário foi movido "pela má vontade com governo, desproporcional aos erros do governo".
Na análise que fez da imprensa, situando-se, como disse, "do lado de lá do balcão", ele acusou os jornais de boicotar números sobre a aprovação do governo Lula. "O governo terminou com aprovação de 80%. Lula, 87%. E os jornais estão vendendo menos do que vendiam antes", afirmou.
Projeto.
O ministro negou a intenção de censurar a imprensa por meio do marco regulatório para a comunicação eletrônica, mas defendeu a existência de normas sobre o que deve ou não ser divulgado. "Há certas normas, há certas obrigações que devem ser contempladas. Isso se faz no mundo inteiro e ninguém nunca achou que é censura."
Franklin adiantou que, no anteprojeto de lei que encaminhará à presidente eleita Dilma Rousseff estarão contemplados, entre outros pontos, "pluralismo, equilíbrio e respeito à privacidade das pessoas".
"O problema no Brasil é que existem os fantasmas. Então se tira o fantasma do sótão e se bota para ver se, com isso, se impede ou se dificulta ou, digamos assim, se baliza a discussão sobre marco regulatório. Esse é o problemas que vivemos hoje em dia", concluiu.
O Estado de S.Paulo
Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o jornalista Franklin Martins acusou a imprensa de agir movida por "interesses políticos", de atuar em dobradinha com a oposição, de ter perdido em determinado período "a noção do que é certo e do que é errado" e de ter feito um "jornalismo da pior qualidade". As declarações foram dadas em entrevista ao site Congresso em Foco.
A poucos dias de deixar o cargo, Franklin criticou ainda o comportamento da imprensa, sobretudo do que ele chama de "jornalões", com relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O secretário chamou de "ataques da imprensa" as denúncias de corrupção noticiadas nos oito anos de mandato do presidente Lula. Segundo ele, o noticiário foi movido "pela má vontade com governo, desproporcional aos erros do governo".
Na análise que fez da imprensa, situando-se, como disse, "do lado de lá do balcão", ele acusou os jornais de boicotar números sobre a aprovação do governo Lula. "O governo terminou com aprovação de 80%. Lula, 87%. E os jornais estão vendendo menos do que vendiam antes", afirmou.
Projeto.
O ministro negou a intenção de censurar a imprensa por meio do marco regulatório para a comunicação eletrônica, mas defendeu a existência de normas sobre o que deve ou não ser divulgado. "Há certas normas, há certas obrigações que devem ser contempladas. Isso se faz no mundo inteiro e ninguém nunca achou que é censura."
Franklin adiantou que, no anteprojeto de lei que encaminhará à presidente eleita Dilma Rousseff estarão contemplados, entre outros pontos, "pluralismo, equilíbrio e respeito à privacidade das pessoas".
"O problema no Brasil é que existem os fantasmas. Então se tira o fantasma do sótão e se bota para ver se, com isso, se impede ou se dificulta ou, digamos assim, se baliza a discussão sobre marco regulatório. Esse é o problemas que vivemos hoje em dia", concluiu.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Agroecologia
Tamarindo |
Pequeno produtor investe em agroecologia
A produção agrícola no município de Chapada dos Guimarães (MT) surpreende pela diversidade e resultados positivos.
Desde a plantação de hortifrutigrangeiros, piscicultura, pecuária de corte e de leite, até a recentemente aposta em sistemas agroflorestais associados ao plantios de orgânicos na recuperação de áreas degradadas.
O objetivo é produzir alimentos mais saudáveis, uma agricultura socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável.
De acordo com o produtor Eloir Bernardon, trata-se de uma nova maneira do homem se relacionar com a natureza. Há há 24 anos Eloir e sua família deixaram o Vale do Paraíba, em São Paulo, em busca de qualidade d e vida.
O lugar escolhido foi Chapada dos Guimarães, no Vale do Jamacá, onde passou a cultivar frutas, legumes e hortaliças, sempre com técnicas ecologicamente corretas. Em 2003, depois de participar de um curso sobre agrofloresta, em Piraí do Norte, na Bahia, com o agricultor e pesquisador Ernest Gotsch, conheceu novas técnicas de produção sustentável e passou a investir neste novo modelo.
Visitou oito estados diferentes para ver de perto como cada produtor trabalha o sistema agroecológico. Resolveu instalar em sua propriedade um canteiro de 20 metros de comprimento por um metro de largura com diversas plantas frutíferas e florestais, entre elas abacaxi, pupunha, tamarindo, leucena, aroeira, copaíba, algodão, uvaia, inhame, mandioca, cará.
O produtor acredita que seu novo investimento realmente se consolidou e explica que nesse sistema agroflorestal o espaço entre as plantas é pequeno e a diversificação é grande. A intenção é fazer um berço de várias sementes, com 20 tipos diferentes de árvores para consumo ou comercialização.
O plantio neste sistema agroflorestal não utiliza agrotóxico e nenhum tipo de adubação. Segundo o produtor, na lateral do canteiro são cultivadas gramíneas e outras sementes que servem para proteger e também adubar.
O técnico agrícola da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Antônio Claret Fialho diz que em Chapada dos Guimarães os agricultores familiares também estão produzindo alimentos livres de agrotóxicos com sistemas agroflorestais e produção de condimentos, banana e cana-de-açúcar. Conforme ele, o sistema agroflorestal é a solução para a agricultura familiar mais limpa e sustentável e garante resultados positivos.
Sem milho=Sem avicultura
Baixa produção de milho inibe avicultura no Pará
A produção de milho no Pará, que vem mantendo uma tendência declinante desde 2008, deverá sofrer, na safra de 2010/2011, um decréscimo estimado em cerca de 10%, segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por intermédio de sua Superintendência Regional.
A notícia é particularmente ruim para dois segmentos da agroindústria paraense – a avicultura e a suinocultura, que hoje já importam de Goiás e Mato Grosso parte do volume de milho necessário ao suprimento da demanda interna. No ano de 2005, segundo o levantamento da Conab, a produção paraense de milho foi de 559.698 toneladas, destacando-se o vale do rio Capim, com 179.842 toneladas, e o Baixo Amazonas, com 148.122, como as principais regiões produtoras do Estado.
No ano seguinte (2006), o volume produzido alcançou 576.579 toneladas. Depois de um ligeiro recuo em 2007, para 562.032, a produção saltou em 2008 para uma safra recorde de 622.800 toneladas. A euforia, porém, durou pouco.
Já em 2009, a safra paraense minguou para 552.104 toneladas e caiu ainda mais este ano ( 515.400). Mantendo a tendência de queda, segundo os técnicos da Conab, tudo indica que a colheita do ano que vem ficará num patamar pouco acima de 450 mil toneladas.
De acordo com Moacir da Cruz Rocha, encarregado do setor de apoio à logística e gestão da oferta da Conab no Pará, o decréscimo da produção na safra de 2010 pode ser a tribuído à baixa dos preços verificada nos dois últimos anos, e mais acentuadamente em 2009.
Os próprios números evidenciam isso. Em dezembro de 2007, o saco de milho era comercializado nas indústrias da Região Metropolitana de Belém a R$ 35,68.
Um ano depois (em dezembro de 2008), o preço médio havia caído para R$ 26,21 e, no mesmo período do ano passado, despencara ainda mais, alcançando R$ 22,45.
“O baixo retorno financeiro desestimulou a expansão e até mesmo a manutenção das áreas plantadas, inibindo ao mesmo tempo os investimentos na utilização de insumos”, acrescentou Moacir Rocha.
Um dado interessante, revelado nas últimas pesquisas de campo realizadas pela Conab – esse levantamento é feito semanalmente –, é que os preços do milho experimentaram, nos últimos meses de 2010, uma forte recuperação.
Tendo saído de um patamar de R$ 22,31 em novembro do ano passado, o produto alcançou R$ 30,98 em outubro deste ano, chegou a R$ 32,92 na penúltima semana de novembro e fechou em R$ 33,67 a semana encerrada na última sexta-feira, dia 3. Com a elevação dos preços, um fator que estimula o produtor e geralmente induz a um acréscimo da produção, seria de esperar um incremento na safra de 2010/2011, e não a queda de 10% já sinalizada pela equipe técnica da Conab.
Acontece que, no agronegócio, as coisas não são assim tão simples, conforme faz questão de esclarecer Moacir Rocha.
Ele informou que, com o início das chuvas no sul do Pará, as primeiras áreas já estão sendo preparadas para o plantio da safra 2010/2011, a aí se colocou para os produtores um embaraço que eles não esperavam.
“A exigência de licenciamento ambiental para a implantação de novos cultivos de milho tem ocasionado dificuldades para os produtores junto aos agentes financeiros para liberação do custeio”, disse o técnico da Conab. E acrescentou: “Esse imprevisto deverá ocasionar a redução na área a ser cultivada, refletindo-se a queda também no volume de produção”.
Nota do Blog: Assunto sério tratado como brincadeira de criança. Estado é pobre mas se faz de rico e prefere importar a produzir e exportar. Basta dar uma olhada na nossa região onde plantar é proibido. Agora o interessante que não param de comer, comida do Sul .... Somos povo rico e importamos comida. Fazer o que? Ongueiro nunca pôs a mão na massa. Ganha salário para impedir que os outros trabalhem e vivam de esmolas.
Herói sem nenhum caráter
Demétrio Magnoli (*) para O Estado de S.Paulo
Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã. Ele sempre ofereceu respaldo aos arautos da ideia de cerceamento da liberdade de imprensa no Brasil. Mas é incondicional quando se trata de Julian Assange: "Vamos protestar contra aqueles que censuraram o WikiLeaks. Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta."
Assange é um estranho herói. No Brasil, o chefe do WikiLeaks converteu-se em ícone da turba de militantes fanáticos do "controle social da mídia" e de blogueiros chapa-branca, que operam como porta-vozes informais de Franklin Martins, o ministro da Verdade Oficial. Até mesmo os governos de Cuba e da Venezuela ensaiaram incensá-lo, antes de emergirem mensagens que os constrangem. Por que os inimigos da imprensa independente adotaram Assange como um dos seus?
A resposta tem duas partes. A primeira: o WikiLeaks não é imprensa - e, num sentido crucial, representa o avesso do jornalismo.
O WikiLeaks publica - ou ameaça publicar, o que dá no mesmo - tudo que cai nas suas mãos. Assange pretende atingir aquilo que julga serem "poderes malignos". No caso de tais alvos, selecionados segundo critérios ideológicos pessoais, não reconhece nenhum direito à confidencialidade. Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos. Nesse episódio, que é diferente dos documentos sobre a guerra no Afeganistão, os cinco veículos rompem um princípio venerável do jornalismo.
Lula jamais protestou contra o monopólio da imprensa pelo governo cubano e nunca deu um passo à frente para pedir pelo direito à expressão dos dissidentes no Irã. Ele sempre ofereceu respaldo aos arautos da ideia de cerceamento da liberdade de imprensa no Brasil. Mas é incondicional quando se trata de Julian Assange: "Vamos protestar contra aqueles que censuraram o WikiLeaks. Vamos fazer manifestação, porque liberdade de imprensa não tem meia cara, liberdade de imprensa é total e absoluta."
Assange é um estranho herói. No Brasil, o chefe do WikiLeaks converteu-se em ícone da turba de militantes fanáticos do "controle social da mídia" e de blogueiros chapa-branca, que operam como porta-vozes informais de Franklin Martins, o ministro da Verdade Oficial. Até mesmo os governos de Cuba e da Venezuela ensaiaram incensá-lo, antes de emergirem mensagens que os constrangem. Por que os inimigos da imprensa independente adotaram Assange como um dos seus?
A resposta tem duas partes. A primeira: o WikiLeaks não é imprensa - e, num sentido crucial, representa o avesso do jornalismo.
O WikiLeaks publica - ou ameaça publicar, o que dá no mesmo - tudo que cai nas suas mãos. Assange pretende atingir aquilo que julga serem "poderes malignos". No caso de tais alvos, selecionados segundo critérios ideológicos pessoais, não reconhece nenhum direito à confidencialidade. Cinco grandes jornais (The Guardian, El País, The New York Times, Le Monde e Der Spiegel) emprestaram suas etiquetas e sua credibilidade à mais recente série de vazamentos. Nesse episódio, que é diferente dos documentos sobre a guerra no Afeganistão, os cinco veículos rompem um princípio venerável do jornalismo.
Frase
"Nunca a imoralidade com o dinheiro público teve um sentido tão literal".
Leo Beduschi, leitor do blog do Ricardo Noblat, sobre o pagamento com dinheiro público de uma farra promovida em motel pelo deputado Pedro Novais (PMDB/MA), futuro ministro do Turismo.
Leo Beduschi, leitor do blog do Ricardo Noblat, sobre o pagamento com dinheiro público de uma farra promovida em motel pelo deputado Pedro Novais (PMDB/MA), futuro ministro do Turismo.
Dep Pedro Novais |
Nota do Blog: O pessoal dessa camarilha é tão desavergonhado que agora, somente agora, que o assunto veio a público, é que o cara de pau vem dizer que irá devolver o dinheiro e que esse assunto o constrange porque afinal ele não fez farra nenhuma e alguém errou em jogar tais despesas como oficiais. Ora .. ora é muita história para boi dormir. São sempre os outros os errados. O cartão é dele e como foi usado por outros. Uma safadeza. E se trata de apenas uma irregularidade pêga e divulgada. Imaginem, considerando esse exército de sangue-sugas , quantas contas-extras e particulares foram pagas com dinheiro público. Não existe controle nenhum . Pode tudo quando se é Senador, Deputado Federal, Ministros e Presidente . O dinheiro não é deles. Uma terra sem lei. Pior que se fazem de sérios quando explicam tais "descobertas".
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