domingo, 30 de setembro de 2012

Futuro sombrio

Ciente do risco de condenação, Dirceu revive agora incertezas dos anos 1960 

Estadão 

jose_dirceu_pag.jpg (322×210)Quarenta e quatro anos depois que o regime de exceção o capturou e ele foi obrigado a deixar o País, José Dirceu de Oliveira e Silva está na iminência de ser condenado e corre o risco de voltar à prisão, agora na vigência de democracia, onde instituições como o Supremo Tribunal Federal funcionam sem a tutela do governo. 

Daquela vez, em 1968, líder estudantil, foi aprisionado em Ibiúna, nos arredores de São Paulo, e seguiu para o exílio no México, depois para Cuba - trocado, ele e mais 13 companheiros da luta armada, pelo embaixador americano Charles Burke Elbrick. 

Aos 66 anos, Dirceu está no banco dos réus. Não é mais Carlos Henrique Gouveia de Mello, nome que adotou na clandestinidade, e a articulação que lhe atribuem agora é outra, a de mentor do mensalão, maior escândalo do governo Lula. 

Nos autos da ação penal 470, é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. Seu julgamento deve ter início na quarta-feira, com o voto do relator, ministro Joaquim Barbosa. 

Entrevistas o ex-ministro não tem dado. Vez ou outra tem uma conversa informal com jornalistas. Experimenta noites de angústia o mineiro de Passa Quatro, onde estudou em colégio de padres franceses nos anos 1950, e que, em 2003, se tornou o ministro mais poderoso do governo petista, no comando da Casa Civil. 

Ministros. 
Com interlocutores de Dirceu é possível constatar que certeza ele tem da condenação - até já ligou para o ex-presidente e trataram do julgamento. Reservadamente, tem comentado sobre o ministro Dias Toffoli, que advogou para o PT e não se deu por impedido. "É questão da consciência dele." 

Melancólico, mantém o mesmo perfil contestador. "Não há precedentes no Supremo (da suspeição). Senão, o Gilmar Mendes tinha que se declarar impedido em uns dez casos graves que ele votou no governo Fernando Henrique. Nenhum juiz no STF se declarou impedido por qualquer tipo de relação que teve." 

Dez ministros da Corte máxima examinam os termos da denúncia da Procuradoria-Geral da República. "Está suficientemente demonstrado que José Dirceu seria o mentor, o chefe incontestável do grupo, a pessoa a quem todos os demais prestavam deferência", cravou Barbosa, na ocasião em que votou pelo recebimento da denúncia. 

Após quase 30 sessões, o Supremo já condenou muitos mensaleiros, até o delator da trama, Roberto Jefferson, deputado cassado, como Dirceu. Agora, chegou a vez do ex-ministro - e de José Genoino e Delúbio Soares que exerciam a presidência e a tesouraria do PT. 

A expectativa é que seja condenado por corrupção ativa - a pena de reclusão vai de 2 a 12 anos, acrescida de um terço "se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional". 

Mas os votos das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber abrem uma brecha para que ele seja absolvido do crime de quadrilha - pena de um a três anos.

Bond, o incansável cinquentão

Jornal da Tarde/SP 

No ano em que o espião mais famoso do planeta completa 50 anos de cinema, o novo filme da saga James Bond parece desafiar tradições. 

Sean+Connery.jpg (799×1061)Estrelado novamente por Daniel Craig, 007 – Operação Skyfall estreia no Brasil no dia 26 de outubro sob o comando de um diretor conhecido por dramas, mas que nunca fez um filme de ação. 
Um longa que passou nove meses parado, por problemas financeiros; com um roteiro que não vem de Ian Fleming, criador do personagem nos anos 1950; com o agente secreto tomando uma Heineken. 

O cineasta ganhador do Oscar por Beleza Americana (1999), Sam Mendes, envolveu, em um ar sombrio, seu primeiro Bond, mas diz que “brincou um pouco” com o rico espólio. 
Na nova trama, 007 terá sua lealdade a M (Judi Dench) testada. Além, é claro, de enfrentar o maléfico Raoul Silva (um aloirado Javier Bardem). Já a nova bond girl, Sévérine, herda a beleza da atriz francesa Bérénice Marlohe, em seu primeiro filme em inglês. Em teleconferência com a imprensa, de Londres, 
Craig é categórico: “Tivemos a chance de fazer algo grandioso e fomos ambiciosos. Acho que conseguimos.” 

Há meio século, em 1962, Sean Connery deu vida ao espião com licença para matar pela primeira vez no cinema em 007 Contra o Satânico Dr. No e cravou a célebre frase “Meu nome é Bond, James Bond”. 

Seria o início de um legado que estabeleceria altos padrões de elegância, virilidade e poder, e povoaria o imaginário coletivo. 
Viriam George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Pierce Brosnan e, enfim, Daniel Craig. 

A cada nova missão, colada à cintura, estaria uma beldade deslumbrante, com combinações irresistíveis de vestidos, caras, bocas e sex appeal – como não lembrar de Ursula Andress e seu biquíni? 
No vasto repertório, vodcas martinis, o carro Aston Martin DB-5, entre tantos. A efeméride ganhou uma coleção, Bond 50, uma caixa com 22 Blu-Rays e mais de 130 horas de extras (R$ 699,90, pela Fox). 

Em 007 – Operação Skyfall, o 23.º longa da série, Bond explora a Turquia e locações chinesas como Macau e Xangai. Terá uma arma personalizada, que só ele pode usar. 
Será dado como morto, ressurgirá, terá as exímias habilidades postas em xeque. 
Uma promessa de reviravolta gloriosa. 

“James Bond não opera em um mundo real. É atemporal, único. Não é Bourne, é Bond”, define Mendes. 

Vivendo o espião pela terceira vez, Craig se mostra à vontade no traje de gala característico. 
“Quantos filmes de Bond tenho pela frente? Acredito que, enquanto o terno servir, vou fazendo”, brinca o ator, de 44 anos, que espera voltar ao papel após Skyfall. 
Alguns truques, ele já incorporou. 

“O segredo é dar a impressão de que as coisas que eu faço são fáceis. Essa é a magia de James Bond.” 

Nota do Blog: Entra Bond e sai Bond mas inquestionável para o blogueiro o primeiro será insuperável principalmente como ator, muito mais ator que os demais. Sean Connery será sempre o melhor entre todos os que seguiram a série. 

Enquanto isso, no Senado...

Opinião do Estadão 

Brasília é o habitat natural da elite da chamada classe política, representada pelos nobres parlamentares federais. Vivem ali muitos desses ilustres representantes do povo - pelo jeito, a maioria - numa espécie de mundo da fantasia que construíram para seu deleite, apartado da realidade cotidiana e frequentemente conflitante com o bem e o senso comuns. Vivem indiferentes ao fato de, do outro lado da Praça dos Três Poderes, o Judiciário dar inequívocas demonstrações de que o País está perdendo - se já não perdeu - a paciência com o comportamento ominoso e ultrajante dos maus homens públicos que se julgam no direito de inventar uma nova "ética" no trato da coisa pública. E cometem, sem o menor pudor, nova e escandalosa afronta à probidade, jogando a conta do abuso no colo do contribuinte. 

Em resumo: a Mesa do Senado, presidida por José Sarney, decidiu que um calote no Fisco, calculado em R$ 11 milhões, aplicado pelos 84 senadores nos últimos cinco anos, será finalmente pago, mas com dinheiro público. O que, para começar, contraria o princípio de que a União (Fisco) não pode cobrar da própria União (Senado Federal). 

A história pouco fica a dever, em descaramento, à do malfadado mensalão em julgamento pelo STF. A diferença estaria nas tecnicalidades da tipificação penal do desvio de recursos públicos para conchavos políticos e da canalização desses recursos diretamente para o bolso dos senadores. De acordo com cálculos feitos pelo jornal Correio Braziliense, que denunciou o golpe em março, cada senador da República embolsou com o calote cerca de R$ 13 mil por ano. Desde 2007, portanto, beneficiam-se indevidamente da nada desprezível poupança de cerca de R$ 65 mil cada um. 

O Imposto de Renda (IR) devido pelos senadores refere-se aos chamados 14.º e 15.º salários a que faziam jus até o fim do ano passado, pagos a título de "verba indenizatória". E era exatamente pelo fato de alegadamente se enquadrar nessa categoria que a administração do Senado considerava essa verba "não tributável" e, por isso, nunca fez o desconto de IR na folha de pagamento dos senadores. E tudo continuaria assim, se a imprensa não cumprisse seu papel de fiscalizar a administração pública. Quando o jornal denunciou a escandalosa irregularidade, a Mesa do Senado, em nota oficial, alegou que os tais rendimentos adicionais não eram tributáveis "por terem caráter indenizatório". Mas esse argumento foi prontamente contestado pelo Fisco. Acuado, em maio o Senado desengavetou e aprovou um projeto acabando com a mamata, encaminhando-o à Câmara dos Deputados, onde dorme placidamente. No início de agosto, a Receita enviou intimações a cada um dos senadores, cobrando o que considera devido. 

Os parlamentares, é claro, se revoltaram com a cobrança, alegando que os pagamentos não foram feitos devido a "erro administrativo" da Casa, que não procedeu aos descontos devidos. E passaram a pressionar a Mesa. Apesar de o senador José Sarney, na condição de presidente, ter dito a jornalistas que os senadores deveriam se entender individualmente com a Receita, na última terça-feira o vice-presidente Aníbal Diniz (PT-AC) anunciou que, por decisão da Mesa, o Senado vai pagar o que é devido pelos parlamentares. 

Diniz não fez segredo da razão pela qual a decisão foi tomada: "Na medida em que a ajuda de custo foi abolida, o Senado se acusou e a Receita começou a exigir o pagamento. Então, os senadores pressionaram a Mesa para não serem punidos". E acrescentou: "Ficou uma dúvida, mas não foi culpa dos senadores. A Mesa adota a posição de fazer o ressarcimento devido. A Casa reconhece que, se houve falha, ela própria vai fazer o pagamento". 

Se houve ou não falha da administração do Senado é uma questão agora irrelevante. O IR é devido pelas pessoas físicas dos senadores, que se beneficiaram do não recolhimento dos valores devidos. Cabia a eles declarar os seus rendimentos e, sobre eles, pagar o imposto devido. A direção da Casa anunciou que ainda vai calcular exatamente o que seria devido ao Fisco e que vai recorrer à Justiça. Ou seja, pendurará a despesa na conta do contribuinte. Certamente, não é o mesmo vento que sopra em todos os cantos da Praça dos Três Poderes.

Definição de saudades

Dr Rogério Brandão (*) 

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. 

Rogerio.jpg (770×1101)Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Comecei a frequentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. 

Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. 

Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. 

Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimios e radioterapias. 

Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! 

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. 
Perguntei pela mãe.. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção. 

” – Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. 
- Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. 
- Eu não nasci para esta vida!” 
Indaguei: - E o que morte representa para você, minha querida? ” 
– Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é?” 
(Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) 
- É isso mesmo. 
“- Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele,na minha vida verdadeira!” 
Fiquei “entupigaitado”, não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. 
“- E minha mãe vai ficar com saudades, emendou ela.” 
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: 
- E o que saudade significa para você, minha querida? 
- Saudade é o amor que fica! 

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica! 

Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. 

Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo “meu anjo”, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. 

Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. 

Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno. 

(*) Médico Oncologista Clínico, de Recife/PE

Descaso, falta de interesse e omissão

32 parques eólicos estão parados à espera de transmissão de energia 

Estadão 

turbina-eolica-jpeg3.jpg (572×367)Quase metade das usinas licitadas no primeiro leilão de energia eólica do Brasil está pronta sem poder gerar um único megawatt (MW) de eletricidade. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão. "Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão", afirmou o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino. 

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobrás, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto - em alguns casos, nem iniciou as obras. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão com as usinas apenas se dará em julho do ano que vem. 

Consequentemente, as obras do sistema de transmissão dos parques licitados em 2010 também ficarão comprometidas. No mercado, algumas empresas foram informadas de que os cronogramas de empreendimentos marcados para setembro de 2013 foram estendidos para janeiro de 2015. 

Rufino afirmou que a Aneel tem discutido constantemente com a estatal para tentar resolver o problema e diminuir os impactos para o consumidor. 

Segundo ele, não está descartada a possibilidade de fazer uma instalação provisória enquanto a definitiva não é concluída. Apesar de não poderem produzir energia, as geradoras terão direito de receber a receita fixa prevista nos contratos de concessão. Pelos cálculos da Aneel, as 32 usinas têm receitas de R$ 370 milhões a receber.

sábado, 29 de setembro de 2012

Premio Melhores dos Maiores


Cargill é homenageada no prêmio Balanço Anual/Melhores dos Maiores 2012  
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Luiz Pretti - Presidente da Cargill/Brasil

A Cargill Agrícola S/A foi uma das empresas homenageadas com o prêmio Balanço Anual/Melhores dos Maiores 2012, organizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pelo jornal Diário do Comércio, que aconteceu na segunda-feira, dia 24/09, em São Paulo (SP). 

 Entre os finalistas da categoria Alimentos e Agronegócio, vencida pela Cargill, estavam Ambev, Coca-Cola, Sadia, Bunge e Brasil Foods. 

 Em sua terceira edição, o Balanço Anual/Melhores dos Maiores reconheceu o espírito de empreendedorismo necessário e importante ao desenvolvimento do Brasil.

Expansão das lavouras deve ser feita com cautela

Globo Rural 

blairo.jpg (377×400)O grupo Maggi já vendeu 50% da safra 2012/2013 de soja que começa a plantar agora em outubro. Já no caso do algodão, a comercialização chega a 70% . A cultura do algodão é mais cara e as despesas tem que estar cobertas porque a quebra de um produtor de algodão é muito difícil de recuperar, diz Blairo Maggi, diretor do grupo. 

O grupo vai reduzir em 25% a produção de algodão este ano, mas diferente da maioria, não pretende ampliar a área de soja. Os preços das terras estão muito altos e os arrendamentos subiram muito e fugiram de controle últimos meses. É hora de tomar cuidado porque quando este ciclo de alta terminar o ideal é que o produtor não esteja endividado, diz. 

Os bons preços do milho e da soja provocaram aumento da renda do produtor e criaram certa euforia no setor. Com isso, junto com a soja os preços da terra dispararam. No Mato Grosso tínhamos muito espaço para crescer, pois há uma tendência de os preços da terra se unificarem no Brasil, por isso no estado ainda há espaço pra alta. Em geral a decisão de expandir é feita no momento em que as coisas estão muito boas, mas o pagamento das prestações é longo e ser difícil para o produtor honrar nos momentos de crise, avalia Maggi, que acredita que atualmente o menos preocupante para o agricultor é saber plantar. 

O momento em que o produtor vende a soja e o algodão, como vende, se é em real ou dólar, se faz venda de dólar futuro, se não faz, se toma financiamento em dólar ou real. O conjunto de toda a gestão do negócio é muito delicado e os investimentos nas lavouras de soja e algodão são muito altos, diz. 

Para Maggi, os juros atuais de 2,5% são superatrativo, mas ele aconselha parcimônia neste momento. Se o produtor for agressivo ele deve fazer hegde para garantir que mesmo que a crise venha para o setor ele tenha condições de se manter. O momento é de se capitalizar melhor.

O PT na hora do lobo

Fernando Gabeira (*) 

A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow. 

ju307pg06b.jpg (240×275)Como projeto destinado a mudar a cultura política do País, o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na Floresta Amazônica. Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente. 

O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando-as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart. A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados. 

Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público? Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. Ninguém comprou ninguém, eram apenas empréstimos entre aliados. Teses que se tornam risíveis diante da origem e do volume do dinheiro. O PT salvando o PP de José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry da fúria dos credores? 

Titãs - 30 anos

O “efeito titânico”, que já foi mais retumbante, ainda sobrevive no senso comum, nas ondas do rádio, no coração de muitos fãs e até nos discursos oficiais. Daqui a uma semana, em 6 de outubro, ele estará mais vivo do que nunca. 


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O atual time dos Titãs
Subirão ao palco do Espaço das Américas, em SP, todos os integrantes do grupo que ajudou a moldar a cena pop/rock brasileira – ainda há ingressos para apresentação. Desde o Acústico MTV, em 1997, eles não dividiam o mesmo holofote. O motivo para a reunião é de festa: os Titãs completam 30 anos de existência. 

“A gente nunca cogitou terminar”, diz o guitarrista Tony Bellotto, mesmo com as baixas sofridas ao longo destas três décadas. Além da morte de Marcelo Fromer, em 2001, Arnaldo Antunes, Nando Reis e Charles Gavin deixaram a formação, que estreou em 1982 com nove pessoas.

Para curtir um pouco de Titãs nada como : 

"Enquanto houver Sol"

http://www.youtube.com/watch?v=0MKTMcQxwsc&feature=fvwrel

A demissão do presidente da Embrapa

Blog do João Bosco Rabello para o Estadão 

O Diário Oficial deverá trazer na segunda-feira portaria com a demissão do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Pedro Arraes, decidida na sexta-feira. 

Pedro_Antonio_pres_embrapa.jpg (280×265)A publicação é o desfecho de uma longa e silenciosa crise, cujo enredo interno vai além das críticas e diagnósticos divulgadas em artigos – a maioria deles no jornal O Estado de S.Paulo, alertando para a falta de rumo da empresa. 

A falta de resposta da empresa a essas críticas pode ser interpretada como uma forma de manter sob controle a informação essencial: pesquisadores, cientistas e técnicos passaram a exercer forte oposição à gestão de Arraes, considerada por eles responsável pela perda gradual da capacidade da Embrapa de acompanhar o desenvolvimento tecnológico aplicado aos produtos em seu universo de atuação. Inchada – a empresa gasta de 70 a 80% de seu orçamento com a folha de pagamentos – perdeu importância na agenda empresarial brasileira. 

O empresário nacional busca as soluções inovadoras no exterior. 
A negligência com a obtenção de patentes e a omissão no programa de melhoramento de sementes são outras acusações à gestão agora encerrada, com números expressivos: 60% das sementes de soja, 70% de milho e 80% de algodão, são de programas de melhoramento genético privados. 

Sobram acusações de censura a manifestações de pesquisadores inconformados com o isolamento a que se dizem submetidos em razão da crítica à perda da visão estratégica. 
O processo gerencial, segundo os críticos de Arraes, é pouco oxigenado pela falta de renovação de pessoas e métodos, enfraquecendo a empresa diante dos desafios de um cenário globalizado e altamente competitivo. 

Alguns departamentos estratégicos da empresa foram submetidos a comandos burocráticos e outros, como o de Administração Financeira, estão sob o mesmo comando há mais de uma década. 

Outra crítica remete à nova estrutura para gestões de projetos internacionais de cooperação, com recursos do Banco Mundial, entre outras instituições. 
O Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, que centraliza os programas e projetos da Embrapa, não participa diretamente da coordenação e desconhece até o total de recursos captado. 

Por fim, uma das críticas mais contundentes é à coordenação de programas de pesquisa da Embrapa ser feita no exterior. 
Os sites das plataformas da empresa têm sua logomarca e a do governo federal, mas estão hospedados num servidor em Los Angeles.

Trouxas e idiotas somos nós

A organização milionária da mulher de Delúbio 

Revista Isto É 
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Foto IstoÉ

Exonerado do cargo de professor da rede pública de Goiás e vivendo oficialmente da renda de uma imobiliária virtual, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares costuma dizer que depende da mulher para honrar suas despesas. Mas não deve ser com os rendimentos do ofício de psicóloga que Mônica Valente tem conseguido ajudar o marido. Desde a militância à frente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na década de 90, Mônica aprofundou sua atuação profissional no mundo dos sindicatos de servidores. 

Membro do diretório nacional do PT, a mulher de Delúbio comanda o escritório brasileiro da Internacional do Serviço Público (ISP), entidade que desempenha o papel de intermediário entre os sindicatos de funcionários públicos e organismos globais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A adesão das confederações à ISP custa um euro por filiado. 

Em conjunto, as 26 confederações filiadas à associação comandada por Mônica Valente repassam para ela R$ 7 milhões por ano das receitas obtidas com o imposto sindical. As informações foram confirmadas à ISTO É por dirigentes de entidades ligadas a esse braço brasileiro da organização internacional. 

O destino desse dinheiro todo, porém, é um mistério até mesmo para as entidades que pagam pela filiação. A ISP recebe recursos das confederações que representam os servidores públicos e não presta contas. Por isso, a filiação à ISP gera polêmica na base das confederações. Sindicalistas contrários ao repasse de dinheiro à associação alegam não entender para que serve o dinheiro aplicado na entidade para a representação internacional. Argumentam que os resultados da atuação da organização comandada pela mulher de Delúbio deixam a desejar. 

Em dez anos de existência, por exemplo, apenas uma denúncia contra cerceamento dos direitos trabalhistas teria sido aceita pela OIT. 
“Ela não tem participação nas principais causas, não tem programa. É mais uma entidade em que os dirigentes se apegam à estrutura para ter benefícios. Recebe arrecadação das entidades e não tem transparência”, critica Sandro Pimentel, um dos coordenadores da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). Servidores do Judiciário tentaram impedir na Justiça o desconto nos salários para bancar entidades, que segundo Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud, nem deveriam existir. “É um absurdo descontar um dia do salário do trabalhador para sustentar sindicatos de fachada. Os dirigentes se lambuzam no dinheiro suado do servidor. 

No dia a dia, a ISP é fictícia. A atuação internacional de um sindicato é algo pontual, não de filiação em tempo integral. Gastamos dinheiro para bancar uma entidade fajuta”, acusa Rodrigues.

A denominação “internacional” que a associação comandada por Mônica carrega também não combina com a estrutura que o ISP tem no Brasil. Como uma espécie de “franquia” do órgão internacional, a associação registrou CNPJ em São Paulo em 2001, antes da entrada da mulher de Delúbio. Embora tenha mais de dez anos de existência e opere uma verba milionária, a associação que embolsa recursos das confederações sindicais se resume a uma sala no centro da capital paulista e é tocada hoje por apenas duas pessoas. Além de Mônica, a entidade também é representada por Jocélio Drummond. 

Durante a semana, a reportagem de ISTO É procurou a mulher de Delúbio e outros representantes da ISP, mas a secretária da organização insistiu que a entidade não contava com nenhum outro responsável além de Mônica e Jocélio, ambos fora do País, em viagem à Argentina. 

No papel de representantes dos servidores públicos brasileiros no plano internacional, os dois se revezam realizando palestras, recrutando integrantes das confederações para formar grupos de trabalhos – com o objetivo de discutir temas do funcionalismo – e participando de congressos dos sindicatos filiados. Em eventos da sede da Internacional, eles se apresentam como representantes do escritório brasileiro. 

Durante a greve dos servidores federais, este ano, a ISP também prestou consultoria às confederações analisando os pleitos dos servidores que seriam apresentados ao governo. “O principal trabalho na ISP é orientar nas demandas do funcionalismo e discutir o direito de greve”, diz João Domingos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), entidade que reúne 2,5 milhões de funcionários de órgãos municipais, estaduais e federais. 

Mônica Valente não é novata no meio sindical. Antes de assumir a defesa de causas do serviço público, ela militou na ONG Instituto Observatório Social (IOS), ligada à CUT. O IOS atua hoje como parceiro da associação da mulher de Delúbio. Em 2011, o instituto recebeu R$ 200 mil da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e o mesmo valor da Petrobras para ação de comunicação institucional. 

Agora, no entanto, Mônica manipula um orçamento bem mais polpudo. A maior parte dos recursos milionários que bancam a entidade vem de descontos do contracheque de servidores públicos federais para as confederações. 

obri­gação de dar um dia trabalhado por ano aos movimentos sindicais está prevista na Constituição. Mas um processo em tramitação no Tribunal de Contas da União (TCU) questiona a legalidade da transferência de dinheiro para as confederações de representação do serviço público, cujos funcionários não são regidos pela CLT. 

Servidores também entram na Justiça para questionar o desconto. Mesmo assim, entidades como a administrada por Mônica Valente recebem mais de R$100 milhões todos os anos.

Jovens estudam humanas, mercado pede exatas

Estadão 

duvida-na-landing-page.jpg (388×309)As profissões das áreas exatas e técnicas estão com a demanda em alta no Brasil, segundo estudo baseado nos Censos de 2000 e 2010, realizado pelo economista Naercio Menezes Filho, do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper)e Universidade de São Paulo (USP). Por outro lado, o aumento da oferta de profissionais acima da demanda do mercado fez com que os salários caíssem entre 2000 e 2010 em profissões não ligadas à área técnica, como Administração, Comunicação e Jornalismo, e Marketing e Publicidade, com quedas de respectivamente 17,8%, 14,1% e 7,4% 

No topo da remuneração entre todas as formações universitárias em 2010, estavam profissões como Medicina, graduados em academias militares, Engenharia Civil e Odontologia, com salários mensais médios de respectivamente R$ 6.952, R$ 6.359, R$ 4.855 e R$ 4.854. 

"Há mais demanda na área de exatas, mas a oferta está crescendo mais rápido na área de humanas", comenta Menezes. 

O detalhadíssimo trabalho leva em conta um amplo conjunto de informações sobre os 10,6 milhões de brasileiros de 18 a 60 anos que detinham diploma universitário em 2010 (e os 5,4 milhões na mesma situação em 2000). O estudo foi feito por encomenda da BRAiN Brasil, uma associação de bancos, BM&F, Federação dos Bancos Brasileiros (Febraban) e outras entidades, que tem como objetivo transformar o Brasil num polo internacional de investimentos e negócios. 

A pesquisa partiu de um aparente paradoxo. Apesar de se constatar no Brasil um apagão de mão de obra qualificada, o salário real médio de quem tem o ensino médio completo caiu de R$ 1.378 em 2000 para R$ 1.317 em 2010. Da mesma forma, os diplomados no curso superior viram seu rendimento médio cair de R$ 4.317 em 2000 para R$ 4.060 em 2010. Se o ganho de quem tem o ensino médio ou grau universitário caiu, é um sinal de que a demanda por qualificação recuou - o que aparentemente contradiz a o fenômeno do apagão de mão de obra. 

A ironia das ironias...

Chamado de analfabeto por Juvenal, Andres Sanchez é fundamental reforço para candidatura do ex-ministro da Educação. Ele se licencia da CBF, mas tem muita chance de não voltar. E dividir o Corinthians com Gobbi…

Cosme Rímoli (*) 

Andres Sanchez provocou duas reações imediatas. 
O seu anúncio de licença do cargo de diretor de Seleções foi significativo. 
cosme-rimoli-destaque.jpg (450×338)Primeiro animou demais o vice presidente da CBF, Marco Polo del Nero. 
Ele queria o cargo de Andrés há muito tempo. 

E já está se articulando. 
Buscando um outro nome para assumir o lugar. 
Mas em definitivo. 
O principal argumento de Marco Polo é a falta de representatividade. 

Até o fato de não falar inglês pesa demais contra o dirigente. 
Inimigos políticos dizem que ele só teve um grande feito na Seleção. 
Ter feito um churrasco na véspera da final da Olimpíada. 
Churrasco com pouca sorte, por sinal. 

Marin sempre ficou dividido. 
Andres significa para ele o apoio irrestrito de Lula. 
A chance de se aproximar de Dilma Roussef. 
A presidente não o tolera porque no passado foi uma das pessoas mais contrárias a Vladimir Herzog. 

Suas denúncias tiveram um peso enorme para que Herzog fosse preso. 
Marin não imaginaria que ele acabaria morto. 
Mas Dilma nunca o perdoou. 

Morre, aos 83 anos, a apresentadora Hebe Camargo

UOL 

A apresentadora Hebe Camargo morreu na madrugada deste sábado (29), aos 83 anos, após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, no Morumbi, em São Paulo. Hebe lutava contra um câncer no peritônio, diagnosticado em janeiro 2010. 

hebe-camargo.jpg (400×561)A saúde de Hebe se agravou nos últimos seis meses. Em março, ela passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor no intestino, em junho ela precisou retirar a vesícula. Um mês depois, Hebe não estava conseguindo se alimentar adequadamente e ficou cinco dias internada para um tratamento de suporte nutricional e metabólico. O mesmo aconteceu em agosto. 

Na quinta (27), o SBT anunciou que a apresentadora voltaria à emissora, de onde havia saído para apresentar um programa na Rede TV!. "Meus lindos, nem acredito!!! Estou de volta ao SBT, meu coração está disparado! Feliz feliz feliz feliz!!!”, escreveu a apresentadora em seu Twitter na sexta (28). Na Rede TV!, onde ficou contratada 2011 até agosto de 2012, ela apresentou dez programas inéditos. O último “Hebe” inédito foi ao ar foi no dia 19 de junho. Desde então, devido ao afastamento de Hebe por conta da doença, foram exibidas reprises, sempre às terças, às 22h30. 

A última gravação em vídeo feita por Hebe foi em julho, após a alta hospitalar, quando ela recebeu em sua casa a visita de amigos, como a apresentadora Astrid Fontenelle e o cantor Pedro Leonardo. Na ocasião, ela também lançou seu canal oficial no YouTube, site de compartilhamento de vídeos, para mandar recados aos seus fãs e internautas. 

Apresentadora participou da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira Hebe Camargo nasceu na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 8 de março de 1929. Cursou somente até o quarto ano primário e um de seus primeiros empregos foi de arrumadeira, na casa de um parente rico. 

Aos 11 anos, participava de programas de calouros em emissoras de rádio para ajudar a sustentar a família. Em 1943, formou com a irmã Stella a dupla musical Rosalinda e Florisbela. 

Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates até que abandonou a música para se dedicar ao rádio e à TV. Estava no grupo que foi ao porto de Santos, em São Paulo, para buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a TV Tupi. Também foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da TV brasileira, no bairro do Sumaré, em São Paulo, em 1950. 

Estreou na TV em 1955, no primeiro programa feminino da TV brasileira, "O Mundo é das Mulheres", da emissora de TV carioca, na qual chegou a apresentar cinco programas por semana. 
Em 10 de abril de 1966 foi ao ar, pela primeira vez, o programa dominical de Hebe pela TV Record. Passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980. 

Em 1986 foi para o SBT, emissora na qual apresentou três programas: "Hebe"; "Hebe Por Elas"; e "Fora do Ar". Em 1995, gravou um CD com seus maiores sucessos pela EMI. Em 1999, voltou a lançar outro CD. Além da carreira de apresentadora e cantora, atuou em alguns filmes e foi convidada especial de novelas e programas humorísticos. 

Em dezembro de 2010, Hebe deixou o SBT, depois de 24 anos. Dias antes de anunciar sua saída da emissora de Silvio Santos, Hebe teve a permissão do canal para gravar com o apresentador Fausto Silva o “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, onde recebeu uma homenagem. Hebe fechou um contrato para apresentar um programa semanal na RedeTV!, onde comandou todas as terças – desde o dia 15 de março de 2011 – uma atração nos mesmos moldes dos tempos no SBT. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Aonde iremos parar?

Em MG, alunos bebem antes da aula e entram com cachaça; professora sentiu "hálito etílico"

UOL

menores+bebendo.jpg (342×335)Alunos com idade entre 10 e 12 anos confessaram terem ingerido cachaça antes de ingressarem no turno da tarde, para assistirem às aulas, na escola estadual Doutor Paulo Borges, localizada na cidade de Patos de Minas (400 km de Belo Horizonte). 

Segundo a ocorrência, as crianças beberam a aguardente antes de entrarem na escola. O restante foi levado para dentro da unidade educacional em squeezes. 
O caso ocorreu na última quarta-feira (26). Uma professora do turno da tarde teria detectado o hálito etílico nos alunos e alertou a direção da escola, onde estudam aproximadamente mil e duzentos alunos, do 1º ano até o ensino médio. 

Ao todo, onze estudantes foram levados para a sala da diretora, onde assumiram terem feito uso da bebida. 
A Polícia Militar foi acionada e os pais e responsáveis foram chamados para comparecerem à escola. O Conselho Tutelar do município foi acionado e também acompanhou o caso. 

De acordo com a PM, duas adolescentes de 12 anos disseram que compraram em uma mercearia duas embalagens plásticas contendo a cachaça. 
Em seguida, ela foi distribuída aos colegas. 
O funcionário do estabelecimento comercial que vendeu o produto às jovens foi preso em flagrante e encaminhado a uma delegacia da Polícia Civil da cidade, que vai investigar o caso. 

Para a polícia, o homem disse ter ouvido das duas adolescentes que a bebida seria para a mãe delas. 

Mãe avisou 
A direção da escola havia sido alertada previamente por uma mãe de um dos alunos da escola sobre estudantes com uniformes da instituição educacional terem sido vistos bebendo a cachaça antes do início das aulas. 

Em seguida, a diretoria emitiu um alerta para que os professores prestassem atenção em algum comportamento estranho dos alunos. 

Conforme relato do vice-diretor Janderson Silva Borges, nenhum dos estudantes passou mal após a ingestão da bebida alcoólica. 

Os estudantes foram submetidos a uma sanção disciplinar de suspensão por três dias de frequentarem as aulas.

De fora pra dentro

Agrolink 

Peter Drucker, o pai da administração moderna, afirmava que dentro de uma empresa só existem “centros de custos”. Os únicos “centros de lucro” estão fora da empresa - são os clientes. 
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E o maior problema dos gestores é que eles ficam dentro de suas empresas e não vão ao encontro dos clientes. Não vão ao mercado. Não coletam informações diretamente dos clientes e fornecedores em primeira mão, recebendo informações filtradas de seus assessores e aí decidem mal.

“O executivo atua em organizações das quais vê, quando muito, o lado de fora apenas através de lentes espessas e que distorcem a realidade. O que ocorre no mundo exterior em geral não é conhecido de maneira direta, e sim por meio de informações incluídas em relatórios, que são como filtros da organização”, diz Drucker.

Os executivos, em sua maioria, ficam presos em seus escritórios com suas caixas de e-mails lotadas e passam a maior parte do tempo em reuniões internas, respondendo e-mails, revendo projeções financeiras e contratos. 
Passam muito pouco tempo ou quase nenhum no mercado, onde os clientes realmente estão, onde as coisas realmente acontecem, onde o lucro realmente está. 

Presos em seus escritórios, como diz Peter Drucker, os dirigentes só recebem informações já filtradas pelos assessores, diretores, gerentes e decidem com base nessas informações que nem sempre são fiéis à realidade, pois todas as pessoas têm a tendência de defender seus empregos e suas posições e poderão, desta forma, distorcer a verdade em benefício próprio.

Assim, quando a empresa passar por alguma dificuldade, seus dirigentes devem se lembrar de que devem sair da empresa e ir ao mercado para conversar com clientes, fornecedores e estudar, como base na realidade concreta, o que poderão fazer para enfrentar os desafios que se apresentam. 

A empresa deve ser gerida de fora para dentro.Todos os dirigentes devem “viver clientes” e estudar clientes para descobrir o foco de cada um deles, pois o foco de uma empresa é o foco de seus clientes e o total comprometimento com o sucesso de cada um deles.

Pense nisso. Sucesso! 

À procura de um administrador

Renato Gomes Nery (*) 

e6f8a84816a9618d94b8df594f6b761b.jpg (457×418)Se o Estado de Mato Grosso chegou à posição de maior produtor de grãos do Brasil, foi graças à gestão eficiente da iniciativa privada. Entretanto, apesar de o Estado já ter tido entre os seus administradores um dos expoentes de agro-negócio, não parece que esse administrador tenha preocupado em melhorar a gestão da coisa pública, que continuou arcaica, ineficiente e de precários resultados. 

E essa questão é premente e urgente na Prefeitura de Cuiabá, onde foi implantado um modelo de como não administrar a cidade. É este modelo o responsável por toda sorte de entraves que impedem a Administração Municipal de se ter o mínimo de compromisso, de eficácia e de eficiência. Se o cidadão tentar resolver algum problema na Prefeitura Municipal de Cuiabá, vai ver o cipoal em que se vai meter, sem apelos, a não ser as vias transversas dos caros e custosos atalhos. Imaginem então o que acontece com os grandes e médios problemas e projetos que a cidade necessita no dia a dia de sua administração. 

Ressalte-se que a maioria dos administradores nunca se importou com isto e alguns usaram a Prefeitura, sem pudor, para vôos mais altos, sem se importarem com os compromissos assumidos com a população e a cidade que navega entre o caos e desordem. 

As conseqüências de tudo isso são evidentes. Podia-se expandir a cidade em outra direção com a construção do estádio de futebol em outro local. Entretanto, foi mais fácil e mais caro destruir o Verdão e reconstruí-lo no mesmo local superpovoado e com imensas dificuldades de acesso. Se o BRT de implantação mais fácil e mais barata era viável, por que não trocá-lo pelo VLT muito mais caro e de custo operacional duvidoso. Quem vai pagar a salgadíssima conta? A cidade foi virada de cabeça para baixo, sob a tutela de um poder imperial que não ouviu ninguém na implantação de uma suposta cidade do futuro. Esses são alguns dos tantos desacertos de uma cidade de um passado glorioso que vaga para um futuro incerto, sem saúde, sem saneamento, sem segurança e sem educação. 

Os candidatos a prefeitos são todos bons moços que prometem o impossível. Nenhum deles parece ter um diagnóstico da cidade. Todos prometem tudo. Vão transformar a cidade num paraíso. Não têm personalidade e nem atitude. São marionetes nas mãos espertas de marqueteiros. Se um vende a imagem de bom moço, o outro repete a mesma caricatura. Esta imagem é disputada a tapas com ameaças e promessas. E por aí vai este circo de insensatez. 

O administrador para Cuiabá não precisa ser um gênio da administração, mas alguém com bom senso que saiba que não se pode gastar mais do que se tem. De que 2+2 = 4 e 6-3 = 3. Que saiba que o número de servidores não deve ser maior do que as tarefas. Tenha habilidade para distribuir tarefas e cobrar resultados. Que tenha sensibilidade e disposição para resolver os problemas da cidade e, sobretudo compromisso e força para implantar uma gestão eficiente e com resultados concretos. 

Não consigo ver entre os candidatos alguém com esse perfil. Parece que as sete pragas que foram lançadas sobre a cidade terão vida longa. Suplico ao Criador para que não seja tão severo e que um dia mande um gestor que nos tire deste ramerrão. 

(*) É advogado em Cuiabá. 
E-mail – rgnery@terra.com.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Russomanno é coisa do demo

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Blog do Trágico e Cômico do Jornal da Tarde/SP
Depois que uma eleitora acusou Celso Russomanno de “ter vendido a alma para o demônio”, ele resolveu que era hora de marcar uma sessão de descarrego em sua agenda. Cercado por católicos, evangélicos, espíritas, umbandistas, judeus, budistas, petistas e tucanos, o candidato se livrou do mau agouro e, aproveitando que estavam todos ali, pediu mais alguns votos. “Minha candidatura respeita todas as religiões. Minha candidatura é Universal”, reiterou.

Frase


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“Está mais que comprovado a falta de decência desta entidade, o fato só escancara o que vem acontecendo com o esporte do Brasil ,o culpado nesses casos nunca aparece, mas sabemos muito bem que é o presidente " 




Romário afirmando em nota oficial que o presidente do COB Carlos Arthur Nuzman, é o verdadeiro responsável pelo furto de dados do Comitê Organizador dos Jogos de Londres-2012 que resultou na demissão de 10 funcionários do Comitê Organizador da Olimpíada do Rio-2016.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Falta de mão de obra qualificada

Falta de mão de obra é principal desafio para mecanização das lavouras 

Globo Rural 

0,,69216040,00.jpg (650×400)O Brasil já possui maquinário para mecanizar a produção agrícola, mas carece de mão de obra capaz de operar os equipamentos e sofre para transportar os produtos do interior até os portos. Esta foi a conclusão da sessão “Logística, Mecanização e Otimização”, que aconteceu nesta quarta-feira (26/9) durante o Global Agribusiness Forum. O evento reuniu representantes da cadeia produtiva do agronegócio, representantes do governo e especialistas do setor. 

Em sua fala, o australiano John Pearce, especialista mundial na área de mecanização, falou sobre a presença cada vez maior das máquinas na produção de cana. “Na safra 1993/1994, apenas 4% das colheitas de cana eram mecanizadas. Hoje, esse número chega a 71%”, afirmou. O problema, para ele, é a falta de pessoas capacitadas para operar as máquinas. “A tecnologia existe. O que falta são pessoas treinadas para transferir a tecnologia para o campo”. 

Pearce também falou sobre a importância de outros fatores, como as condições climáticas, sistemas de irrigação e drenagem, uso de produtos que aumentem a qualidade do solo. “Não há máquinas que corrijam deficiências nessas áreas. Milagres não acontecem”, disse.  

Para Luciano Luft, da Luft Agro, empresa que presta serviços de corte, carregamento e transporte de cana, a nova legislação trabalhista – que prevê meia hora de descanso a cada quatro horas na condução de caminhões - pode ser o momento em que toda a infraestrutura e processos logísticos no país devem ser discutidos. “Temos uma frota de caminhões cuja idade média é de 18 anos e a nova lei trará prejuízos. Por outro lado, tais fatos nos motivam a reescrever a logística no Brasil, entender o que o setor precisa e pensar em outras alternativas, como ferrovias e hidrovias”, afirma. 

“A terceirização é uma boa opção para produtores que não têm uma cultura agrícola, que administram seu negócio de uma cidade distante, por exemplo”, declara. 

Café 
Apesar de ser o maior produtor nacional de café, o Estado de Minas Gerais tem cerca de 30% das lavouras do grão mecanizadas – índice inferior ao de outras regiões. Segundo Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), no Cerrado, por exemplo, metade dos produtores de café já mecanizou alguns processos. 

Ao invés de “culpar” a mecanização das lavouras pela redução do número de habitantes na zona rural na última década, Costa defendeu o processo de trabalho com as máquinas uma alternativa para impedir o êxodo rural. “O aumento da produção trazido pelo uso de máquinas pode segurar o produtor no campo”, afirmou. 

Costa aproveitou para falar sobre a entrada do café brasileiro na China. Para ele, a tradição de consumo de chá deve ser substituída com a “ocidentalização” dos jovens, aumentando o consumo do café no país a médio e longo prazo. “O mais difícil é fazer o chinês beber café porque eles têm uma tradição de quatro mil anos tomando chá. Quando o Brasil começou a fornecer café ao Japão, há 40 anos, eles também não tinham hábito e hoje consomem oito milhões de sacas ao ano”, destacou.

Apelação irracional e desnecessária

398521_370140823064920_801490818_n.jpg (600×791)
Uma apelação sem limites e injustificável da Revista Placar. 

A implosão do Mito Lula terá resultado imediato?

Jorge Serrão (*) 

Jorge_quem.jpg (223×297)O mito Luiz Inácio Lula da Silva vive um momento terrível de desconstrução. Nunca antes na história deste país um ídolo político foi tão atacado como chefe de uma quadrilha prestes a ser condenada, com seus principais operadores já pressentindo o amargo desgosto do cárcere. O nível altíssimo de angústia e tensão, fatalmente, afeta seu humor, estado de espírito e, por consequência, a saúde – que inspira cuidados. Pior que isto só o estrago da imagem santificada por anos de "marketagem." 

O jogo de poder é cruel para gente como $talinácio. Nos esquemas de colonização globalitários, ao qual o Brasil é historicamente submetido, o suposto rei que perde o poder também fica, automaticamente, sem a majestade. Lula tornou-se mais um objeto descartável pela oligarquia financeira transnacional que controla os negócios mundiais – do capitalismo ou do capimunismo. Tornou-se cabra marcado para cair no ostracismo da História. A dúvida é se tal estrago será imediato ou apenas no longo prazo. 

Enquanto servia diretamente como fantoche aos esquenas, globalitários foi poupado de todos os (poucos) ataques que sofreu. Agora, sem a caneta do Diário Oficial da União, é como uma fada que teve roubada a varinha de condão. A capacidade de mistificar foi radicalmente diminuída. Assim, o mítico herói tupiniquim começa a ser submetido a um processo de desconstrução da imagem que pode lhe ser fatal. Nem Getúlio Vargas tomou tanta pancada quanto Lula deve tomar. 

Por ironia do destino, Lula sentiu que não é imune ao poder de destruição de um câncer. A Justiça divina o poupou. Mas, a partir de agora, o então poderoso chefão dos petistas também constata que não é mais imune ao rigor seletivo da Justiça dos homens. Como não tem mais o escudo do foro privilegiado do cargo de Presidente da República – agora sendo apenas um cidadão como outro qualquer – responde por tudo em que for denunciado na justiça comum – a mesma que costuma ser muito injusta com a maioria dos reles mortais. 

O momento de terror vivido por Lula tem seu ponto evidente no julgamento do mensalão – que ele fez de tudo, nos bastidores, para tentar protelar. Agora, o recado dado por Marcos Valério – que o confirma como verdadeiro chefe dos “mensaleiros” – transforma um líder político bionicamente fabricado pelos esquemas globalitários em um mero chefete de uma quadrilha que vem assaltando o Brasil. 

Tremenda pouca vergonha

Cúpula da Câmara ganha em média R$ 44 mil 

Blog Congresso em Foco 

Num período de 18 meses, a Câmara dos Deputados gastou R$ 4 milhões apenas com os salários de cinco dos seus funcionários. Trata-se de um seleto grupo de cinco servidores que, há mais de 20 anos, ocupa os principais cargos de direção da Casa. 
dinheiro+lixo.jpg (131×216)Entre janeiro de 2010 e junho do ano passado, esses servidores, atuais e antigos diretores e secretários da Casa, além do presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), receberam, cada um, ao menos R$ 728 mil. 
É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Congresso em Foco, com base em registros da própria Câmara. 

Em média, cada um dos integrantes desse seleto grupo recebeu R$ 44 mil brutos por mês no período, ou R$ 28 mil líquidos. 
Segundo a Constituição, nenhum funcionário público pode ganhar mais que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que recebem mensalmente R$ 26.723 brutos. Esse valor é o teto salarial do funcionalismo. 

Procurada, a assessoria de imprensa da Câmara disse que, feitas as retenções para adaptar os vencimentos aos tetos, o chamado “abate-teto”, os valores pagos a cada um foram “consideravelmente menores”. 
Mas o que mostram os documentos obtidos pelo Congresso em Foco é que tais valores, mesmo considerando o abate-teto,continuaram extrapolando o teto. 

Por exemplo: em maio do ano passado, o presidente do Sindilegis, o consultor Nilton Paixão, ganhou R$ 33.396 brutos. Feito o abate-teto de R$ 1.473, o salário dele ficou ainda mais de R$ 5 mil acima do valor do limite constitucional. O rendimento líquido do chefe da instituição, que é contrária à divulgação nominal dos salários dos servidores na internet, foi de R$ 21.752. 

Obesidade infantil

Crianças obesas têm risco até 40% maior de enfarte 

Jornal da Tarde/SP 

obesidade.jpg (300×225)A obesidade infantil pode trazer mais riscos do que se supunha anteriormente. Uma revisão de estudos feita pela Universidade de Oxford concluiu que crianças obesas correm um risco de 30% a 40% maior de, no futuro, sofrerem enfarte ou outras doenças isquêmicas cardíacas, em comparação a crianças com índice de massa corpórea (IMC) normal. 

A pesquisa teve como base 63 estudos anteriores que analisaram 49.220 crianças e adolescentes saudáveis de 5 a 15 anos, moradores de países desenvolvidos. 
Os resultados foram publicados na edição desta quarta-feira da revista científica British Medical Journal. 

De acordo com o estudo, as crianças obesas e com sobrepeso apresentam maior pressão arterial e maior concentração de colesterol e de triglicérides no sangue. 
Esses são alguns dos fatores responsáveis por elevar os riscos cardiovasculares nesse grupo, sempre em comparação ao grupo com peso normal. 

As crianças com sobrepeso têm a pressão sistólica, em média, 4,54 mm Hg (milímetros de mercúrio) mais alta do que as mais magras. 
Nas obesas, a pressão sistólica é 7,49 mm Hg mais elevada. 
A pressão sistólica corresponde ao maior valor quando se afere a pressão arterial: o ideal é que ela seja de 120 mm Hg. 

Quanto ao nível de colesterol no sangue, as obesas têm, em média, 0,15 mmol/l (milimol por litro) a mais que as magras. 
Elas também têm um nível de triglicérides mais alto em 0,26 mmol/l, segundo a pesquisa. 

Outro aspecto de risco observado foi em relação à massa ventricular esquerda (uma parte do coração), em média 19,12 gramas mais pesada em comparação às crianças que apresentavam peso normal. 

Impacto 
A maior prevalência de obesidade entre as crianças nos últimos anos tem chamado a atenção dos cardiologistas, de acordo com o médico João Vicente da Silveira, do Hospital São Luiz. 

“Estamos observando que os jovens estão tendo doenças cardiovasculares cada dia mais cedo”, diz o cardiologista. 

Ele acrescenta que os grandes vilões são comida em excesso e sedentarismo. 
Enquanto os riscos cardiovasculares passam a ser mais significativos quando a pessoa entra na fase adulta, outros problemas ligados à obesidade podem se manifestar ainda na infância, de acordo com a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). 

Diabete 
Claudia conta, por exemplo, que é cada vez mais comum crianças e adolescentes desenvolverem a diabete do tipo 2 e também níveis elevados de ácido úrico. 
Claudia observa que o excesso de peso deve ser encarado com seriedade inclusive entre os mais novos. 

“Não existe criança ‘fofinha’, mas criança que está fora da curva de crescimento. Se ela está acima do peso, já merece a atenção dos pais. Quanto mais precocemente tomarem as medidas de cuidado, melhor será”, analisa. 

Segundo a especialista, o risco de uma criança obesa vir a ser um adulto obeso é de 80%, caso não haja uma intervenção. Claudia acrescenta que é mais fácil promover mudanças de hábitos em crianças de até 10 anos de idade. 

Já na fase da adolescência, o desafio é maior e pede uma estratégia que envolva uma mudança de hábitos de toda a família.

Educação e respeito

Psiu, vocês viram a educação e o respeito por aí? 

Antenor Pereira Giovannini (*) 

gifwrap.asp (250×179)Se formos olhar nos dicionários iremos encontrar que educação engloba os processos de ensinar e aprender. Um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. 

Já o respeito demonstra um sentimento de estima por pessoas ou entidades bem como ações e condutas representativas daquela estima. Pode ser um sentimento específico de consideração pelas qualidades reais do respeitado; Ser rude é considerado falta de respeito. 

 De qualquer modo, o que os dicionários nos mostram em letras bonitas e elegantes, na prática muito pouco ou quase nada disso observamos em nosso dia a dia. 
Desnecessário lembrar que tanto a educação como respeito se trás de casa, dos ensinamentos paternos e que levamos para a vida certamente amoldados e burilados nos anos que passamos nos bancos escolares. 

Se observa que essa falta de educação e de respeito não tem classe, não tem cor, não tem sexo, bem como não tem lugar. Ocorre a qualquer momento numa demonstração clara que a grande maioria do nosso povo não é educado e muito menos respeitoso. 
Seja em Santarém uma pequena cidade do interior do Pará ou em São Paulo uma das maiores metrópoles do mundo, o que diferencia é a proporcionalidade dos casos diante do tamanho das cidades, apenas isso. 

Enquanto em Santarém podemos observar imbecis dirigindo suas caminhonetes reluzentes e atirando latinhas de cerveja ou refrigerante ao longo da estrada de Alter do Chão, por São Paulo é absurdamente impressionante o quanto de má educação e a falta de respeito pode se observar num simples levar a Giovana para escola. 

Ainda sem carro a levo de metrô por duas estações sentido terminal do Tucuruvi onde as 07,00 da manhã há uma concentração absurda de pessoas nas plataformas que se destinam aos seus trabalhos. A orientação escrita e verbal feita insistentemente pelos microfones dão conta que a prioridade é de quem sai do trem para que depois os demais entrem. 
Pura perda de tempo. 

Tal qual uma manada de bois atrás de um pasto, ouse quem quer quiser sair nessa hora e senão usar a força e um pouco de brutalidade não se consegue deixar o vagão mesmo estando com uma criança. Educação e respeito inexistem. O que existe é um banco vazio e que ele ou ela precisam sentar e por isso, saia da frente, seu velho tolo e inútil. 

Ainda em torno do metrô onde se localizam diversos terminais de ônibus há uma nojeira completa . Todo tipo de lixo é jogado porque certamente não será nem o pai e nem a mãe de quem atirou que irá limpar aquela sujeira. 
Bitucas de cigarros, palitos, chicletes, papeis de todos os tipos e tamanhos. Torna-se indescritível o cenário que você é obrigado a pisar. A imbecilidade chega a tal proporção que diariamente é distribuído gratuitamente um jornal em todas as portas do metrô. Pega quem quiser. Deveria ser assim. Mas, há idiotas que apanham o jornal para 100/200 metros adiante simplesmente o jogarem fora no leito da calçada. Insano.   

Em outra situação o neto pede uma pizza numa pizzaria da esquina. Depois de uma demora absurda ao abri-la se depara com uma barata entre molhos, mussarela, e tomates. Ao levar de volta recebe do responsável como resposta um – Isso acontece .... Simples como se ter uma barata na pizza uma vez ou outra fosse normal. 

E se formos descrever as situações passaria ser um livro e não um texto. 

E nisso tudo chega-se a triste conclusão de quanto somos um povo primitivo, incivilizado, mal educado, e quase nenhum princípio de respeito ao próximo. E ninguém aqui está falando em respeitar em sentido religioso. O respeito simples que devemos ter ao saber que o nosso termina quando começa do outro. 

Mas, tais regras de há muito deixaram de ser observadas. 
Tais conceitos ficaram cada vez mais apenas nos livros e nos dicionários. Na prática é levar vantagem da forma como puder. 
Nossos políticos apregoam isso, nossas televisões apregoam isso expondo situações onde a cada dia essas palavras ficaram inúteis. Passa ser coisa de gente velha, coisa do passado,

Por isso, se alguém ver ou a educação, ou o respeito ou melhor ainda ambos, por favor os avise e tente convencê-los para que tentem uma vez mais fazerem parte dessa sociedade .
(*) Aposentado e agora morador em São Paulo (SP) .