quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Obrigado Senhora Presidente

Maria Cristina Duarte de Faria (*)

"Agradeço à presidente Dilma por vetar o aumento aos aposentados, pois eles não precisam de aumento, não pagam luz, gás, aluguel, remédios, etc., como todas as outras categorias.

Tudo lhes é dado gratuitamente, ao contrário de parlamentares, juízes, ministros, etc., que têm de trabalhar duro para conseguir o pouco que têm.

Aposentado só trabalhou por 30, 35 anos, descontando durante esses anos todos para uma Previdência que hoje o acha culpado de todos os males.

Aposentado vive de teimoso, pois já não se precisa mais dele, agora que não trabalha mais; é um vagabundo e só serve para o Imposto de Renda.

Além disso, a única greve que os aposentados podem fazer é a de não mais morrerem e entupirem um pouco mais os hospitais públicos, com suas doenças.

Cordiais saudações, presidente Dilma. Nós, os aposentados, agradecemos seu carinho e respeito.'

(*) Leitora de O Globo e aposentada


Medida que merece aplauso

Torcida organizada do Palmeiras é banida dos estádios em SP

Folha de São Paulo

A FPF (Federação Paulista de Futebol) decidiu nesta quarta-feira banir a torcida organizada palmeirense Mancha Alviverde dos estádios em São Paulo. A medida acontece após os incidentes registrados antes do clássico contra o Corinthians, em Presidente Prudente, no último domingo, pelo Brasileiro.

Na confusão, os torcedores Lucas Alvez Lezo e Roberto Vieira de Castro, ambos de 21 anos e integrantes "Mancha", terminaram baleados --o primeiro na perna e o segundo no glúteo. Enquanto Lucas recebeu alta nesta terça, Roberto continua internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em estado grave e não tem previsão de saída.

Em campo, o Palmeiras bateu o rival por 2 a 1, no estádio Prudentão, graças a um gol do recém-contratado atacante Fernandão aos 8min do segundo tempo.

Procurada pela Folha, a diretoria da torcida organizada não foi encontrada no telefone de sua sede, em Perdizes, sob alegação de que todos os seus membros viajaram para o Rio, onde o Palmeiras enfrenta o Botafogo, à noite, pela 20ª rodada do campeonato.

Em seu site oficial, a uniformizada acusa a Polícia Militar de ter sido a responsável pelo que aconteceu. Com um texto que toma toda a página, antes mesmo da tela inicial, acusa a PM de "descaso" e de ter usado usado munição convencional, e não de borracha.

"A imprensa só ouve uma versão e, como sempre, somos expostos como culpados. (...) Não respeita quem foi vítima de uma atrocidade e exagero no país da Copa", acrescenta.

Na década de 1990, o Ministério Público Estadual decidiu pela extinção tanto da Mancha Verde (Palmeiras) quanto da Independente (São Paulo) por episódios de violência. Elas voltaram aos estádios, porém, com outros nomes e permanecem em atividade.

Nota do Blog: Apenas se espera que a FPF também decida eliminar todas as demais. Lugar de baderneiro não é em campo de futebol. Fora com todfas elas.

Os vivos e os palhaços

Eliane Cantanhêde (*)

Então a Câmara votou contra a cassação do mandato da proba deputada Jaqueline Roriz?! Assim fica difícil desligar e relaxar nas férias...

A tal Jaqueline foi filmada em 2006 quando recebia milhares de reais em dinheiro vivo de Durval Barbosa, que, antes de ficar famoso como delator do mensalão do DEM, era secretário de Estado no Distrito Federal, que foi governado quatro vezes por... Joaquim Roriz. Vem a ser pai da então deputada distrital, hoje deputada federal.
Resumindo a operação: a filhota recebia grana do governo do papai! Não é fantástico? E tudo isso documentado, inquestionável, irrespondível, porque, se fita gravadanão é prova, o que mais poderia ser?

A famiglia Roriz é realmente um prodígio. O pai renunciou ao Senado e à candidatura ao quinto mandato no governo do DF depois do primeiro sopro de denúncia (antes que chegasse o vendaval). A mãe aceitou o papel patético de ser candidata ao governo no lugar do marido. Uma filha, Jaqueline, resiste à cassação na Câmara dos Deputados. A outra é deputada distrital - e sonha alto.

Mas o foco da votação desta Terça-feira é outro: os próprios deputados. Cá pra nós, só há uma explicação para eles salvarem a pele de Jaqueline Roriz: estavam salvando preventivamente a deles próprios. A maior parte deles pode ser a Jaqueline de amanhã. E, se é para salvar um, que salvem-se todos.

Eles são vivos. Nós somos os palhaços.

(* Jornalista é colunista da Folha de São Paulo desde 1997

E o "Fora Teixeira" continua

Blog do Juca Kfouri/Charge Alpino

Ah se fosse aqui!!!!!

Ex-diretor da China Mobile é condenado à morte por aceitar suborno

Folha de São Paulo

Li Hua, ex-presidente da China Mobile na província de Sichuan, região sudoeste da China, foi condenado à morte --a pena pode ser comutada por prisão perpétua-- pelo Tribunal Popular da cidade de Panzhihua, informou a agência Xinhua nesta quarta-feira.
Esta sentença, que habitualmente é trocada por cadeia perpétua se o acusado tiver bom comportamento nos dois anos seguintes, condena Li por aceitar subornos no valor de 16,48 milhões de iuanes (US$ 2,58 milhões) e tráfico de influência.
O fato de o acusado ter se entregado e devolvido o dinheiro procedente dos subornos não serviu como atenuante.
Fontes da China Mobile consultadas pela agência Efe se recusaram a avaliar o caso de "um trabalhador que já não pertence à companhia e que, portanto, não conserva nenhum vínculo com a China Mobile".
Esta condenação se soma às do ex-subdiretor-geral da companhia, Zhang Chunjiang, e do também diretor Shi Wanzhong, condenados nos mesmos termos este ano.
Segundo o site da revista "Fortune", a companhia de telecomunicações chinesa ocupa o 77º posto entra as maiores empresas do mundo e durante os últimos dez anos esteve entre as 500 mais importantes em nível global.

Nota do Blog: Se fosse aqui iriam faltar balas para acabar com tanto corrupto. E se fosse para prisão faltaria espaço para construir tantas cadeias.

Habitantes do Brasil

Do Blog Sanatório de Notícias

Aí então aconteceu o que já era esperado: Jaqueline Roriz não foi cassada.
Seus colegas a absolveram porque, quando ela foi corrupta e meteu a mão escamadamente num bolo de R$ 50 mil, filmada sorrindo por uma câmera escondida, ela era "uma pessoa comum".

Agora ela é deputada. Tão honesta que não pode mais ser flagrada recebendo propina. Tanto é que de lá pra cá, ninguém mostrou mais nenhum vídeo em que ela recebe grana por fora.

Você já deveria estar acostumado. O Brasil é um país povoado por duas espécies de habitantes: pessoas e políticos. 

Frase

“O futebol é uma máfia. Não tem nada mais parecido com a máfia do que o futebol. O futebol funciona, aqui e em nível internacional, em cima da troca de favores. Como a máfia funciona pela troca de favores. Então como é que as pessoas se elegem? Os presidentes das federações se elegem como? Ora, botando um gramado num campo do interior, abrigando as delegações em um hotel quando vão jogar fora de casa. Então, mediante pequenos favores, eles obtêm os votos tornando-se figuras absolutamente imbatíveis dentro de uma estrutura que não é nada democrática. A estrutura do futebol é tão antidemocrática que o presidente da Confederação Sul-Americana (Conmebol), Nicolás Leoz – que será mumificado na liderança do futebol sul-americano – tem uma declaração muito antiga de cada federação obrigando-se por si e por seus sucessores a votarem nele. É o restabelecimento da monarquia. E é assim na FIFA e nos países. Para quem gosta de Direito, há uma coisa fantástica. Sabemos que todas as nações são soberanas, com seu próprio Direito, sua Constituição, etc. Porém, o futebol tem uma estrutura própria que se sobrepõem às leis de cada país. Se a FIFA decidir punir um clube no Brasil, não adianta recorrer a ninguém.”

Roberto Siegmann é juiz do Trabalho e diretor do Foro Trabalhista de Porto Alegre e ex - vice presidente do Internacional ao responder a pergunta - Por que os grandes clubes e as federações reelegem sistematicamente o Ricardo Teixeira? Qual é a vantagem? De que forma ele aglutina os dirigentes?

Corporativismo nojento

Com 265 votos pela absolvição, Camara livra Jaqueline Roriz

O Estado de São Paulo

O plenário da Câmara dos Deputados livrou a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) no processo que a acusava de quebra de decoro parlamentar por vídeo em que aparecia recebendo dinheiro do pivô do “mensalão do DEM”, Durval Barbosa. 265 deputados votaram pela absolvição da deputada, enquanto 166 votaram pela cassação e 20 se abstiveram. Ao todo, votaram 451 deputados.

Preocupado em garantir que os votos fossem secretos, o presidente da Câmara, Marco Maia, chegou a pedir que a imprensa deixasse o plenário durante a votação, mas voltou atrás. Partidos como o PSOL, o PPS, o PV e o PSDB, anunciaram ter orientado suas bancadas a votar pela cassação da deputada.

O relator do processo, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi ao púlpito para defender a cassação de Jaqueline. Ele argumentou que a própria Constituição prevê a percepção da vantagem indevida como ato indecoroso, sem restrição temporal ou vinculação com ato ilícito. Por sua vez, o advogado de defesa, José Eduardo Alckmin, disse que o julgamento devia basear-se em caso anterior, envolvendo o ex-ministro Raul Jungmann, que foi arquivado. “É defesa que se faz em relação a todos os mandatos”, disse.

Ao tomar a palavra no plenário, Jaqueline Roriz fez um discurso pautado pela tentativa de comover os colegas e eleitores. A deputada criticou a mídia, da qual disse ser vítima: “Infelizmente, vivemos em tempos em que parcela da mídia saí destruindo. O que é importante é a execração pública.” No discurso, ela embargou a voz e citou doença do filho, sem qualquer relação aparente com o processo. Durante sua fala, jovens realizaram um protesto, dando as costas para a tribuna. Nas costas de suas camisetas, apelos pela cassação. Jaqueline deixou o plenário antes da divulgação do resultado.

Caso
Durante a campanha eleitoral de 2006, a deputada Jaqueline Roriz e seu marido, Manuel Neto, foram flagrados recebendo um maço de dinheiro das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do DF e do delator do mensalão, Durval Barbosa. O vídeo, divulgado com exclusividade pelo portal estadão.com.br, foi gravado na sala de Barbosa. O esquema foi desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, e acabou derrubando o governador José Roberto Arruda.

Embora tenha admitido que o dinheiro era de propina, a defesa da deputada sustenta o argumento de que ela não poderia ser julgada pela Câmara por não ser ainda deputada em 2006, quando recebeu o dinheiro. A deputada teve a cassação recomendada pelo Conselho de Ética por 11 votos a 3.

Mais cedo, cerca de 50 pessoas fizeram uma manifestação na via que dá acesso ao Congresso Nacional pedindo a cassação de Jaqueline. Os manifestantes trouxeram água e sabão e fazem uma “limpeza” da rua. Eles seguraram faixas pedindo a cassação da parlamentar. Faixas também foram espalhadas por Brasília pedindo a cassação, mas algumas delas já foram retiradas. Restaram inscrições feitas com tinta no chão das ruas.

Nota do Blog: Esse é o nosso País. Esses são nossos políticos eleitos pelo próprio povo. Um corporativismo nojento e que traz à tona a mais pura lama que é a nossa política. Esses senhores não tem um pingo de valor a ética, a moralidade, a ser honesto. Bando de abutres, principalmente esses 265 deputados. Um chiqueiro se torna mais limpo que o nosso Congresso Nacional. 

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Catarinense

Cinco amigos: um carioca, um paulista, um mineiro, um baiano e um catarinense estão tomando cerveja em um bar e inicia-se uma discussão interminável de qual seria o melhor estado do Brasil.

O Carioca logo saiu dizendo:
- Não há dúvida, o Rio é o melhor: tem a cidade mais bela do mundo, o povo mais alegre, muito sol, futebol, carnaval e as mulheres mais quentes do Brasil, e tem o César Maia.

O Paulista, engasgado pela dianteira do carioca, disse:
- Não tem a menor dúvida que é São Paulo, pois é a usina que movimenta o Brasil, tem a maior metrópole da América Latina, o povo mais trabalhador, mais rico, e tem o Lula.

Rapidinho o Mineiro disse:
- Minas sô, não tem praia, mas ta perto, tem a melhor culinária, a melhor
cachaça, e também tem Aécio Franco .

Depois o Baiano:
- O melhor é a Bahia: tem Carnaval, tem frevo, tem o acarajé, tem Salvador,
umas das cidades mais belas, e tinha o ACM.

Como o Catarinense não se manifestou, eles perguntaram:
- E aí, Catarina por que está tão quieto? Qual é a tua opinião?
O Catarinense finalmente respondeu:

- Pra mim é o Paraná, o melhor estado.
- Ué, Catarina, não vai defender o teu estado? Por quê o Paraná?
- Porque é o Paraná que separa Santa Catarina de toda essa merda aí de cima!

E a gastança continua ....

BNDES aprova financiamento de R$ 400 milhões para reforma do Mineirão

UOL Esporte

A linha de crédito de R$ 400 milhões reservada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) para a reforma do estádio do Mineirão foi liberada na manhã desta terça-feira. Após reunião da diretoria, o banco aprovou a linha, que será liberada diretamente à empresa Minas Arena, responsável pela obra do Mineirão e, posteriormente à reinauguração, pela administração do estádio por 25 anos.

Nos próximos 30 dias, será negociado entre o BNDES e a Minas Arena o contrato, no qual ficará definido o valor de cada parcela a ser repassada à empresa. "O financiamento prova que o projeto do Mineirão, o modelo de PPP (parceria público-privada) e o consórcio que realiza a obra são consistentes. Por isso, temos tranquilidade de que o Mineirão será reinaugurado em dezembro de 2012”, aposta Sergio Barroso, secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo.

Mineirão – Obra em três etapas
A modernização do Mineirão foi planejada em três etapas. Na primeira, de 25 de janeiro a junho de 2010, foram feitos reparos estruturais das vigas de sustentação do estádio. O custo foi de R$ 8,2 milhões, investidos pelo governo de Minas. Na segunda etapa, de 26 de junho a 20 de dezembro, foi realizada a demolição de parte da arquibancada inferior e da geral, além de rebaixamento do gramado em 3,4 metros, com recursos também do governo de Minas, no valor de R$ 3,5 milhões.

Já a terceira e última etapa teve início em 22 de dezembro de 2010 e será finalizada até 20 de dezembro de 2012. Nessa fase, o Mineirão vem sendo adequado ao padrão de qualidade estabelecido pela Fifa. Para viabilizar a etapa, orçada em R$ 654 milhões, o governo de Minas Gerais optou pelo modelo da gestão compartilhada. A empresa Minas Arena conduz a obra e terá direito de operar o estádio por 25 anos.

No momento, 1060 operários trabalham na reforma do Mineirão, sendo 102 mulheres. De acordo com o governo estadual, 100% dos novos amortecedores e 30% dos blocos de apoio da nova arquibancada estão instalados, enquanto os serviços de terraplenagem e fundação estão em fase final.

Frase

"Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros, por que não colocam também de gente obesa em pacotes de batatas fritas, de animais torturados nos cosméticos, de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas, de gente sem teto nas contas de água e luz, e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?"
Autor desconhecido

A caminho do retrocesso?

Paulo Godoy (*) para O Estado de S.Paulo

O confronto de ideologias quanto à participação do capital privado no desenvolvimento da infraestrutura vem aos poucos sendo superado no Brasil. O País foi capaz de incorporar o pensamento de que essas disputas são, na verdade, barreiras ao crescimento e que os recursos públicos e a própria lógica que regula as operações estatais são insuficientes para atender às demandas da população.

Apesar de, cada vez mais, a sociedade cobrar mais investimentos no setor, entraves e indefinições, especialmente no âmbito jurídico, ameaçam romper a conquista de um marco regulatório debatido ao longo de duas décadas numa área especialmente sensível - o saneamento básico. Um perigoso retrocesso se insinua, com o risco de pôr tudo a perder.

Dois exemplos desse retrocesso vêm do sul do País. No Paraná, uma emenda à Constituição estadual determina que o saneamento fique a cargo exclusivamente de empresas estatais ou de capital misto. Cria-se, assim, uma espécie de "reserva de mercado estatal", a despeito da comprovada dificuldade de investimento do setor público em garantir, sozinho, a universalização dos serviços. Uma ação direta de inconstitucionalidade questionando essa medida levou o tema para o Supremo Tribunal Federal, que vai avaliar se ela fere a Constituição federal. O Rio Grande do Sul segue pelo mesmo caminho, com uma proposta de emenda à Constituição semelhante à do Paraná, atualmente em discussão na Assembleia Legislativa local.

As propostas vêm acompanhadas por um discurso que usa como subterfúgio uma suposta proteção contra a "privatização da água", argumentando que o saneamento básico não pode ser tratado como "mercadoria". Trata-se, obviamente, de um equívoco deliberado ou motivado pelo velho ranço ideológico que ainda mostra relativo vigor no setor de água e esgoto.

Samba do Criolo Doido

Renato Gomes Nery (*)

Afeitos a lides judiciais de natureza contenciosa, temos pavor quando enfrentamos os procedimentos da burocracia administrativa. Naquelas os ritos e procedimentos são estabelecidos por lei e observados, sob pena de nulidades. Mas nesta os procedimentos são de ordem administrativa e dificilmente são seguidos e/ou observados. E daí o calvário de quem depende de uma simples decisão, por mais corriqueira que seja. Este artigo tem a finalidade de relatar alguns destes percalços.

Dos impostos e da morte ninguém se livra. Poder-se-ia, se quisesse, se libertar do mau atendimento. Este, entretanto, não é a tônica da grande estrutura montada na Secretaria de Estado da Fazenda para atendimento do contribuinte. Ele é tratado com frieza e indiferença, como se estivesse pedindo um favor aos servidores que parecem pertencer a uma casta superior. O bom trato faz parte da convivência em sociedade e aquele que paga a conta tem o direito de ser bem acolhido, tendo todas as suas dúvidas esclarecidas e seus pleitos encaminhados com presteza.

Se estabeleceu que baunilha – principal ingrediente na fabricação de sorvetes – não seria alimento, colocando-o em outra categoria de classificação, onde o imposto incidente sobre a sua aquisição dobrava. Foram 03 longos meses recolhendo imposto a maior e para provar que baunilha não era para tomar banho. Foi devolvido parte do imposto recolhido e continuamos lutando, há quase dois anos, para receber o restante.

Foi propalado que com o estabelecimento do “Cupom Fiscal” acabaria a sonegação. Implantou-se o tal sistema. Entretanto, ele depende de uma máquina que é instalada no estabelecimento comercial. Ocorre que tal máquina se avaria com facilidade. E para retirar o lacre e repará-la, se credenciaram diversas empresas particulares. Como a demanda para reparos das avarias é grande, estas empresas demoram dias, semanas e até meses para colocá-las em atividade novamente. E não raro estas máquinas são encaminhadas para a fábrica. Como o comércio não pode parar as vendas, neste período de reparos, são feitas sem recolhimento de impostos, nem durante e nem depois, pois a tal máquina não permite recolhimento atrasado.

Será que quem está procurando, a “manu militari”, mercadoria sem recolhimento de impostos nas transportadoras, não estararia buscando conter a evasão fiscal em lugar errado?

 Na Procuradoria do Estado um processo de compensação, o contribuinte luta em vão para quitar e encerrar os seus débitos com o Estado. Não adiante “chiar”, “espernear”, pois 05 anos sequer é prazo razoável para encerrá-lo.

Na SEMA, a situação é um pouco mais complicada. Ao se dar entrada num processo, com toda documentação e certidões exigidas, ele é encaminhado para ser analisado, sendo exarado um parecer técnico que averiguando as pendências normalmente exige(m) outra(s) certidão (s). Quando estas ficam prontas, aquelas entreguem anteriormente já venceram. E nesta altura já mudaram o técnico parecerista que reavalia novamente todo o processo e, não raro, exige outras certidões e o processo caminha assim para a eternidade. Como a realidade supera a ficção, nem Kafka, em seu fabuloso livro o Processo, teve a genialidade de prevê uma paranóia de Sísifo como esta.

Estamos tentando, há muito tempo, provar para Administração Pública Municipal que não temos o dom da onipresença, mas esta insiste em cobrar o mesmo imposto em locais diferentes da mesma pessoa pela mesma atividade. Nem na Justiça conseguimos ainda estancar este abuso e este absurdo.

Enquanto não se investir na gestão e a continuar a preencher cargos públicos por critérios políticos, o caos que assola o serviço público não será revertido. E o contribuinte continuará maltratado pelos equívocos e desacertos da administração pública.

A nossa esperança é que depois do caos – que só favorece aos aproveitadores – vem a ordem. Oxalá meu Pai! Que ela não demore!

(*) Advogado em Cuiabá. E-mail – rgnery@terra.com.br 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Divisão do Pará (18)

Pará também nasceu de uma divisão

Diário do Pará

O Pará surgiu de uma divisão territorial. No início da colonização do Brasil, logo após o descobrimento, entre 1534 e 1536, foram criadas as capitanias hereditárias, entre elas, a do Maranhão que incluía o território do atual Estado do Pará.

A partir de 1751 o Maranhão passou a se chamar Estado do Grão-Pará e Maranhão, tendo a sua capital sido transferida de São Luís para Belém, com um território que compreendia os estados do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí.

A partir daí começou a divisão. Em 1772, O Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido primeiro em duas unidades administrativas: o Estado do Grão-Pará e Rio Negro (Amazonas), com sede em Belém; e o Estado do Maranhão e Piauí, com sede em São Luís.

Em 1774 são extintos os Estados do Maranhão e Piauí e do Grão-Pará e Rio Negro, que ficam subordinados ao vice-rei do Brasil, com sede no Rio de Janeiro. Com a independência, em 1822, as capitanias se tornam províncias.

O professor da Universidade Federal do Pará, Doutor em História, Aldrin Figueiredo, relata que até a independência, a Província do Grão Pará e Maranhão viveu como um estado afastado do Brasil, mantendo relações diretas com Portugal durante todo o período colonial. Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, todas as colônias foram anexadas ao Reino Unido de Portugal e Algarves.

Depois da independência, o Pará viveu um período de incertezas em que não se sabia se o Estado deveria se tornar um país independente ou se unir a Portugal ou ao Brasil. Foi somente em 15 de agosto de 1823 que o governo local decidiu se unir ao Brasil independente, episódio que ficou conhecido como “Adesão do Pará”, proclamada por D. Romualdo Coelho. A Capitania do Grão-Pará foi então incorporada ao Império do Brasil como a província do Grão-Pará.

Em 1850 a província do Grão-Pará foi desmembrada em duas unidades, formando as províncias do Pará e do Amazonas (antiga capitania do Rio Negro).
Com a proclamação da República, em 1889, as províncias passam a ser denominadas de estados e a província do Pará passou a ser o Estado do Pará.

Sarney e Ricardo Teixeira, os imortais


Blog Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde/SP

Depois de tanto apodrecer, Kadafi caiu. Se tivesse tomado uns conselhos com Sarney (o imortal do peemedebismo) e Ricardo Teixeira (o imortal do coronelismo futebolístico), quem sabe, ele ainda tivesse mais uns 50 anos no poder. Agora é tarde…

Adeus à faxineira

Ricardo Noblat (*)

Uma vez que Dilma se elegeu na base do votem em mim que Lula não pode ser candidato de novo, era preciso em seguida – e para seu próprio bem - conferir-lhe atributos e pretensões de modo a distingui-la do seu padrinho político. Afinal, governo de continuidade não deve ser necessariamente igual a governo que passou.


Mais imaginação, senhores!


Diferenças de método, de estilo e de temperamento foram então exaltados para beneficiar a primeira mulher eleita presidente da República do Brasil. Nada mais justo.


Lula falava demais. Dilma, de menos. Silêncio é ouro. Palavra é prata. Quem fala pouco costuma refletir melhor sobre o que diz.
Ponto para Dilma.


Lula viajava além do necessário. E não tinha paciência para estudar com atenção os principais gargalos do governo.
Sóbria, contida, Dilma preferia governar para dentro. O governo espetáculo não lhe fazia a cabeça. Ai de quem despachasse com ela sem estar devidamente preparado.
Novos pontos para Dilma.


Tudo corria mais frouxo no governo anterior. Foi assim até que Dilma substituiu José Dirceu na Casa Civil.
No governo ora em curso, a mão pesada de Dilma evitava a anarquia. Quem não se enquadrasse por bem acabaria enquadrado de qualquer jeito.
Ponto para a presidente. Nada como ter no comando uma boa executiva.


O discurso de posse de Dilma levara os mais entusiasmados a concluírem que muita coisa mudaria de fato. A política externa, por exemplo.
Celso Amorim deixara o Itamaraty. Doravante, o respeito aos direitos humanos seria cobrado com rigor. Ditaduras antes consideradas amigas passariam a sofrer um bocado.
Ave, Dilma!


Quanto ao destempero da presidente... Como negá-lo?
O general empalideceu ao ser despejado do elevador privativo do Palácio do Planalto. Os olhos aflitos do então ministro Antonio Palocci temeram a aproximação ameaçadora dos dedos indicadores de Dilma. Sem tempo de chegar ao banheiro, uma assessora dela fez pipi na roupa.
O destempero virou coragem.


Histórias de uma presidente que não teme ninguém e que todos temem acabaram turbinando a imagem da zeladora intransigente com o erro e a roubalheira.
Foi aí que as circunstâncias e o marketing pariram a “faxineira ética”.
Muitos pontos para Dilma. Até que...


Ate que a faxineira se aposentou sob a pressão de aliados enfurecidos e incomodados por ela.
Constatou-se que a política externa permanece a mesma. E que a executiva centralizadora serve antes de tudo para tirar a iniciativa de sua equipe.


Que Dilma queira ser um Lula com autoridade redobrada, nada a opor.
Que tente ser Lula e Dilma ao mesmo tempo...
Menos!
Dilma lembra a presidente executiva de uma grande empresa recém-promovida a presidente.

Não tem mais de meter a mão na massa como antigamente. Não deve meter.
Cabe-lhe tomar as decisões mais importantes e desenhar o futuro da empresa.
Ninguém poderá substituí-la nessa tarefa - entende, dona Dilma?
Nas outras há candidatos à beça.

(*) Jornalista responsável pelo Blog do Noblat para o jornal O Globo do RJ

A falta que o respeito nos faz

Leonardo Boff (*)

A cultura moderna, desde os seus albores no século XVI, está assentada sobre uma brutal falta de respeito. Primeiro, para com a natureza, tratada como um torturador trata a sua vítima com o propósito de arrancar-lhe todos os segredos(Bacon). Depois, para com as populações originárias da América Latina. Em sua “Brevíssima Relação da Destruição das Indias”(1562) conta Bartolomé de las Casas, como testemunho ocular, que os espanhóis “em apenas 48 anos ocuparam uma extensão maior que o comprimento e a largura de toda a Europa, e uma parte da Ásia, roubando e usurpando tudo com crueldade, injustiça e tirania, havendo sido mortas e destruídas vinte milhões de almas de um país que tínhamos visto cheio de gente e de gente tão humana”(Décima Réplica). Em seguida, escravizou milhões de africanos trazidos para as Américas e negociados como “peças” no mercado e consumidos como carvão na produção.

Seria longa a ladainha dos desrespeitos de nossa cultura, culminando nos campos de extermínio nazista de milhões de judeus, de ciganos e de outros considerados inferiores.

Sabemos que uma sociedade só se constrói e dá um salto para relações minimamente humanas quando instaura o respeito de uns para com os outros. O respeito, como o mostrou bem Winnicott, nasce no seio da família, especialmente da figura do pai, responsável pela passagem do mundo do eu para o mundo dos outros que emergem como o primeiro limite a ser respeitado. Um dos critérios de uma cultura é o grau de respeito e de autolimitação que seus membros se impõem e observam. Surge, então, a justa medida, sinônimo de justiça. Rompidos os limites, vigora o desrespeito e a imposição sobre os demais. Respeito supõe reconhecer o outro como outro e seu valor intrínseco seja pessoas ou qualquer outro ser.

Dentre as muitas crises atuais, a falta generalizada de respeito é seguramente uma das mais graves. O desrespeito campeia em todas as instâncias da vida individual, familiar, social e internacional. Por esta razão, o pensador búlgaro-francês Tzvetan Todorov em seu recente livro “O medo dos bárbaros”(Vozes 2010) adverte que se não superarmos o medo e o ressentimento e não assumirmos a responsabilidade coletiva e o respeito universal não teremos como proteger nosso frágil planeta e a vida na Terra já ameaçada.

O tema do respeito nos remete a Albert Schweitzer (1875-1965), prêmio Nobel da Paz de 1952. Da Alsácia, era um dos mais eminentes teólogos de seu tempo. Seu livro “A história da pesquisa sobre a vida de Jesus” é um clássico por mostrar que não se pode escrever cientificamente uma biografia de Jesus. Os evangelhos contém história mas não são livros históricos. São teologias que usam fatos históricos e narrativas com o objetivo de mostrar a significação de Jesus para a salvação do mundo. Por isso, sabemos pouco do real Jesus de Nazaré. Schweitzer comprendeu: histórico mesmo é o Sermão da Montanha e importa vivê-lo. Abandonou a cátedra de teologia, deixou de dar concertos de Bach (era um de seus melhores intérpretes) e se inscreveu na faculdade de medicina. Formado, foi a Lambarene no Gabão, na Africa, para fundar um hospital e servir a hansenianos. E ai trabalhou, dentro das maiores limitações, por todo o resto de sua vida.

Confessa explicitamente:”o que precisamos não é enviar para lá missionários que queiram converter os africanos mas pessoas que se disponham a fazer para os pobres o que deve ser feito, caso o Sermão da Montanha e as palavras de Jesus possuam algum sentido. O que importa mesmo é, tornar-se um simples ser humano que, no espírito de Jesus, faz alguma coisa, por pequena que seja”.

No meio de seus afazares de médico, encontrou tempo para escrever. Seu principal livro é:”Respeito diante da vida” que ele colocou como o eixo articulador de toda ética. “O bem”, diz ele, “consiste em respeitar, conservar e elevar a vida até o seu máximo valor; o mal, em desrespeitar, destruir e impedir a vida de se desenvolver”. E conclui:”quando o ser humano aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante; a grande tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive”.

Como é urgente ouvir e viver esta mensagem nos dias sombrios que a humanidade está atravessando.

(*) Teólogo, escritor e professor universitário

E-Mail errado ...

Um casal decide passar férias numa praia no Caribe, no mesmo hotel onde passou a lua de mel 20 anos antes.

Por causa do trabalho, a mulher não pode viajar com o marido, e deixou pra ir alguns dias depois.

Quando o homem chega a seu quarto do hotel, vê que há um computador com acesso à internet. Decide então enviar um e-mail à mulher, mas erra uma letra sem perceber e o envia a outro endereço.

O e-mail é recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do marido. Ao conferir seus e-mails, ela desmaia instantaneamente.
O filho ao entrar encontra a mãe caída perto do computador.
Na tela estava escrito:

'Querida esposa. Cheguei bem. Provavelmente você se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail. Mas agora tem computador aqui e pode-se enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado pra você vir na sexta feira.
Tenho muita vontade de te ver, e espero que sua viagem seja tão tranqüila como está sendo a minha.
Obs.: NÃO TRAGA MUITA ROUPA, AQUI FAZ UM CALOR INFERNAL!!!!'

Ah! Vera Paz, cada vez mais destruída

Edilberto Sena (*)

Destruíram a praia, soterraram o sítio arqueológico, expulsaram os times de futebol do saudoso campo da Vera Paz de bons torneios de futebol e para iludir o população da cidade, iniciaram a construção de um monstrengo, que até poderia servir para os poetas contemplarem o nascer o novo dia e meditarem à luz dos primeiros raios solares das manhãs de verão. Nem isso está sendo possível. E por que?

A obra está parada, embargada pelo Ministério Público Federal. Motivo do embargo foi que a passarela que foi iniciada e continuou sem o respeito ao sitio arqueológico. Neste caso, bem que o MPF está correto, pois tem por dever de ofício, zelar pelo patrimônio nacional. Não se sabe por que no entanto, pelo mesmo dever, não embargou obras da UFOPA, que também anda construindo prédios sobre áreas do sítio arqueológico.

Mas voltando ao estrangulamento da antiga área da vera paz. Aquela inacabada passarela, se pudesse teria que responder algumas indagações - Quem iniciou o financiamento da obra, prefeitura? Companhia Docas do Pará? Empresa privada? Por que a obra parou? Falta de recurso? embargos judiciais?

Mais outras indagações - A obra é para servir à comunidade do Laguinho e de Santarém? ou foi pensada para proteger os terrenos da CDP arrendados para a empresa Cargill?

E agora, com o embargo do MPF o que a prefeitura vai fazer, abandonar a obra? cumprir a lei? Só o tempo responderá a essas e outras indagações. Mas quem mais sai perdendo com essas obras precipitadas e interrompidas é a cidade e seus moradores. Continua atualizada a afirmação evangélica: ”Quem vai construir uma torre, sem calcular direito os recursos, a deixa inacabada e os possantes dirão - mas quem foi este construtor irresponsável que começou a obra e não concluiu?” Ah! Vera paz, teu luar que saudade pra gente trás!

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém (PA)

Jânio – bastidores do golpe

Ary Ribeiro (*)

À época repórter deste jornal e da Rádio Eldorado, incumbido da cobertura do Palácio do Planalto, pude acompanhar muito de perto os sete meses do governo Jânio Quadros e levar a rádio a ser a primeira emissora do País a noticiar a renúncia, que a ligação de alguns fatos leva a crer que fora planejada ainda na campanha eleitoral.

Começo por lembrar os acontecimentos. No dia 25 de agosto de 1961, chegara cedo ao Palácio do Planalto, como sempre, pois Jânio costumava iniciar o dia de trabalho por volta das 7h30 - e frequentemente já expedindo os seus famosos bilhetinhos com ordens ou indagações dirigidas a seus ministros.

O País vivia dias tensos. Na véspera, à noite, o governador da Guanabara, Carlos Lacerda, denunciara, pela televisão, haver sido sondado para apoiar suposta tentativa de golpe. Ele acabara de voltar de Brasília, onde sofrera o constrangimento do episódio da mala: convidado a hospedar-se no Palácio da Alvorada, quando voltou, à noite, depois de conversações com a cúpula janista, encontrou a sua mala do lado de fora do portão.

Jânio, àquela hora do dia 25, passava em revista tropas na Esplanada dos Ministérios, pois era o Dia do Soldado. Comecei a percorrer alguns gabinetes. O de José Aparecido de Oliveira, secretário particular do presidente, habitualmente aberto e ponto de encontro de jornalistas e políticos, estava estranhamente fechado.

Ao sair para almoçar, encontrei-me no elevador com o colega e amigo Edísio Gomes de Matos, do Jornal do Brasil. Falei-lhe do clima esquisito que percebera nos gabinetes: portas fechadas, fisionomias carregadas, ninguém falando nada. Mal entrara em meu apartamento, o telefone tocou. Era o Edísio: "Volta que o Jânio renunciou".

Estupefato, voltei. E ele me contou: ouvira, através da porta, José Aparecido falando da renúncia, pelo telefone. Avisei a Rádio Eldorado, que deixou pronta a notícia, porque a divulgação de "boatos" estava proibida. Quando, às 15 horas, o secretário de imprensa, Carlos Castello Branco, reuniu os jornalistas credenciados e começou a ler o comunicado, eu estava ao seu lado com o telefone ligado para a sucursal do Estadão em Brasília e esta com a rádio, que então soltou a notícia. Naquele tempo as comunicações não eram como hoje...

Muita gente acreditou, e por bastante tempo, que aquele fora ato tresloucado, de momento, talvez fruto de bebedeira da noite anterior. Hoje não há dúvida de que se tratou de tentativa de inusitado golpe de Estado - de iniciativa do próprio governante. O que não se sabe é que muito provavelmente havia sido arquitetado desde a campanha eleitoral.

Frase



“Eu tenho um ponto cirrótico. É uma lesão que não é tão grave, mas ela em localizada em área hipersensível do fígado. Essa lesão é causada, fundamentalmente, por álcool. Fui alcoólatra sim. Quando eu queria. Quem usa álcool cotidianamente é alcoólatra. Eu fui dependente de álcool”.


Sócrates, médico e ex-jogador em entrevista ao programa da TV Globo Fantástico

Oportunidades de Empregos

Órgão: Prefeitura Municipal de Maracanau
Número de Vagas: 156
Local: Maracanau, CE
Requisitos: Ensino fundamental (Agente de Zoonose, Auxiliar de Saúde Bucal) e Ensino médio (Fiscal de Higiene, Agente Administrativo, Agente de Transito, Auxiliar de Farmácia, Auxiliar de Laboratório, Educador Social, Instrutor em Libras, Técnico em Meio Ambiente, Técnico em Higiene Bucal, Técnico em Enfermagem, Técnico em Laboratório, Secretário Escolar)
Salário: de R$ 550 a R$ 1.522
Prazo de inscrição: de 9 de setembro
Valor da inscrição: de R$ 80
Inscrição: http://www.promunicipio.com/index.php?menu=concursos&acao=ver&id=9

Órgão: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Número de Vagas: 4.250
Local: todo o País
Requisitos: Ensino médio (Agente de Pesquisas e Mapeamento)
Salário: de R$ 850
Prazo de inscrição: de 19 de setembro
Valor da inscrição: de R$ 20
Inscrição: http://www.consulplan.net

Órgão: Polícia Civil de Minas Gerais
Número de Vagas: 349
Local: Minas Gerais
Requisitos: Ensino superior (Delegado, Escrivão)
Salário: de R$ 2.041,72 a R$ 5.716,87
Prazo de inscrição: de 26 de outubro
Valor da inscrição: de R$ 40 a R$ 114,33
Inscrição: http://www.acadepol.mg.gov.br

Órgão: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
Número de Vagas: 50
Local: Rio de Janeiro
Requisitos: Ensino superior (Juiz Substituto)
Salário: de R$ 20.677,85
Prazo de inscrição: de 30 de setembro
Valor da inscrição: de R$ 200
Inscrição: http://www.vunesp.com.br

Órgão: Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo
Número de Vagas: 30
Local: Espírito Santo
Requisitos: Ensino superior (Juiz Substituto)
Salário: de R$ 19.294,09
Prazo de inscrição: de 29 de setembro
Valor da inscrição: de R$ 120
Inscrição: http://www.cespe.unb.br/concursos/tj_esjuiz2011/

Órgão: Município de Santa Filomena
Número de Vagas: 276
Local: Santa Filomena, PE
Requisitos: Ensino Fundamental (Vigia, Auxiliar de Serviços Gerais, Motorista, Operador de Máquinas, Gari), Ensino médio (Digitador, Técnico de contabilidade, Recebedor, Agente, Técnico de enfermagem) e Ensino superior (Professor, Médico, Nutricionista, Enfereiro, Dentista, Agente Social, Psicólogo)
Salário: de R$ 545 a R$ 9.100
Prazo de inscrição: de 23 de setembro
Valor da inscrição: de R$ 50 a R$ 70
Inscrição: http://www.idhtec.org.br

domingo, 28 de agosto de 2011

O segundo mascote

De provocação a xodó da torcida, mascote do Palmeiras completa 25 anos

O Estado de São Paulo

A mascote mais emblemática dos clubes paulistas está completando 25 anos.
E, quando nasceu, o porco era um filho rejeitado.

O Palmeiras completa agora 25 anos da adoção do animal que não substitui o periquito como mascote oficial, mas que domina os gritos de guerra e adereços da torcida.
Foi nas finais do Paulista de 1986, em agosto daquele ano. Os palmeirenses, antes dessa época, estrilavam quando ouviam os rivais chamando-os de porcos até então, uma ofensa gravíssima.

Contra a Inter de Limeira, na decisão, no dia 31 de agosto --dizem, até na semifinal contra o Corinthians, dias antes-- a torcida, enfim, ignorou os rivais. O que era uma ofensa virou apoio.
E, 25 anos depois, virou um símbolo de orgulho para os palmeirenses. Mas o processo de adoção começou antes, em 1983. E não foi simples.

PROVOCAÇÕES
"Assumir o porco? Você ficou maluco?", foi o que ouviu o então diretor de marketing do clube, João Roberto Gobbato, em 1983.

Munido de um desenho, feito à mão pela sua mulher, e uma carta chamada "A bem da verdade", ele iniciou um processo de adoção do porco que levaria três anos para enfim ser aceito e concluído.
"Na época, soava tão absurdo como se hoje o São Paulo assumisse o bambi, e o Corinthians assumisse o gambá", disse Gobbato, empresário, já fora do clube.

Ele usou um argumento que passava pelo orgulho verde. Tiraria uma arma das mãos dos rivais, que não poderiam mais chamar o Palmeiras de porco. "É absorvendo certos apelidos que acabamos com a ação de sermos alvo de gozação", diz a carta.
A ideia era adotar o porco sem tirar do periquito o status de símbolo do clube.

Consequentemente, isso diminuiria, também, a violência nos estádios paulistas.
Aos poucos, ele foi convencendo os cartolas palmeirenses. Então, em 1986, Gobbato juntou as duas principais torcidas organizadas do clube, Mancha Verde e TUP. Conversou com alguns jogadores, como Jorginho. Todos apoiaram a ideia do porco.

Então, nas finais do Estadual de 1986, o porco estreou. "E dá-lhe porco, e dá-lhe porco, olê, olê, olê", gritaram os palmeirenses no Morumbi.
Dois meses depois, o clube foi além: promoveu a entrada de torcedores e jogadores em campo segurando um porco em uma partida contra o Santos, pelo Nacional. Jorginho, ex-atacante, posou com o bicho na capa da "Placar".

Desde então, o porco virou o símbolo máximo do Palmeiras --embora, até hoje, encontre alguma resistência.
"O símbolo do Palmeiras é o periquito. Está no estatuto. O porco foi adotado como medida de amenizar as provocações rivais. Mas dizer que é o símbolo do Palmeiras é demais", disse o diretor de futebol Roberto Frizzo, que fazia parte do clube já naquela época, em 1986.

O incômodo da velha guarda tem explicação. A origem do apelido mexe direto com o brio dos italianos --foi na Segunda Guerra que surgiu a alcunha. Com o tempo, a ofensa foi alimentada pelos rivais, principalmente o Corinthians. "Quero ver se eles vão assumir o gambá e o bambi", provoca Gobbato.

E o "Fora Teixeira" continua

Blog do Juca Kfouri - Charge Duke

O Grande País do Faz de Contas (3)

Mensalão: ex-procurador garante que não haverá prescrição dos crimes

Jornal do Brasil  - Edição de 26/08

Autor da denúncia acolhida pelo Supremo Tribunal Federal contra os 40 acusados do escândalo do mensalão, há quatro anos, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, tem “plena certeza” de que não há risco de prescrição do crime de formação de quadrilha, pelo qual respondem os principais réus da ação penal, entre os quais José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério.

O julgamento do processo está previsto para o próximo ano, e os réus enquadrados no artigo 288 do Código Penal, mesmo que condenados, podem se beneficiar da prescrição, caso suas penas sejam inferiores a dois anos de reclusão.

“Considerando a gravidade dos fatos imputados à quadrilha, haja vista que os réus montaram um esquema para desviar recursos públicos e interferir ilicitamente nas votações no Congresso Nacional, a pena certamente deverá ser muito próxima ou até mesmo no máximo previsto no Código Penal, que é três anos”, afirma Antonio Fernando, em entrevista exclusiva ao JB.

E acrescenta: “A denúncia imputou — e restou comprovado ao longo da instrução — que a quadrilha funcionou, pelo menos, entre janeiro de 2003 e junho de 2005. O crime de quadrilha tem como pena máxima três anos, logo, o prazo prescricional é de oito anos”.

Prazo de prescrição
Antonio Fernando aposentou-se em 2009 — antes de chegar à compulsória — depois de quatro anos na chefia do Ministério Público. Exerce desde então a advocacia privada, mas acompanha com atenção o desenvolvimento da Ação Penal 470, sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa, e que tem hoje 38 réus, cerca de 45 mil folhas, 210 volumes e 484 apensos.

Ele assim explica a questão da possibilidade de prescrição do crime de quadrilha: “Como se trata de crime permanente, a contagem do prazo prescricional tem como marco inicial o final das atividades da quadrilha, ou seja, junho de 2005. A denúncia, oferecida em março de 2006, foi recebida em agosto de 2007, interrompendo o prazo, que passou a ser contado novamente. Agora em agosto, deu-se o transcurso de quatro anos desde o seu recebimento pelo STF”.

Ainda segundo o autor da denúncia, a consequência é a seguinte: “Se a pena aplicada em concreto, depois da condenação, for de até dois anos, o crime estará prescrito em razão da prescrição retroativa. Com efeito, fixada tal pena, a prescrição passa a ser de quatro anos e já houve esse intervalo desde o recebimento, último marco interruptivo. Mas se a pena for superior a dois anos, não haverá prescrição, pois nesse caso o lapso da prescrição passa ser de oito anos, e não houve tal intervalo desde o último marco interruptivo”.

“Plena certeza”
Para fundamentar sua “plena certeza” de que os principais réus que respondem também por crime de quadrilha terão penas superiores a dois anos, Antonio Fernando cita precedente do STF, de outubro do ano passado, na condenação do deputado Natan Donadon (AP 396), “punindo adequadamente esse tipo de conduta”.

“O Supremo aplicou corretamente, nesse julgamento, uma pena justa, superior a dois anos. Embora extremamente lesiva, a quadrilha então condenada não se compara, em termos de gravidade à quadrilha do caso conhecido como mensalão. A quadrilha em exame ofendeu de forma grave e direta o principal valor do Estado Democrático de Direito. Assim, tenho plena certeza de que não há risco de prescrição”, concluiu o ex-procurador-geral da República.

A denúncia
Ao oferecer a denúncia ao STF contra os envolvidos no esquema do mensalão, em março de 2006, Antonio Fernando de Souza qualificou-os de membros de uma “organização criminosa”, comandada pelo ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Tal “organização” tinha um “núcleo político-partidário”, formado por Dirceu, pelo deputado José Genoino (PT-SP) e por Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), que “pretendia garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, mediante a compra de suporte político de outros partidos e do financiamento futuro e pretérito das suas próprias campanhas”.

Ao reforçar a denúncia — na sessão de 22 de agosto de 2007, em que começou a ser aceita pelo STF — o então procurador-geral reafirmou: “Quem articulou tudo isso e ajustou os serviços da quadrilha liderada por Marcos Valério e aquela dos dirigentes do Banco Rural foram os integrantes desse núcleo central, precisamente os denunciados José Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, José Genoino, Delúbio Soares e Sílvio Pereira, estes filiados e dirigentes do PT”.

Na atual fase do processo, são acusados de formação de quadrilha — e eventualmente de outros crimes, como corrupção ativa ou peculato, que têm previsão de penas mais graves — os integrantes do “núcleo central” e mais 19 réus.

Nota do Blog: Sinceramente o Blog gostaria de acreditar nas palavras do ex-procurador. Que realmente não haja prescrição, porém, o que diz os amigos advogados e entendidos no assunto, é que o prazo expira hoje 28 de Agosto de 2011, data que os 40 ladrões indiciados poderão comemorar a prescrição ao lado do Ali Babá que como todos sabem não foi citado.

Donos do mundo

Eliane Cantanhêde (*)

Estou de férias, passando uns dias na Bahia, e queria entender direitinho essa história do Sarney fazendo turismo no helicóptero do Maranhão. Vamos lá:

Então, o governo do Estado mais pobre, com o pior IDH e os piores índices de português e matemática comprou o helicóptero mais caro do país?

A desculpa, ops!, o motivo foi cuidar da segurança de todos os cidadãos maranhenses?

E o tal helicóptero serve mesmo para transportar os pais da governadora nos fins de semana, com todo o conforto, para a ilha particular da família?

Mas os índices de criminalidade não são piores justamente nos fins de semana, quando o tal helicóptero seria mais útil para a população?

E o que estavam fazendo no voo o um empresário que tem os maiores contratos com o Estado e a sua mulher? Tratando do interesse público?

O que é mais urgente e importante: o ferido com traumatismo encéfalocraniano que chegou no primeiro helicóptero e ficou esperando o desembarque da família imperial e seu séquito ou os veranistas Sarney e seus amigos empresários?

Se o Sarney ganha R$ 62 mil por mês, do Senado, da aposentadoria do governo do Maranhão e de uma tal aposentadoria do Tribunal de Justiça do Estado (que é uma verdadeira mãe, pelo visto), por que ele não pode pagar os próprios passeios?

Desisto. Não dá mesmo pra entender nada. Só os verdadeiros motivos de o Maranhão e os maranhenses estarem como estão. É de chorar.

(*) Jornalista é colunista da Folha de São Paulo desde 1997

sábado, 27 de agosto de 2011

Algum de nossos governos devolveria???

Governo de Fukushima devolve dinheiro enviado pela Cruz Vermelha

(Extraido do Blog da União Nacional Republicana )

O governo da província de Fukushima devolveu dinheiro enviado pela Cruz Vermelha para atender às vítimas do terremoto, tsunami e crise nuclear. Ocorreu o seguinte: as províncias, que equivalem aos estados no Brasil, fizeram estimativas do número de vítimas e casas destruídas pelas tragédias para receber dinheiro da Cruz Vermelha. No caso de Fukushima, o governo fez, recentemente, um novo levantamento e se deu conta de que o número real de vítimas é inferior ao estimado anteriormente. O governo de Fukushima devolveu todo o dinheiro excedente.

Cada iene. O equivalente a R$ 180 milhões. O Japão – como qualquer outro país – não está livre da corrupção, mas esse é mais um exemplo da honestidade local. Se o dinheiro é para socorrer vítimas e não há vítimas, devolve-se o dinheiro. Simples assim.

(Fosse aqui no Brasil a primeira providência do governo seria superestimar o número de vítimas e o montante dos danos;
Depois fariam uma divisão entre os partidos políticos governistas - com espaço para os governos estaduais e municipais, desde que fossem petistas ou da base aliada - para cada um pegar seu quinhão = produto do furto;
Fariam uma concorrência de cartas marcadas de modo que o custo da ajuda por pessoa fosse duas ou três vezes o real - lembrando que o número de vítimas já está superestimado;
Então, todos os abutres da política cairiam sobre as doações, em dinheiro e mantimentos, e o que sobrasse seria destribuído, de forma racionada aos necessitados.

Outro exemplo: enquanto o Japão recuperou uma estrada e uma ponte em uma semana, fosse aqui no Brasil a corja governista levaria dois ou três meses estudando formas de aumentar o custo dos serviços, piorar a qualidade dos mesmos e aumentar a propina.)

Pizza: meia judiciário, meia cacciola


Blog Trágico e Cômico para o Jornal da Tarde/SP


Na Pizzaria Brasil, o forno a lenha continua produzindo pizzas em série. Buscando maior diversidade para atrair novas clientelas, alguns sabores estão sendo relançados, estilo “retrô”, para saciar a fome de impunidade dos corruptos. Um dos grandes achados foi esse sabor meia judiciário, meia cacciola, que fez muito sucesso há cerca de dez anos atrás. “Essa pizza tá saindo tanto que estamos pensando em relançar a pizza meia TRT, meia lalau”, afirmou um dos pizzaiolos de toga.