domingo, 31 de outubro de 2010

Afinal, o que queremos?

Opinião do Estadão

Encerra-se hoje a mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no País, e certamente em todo o mundo: oito anos de palanque na obstinada perseguição de um projeto de poder populista assentado sobre o carisma e a popularidade de um presidente que, se por um lado tem um saldo positivo de realizações econômico-sociais a apresentar, por outro lado, desprovido de valores democráticos sólidos, coloca em risco a sustentabilidade de suas próprias realizações na medida em que deliberadamente promove a erosão dos fundamentos institucionais republicanos. Essa é a questão vital sobre a qual deve refletir o eleitor brasileiro, hoje, ao eleger o próximo presidente da República: até onde o lulismo pode levar o Brasil?

Quanto tempo esse sentimento generalizado de que hoje se vive materialmente melhor do que antes resistirá às inevitáveis consequências da voracidade com que o aparelho estatal tem sido privatizado em benefício de interesses sindical-partidários? Tudo o que ambicionamos é o pão dos programas assistenciais e do crédito popular farto e o circo das Copas do Mundo e Olimpíada?

Lamentavelmente, as questões essenciais do País não foram contempladas em profundidade pelo pífio debate político daquela que foi certamente a mais pobre campanha eleitoral, em termos de conteúdo, de que se tem notícia no Brasil. Mais uma conquista para a galeria dos "nunca antes neste país" do presidente Lula, que nessa matéria fez de tudo. Deu a largada oficial para a corrida sucessória, mais de dois anos atrás, ao arrogar-se o direito de escolher sozinho a candidata de seu partido. Deu o tom da campanha, com a imposição da agenda - a comparação entre "nós e eles", entre o "hoje e ontem", entre o "bem e o mal" - e com o mau exemplo de seu destempero verbal.

Uma das consequências mais nefastas dessa despolitização que a era lulo-petista tem imposto ao País como condição para sua perpetuação no poder é o desinteresse - resultante talvez do desencanto -, ou pelo menos a indulgência, com que muitos brasileiros tendem a considerar a realidade política que vivemos. A aqueles que acreditam que podem se refugiar na "neutralidade", o antropólogo Roberto DaMatta se dirigiu em sua coluna dessa semana no Caderno 2: "Você fica neutro quando um presidente da República e um partido que se recusaram a assinar a Constituição e foram contra o Plano Real usam de todos os recursos do Estado que não lhes pertencem para ganhar o jogo? (...) Será que você não enxerga que o exemplo da neutralidade é fatal quando há uma óbvia ressurgência do velho autoritarismo personalista por meio do lulismo, que diz ser a ‘opinião pública’? O que você esperava de uma disputa eleitoral no contexto do governo de um partido dito ideológico, mas marcado por escândalos, aloprados e nepotismo? Você deixaria de tomar partido, mesmo quando o magistrado supremo do Estado vira um mero cabo eleitoral de uma candidata por ele inventada? É válido ser neutro quando o presidente vira dono de uma facção, como disse com precisão habitual FHC? Se o time do governo deve sempre vencer porque tem certeza absoluta de que faz o melhor, pra que eleição?"

Quatro anos atrás, nesta mesma página editorial, dizíamos que "as eleições de hoje são o ponto culminante da mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no Brasil. Desde 1.º de janeiro de 2003, quando assumiu a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva não deixou, um dia sequer, de se dedicar à campanha para a reeleição. Tudo o que fez, durante seu governo (...) teve por objetivo esticar o mandato por mais quatro anos". 

Erramos. O horizonte descortinado por Lula era, já então, muito mais amplo. Sua ambição está custando à Nação um preço caríssimo que só poderá ser materialmente aferido mais para a frente. Mas que já se contabiliza em termos éticos, toda vez que o primeiro mandatário do País desmoraliza sua própria investidura e não se dá ao respeito. Mais uma vez, essa semana, no Rio de Janeiro, respondeu com desfaçatez a uma pergunta sobre o uso eleitoral de inaugurações: "Não posso deixar de governar o Brasil por conta das eleições." Ele que, em oito anos no poder, só pensou em eleições!

Segundo turno no Pará

Simão Jatene é eleito governador do Pará

Com 92,72% das urnas apuradas, o tucano Simão Jatene obteve 56,2% dos votos válidos e foi eleito neste domingo (31) governador do Estado do Pará no segundo turno das eleições. 
A petista Ana Júlia Carepa, que tentava a reeleição, ficou com 43,8% dos votos.

Jatene esteve à frente do governo do Pará entre 2003 e 2006, indicado pelo governador da época, Almir Gabriel. Também foi secretário de Planejamento na administração do PMDB em 1986, secretário-geral do Ministério da Previdência e da Reforma Agrária. Na gestão do PSDB, foi secretário estadual de Planejamento e depois de Produção.

Tributo a Mário Kozel Filho

Antenor Pereira Giovannini (*)

Que o Brasil é um país sem memória, isso estamos cansados de saber. Em qualquer área, em relação a qualquer pessoa, não se reverencia a figura daqueles que alguma coisa fizeram e contribuíram ao País. Pior que isso, é saber que País sem memória é País sem história.

Por isso, hoje ao saber da eleição de uma ex-guerrilheira que ainda não perdeu a pose e continua sendo arrogante, presunçosa, uma pessoa despreparada e que foi colocada no cargo, eleita para Presidente da República do meu País, me permitam enaltecer a memória de um jovem que se hoje estivesse vivo completaria 61 anos de idade, mas, que aos 19 anos teve sua vida interrompida pela explosão de 50 quilos de dinamite num carro sem motorista atirado contra um Quartel do Exército e teve seu corpo espalhado a metros de distancia totalmente dilacerado.

Essa senhora não participou do ato e não pertencia a esse grupo, porém, por ser integrante de outro grupo que depois se aliou ao VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) compartilhou, endossou, se tornou co-responsável e principalmente cúmplice desse assassinato que nada tem a ver com luta pela democracia como se alegava na época da ditadura. Assassinatos, seqüestros, roubos a bancos, roubos a residências, eram ações de um bando que acabou sendo anistiado por esse último governo e afora isso indenizado com vultosas quantias, enquanto um dos nossos heróis ficou esquecido, com sua história apagada como se ele fosse um inimigo a ser abatido.

Mário Kozel Filho é seu nome

Em junho de 1968, aos 19 anos de idade seu corpo foi dilacerado por uma bomba atirada pelo grupo Vanguarda Popular Revolucionária ao Quartel General do II Exército localizado no bairro de Ibirapuera em São Paulo, durante o Regime militar no Brasil. O Presidente na época era o Marechal Costa e Silva.

Eu, prestes há completar 20 anos, havia dado baixa do Exército poucos meses antes. Não conheci o soldado Mário, mas, por ter realizado o mesmo trabalho que ele fazia por mais de um ano, de sentinela da guarda, tenho a certeza de que morreu um cidadão absolutamente inocente, isento de qualquer responsabilidade pelo que o País passava naquele momento. Não havia porque fazer o que fizeram e da forma como fizeram, apenas para chamar a atenção e registrar um ato de oposição ao Regime imposto até então.

Os autores foram membros da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), uma das organizações de esquerda que lutaram contra a ditadura no período 68/71. Foi uma organização formada por dissidentes da POLOP (Política Operária) e antigos militares brizolistas do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário) sendo que seu agrupamento inicial começou em 1966, tendo o ex-sargento do exército Onofre Pinto por trás de sua articulação. Foi Onofre quem comandou a execução do capitão norte-americano Charles Rodney Chandler , em 1968 , acusado de ser "professor" de tortura a militares brasileiros.

Cargill e o biodiesel

Cargill entra em biodiesel no Brasil com usina no MS

A Cargill construirá a sua primeira usina de biodiesel no Brasil no município de Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, onde investirá cerca de 130 milhões de reais em uma unidade com capacidade para a produção de 200 mil toneladas do biocombustível, segundo nota da empresa divulgada no dia 22/10.

A nova fábrica funcionará anexa à atual unidade de esmagamento de soja da Cargill (em Três Lagoas) e terá capacidade anual de produção de 200 mil toneladas de biodiesel", afirmou a companhia, sem dar mais detalhes em comunicado.

A unidade deve começar a operar em 2012. A exemplo do que deverá ocorrer com a Cargill, outras companhias do setor no país utilizam a soja como a principal matéria-prima para a produção de biodiesel --cerca de 85 por cento da produção do biocombustível no país é feita com a oleaginosa.

Em 2010, o Brasil passou a adotar mandatoriamente o B5, uma mistura de diesel com 5 por cento de biodiesel que demanda quase 2 milhões de toneladas de óleo de soja por ano. A Cargil comercializa e processa soja e outros grãos e oleaginosas, e é uma das maiores exportadoras e processadoras da commodity do país.

Em 2009, quando a empresa inaugurou a sua sexta unidade processadora de soja no Brasil, em Primavera do Leste (MT), o Complexo Soja da empresa comercializou 9,1 milhões de toneladas do grão no país, contra 7,15 milhões de toneladas em 2008.

No ano passado, incluindo todos segmentos, a Cargill teve receita líquida de 15,8 bilhões de reais no Brasil, registrando um lucro após impostos) de 325 milhões de reais. As exportações da companhia alcançaram 11,6 bilhões de reais em 2009.

O investimento da companhia no Brasil segue anúncio de recursos para uma unidade de biodiesel na Argentina. Em agosto, a empresa informou o início das obras de uma usina que deverá operar a partir de 2011 no país vizinho.

Em julho, o governo argentino determinou o aumento do volume de biodiesel à base de soja na mistura de combustíveis, de 5 por cento para 7 por cento. 

Blog também é cultura

Suco, néctar, refresco e refrigerante têm porcentagens diferentes de fruta

As altas temperaturas registradas na primavera e no verão aumentam o consumo de líquido no país. Ao percorrer as gôndolas dos supermercados, o consumidor se depara com diversos tipos de bebidas à base de frutas - suco, suco tropical, néctar, refresco e refrigerante.

Essas categorias de produtos são classificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de acordo com a concentração de suco usada na fórmula. 
O Decreto nº 6.871/2009 define suco ou sumo como bebida não fermentada, não diluída e não concentrada, feita à base da fruta madura, submetida a condições adequadas de conservação até o momento do consumo. 

“O melhor exemplo de suco é aquele que pedimos no restaurante ou lanchonete, é feito na hora com laranjas”, explica o coordenador substituto da área de vinhos e bebidas do Mapa, Bernardo Medina.
Na fabricação do néctar, a fruta é diluída em água potável, com adição de açúcares. O refresco também não é fermentado e é obtido pela mistura em água.

Já do suco de fruta ou polpa, que pode ou não conter açúcares. “O teor de suco nos néctares e refrescos varia conforme a fruta, sendo que a porcentagem de suco no néctar nunca poderá ser inferior ao teor do suco encontrado no refresco”, ressalta Medina.

O refrigerante de fruta é o produto mais diluído, mas com adição obrigatória do suco de fruta. A bebida com laranja, por exemplo, contém no mínimo de 10% de s uco, enquanto o refresco e o néctar possuem ambos, no mínimo, 30% de suco de laranja. 
Também existe a denominação “suco tropical” para classificar produtos com adição de água, obtidos da polpa ou do suco concentrado de fruta tropical, como abacaxi, acerola, cajá, caju, goiaba, graviola, mamão, manga, mangaba, maracujá, pêssego, pitanga, graviola e cupuaçu. 

Os sucos sem a adição de água ou que não sejam de frutas tropicais não podem receber essa nomenclatura. De acordo com a norma, expressões como "suco pronto para beber" podem ser usadas no rótulo do “suco tropical” quando o produto for adoçado.

A quantidade mínima de polpa de fruta admitida para esse tipo de suco é de 50%, com exceção de casos em que a fruta apresenta acidez alta, conteúdo de polpa muito elevado ou sabor muito forte – como maracujá, cupuaçu ou graviola –, em que são admitidos até 35% de polpa. Uma bebida mista elaborada pela combinação de dois ou mais sucos precisa conter pelo menos 30% em néctares de suco no total, quando for classificada como néctar, e 10% para a classe dos refrescos. Um néctar de abacaxi, laranja e maracujá, por exemplo, deve ter, no mínimo, 30% de suco em qualquer proporção entre as três frutas.

Adoçados - A quantidade máxima de açúcar que deve ser adicionada nessas bebidas só está prevista para o suco e equivale a, no máximo, 10% do total em peso. “Dessa forma, o produto recebe a denominação de ‘suco adoçado’”, explica Medina.
Bernardo Medina antecipa que o Ministério da Agricultura pretende elaborar legislação determinando o teor máximo de açúcar para refrescos e néctares.

A norma também deve estabelecer como obrigatória no rótulo de bebidas não-alcoólicas a informaçã o do percentual de suco usado na composição para facilitar a escolha do consumidor pelo produto com mais ou menos suco.

(Informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Sempre a logística

Logística é maior barreira para Mato Grosso

Com todo o otimismo do agricultor em relação ao crescimento da produção de milho do Estado de Mato Grosso, que já é o segundo maior do País, perdendo somente para o Paraná, a expectativa do estado é plantar mais de 3 milhões de hectares até 2014, ante os 2,2 milhões esperados para 2011. 

Contudo Paulo Molinari, analista da Safras & Mercado, acredita que nem tudo são flores em relação ao crescimento do MT, já que com o aumento da produção de milho o governo teria que continuar auxiliando o setor, para que não dependa do mercado internacional.

"Se Mato Grosso continuar plantando desta forma o governo precisará continuar dando assistência ao estado para que o mil ha. seja escoado. A menos que o mercado internacional dê condições mais altas de preços, que viabiliza a produção de MT sem a ajuda do governo", afirma. Molinari também teme que esse crescimento possa afetar outros estados produtores de milho.

"Em condições normais o Mato Grosso pode até chegar a uma área de 3 milhões de hectares mas vai ter problemas de comercialização, e isso deve afetar os demais estados, e suas comercializações", finalizou o especialista. 

Realidade dos números

Votos para Serra   =    43,99%
Votos em Branco  =      2,33%
Votos Nulos         =      4,40%
Total                    =   50,72%

Esses números já dão conta que a chamada popularidade do Pai de Deus e do seu Partido não é tão latente e gritante como ele sempre apregoou, ou seja, de que estaria acima do bem e do mal. Calma lá.
Se lançarmos mão dos 29 milhões de eleitores que deixaram de votar, (isso é um caso a parte que ninguém desses senhores e senhora eleitos falam) os números contrários se tornam maior ainda.

Por isso, devagar.

Vocês não estão sozinhos.

O Brasil não é somente de vocês. Não hajam como se estivessem sozinhos .
Existe uma parte , que no minimo é a metade , do que o inserido nas urnas que estão do outro lado do campo.
Respeitem para serem respeitados.


Dilma, Presidente !



O que iremos assistir no dia a dia com certeza não terá nenhuma relação com tudo aquilo que foi a mensagem dos marqueteiros.
Iniciaremos o ano de 2011 com um novo presidente que estará submisso aos partidos coligados e interessados a cargos, privilégios, acertos prévios e outras demandas que é segredo de candidato. 
Não podemos esquecer que tudo foi baseado no sucesso de um período que o mundo vinha usufruindo desde 2003 e que a partir de 2008 começou a ruir.  
Temos pela frente possíveis problemas que ainda não são mencionados e mensurados, mas, que poderá sem duvida nenhuma exigir do novo governante um grau de inteligência e estratégias inovadoras que até agora não foi necessária por termos o vento a favor durante exatamente o período do messiano Lula no poder. 
Será que a nova ocupante terá habilidade política, experiências administrativa e liderança de gestão suficiente para que as coisas não comecem a se complicar ? 
É de se perguntar: o que nós espera com este modelo político que camufladamente elege seu presidente através do regime plebicitário, distorcido, que nada ajudou em mostrar as verdadeiras qualidades dos pretendentes ?

Arroz - abram os olhos santarenos

Mato Grosso teme paralisação da indústria por falta de arroz

A perspectiva da falta de arroz na região do Mato Grosso (MT), na segunda quinzena de novembro, deve acarretar na interrupção do funcionamento de aproximadamente 29 indústrias.

Empresários do estado estão pedindo uma intervenção governamental para sustentar a importação, seja por meio de subsídios ao frete ou mesmo à revisão de alíquotas para entrada do produto no MT.

Por sua vez a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), afirmou que nada pode fazer este ano em relação a isso, já que a sua atuação se dá quando os preços de mercado estão abaixo do mínimo referência.
Para o setor industrial a melhor saída seria a criação de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) no Estado do Rio Grande do Sul, considerado o maior produtor do cereal. Segundo o Sindicato das Indústrias de Beneficiamento de Arroz do Estado (Sindarroz), das 33 indústrias que atuam em Mato Grosso, somente quatro têm estoque para fechar o ano. As demais podem cessar o funcionamento em meados de novembro, a menos que estas também resolvam importar arroz do sul do País.

Por sua vez, a Conab afirmou, ao comentar a falta do produto para o suprimento das indústrias locais, que o mercado é livre e o produtor independe de qualquer ação governamental para colocar seu produto à venda.
Ao ser indagada sobre uma possível ajuda, a estatal comentou que nada pôde fazer este ano, pois a Companhia atua historicamente quando os preços de mercado estão abaixo do mínimo, o que não aconteceu este ano. Para ela, como não houve a necessidade de intervenção por conta dos bons preços pagos ao produtor, o governo federal não formou estoque regulador de arroz para minimizar o problema vivenciado pela indústria nesta entressafra.

De acordo com o Sindarroz, algumas empresas de Mato Grosso já estão trazendo o produto do Sul, e por diversas vezes pagando um preço menor ao mínimo estipulado pelo governo federal, que é de R$ 28,23 por saca de 50 quilos.
O valor cobrado no Rio Grande do Sul é de R$ 25,80, enquanto em Mato Grosso os preços do produto variam de R$ 38 a R$ 40 por saca de 60 quilos na região.

Em Mato Grosso, segundo o Sindarroz, no período da safra muitas indústrias chegaram a trabalhar em três turnos, para absorver a demanda. No entanto, ultimamente elas mantém suas atividades em apenas um turno.
Mato Grosso que já foi o maior produtor de arroz, hoje circula na terceira posição com 742 mil toneladas, ante os 2 milhões da safra 2004/2005

Nota do Blog:  Pela proximidade (apesar da estrada) Mato Grosso se torna um abastecedor de Santarém e região. Com essa falta obriga a que os comerciantes locais trabalhem com produtos do Paraná e RS. Tudo faz encarecer, principalmente quando um estado produtor como MT passa a ser comprador. Isso nos traz a lembrança de quando Santarém de importador passou a exportador de arroz onde além da produção, teve oportunidade de ver montadas várias beneficiadoras o que propiciou a que o arroz chegasse a menos de R$ 0,50 kg nas gôndolas dos supermercados. Hoje são apenas lembranças. Graças aos eco-chatos tudo isso foi sendo destruído em função a quase proibição de agricultura mecanizada. Hoje se quiser comer arroz paga-se o preço do importado, que, aliás, pode ficar mais caro. O povão que aplaudiu os ecos-chatos que pague essa conta, quem puder.

"Rodeio das Gordas" (7)

Recebemos do leitor Altamir Olivo o seguinte comentário sobre essa postagem polêmica "Rodeio das Gordas". Obrigado ao Altamir pela audiência e continue sempre que possivel enviando seus comentários. Valeu mesmo.

Altamir Olivo disse...
Infelizmente no Brasil da impunidade acaba sendo confundido liberdade com libertinagem porque esses libertinos, psicopatas imbecis deveriam é estar na cadeia sendo "atendidos" pelos gordos que estão lá, realmente uma pena ver esse tipo de fato, esperamos que sejam punidos o quanto antes possivel.

Milho em 2011

Plantar milho será um bom negócio em 2011

Há previsão de uma redução dos estoques mundiais e os preços provavelmente serão remuneradores, favorecendo o produtor. Plantar milho será um bom negócio em 2011. 

Isso porque está prevista uma redução dos estoques mundiais e os preços provavelmente serão remuneradores, garantindo rentabilidade ao produtor.

Mas grande parte dos produtores em Mato Grosso pode não se aproveitar desse momento devido à redução prevista na área do milho, motivada pelo fenômeno La Niña, que atrasou as chuvas no início da primavera e retardou o plantio da soja.

Com isso, a janela de plantio do milho safrinha, no começo do próximo ano, ficou curta e poucos produtores vão c olher os dividendos dos bons preços ocasionados pela redução dos estoques.

De acordo com o último relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), a queda na safra mundial de milho passará de 7 milhões de toneladas no ciclo 10/11, quando a produção deverá chegar a 819,6 milhões de toneladas.A redução será provocada principalmente pela queda da produção brasileira e americana.
No relatório do mês de setembro, a estimativa indicava produção de 334,2 milhões de toneladas na safra americana e, agora, não deverá passar de 321,6 milhões. Para o Brasil, o Usda prevê uma queda maior: cinco milhões de toneladas.

A produção deverá encolher de 56 milhões de toneladas, na safra 09/10, para 51 milhões de toneladas, no próximo ciclo . Já o consumo mundial deverá ser de 835,36 milhões de toneladas. “Seria muito bom se pudéssemos plantar uma grande safra, pois certamente teremos mercado com preços compatíveis no próximo ano”, afirma o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro.

O problema, segundo ele, é que o plantio de soja está atrasado e, com isso, muitos produtores não terão tempo de plantar o milho safrinha, a partir de janeiro, dificultando a recomposição dos estoques mundiais. “Para o Brasil, seria uma oportunidade fantástica por causa dos preços. Acredito que o milho será um grande negócio para o próximo ano em função da queda da produção mundial. Mas, infelizmente, poucos vão poder usufruir desse bom momento do milho em 2011”, avalia Fávaro. 

Segundo ele, ainda é cedo para fazer uma projeção sobre a redução da área plantada de milho no próximo ano. “Estamos no final da janela para plantio da soja e, se chover bem agora, os produtores vão colocar as plantadeiras para funcionar dia e noite. Só após o fim deste trabalho é que teremos noção de qual será a área plantada do milho em 2011. Mas podemos afirmar com segurança que já temos uma redução da área de soja entre 200 mil e 300 mil hectares em função deste atraso”.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) lembra que, com as possíveis quedas na produção e aumento no consumo, a relação estoque/consumo caiu para o segundo menor valor das últimas três décadas, 15,9%, ficando atrás apenas da safra 06/07, c om 15,2%, fato que afeta não só o cultivo do milho, mas também o da soja que disputam diretamente a área. “A relação que mensura a viabilidade econômica do plantio entre as duas culturas está muito próxima de US$ 2,00/bushell, o que favorece o plantio de milho”, avaliam os analistas.

Nota do Blog : Temos áreas, temos porto, e o milho é um produto que pode exigir mão de obra, haja vito que pode ser plantado a mão, colhido a mão e debulhado a mão principalmente em pequenas propriedades. Mas, esse tipo de assunto é proibido em nossa região. Nem mesmo para ser plantado em áreas já degradadas é motivo de discórdia e manifestações contrárias. E dessa forma , continuamos de pinico na mão a espera de esmolas governamentais até mesmo para conservar ruas, enquanto outras regiões traçam planos de crescimento em cima da agricultura.
Cada um no seu quadrado !!!

Nova fábrica de caminhões

Norte-americana NC2 terá fábrica de caminhões no Brasil

A joint-venture entre a maior fabricante de caminhões dos Estados Unidos e a maior produtora de equipamentos pesados do mundo, NC2, anunciou nesta quarta-feira planos para ter uma fábrica de caminhões no Brasil com objetivo de ser uma das cinco maiores do setor no país até 2015, em um mercado dominado por marcas europeias.

A companhia, formada há cerca de um ano, vai investir 200 milhões de dólares no Brasil de um total inicial para lançar suas operações no mundo de 340 milhões de dólares, afirmou o presidente-executivo da NC2, Al Saltiel, a jornalistas.

A NC2 é a joint-venture em partes iguais formada entre a Navistar e a Caterpillar. No Brasil, a nova empresa vai passar a concentrar as operações com caminhões de ambas as marcas, com meta de ter uma fábrica própria em operação em 2012, que deverá receber investimentos além dos 200 milhões de dólares iniciais.

A iniciativa representa um retomada do foco da Navistar no Brasil, depois que a empresa deixou de vender caminhões no mercado interno em 2003 para se dedicar apenas a exportações para países como África do Sul e Chile.

Atualmente, a Navistar produz seus veículos em uma fábrica da brasileira Agrale em Caxias do Sul (RS), que receberá investimentos de 10 milhões de dólares para introdução de uma nova linha de produção que abastecerá o mercado interno enquanto a fábrica própria da NC2 não fica pronta. Saltiel evitou dar detalhes sobre a nova fábrica da NC2 no país, mas afirmou que a empresa " aprendeu com os erros cometidos no passado no Brasil" e está preparada para desenvolver produtos adaptados à realidade brasileira.

"A Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil são o melhor momento para começarmos nossas operações no Brasil", disse o executivo ao descrever os motivos para a volta do interesse da Navistar no país. No mês passado, as vendas de caminhões no Brasil somaram 13.221 unidades, considerando todas as categorias de semileves a pesados, salto de 31 por cento sobre o mesmo mês de 2009, segundo a associação que representa o setor, Anfavea. 


Bravo Ribeirão Preto !!!!

Ribeirão Preto se consagra como a Capital Brasileira do Agronegócio

Ribeirão Preto (SP), batizada no passado como a Capital do Café, se consagra nos dias de hoje como a “Capital Brasileira do Agronegócio”.

Localizada em um dos mais importantes e competitivos pólos agroindustriais do Brasil, a cidade define o ritmo frenético de crescimento que se reflete em todos os setores da economia. Infelizmente, o entendimento a respeito deste setor ainda não permeou todos os segmentos da sociedade, que não lhe atribui sua verdadeira importância.

A maioria das pessoas entende agronegócio como a produção de comida, esquecendo-se das fibras e energia, empregos, salários e tudo o que gira em torno do que produzido no campo. Afinal, é a partir do campo que temos alimento, usamos roupas de algodão, mobiliamos nossas casas, entre tantas outras situações.

O agronegócio representa cerca de 27% do PIB brasileiro, é responsável por 37% dos empregos e por 43% das exportações do país.

E Ribeirão Preto, faz parte desta movimentação que impulsiona o Brasil a subir os degraus do progresso econômico sempre de forma conjugada à melhoria das condições sócio-ambientais.

No intuito de aumentar o conhecimento das pessoas a respeito da importância do agronegócio, o Hemocentro, na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia promove nos dias 18 a 24 de outubro, a exposição “Celularium: a viagem pela célula”.

Nesta exposição, a Ourofino Agronegócio apresenta a “Fazendinha”, um stand dentro da feira, com painéis e TVs que trazem informações naciona is e internacionais do mundo do campo.
O objetivo é chamar a atenção de crianças e adolescentes para a importância do agronegócio no dia a dia e explicar como funciona o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia agropecuária.

A feira tem como tema: “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável”, o que significa fazer com que ciência e tecnologia sejam fatores fundamentais para um desenvolvimento com qualidade, associando crescimento econômico à proteção do meio ambiente.
No stand da empresa estão curiosidades sobre bovinos, eqüinos, aves, suínos e animais de estimação. Os visitantes poderão conferir, por exemplo, por que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de aves, saber que o Brasil possui cerca de 180 milhões de cabeças de gado, que os adultos acim a de 20 anos devem consumir 600 ml de leite por dia, que a carne suína é a proteína mais consumida no mundo, entre outros.

Ao final da visita, as crianças ainda respondem a um quiz e quem acertar ganha um porta saco plástico para levar no passeio com seu cão e manter a cidadelimpa.

A exposição é gratuita e acontece no horário normal de funcionamento do Novo Shopping

"Rodeio das Gordas" (6)

O leitor Fábio Santos, a quem agradecemos a audiência, postou o seguinte comentário a respeito do tema abordado em um artigo do professor Renato Mezan

Fábio Santos disse... se não adiantar conversar.
talvez chegue o dia em que "as minorias" achem necessáio utilizar a força...
Então irão querer julgar os oprimidos e talvez venha a ser tarde demais.

Quer ser chefe? Aprenda

Um índio entra com toda calma no saloon, com uma escopeta numa mão e um balde de bosta na outra.
- Cavalo Galopante querer café !!!
O garçom lhe serve uma xícara, que ele esvazia num gole só.
A seguir joga o balde de bosta para cima, dá-lhe um tiro certeiro, espalha m(*) pra todo lado e vai embora.
Na manhã seguinte ele retorna ao saloon, pede outro café e pergunta porque ainda não limparam tudo.
O dono do bar corre imediatamente pro balcão e diz:
- Como é que é??!!! De jeito nenhum!!! A gente ainda nem conseguiu terminar de limpar a sua estripulia de ontem e você ainda tem a audácia de voltar aqui, sem nem ao menos dar uma explicação?
Então o índio explica:
- Mim fazer Curso Management. Querer virar executivo. E ontem fiz trabalho prático. Mim chegar de manhã, tomar café, espalhar m(*) e desaparecer resto do dia. Hoje cobrar resultado

sábado, 30 de outubro de 2010

Calçada de quem?

Antenor Pereira Giovannini (*)

A primeira página do jornal “Gazeta de Santarém” deste final de semana, expõe essa pergunta diante de uma foto onde aparece um monte de produtos espalhados pela calçada próxima ao Mercadão recém inaugurado com pompa pela Prefeita da cidade e onde se dizia que tudo estava devidamente organizado, e certamente impedindo a movimentação dos pedestres.

Creio que o amigo diretor Celivaldo Carneiro deveria dirigir essa pergunta aos senhores vereadores da cidade, que freqüentam a Câmara dos Vereadores e tratam esse e outros assuntos que afetam diretamente a população de forma dolente, preguiçosa, sem interesse e que até hoje não assinaram um Plano Diretor para a cidade e que nele estivesse inserido um Código de Postura para que essa questão de calçadas, em toda cidade e não somente na área do Mercadão, fosse destinada aos verdadeiros donos que são os pedestres.

Obviamente a senhora Prefeita deveria também ser questionada haja visto a maioria dos componentes da Câmara a apoiarem e ela poderia solicitar para que houvesse empenho de sua bancada para que tal assunto fosse nesses quase 6 anos de mandato, agilizado, votado e colocado em prática.

Obviamente outros que já sentaram na cadeira da Prefeitura também deveriam ser questionados porque nunca fizeram nada a respeito e permitiram que chegasse ao ponto que se chegou hoje .

Uma vergonha que quase em 2011 uma cidade com 300 mil habitantes fixos e outros tantos que andam pela nossa cidade, se vejam obrigados a andarem literalmente pelas ruas disputando espaço com todo tipo de veículo, porque não temos calçadas transitáveis em quase 80% de nossas calçadas.

Os motivos já foram cantados em verso e prosa. Já teve poesia, artigos escritos pelos mais diferentes tipos de escritores, acusações, desabafos de médicos e pacientes que sofrem e sofreram problemas físicos por falta de calçadas, enfim uma ladainha, repetitiva e cansativa mas, nenhum deles levanta a voz para trabalhar uma ação sequer de correção.

Alguém logo deve dizer. Mas é em toda cidade. Um trabalho difícil de realizar. Mas, Cristo de Deus que comecem em algum lugar pelo menos consertar e impor alguma lei, alguma sanção. Não é possível você trombar com entulhos, lixo, todo tipo de comércio, afora puxadinhos, garagem de automóveis que ocupam espaço de calçadas, jardins com árvores e flores, e quando não isso as calçadas são construídas com degraus, com rampas, em desnível, o que impede qualquer pedestre simplesmente de transitar.

Nem entro no campo dos deficientes físicos porque se os sãos não têm vez, imaginem esses que por uma infelicidade possuem algum defeito físico e se locomovem com dificuldades, ou com cadeiras de roda, por exemplo. Ou tomam de coragem e partem para o leito da rua e disputam numa luta inglória e complicada atingir seus objetivos ou recorrem a outros para que os ajudem a transitar pela cidade. Calçadas com rampas e acessos isso é de utopia sem limite.

Uma vergonha são as palavras mais sensatas e equilibradas que se possa dizer para quem transita por nossas ruas.

Como resposta meu caro Celivaldo à sua pergunta como pedestre de nossa cidade posso lhe responder que a calçada é dos comerciantes, é dos que jogam lixos e entulhos, é dos que constroem em rampas e em declives, a calçada é de todos eles, menos daquele que deveria ser o seu principal dono: o pedestre. Nunca esquecendo que a calçada não está inserida no metro quadrado do terreno onde se constrói uma casa. Esse pedaço é do Poder Público que lhe concede a título de responsável em cuidá-la dando condições de trafegabilidade aos pedestres. O dono da casa não é dono da calçada, mas, aqui em Santarém agem assim.

Pior que o Governo Federal faz campanha televisiva referente à Acessibilidade. Em Santarém essa palavra ainda não foi traduzida aos responsáveis pela cidade.

(*) Aposentado, agora comerciante e morador em Santarém (PA)

Às vezes é bom ser repetitivo

Já expusemos essa história tempos atrás, mas em épocas de eleições e quando muito se observa um excesso de falatório sobre “trabalhar pelo social”, nunca é demais repeti-la:

FATO VERÍDICO ... para refletir...

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.

Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'.

O professor então disse: "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...

Depois que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".

As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.

Portanto, todos os alunos repetiram o ano... para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.
Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.

"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
(Adrian Rogers, 1931)


Conflito nos portos

Opinião do Estadão

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demorou muito para tomar uma decisão sobre a situação dos terminais portuários cujos contratos - alguns vencidos, outros prestes a vencer - foram assinados antes da vigência da Lei de Modernização dos Portos, o que criou um ambiente de insegurança jurídica entre as empresas que operam esses terminais e retardou os investimentos. Quando o fez, em vez de eliminar as incertezas, tornou-as ainda mais agudas, o que deve resultar em arrastadas demandas judiciais. Nem mesmo a Secretaria Especial dos Portos (SEP) concorda com a decisão da Antaq nesse caso, e diz que continuará a atuar sem a levar em conta.

A questão do vencimento nos próximos anos de várias dezenas de contratos de arrendamento assinados antes da publicação da Lei dos Portos, em 1993, era conhecida pelas autoridades, que tiveram o tempo necessário para examiná-la e encontrar uma solução legal, por meio da prorrogação desses contratos ou da realização de novas licitações das áreas arrendadas. Há tempos, tanto dirigentes da Antaq quanto funcionários graduados da SEP vinham anunciando uma decisão para o problema.

No fim de setembro, a Antaq publicou a Resolução 1.837, que dá aos operadores dos terminais cujos contratos foram assinados antes da Lei dos Portos o direito de pedir a prorrogação do arrendamento, o que não era permitido. A resolução da Antaq tem como fundamento um parecer da Advocacia-Geral da União, que, em resposta a uma solicitação da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) a respeito do direito dos terminais de renovarem seus contratos de arrendamento, concluiu que os contratos podem ser prorrogados.

O diretor-geral da Antaq, Fernando Brito Fialho, esclareceu ao Estado que poderão pedir prorrogação do contrato os terminais que estiverem cumprindo todas as determinações da autoridade portuária e atenderem às novas exigências contidas na resolução.

A medida atendeu às reivindicações dos atuais operadores dos terminais, que alegavam a falta de uma decisão clara do governo sobre o caso para retardar seus planos de investimentos. Mas a decisão da Antaq está longe de ser clara e aceita por todos os envolvidos na questão.

Ela desagrada não apenas às empresas interessadas em disputar as áreas dos terminais com contratos prestes a vencer. Funcionários da SEP e algumas autoridades portuárias já disseram que vão continuar seguindo a regra que manda licitar as áreas arrendadas antes de 1993 com contratos vencidos ou a vencer. Mantida essa regra, até 2013 cerca de 100 terminais irão a leilão, ironicamente em processo a ser conduzido pela Antaq.

O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Correia Serra, anunciou que todos os 12 contratos da área da Codesp que vencerão até 2014 passarão por licitação, como já ocorreu com duas outras áreas. "Vamos tomar todas as decisões com base na Lei dos Portos", disse, pois essa é a forma de o porto se capitalizar, fazer os investimentos necessários e atrair investimentos privados.

Já o presidente da ABTP, Willen Mantelli, discorda da SEP e diz que a resolução da Antaq corrige uma injustiça feita quando da implementação da Lei dos Portos. Num ponto de sua crítica ao comportamento da SEP, ele está coberto de razão. Se nem a SEP e a Antaq conseguem se entender, "imagine a instabilidade para os investidores".

A Antaq existe também para regular os serviços de transporte aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária de modo a assegurar qualidade, eficiência, segurança, regularidade e tarifas módicas desses serviços, além de "harmonizar os interesses dos usuários com os das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e arrendatárias, e de entidades delegadas, preservando o interesse público".

Sua resolução, no entanto, aprofunda a desarmonia no setor, o que retarda a solução do problema e a realização dos investimentos em expansão e modernização dos serviços.


Manjar com calda de morango

Tempo      : 30min (+2h de geladeira)
Rendimento 8 Porções
Dificuldade  Fácil

Ingredientes:

1 litro de leite
5 colheres (sopa) de maisena
1 vidro de leite de coco
1 lata de leite condensado
500g de morangos cortados ao meio
1 xícara (chá) de açúcar
Margarina para untar

Modo de Preparo

Em uma panela, leve ao fogo médio os morangos (reserve alguns para decorar) e o açúcar por 15 minutos.
Reserve.
Em outra panela, leve o restante dos ingredientes ao fogo médio.
Mexa sempre até obter uma massa cremosa.
Despeje a massa em uma fôrma de buraco no meio de 22cm de diâmetro ou refratário fundo untado e leve para gelar por 2 horas.
Desenforme e regue com a calda.
Decore com os morangos inteiros.

Nota do Blog: Como sempre são gostosas receitas tiradas do site GuiadeReceitas.com.br . Depois da feijoada de hoje não dava para encarar essa delicia , mas, que me aguarda bem geladinha , depois de fechar a loja, isso não há dúvidas.

Sugestão de um bom livro

" Crônicas para Ler na Escola"
  Ruy Castro

Trata-se de um livro onde Ruy Castro desvenda o que as notícias escondem. "Crônicas para Ler na Escola" reúne textos do colunista da Folha de São Paulo , muitas vezes criados a partir de temas que parecem irrelevantes nos jornais, ao lado de notícias graves da ordem econômica mundial.
Vale a pena !

Já vai tarde

Luiz Caversan (*)

Em 20 anos acompanhando campanhas eleitorais para presidente -- 21 para ser mais exato, porque minha campanha de estreia foi a primeira pós-democratização, em 1989--, nunca fiquei tão chateado como ao longo da que agora se encerra.

Naquela eleição, havia Collor, e dele sabíamos que se podia esperar tudo o que acabou fazendo, na campanha e na Presidência.
Mas, agora, fazia tempo que não via tanta grosseria, tanta maledicência, tanta acusação sem sentido e tanto desrespeito.
Sobretudo desrespeito pela inteligência das pessoas, grande parte delas atacada por um forte surto justamente de falta de inteligência.

De modo que já vai tarde esse embate eleitoral em que as ideias foram deixadas de lado para se voltar ao tempo das trevas, em que crenças, moralismos e medos obscurantistas falaram mais alto do que a discussão verdadeira do que é melhor para o país.
Foi péssima esta campanha, o tom beligerante contaminou o dia a dia de tal forma que nos últimos tempos eu simplesmente me recusei a participar de qualquer conversa que envolvesse preferência por este ou aquele candidato.

Exemplo: sou um afortunado, tenho mais de 900 amigos na rede virtual de relacionamento Facebook. Pois nas últimas duas semanas dei um chega pra lá em pelo menos uns 20 desses parceiros virtuais. Avisei antes que iria dar um "hide" (esconder, no linguajar da rede social) os que insistissem nas grosserias e ofensas a um ou outro candidato --aqui a democracia imperou, pois houve deselegância e falta de classe nos dois lados, equilibradamente.
Mas o aviso não adiantou, as barbaridades continuaram e muita gente foi pro limbo virtual; logo mais as resgato, porque eleição passa, amigos são (ou devem ser) para sempre...

O problema é que esse tipo de clima ruim, muito ruim não se restringiu ao mundo da internet, antes fosse. Há relatos de brigas, desentendimentos e gente de relacionamento antigo que parou de se falar. Eu vi isso de corpo presente em pelo menos duas ocasiões (uma festa e uma reunião social que deveria ser amena) em que o tempo fechou, e pessoas cultas, educadas e instruídas quase foram às vias de fato simplesmente porque um gosta de vermelho e outro de azul.
Não é simples assim? Não? Ah, sim, claro, é muito mais que vermelho e azul. Mas a preferência política das pessoas, do meu ponto de vista, deve ser respeitada de maneira tranquila e equilibrada assim como respeita-se que uns gostem de vermelho, outros de azul, de roxo ou de branco. Ponto final.

Diverge-se? Dialoga-se, argumenta-se e cada um defende seu ponto de vista ci-vi-li-za-da-men-te, ok?
O que quero dizer é que a desinteligência tem imperado, seja nas peças propagandísticas que nos tentam nos convencer a acreditar em cretinices, seja na vida real, na qual o bom senso cedeu o lugar à prepotência e o diálogo sucumbiu ao palavrório dos que se arvoram de donos da verdade.

Espero sinceramente que a derrota de uns e a vitória de outros não gerem ressentimentos tais que levem este estado de espírito deletério para além destas eleições, que poderiam ter sido uma grande festa democrática, num país que segue satisfatoriamente seu caminho, mas não foram.

(*) Jornalista, produtor cultural