segunda-feira, 30 de abril de 2012

Meu Brasil brasileiro

Marco Antonio Villa para O Estado de S.Paulo

O Brasil é um país, no mínimo, estranho. Em 1992, depois de grande mobilização nacional e de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) acompanhada diariamente pela população, o então presidente Fernando Collor de Mello teve o seu mandato cassado. Foi o primeiro presidente da República que teve aprovado um processo de impeachment no País. De acordo com os congressistas, o presidente foi deposto por ter cometidos crimes de responsabilidade. Collor foi acusado de ter articulado com o seu antigo tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, um grande esquema de corrupção que teria arrecado mais de US$ 1 bilhão. Acabou absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Passados 20 anos, o mesmo Fernando Collor, agora como senador por Alagoas, foi indicado por seu partido, o PTB, para compor a CPMI que se propõe a investigar as ações de Carlinhos Cachoeira. Deixou a posição de caça e passou a ser um dos caçadores.

Quem mudou: Collor ou o Brasil? Provavelmente nenhum dos dois. Algo está profundamente errado quando um país não consegue, depois de duas décadas, enfrentar a corrupção. Hoje, diferentemente de 1992, as denúncias de corrupção são muito mais graves. Estão nas entranhas do Estado, em todos os níveis, e em todos os Poderes. Não se trata - o que já era grave - simplesmente de um esquema de corrupção organizado por um grupo marginal do poder, recém-chegado ao primeiro plano da política nacional.

Ao longo dos anos a corrupção foi sendo aperfeiçoada. Até adquiriu status de algo natural, quase que indispensável para governar. Como cabe tudo na definição de presidencialismo de coalizão, não deve causar admiração considerar que a corrupção é indispensável para a governabilidade, garante estabilidade, permite até que o País possa crescer - poderia dizer algum analista de ocasião, da turma das Polianas que infestam o Brasil.

Parodiando Karl Marx, corruptos de todo o Brasil, uni-vos! Essa poderia ser a consigna de algum partido já existente ou a ser fundado. Afinal, a nossa democracia está em crise, mas não é por falta de partidos. É uma constatação óbvia de que o Brasil não tem memória. O jornalista Ivan Lessa escreveu que a cada 15 anos o Brasil esquecia o que tinha acontecido nos últimos 15. Lessa é um otimista incorrigível. O esquecimento é muito - mas muito - mais rápido. É a cada 15 dias. Caso contrário não seria possível imaginar que Fernando Collor estivesse no Senado, presidisse comissões e até indicasse diretores de empresas estatais, como no caso da BR Distribuidora. E mais: que fosse indicado como membro permanente de uma CPMI que visa a apurar atos de corrupção. Indo por esse caminho, não vai causar nenhuma estranheza se o Congresso Nacional revogar o impeachment de 1992 e até fizer uma sessão de desagravo ao ex-presidente. Como estamos no Brasil, é bom não duvidar dessa possibilidade.

Em 1992 muitos imaginavam que o Brasil poderia ser passado a limpo. Ocorreram inúmeros atos públicos, passeatas; manifestos foram redigidos exigindo ética na política. Até surgiu uma "geração de caras-pintadas". Parecia - só parecia - que, após a promulgação da Constituição de 1988 e a primeira eleição direta presidencial - depois de 29 anos -, a tríade estava completa com a queda do presidente acusado de sérios desvios antirrepublicanos. O novo Brasil estaria nascendo e a corrupção, vista como intrínseca à política brasileira, seria considerada algo do passado.

Viva Mamãe Dilma ... Viva !!!!

Mamãe Dilma

Do Blog de Sonia Racy para o Estadão

Dia das Mães se aproximando, Dilma preparou um presente para as mais pobres.

Segundo bem informada fonte governamental, quem recebe Bolsa Família e tem filhos pequenos, de até cinco anos, terá aumento do benefício mensal mais expansão do auxílio creche. E as mães que não recebem a bolsa poderão se cadastrar para tanto.

O auxilio, para quem tem muitos filhos nesta faixa etária, pode chegar a mais de um salário mínimo.

A decisão está programada para ser anunciada dia 13.

Nota do Blog: E o salário do aposentado oooooo.... que nem diria Professor Raimundo famoso personagem do saudoso Chico Anísio. Fazer com que haja aumento no número de empregos e esse pessoal sair do Bolsa Família, nem pensar ... mais facil aumentar e tirar do Imposto que o povo paga ... simples.

Apagões em 2011. Pior índice no Pará

Brasileiros ficaram, em média, 18 horas sem energia em 2011, diz Aneel

O Globo

O brasileiro ficou no ano passado, em média, 18 horas e 42 minutos sem luz, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A marca é a segunda pior desde 2000 e superou a registrada em 2010, quando o país esteve “no escuro” por 18 horas e 38 minutos, em média.

As 18 horas e 42 minutos estão acima do limite estabelecido pela Aneel para o DEC, índice que mede a duração das interrupções no fornecimento de energia no país. A meta para 2011 era de 16 horas e 22 minutos. Foi o terceiro ano seguido que a meta proposta pela agência foi descumprida.

Metas de qualidade
A Aneel determina todos os anos às distribuidoras de energia metas de DEC (duração) e de FEC, que mede a frequência com que os apagões acontecem. Ao longo de 2011, o Brasil teve, em média, 11,16 quedas de energia. O número ficou abaixo do limite de FEC exigido para aquele ano: 13,61.

O G1 fez um levantamento dos dois índices apresentados no ano passado pelas distribuidoras. Das 65 empresas, 23 – pouco mais de um terço – deixaram de cumprir pelo menos uma das duas metas. Em 2010, foram 20

As próprias concessionárias informam à Aneel seus números de DEC e FEC. Depois, a agência faz uma fiscalização aleatória para confirmar se eles estão corretos.

Das 23 distribuidoras “reprovadas” no ano passado, 13 deixaram de cumprir a meta de duração dos apagões, 3 a meta de frequência e 7 desrespeitaram ambas.

Pará
A região Norte é a que apresenta o maior número de concessionárias com problemas .
Seis das dez distribuidoras registraram índices de DEC ou FEC acima do determinado pela Aneel.

A Celpa, distribuidora de energia no Pará, apresentou um dos piores índices de qualidade do serviço. No estado, cada unidade consumidora (residência, comércio etc.) sofreu em 2011 uma média de 53,04 quedas de energia, quase duas vezes a meta de FEC estabelecida pela Aneel (28,62).

Além disso, cada um dos clientes da Celpa ficou, em média, 99,55 horas (pouco mais de quatro dias) sem luz durante o ano passado. Essa marca é 3,5 vezes maior que o DEC determinado pela agência à empresa: 28,48 horas.

Em situação econômica delicada – sua dívida chega a quase R$ 3 bilhões –, a Celpa, que é controlada pelo grupo Rede Energia, entrou com um pedido de recuperação judicial. Por conta do seu desempenho, a Aneel abriu um procedimento que pode resultar na cassação da sua concessão.

Entre as 23 concessionárias com desempenho abaixo do esperado, estão cinco das seis distribuidoras de energia administradas pela Eletrobrás, empresa controlada pelo governo federal: Eletrobrás Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre e Amazonas. A única que cumpriu as duas metas foi a Eletrobrás Distribuição Roraima.

O doutor e o professor

José Roberto de Toledo (*) para O Estado de S.Paulo 

Doutor e Professor cresceram juntos, não na vida, mas no poder. Trajetórias sincronizadas: a cada favor trocado, um passo adiante e um degrau acima. De sua simbiose política surgem negócios, nomeações, sentenças, manchetes, facilidades. Doutor é a face pública da dupla, reluz nos palanques, tonitrua aos microfones. Professor articula nos bastidores. Deveria ser opaco, pois brilhar nas profundezas onde opera atrai atenção indesejada. Mas a vaidade nem sempre é controlável. 

Para entrosar o jogo, falam-se várias vezes ao dia, encontram-se sempre que possível. Ao telefone, Professor só chama o parceiro de doutor. Doutor retribui, íntimo: "Bom dia, professor. Tranquilo aí? Sossegado?". Ler os diálogos de Doutor e Professor no inquérito em que se transformou sua parceria é uma aula sobre como funciona parte do Brasil. A de cima. 

Aprende-se como usar o Estado para agradar o esposo, resolver problemas familiares ou alavancar grandes oportunidades de investimento. Do trivial completo ao banquete de verbas públicas, o cardápio satisfaz magros, gordinhos e ex-gordos. 

Doutor quer comprar uma mesa na Argentina, presente para a mulher. Custa-lhe mais do que ganha em um mês como senador. Ao amigo, não reclama do preço, mas da alfândega: "Até que não é cara, mas é difícil de trazer". O mimo excede 35 vezes o limite de compras no país vizinho. Pede uma mãozinha. "Pode comprar que eu dou um jeito", tranquiliza Professor. 

Professor precisa de um cargo público para a prima, mas em outro Estado. Se fosse no seu, dispensaria intermediários. Como não é, pede a Doutor que interceda junto ao colega de Senado que manda naquelas plagas. Após falar com o ex-governador, Doutor explica que as nomeações de chefes regionais no Estado vizinho são feitas pelo deputado da região. Carece aprovar com ele também, o que não chega a ser problema. Menos de duas semanas depois a prima está nomeada. 

Trivialidades desse tipo são cacos nas conversas da dupla. Na frequência dos bate-papos, banalidades são entremeadas com questões de Estado. Decisões de tribunais superiores misturam-se ao regozijo com a queda de um desafeto comum. Discussões de estratégias eleitorais seguem-se a considerações sobre negócios milionários. 

Doutor liga para professor e comemora que um magistrado supremo "mandou buscar" processo em instância inferior para julgar na sua corte. A ação envolve empresa do Estado deles. "Deu repercussão geral pro trem aí", resume Doutor, no palavreado que reserva às conversas com Professor. Não quer dar uma de tribuno com o amigo.

Presepadas na transmissão da Fórmula Indy

Ontem em São Paulo no improvisado circuito de rua no em torno Parque do Anhembi, usando inclusive uma das marginais do Rio Tietê como pista e passando pelo Sambódromo, foi realizado mais uma etapa do Campeonato de Fórmula Indy. 

A corrida em si se tornou interessante pelas sucessivas alternativas onde as estratégias de paradas nos boxes para reabastecimento e troca de pneus, faziam com que pilotos que estavam na frente logo ficassem atrás sem saber se retornariam aos seus lugares de origem. O fator da entrada do safety-car por diversas vezes fez com que as diferenças entre cada um voltasse a ser zero. 

Porém, o destaque negativo foi à transmissão da TV Bandeirante que mesmo com 48 câmeras posicionadas em torno da pista, deu um show de atrapalhadas mostrando muitas vezes nada de interessante do que de fato estava ocorrendo na pista. Por outro lado, a transmissão de Luciano do Valle chega a se risível para não dizer trágica. 

Particularmente tenho muito mais apreço pelo Luciano do que pelo arrogante e prepotente Galvão Bueno. Isso é indiscutível. 

Porém, entendo que o Luciano deveria parar por tudo que ele representa na locução esportiva. Seja no futebol, no vôlei, no boxe, enfim Luciano do Valle foi um ícone que marcou uma época na transmissão esportiva pela TV. Mas tudo passa e ele passou. 

Seu total desconhecimento dos pilotos que estavam na pista e em que lugar estavam afora as colocações fora do contexto como, por exemplo, querer que os primeiros sofressem qualquer enrosco para que um brasileiro ficasse na frente, ou insistir em chamar a chicana de gincana, o ainda brigar com nome do piloto Ryan Hunter-Reay chamado por ele de Hunter-Rahall e outras pérolas ditas na corrida, trazem uma certeza de que o tempo passou.

Outro detalhe, pelo segundo ano seguido os organizadores fazem meleca com as questões dos hinos. Sendo uma prova criada nos Estados Unidos há uma obrigatoriedade de que se apresente o hino americano e entende-se que tenha que ser feito da melhor maneira. Ontem Luiza Possi ao som de um violoncelo tentou, mas apenas conseguiu cantar ou pelo menos ser ouvida na segunda parte do hino, numa interpretação bastante ruim. 
Ano passado o hino nacional brasileiro foi cantado por Luan Santana de maneira horrorosa, dessa vez o maestro João Carlos Martins expos todo seu aplaudido esforço em tocar ao piano com um dedo da mão direita. Foi o que melhor teve.

 Entende-se que a Bandeirantes tem muito que aprender principalmente em tomadas de câmeras para mostrar para 125 países a respeito de uma corrida de automóvel. 

Ontem foi lastimável conseguir acompanhar quem era quem. 

Depois de 75 voltas o ganhador foi pela terceira vez seguida o australiano  Will Power da Penske , em segundo chegou o americano  Ryan Hunter-Reay da Andretti e em terceiro o japones (quem diria!!!!) Takuma Sato da Rahal Letterman Lanigan . Os brasdileiros Hélio Castro Neves ficou em quarto, Rubens Barrichelo em décimo, Toni Kanaan em décimo terceiro e em vigésimo Bia Figueiredo.

Confiando na Justiça dos homens

Amanhã faz 15 dias que esse anjinho se foi. 15 dias sem Luane. 

Como já escrito certamente ainda não era sua hora. 

Lamentavelmente quem não poderia lhe virar as costas, lhe virou. 

Quem deveria lutar por mantê-la viva, não lutou se omitiu, se escondeu. 

Difícil acreditar e imaginar que o apelo, o implorar de uma mãe ou de um pai, vendo sua filha golfar sangue, suplicar pelo excesso de dores na barriga, não atinjam o coração, a consciência, o interior de alguém que estudou, se formou, fez juramento de transformar todo seu conhecimento em ajuda ao próximo. 

Nada haver com as condições hospitalares, da Saúde que em geral se encontra um caos no País. Nada haver. 

O descaso, a omissão, a falta de interesse é o que corrói a alma e certamente pede justiça. A Divina virá com certeza, mas a dos homens se faz mais do que necessário, para que outros anjinhos, não sejam chamados antes da hora, como a Luane, por pura negligência.

 Ela é morosa em nosso País, mas acreditamos e temos fé nela.

domingo, 29 de abril de 2012

E os chineses não estão chegando ... chegaram

China já é o maior fornecedor do Brasil 

O Globo  

Boa parte das medidas adotadas pelo governo para proteger a indústria teve a China como alvo. Mas essas ações não impediram a explosão de vendas de produtos chineses ao país. Tampouco contribuíram para diminuir a dependência brasileira de manufaturados made in China. O país asiático tornou-se o principal fornecedor do Brasil nos três primeiros meses deste ano, com uma fatia de 15,5% de tudo o que se importa, ultrapassando os EUA (14,6%). A China também já é o maior vendedor de máquinas e equipamentos para a indústria nacional. 

A agressividade chinesa pode ser constatada na comparação com 2000, quando era apenas o 11º fornecedor do Brasil, com participação de 2,19% no total importado. Só em 2011, as compras brasileiras deram um salto de US$ 7,19 bilhões. Os chineses também já são os maiores fabricantes de três dos 12 principais itens importados pelo país este ano, além de estarem entre os dez mais em outros dois grupos. 

Desde o início do governo de Dilma Rousseff, as ações na área de defesa comercial para coibir a concorrência desleal multiplicaram-se, assim como outras iniciativas para conter as importações na fronteira. Um terço das petições em análise é contra produtos chineses. A mesma proporção vale para investigações em curso e os direitos já aplicados. Esses percentuais podem ser maiores, se consideradas ações contra Indonésia, Vietnã e Malásia, que têm sido usados como rota de produtos chineses para disfarçar a origem. 

Para os exportadores, no entanto, essas medidas têm sido “uma gota no oceano”. Isso é confirmado por cálculos do governo, que mostram que se todos os processos de antidumping em análise ou em curso pudessem impedir a entrada dos produtos questionados, os efeitos seriam sobre apenas 3% do comércio. O país importa nove mil produtos todos os anos. 

— São uma gota no oceano. Precisamos de reformas estruturais, como a tributária, a da previdência e a política, que poderão dar competitividade ao produto brasileiro, assim como uma situação cambial mais favorável. Também são indispensáveis investimentos em infraestrutura — diz o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro. 

O diretor do Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Felipe Hees, reconhece que o impacto de medidas de defesa comercial é pequeno. Até porque têm como foco a concorrência desleal e não todas as importações. Segundo ele, é natural que a China se destaque por ser o maior parceiro comercial do país. 

— As decisões não têm qualquer viés contra os chineses. Até porque há muitas petições apresentadas pela iniciativa privada que são rejeitadas — explica. 

Máquinas chinesas permitem produção mais barata 
Um limitador para as ações do governo de contenção das importações — e que reforça a necessidade de medidas mais amplas — está no fato de que há cada vez menos bugigangas na pauta. O Brasil nunca comprou tantas máquinas da China para ampliar a indústria nacional. Impedir a entrada destes itens limitaria a capacidade das empresas de produzir com equipamentos mais baratos. 

— O fato é que, sem outras formas de reduzir custos, as empresas não têm como não recorrer a essas máquinas — diz Castro. 

Superavitário até 2005, o setor de máquinas no Brasil precisou importar US$ 20 bilhões a mais do que conseguiu vender ao exterior em 2011. A China já é o primeiro fornecedor do país em quantidade e o segundo em valores financeiros. Entre a falta de iniciativas do governo e o apetite da indústria por equipamentos mais baratos, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) lançou o “Grito de Alerta”, assinado por sindicatos. Para o vice-presidente da Abimaq, José Velloso, iniciativas pontuais não resolvem o problema. A mudança do patamar do câmbio em 2008 teria sido o “cavalo de pau” para a indústria. 

Desemprego em massa

Desempregados no mundo em 2012 serão mais de 202 milhões  

Estadão 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou neste domingo, em Genebra, na Suíça, seu relatório de perspectivas do emprego para 2012. A Organização prevê que, até o final do ano, deverá passar de 202 milhões o número de pessoas desempregadas em todo o mundo, um aumento de 6 milhões em relação a 2011. 

O prognóstico é de que o índice cresça 6,1% em 2012. Para 2013, a previsão é de que o crescimento seja de 6,2%. Até 2016, 210 milhões de pessoas ainda estarão à procura de emprego, apesar da retomada paulatina do crescimento econômico. 

Para OIT, é pouco provável que a economia cresça em um ritmo suficiente nos próximos anos para cobrir o atual déficit de empregos. "O déficit de empregos caminha em paralelo a um déficit prolongado de investimentos, outro sinal de que a crise entrou em uma nova fase", afirmaram os técnicos da organização. 

A organização ainda responsabiliza as políticas de austeridade por terem agravado o fechamento de postos de trabalho, em especial na Europa, onde o índice de trabalhadores à procura de vagas cresceu em dois terços dos países desde 2010. Fora da Europa, a morosidade também é a regra nos Estados Unidos e no Japão. 

Em pelo menos dois momentos de seu relatório de 109 páginas a OIT faz elogios ao Brasil: o primeiro pelo diálogo social em torno do nível de emprego, que estaria funcionando como estratégia para ampliar o mercado de trabalho; e o segundo no combate à informalidade, no qual o país é destaque ao lado de Áustria, Bélgica, Chile, Alemanha e Uruguai, entre outros países.

Atrapalhada policial em Santarém

"Virei bandido", diz empresário abordado por engano pela PF no Pará  

Folha de São Paulo 

Um empresário de 40 anos de Santarém (PA) afirma ter sido humilhado por agentes da Polícia Federal ao ser confundido com um vizinho investigado por exploração de máquinas caça-níqueis. 

Dono de um restaurante na cidade, Junior Chaves diz ter sido acordado em casa por cerca de 30 policiais federais às 8h de quarta-feira (25). Os agentes tinham um mandado de busca e apreensão. Na casa estavam ainda a mulher e os sogros do empresário. 

"Ouvi o interfone tocando de forma até estúpida, achei que fosse alguém brincando, um bêbado. Quando abri a janela vi 30 policiais do lado de fora, enfileirados no muro da minha casa, com armas na mão. Quando perguntei sobre o que se tratava, gritaram: `Polícia Federal, abre a porta, bandido! A casa caiu!'." 

Chaves conta que mora em uma avenida movimentada e uma multidão assistia à cena. "Me senti muito humilhado e envergonhado." 

Segundo o relato do empresário, após abrir o portão com as mãos na cabeça, os policiais lhe deram uma chave de braço e o empurraram em direção à casa. Pediram então para ele chamar quem mais estivesse ali. Sua mulher apareceu escoltada por um policial e, logo em seguida, viu seus sogros. 

"Minha esposa disse que eu não era bandido. Perguntaram então se ela não sabia que era casada com um marginal, com um vagabundo." 

Chaves disse que só se deu conta do que estava acontecendo quando os policiais o chamaram pelo nome de seu vizinho. "Quando eu disse que não era ele, perguntaram:'Você quer pagar uma de otário pra gente? Faz um mês que estamos te seguindo. O delegado disse ainda que não importava que eu não fosse, que era para calar a boca ou seria preso por desacato." 

O número da casa que estava no mandado era do imóvel de Chaves, mas o nome era de seu vizinho. 

Alguns policiais, porém, foram à casa de seu vizinho e confirmaram o engano. O delegado ainda pediu o contrato de aluguel do empresário para conferir as informações e levou o documento. 

Segundo Chaves, um policial cochichou no ouvido do outro e todos "murcharam". "Saíram sem pedir desculpas. Só disseram que esperavam que eu entendesse, porque estavam cumprindo ordens." 

O empresário disse que não pretende, por enquanto, acionar a Justiça para pedir indenização. 
"Gostaria apenas que se retratassem publicamente. Não consigo dormir, a família toda ficou muito abalada com essa humilhação. Depois a PF disse na imprensa que a operação havia ocorrido dentro da normalidade, mas não podem achar isso normal. Para quem assistiu à cena na rua, virei bandido." 

O empresário ficou com uma cópia do mandado de busca. Ele conta que um delegado da Polícia Civil e seu vizinho, que já foi libertado, lhe pediram desculpas. "Eu sou branco e tenho 1,81 metro. Meu vizinho é mais moreno, careca. Não temos nada a ver. Não sei que investigação foi essa que eles fizeram." 

A operação Caça e Caçador, de combate ao jogo ilegal na região de Santarém, envolve as polícias Federal e Civil do Pará, e já dura dez meses. 

Procurada, a Polícia Federal disse que só poderia comentar as afirmações do empresário nesta segunda-feira (30). 

Nota do Blog: O assunto foi trazido à públicvo em primeira mão pelo Blog do Jeso. Lamentável que ocorra um equivoco desse tamanho para algo que vinha sendo vigiado e acompanhado como os próprios policias disseram. Se estavam acompanhando como puderam errar a casa e o suspeito.? Difícil avaliar como se supera tal humilhação. Sempre elogiamos o papel da PF por gastar tempo e dinheiro investigando por meses a fio determinadas pessoas e depois que expõem tudo, nada é levado adiante e se torna um trabalho perdido e desmotivador. Porém, nesse caso temos que condenar por ser um ato incocebível fazerem uma invasão com endereço errado e sem foto do suspeito em mãos.

E o governo está preocupado com isso????

Um em cada quatro professores da educação básica não tem diploma de ensino superior  

Agência Brasil 

Aproximidamente 25% dos professores que trabalham nas escolas de educação básica do país não têm diploma de ensino superior. Eles cursaram apenas até o ensino médio ou o antigo curso normal. Os dados são do Censo Escolar de 2011, divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). 

Apesar de ainda existir um enorme contingente de professores que não passaram pela universidade – eram mais de 530 mil em 2011 – o quadro apresenta melhora. Em 2007, os profissionais de nível médio eram mais de 30% do total, segundo mostra o censo. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, os números são mais um indicativo de que o magistério não é uma carreira atraente. 

“Isso mostra que as pessoas estão indo lecionar como última opção de carreira profissional. Poucos profissionais bem preparados se dedicam ao magistério por vocação, uma vez que a carreira não aponta para uma boa perspectiva de futuro. Os salários são baixo, e as condições de trabalho ruins”, explica. 

A maior proporção de profissionais sem formação de nível superior está na educação infantil. Nas salas de aula da creche e pré-escola, eles são 43,1% do total. Nos primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 31,8% não têm diploma universitário, percentual que cai para 15,8% nos anos finais (6° ao 9º ano). No ensino médio, os profissionais sem titulação são minoria: apenas 5,9%. 

Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, é um “grande equívoco pedagógico” colocar os professores menos preparados para atender as crianças mais novas. “No mundo inteiro é exatamente o contrário, quem trabalha na primeira infância tem maior titulação. Quando o professor entra na rede vai para a educação infantil quase como que um 'castigo' porque ela não é considerada importante. Mas, na verdade, se a criança começa bem sua trajetória escolar, as coisas serão bem mais tranquilas lá na frente”, pondera. 

Segundo Cleuza, o nível de formação dos professores varia muito nas redes de ensino do país. Enquanto em algumas cidades quase todos os profissionais passaram pela universidade, em outras regiões o percentual de professores que só têm nível médio é superior à média nacional. “Temos, às vezes, uma concentração maior de professores sem titulação em alguns locais do Brasil, como a Região Norte, por exemplo, onde as distâncias e as dificuldades de acesso impedem que o professor melhore sua formação”, aponta. 

O resumo técnico do Censo Escolar também destaca que em 2010 havia mais de 380 mil profissionais do magistério matriculados em cursos superiores – metade deles estudava pedagogia. Isso seria um indicativo de que há um esforço da categoria para aprimorar sua formação. Mas o presidente da CNTE ainda considera “muito alto” o número de professores sem diploma universitário, especialmente porque nos últimos anos foram ampliados os estímulos para formação de professores nas instituições públicas e privadas de ensino superior. 

Uma das alternativas para quem já atua em sala de aula e quer aprimorar a formação é a modalidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para licenciaturas. O programa paga as mensalidades de um curso em faculdade particular e depois da formatura o estudante pode abater sua dívida se trabalhar em escolas da rede pública – cada mês em serviço abate 1% do valor. 

“Os programas são oferecidos, mas as condições não são dadas aos professores para que eles participem. O professor não tem, por exemplo, a dispensa do trabalho nos dias em que ele precisa assistir às aulas. As prefeituras e governos estaduais que deveriam ser os primeiros interessados acabam não estimulando o aprimoramento”, diz Roberto Leão. 

Olha aí a rapina da tecnologia na educação

Elio Gaspari (*) 

Com vocês, Delúbio Soares 2.0. A Polícia Federal achou-o no restaurante 14 Bis, no Rio, discutindo o fornecimento de lousas digitais para escolas públicas capixabas e goianas. 

Segundo o empresário interessado, o companheiro disse-lhe que “um pedido do meu deputado é praticamente uma ordem”. Referia-se ao deputado estadual Misael Oliveira (PDT-GO). 

Desde que o homo sapiens grafitou a caverna de Altamira, há 15 mil anos, repete-se o costume de usar uma pedra (giz) para desenhar ou, mais tarde, escrever, numa superfície rígida. Desde o século XI isso é feito em escolas. Os quadros-negros custam pouco, não enguiçam, não consomem energia, nem precisam de manutenção. 

As lousas digitais, cinematográficas, interativas e coloridas, tornaram-se parte de uma praga estimulada por fornecedores de equipamentos eletrônicos para a rede pública de ensino. Cada uma custa pelo menos o salário-base de um professor (R$ 1.451). 

Um dos municípios que contrataram lousas da empresa que tratou com Delúbio foi o de Presidente Kennedy (ES). Gastou R$ 2,7 milhões em três escolas, e o endereço da fornecedora era um terreno baldio. 

O prefeito e seis secretários, inclusive a de Educação, foram presos. Com os royalties da Petrobras, Presidente Kennedy tem uma das maiores rendas per capita do Espírito Santo, e um dos piores índices de desenvolvimento humano. 

O pequeno município não está sozinho nessa febre. O MEC quer comprar 600 mil tablets para que professores preparem suas aulas (como, não diz). Isso e mais 10 mil lousas digitais. 

O governo de São Paulo estuda um investimento de R$ 5,5 bilhões para colocar lousas e tabuletas em todas as escolas públicas. 

Gustavo Ioschpe foi atrás da ideia e descobriu que a Secretaria de Educação não tinha um projeto pedagógico que amparasse a iniciativa. Toda a documentação disponível resumia-se a uma carta do presidente da Dell (fornecedor do equipamento), com um resumo de um estudo da Unesco. Pediu o texto, mas não o obteve. 

Lousas digitais, tabuletas e laptops são instrumentos do progresso quando fazem parte de uma ação integrada, na qual tudo começa pela capacitação do professor. Hoje, no Brasil, contam-se nos dedos as experiências bem-sucedidas na rede pública. 

Prevalecem desperdícios que poderiam ser evitados pela aplicação da Lei de Simonsen: “Pague-se a comissão, desde que o intermediário esqueça o assunto”. 

(*) Jornalistae Escritor

Convite aos que residem em torno de Brasília

Meus caros amigos ou amigas, peço que leiam com atenção, por favor! 

Como sabem, assumi a campanha a favor do voto impresso além do eletrônico nas nossas urnas eleitorais. Desde que fui candidata em 2006, detectei vários candidatos que nem seu próprio voto encontraram na seção onde votaram, o que geralmente costuma acontecer nas cidades do interior. 

E hoje é IMPOSSIVEL comprovar desvios de voto. Faço esta chamada por e-mail pois sei que todos vocês que compõem minha lista são comprometidos com o Brasil e já é hora de acabarmos com as tantas fraudes e manipulação das nossas urnas atuais. 

Preciso de 10 voluntários que vivam ou que possam pedir a parentes e amigos que morem em Brasília para comparecerem comigo na audiência pública que acontecerá no dia 08 de maio, às 14h no auditório 01 do corredor das comissões. 

Esta audiência pública servirá para análise, compondo a mesa aqueles que defendem e que são contra o voto impresso, da reintegração na lei eleitoral do artigo 5° da Lei 12.034, que obrigava o voto impresso a partir de 2014. 

Por pressão do TSE, depois de incluído pela Câmara dos Deputados em 2009, foi suspenso e devolvido pelo Senado quando para ser sancionado, à Câmara. 

O TSE/STF estão fazendo um lobby fortíssimo para que este artigo seja expurgado da Lei. 

Texto do artigo 5° O Artigo 5º da Lei 12.034/2009 
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12034.htm 

Lei nº 12.034, de 29.09.2009; publicada no D.O.U. de 30.09.2009 Art. 5º - 
Fica criado, a partir das eleições de 2014, inclusive, o voto impresso conferido pelo eleitor, garantido o total sigilo do voto e observadas as seguintes regras: 

§ 1º - A máquina de votar exibirá para o eleitor, primeiramente, as telas referentes às eleições proporcionais; em seguida, as referentes às eleições majoritárias; finalmente, o voto completo para conferência visual do eleitor e confirmação final do voto. 
§ 2º - Após a confirmação final do voto pelo eleitor, a urna eletrônica imprimirá um número único de identificação do voto associado à sua própria assinatura digital. 
§ 3º - O voto deverá ser depositado de forma automática, sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado. 
§ 4º - Após o fim da votação, a Justiça Eleitoral realizará, em audiência pública, auditoria independente do software mediante o sorteio de 2% (dois por cento) das urnas eletrônicas de cada Zona Eleitoral, respeitado o limite mínimo de 3 (três) máquinas por município, que deverão ter seus votos em papel contados e comparados com os resultados apresentados pelo respectivo boletim de urna. 
§ 5º - É permitido o uso de identificação do eleitor por sua biometria ou pela digitação do seu nome ou número de eleitor, desde que a máquina de identificar não tenha nenhuma conexão com a urna eletrônica. 

A ajuda que peço é extremamente importante para as eleições de 2014, quando aquele homem pretende voltar a governar o Brasil. Enquanto não obtivermos meios de conferência, formas de auditar o voto eletrônico, estes “sempre os mesmos” não sairão do poder. Importante esclarecer que este voto impresso, logo a seguir da votação eletrônica, será conferido pelo eleitor e imediatamente inserido numa urna física, esta que será lacrada no final do dia. 

NINGUÉM SAIRÁ COM QUALQUER COMPROVANTE DE VOTO DE DENTRO DA SEÇÃO ELEITORAL. 

Em nome do patriotismo de cada um de vocês, solicito que me ajudem a sermos pelo menos 10 pessoas presentes a favor do voto impresso nesta audiência pública. 
Quem não puder ficar até o final, por volta das 17h não tem problema. 

O importante é que eles vejam que temos cidadãos preocupados com o futuro do país. Desde já agradeço a todos e todas que puderem ajudar. 

Aguardarei retorno! 

Ana Prudente 

PS: A partir das 10h deste mesmo dia 08 de maio, teremos a apresentação no auditório 16 do mesmo corredor, de um fabricante argentino que desenvolveu urnas eletrônicas junto a um cartão impresso, que contém um microchip e consideradas pelos nossos analistas independentes como a melhor que conheceram até hoje. 
Elas já foram implementadas em eleições de 5 províncias argentinas e com muito sucesso. O fabricante se dispôs a vir até aqui por sua conta e apresentá-las a quem quiser conhece-las. Estas urnas são burras, não pensam como as nossas e então, apenas registram o que está no cartão que o eleitor já tem em mãos, conferiu e concordou. 
Este é um diferencial importante em contraste com as nossas pois já são urnas de 2° geração enquanto as nossas (de 1° geração) são consideradas por mais de 60 países que as analisaram, completamente inseguras a abertas a fraudes. 
E não é aceitável que o mundo inteiro esteja errado e só nós, corretos e extremamente honestos.

Barrageiros na Amazônia

Delfim Neto (*) 

Organismos oficiais responsáveis pelo planejamento do setor energético estimam que mais de dois terços (70%, aproximadamente) do potencial ainda inexplorado para a produção de energia hidrelétrica no Brasil está na Amazônia. É nessa imensa região, onde “a terra brota das águas” (na feliz descoberta do jornalista Juan de Onis, veterano correspondente da imprensa europeia entre nós), que os brasileiros vão consolidar a autonomia energética que ajudará a garantir prosperidade, a integração econômica e um lugar no primeiro escalão das nações que vão dar as cartas neste mundo do século XXI. 

O aproveitamento desse potencial recebeu um forte impulso em janeiro de 2011 com o início das obras das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, que terão capacidade de acrescentar 6 mil megawatts à matriz energética brasileira. A primeira tem geração prevista para 2015, enquanto Jirau já está com 70% da obra em andamento e deve iniciar os testes operacionais no primeiro trimestre de 2013. Com menos de dois anos de trabalho – enfrentando as difíceis condições da Amazônia Oriental – a GDF Suez, empresa líder do consórcio Energia Sustentável do Brasil, preparava-se para começar os testes de geração no segundo semestre de 2012. Teve de reprogramá-los por causa dos conflitos trabalhistas que interromperam as atividades em duas ocasiões, já retomadas por sinal. 

Na construção da Usina de Santo Antônio trabalham hoje 15 mil funcionários, a maioria ocupada nas obras civis. As obras da Usina Hidrelétrica de Jirau geraram 25 mil empregos diretos no auge dos trabalhos de construção da barragem. Na fase atual são 16 mil, com a diminuição do volume das obras civis. Um número expressivo desses trabalhadores foi contratado após rápido aprendizado, proporcionado pelas próprias empreiteiras. Dois aspectos importantes foram ignorados, de modo geral, nos relatos da mídia quando da divulgação dos incidentes nos canteiros de obras. 

O primeiro diz respeito às dificuldades das empreiteiras para encontrar trabalhadores com experiência nesse tipo de obra, os chamados barrageiros, pelo simples fato de que entre 1985 (quando terminou a gigante Itaipu) e 2005 (quando o governo Lula conseguiu derrotar a oposição à construção de usinas na Amazônia), o planejamento das hidrelétricas foi abandonado no Brasil. Quem não se lembra do “apagão” energético de 2001? Em duas décadas sem obras importantes no setor, os barrageiros se dispersaram. Um capital humano precioso foi desperdiçado. 

Outro aspecto é a falta de referência às barreiras naturais representadas pela distância dessa região dos centros urbanos, onde o trabalhador encontra o conforto a que está acostumado, com os problemas agravados pela necessidade de ficar longe da família, dos amigos. Os antigos barrageiros tinham adquirido um know-how valioso que lhes permitia superar os desconfortos da vida meio nômade. 

No seu livro A História das Maiores Obras do País e dos Homens Que as Fizeram, Wilson Quintela, um executivo de grande valor que presidiu a Construtora Camargo Corrêa, descreve os barrageiros: “Trata-se de alguns milhares de homens e mulheres, de peões a engenheiros, de mestres de obra a cozinheiros que, à maneira dos antigos exércitos, se deslocam de barragem em barragem ao longo dos rios brasileiros, construindo as usinas que mantiveram o País aceso, com energia limpa, durante meio século”. 

Impõe-se observar a natureza desses problemas quando persiste entre nós uma forma de oposição retrógrada, que tem encontrado meios de retardar (e até impedir) a exe-cução das obras projetadas para iluminar os povos amazônicos e possibilitar a produção de manufaturas, inclusive para exportação. Há novos caminhos para chegar aos portos peruanos no Pacífico e aos mercados do Caribe. 

É imperioso dar andamento às obras das hidrelétricas de Belo Monte, no Xingu, no Rio Teles Pires, em Mato Grosso, e insistir na liberação dos licenciamentos para o complexo de usinas em São Luís do Tapajós, em território paraense. E é importante manter ocupados os novos barrageiros com o treinamento e a capacitação técnica que estão absorvendo na construção das usinas pioneiras do Rio Madeira. 

Os brasileiros querem o cum-primento das leis de proteção ambiental e a audiência autêntica dos povos indígenas, mas não têm por que aceitar a chantagem de organizações financiadas com capital externo, cujo desejo, obviamente, não é o bem-estar dos naturais da Amazônia. 

(*) Economista formado pela USP e Professor de Economia, foi ministro de Estado e Deputado Federal.

Rio 2016: a base do esporte que se vire

José Cruz (*) 

Há poucos dias, o superintendente executivo do Comitê Olímpico, Marcos Vinícius, foi realista ao prever a meta de nossos atletas nos Jogos de Londres: repetir Pequim: 15 medalhas, por aí. 

Disse mais: Com a escolha do Rio para receber os Jogos de 2016, o Comitê Olímpico passou a ter mais apoio do governo. Isto é, mais verba pública para o rendimento. 

Isso ocorre de forma crescente desde 2001, quando surgiu a Lei Agnelo Piva. Depois, veio a Bolsa Atleta, a Lei de Incentivo e o próprio Ministério do Esporte, despejando grana em projetos e mais projetos. 

E daí? 

Daí que em apenas uma semana publiquei duas mensagens que contrastam com essa realidade: 

1. jovens judocas – entre os quatro primeiros do país em suas respectivas categorias – pedindo dinheiro na rua para treinar no exterior com a Seleção Brasileira; 
2. a carta da mãe de um esgrimista, contando como ele se habilitou para o Mundial, na Rússia, e ficou fora do planejamento das instituições formadoras, a Confederação e o Esporte Clube Pinheiros, no caso. 

Confederação de Judô e o Clube Pinheiros explicaram os critérios que usam para beneficiar seus atletas. A conclusão é a seguinte: o dinheiro ainda é insuficiente para atender a todos com potencial para prosperar em várias modalidades, atletismo, tênis, natação etc. 

Números 
No ano passado o Ministério do Esporte destinou R$ 11 milhões para o rendimento de nove confederações; no mesmo período, o Pinheiros, por exemplo, captou R$ 9,9 milhões na Lei de Incentivo; outros R$ 8,5 milhões em 2010. Das loterias federais o COB recebeu R$ 153 milhões. 

E temos mais de R$ 100 milhões de sete estatais – Banco do Brasil, Caixa, Correios, Eletrobras, Infraero, Petrobras e Casa da Moeda – também colocando verba em 20 modalidades. 

Outras certezas
No país olímpico falta planejamento integrado; é enorme o distanciamento das confederações dos clubes para projetar as metas dos jovens atletas; a transparência no uso das verbas é mínima, e a forma como o Ministério do Esporte se comporta diante dessas realidades é caótica. De omissão, até. 

Lendo notícias, relatórios e ouvindo gente envolvida no assunto fica claro que o dinheiro continua concentrado no atleta pronto, no que atingiu o nível olímpico. Com isso, a base briga para crescer. Depois, quando os campeões chegam ao topo os cartolas abrem o sorriso e se abraçam, como se tivessem sido, de fato, os responsáveis por suas carreiras. 

Continuamos com dinheiro e perdidos no planejamento integrado. O desperdício da verba pública é evidente. E não é conversa de jornalista, pois na próxima semana comentarei como um projeto para desenvolver o hipismo se transformou num lamaçal de falcatruas. 

É por aí. 

(*) Jornalista  e que cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte. Participou da cobertura de eventos esportivos internacionais nos últimos 20 anos.

A CPI analisada por um especialista

Controle social é a única receita para a CPI acontecer corretamente, afirma especialista  

Contas Abertas 

Professor Roberto Romano
Nunca antes na história desse país tantos casos de corrupção ganharam as páginas da imprensa. Depois das inúmeras irregularidades em convênios com entidades privadas sem fins lucrativos no ano passado, vieram à tona denúncias que ligam o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, ao senador Demóstenes Torres, aos governos de Goiás e Distrito Federal e, até mesmo, à União, por meio da maior empreiteira de obras federais do país, a Delta Construções S.A. 

Servindo como cortina de fumaça ou não para o julgamento do Mensalão, as denúncias levaram à criação e instalação de uma CPI no Congresso Nacional. Para o professor de ética e filosofia na Universidade de Campinas, Roberto Romano, a pressão social transformada em controle social é a única receita para que essa CPI aconteça da maneira correta. “Caso contrário, a tendência é que as denúncias caiam no esquecimento e que o Congresso finja que realizou a CPI”, explica. 

Confira a entrevista completa que o Contas Abertas realizou com o especialista. 

Contas Abertas (CA) - O senhor acredita que a CPI do caso Cachoeira poderá servir como cortina de fumaça para abafar o julgamento do Mensalão? 
Roberto Romano – No mundo político todos os estratagemas são possíveis. Como disse o soberano Francês, Luis XI: “Quem não sabe dissimular, não sabe governar”. Todos os eventos políticos, principalmente os que prezam pela moralidade da coisa pública, devem ser vistos com muita atenção pelos cidadãos e pela imprensa. Atrás da nuvem existem objetivos não confessados. 

CA – O que será mais difícil nesta CPI? 
Romano – Será decifrar quais os objetivos de cada integrante da Comissão. Além disso, entender os interesses de atores que não aparecem, como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, José Dirceu e até mesmo membros do Supremo Tribunal Federal, que além do julgamento do Mensalão, possuem acesso aos dados secretos da Polícia Federal. Ainda precisamos considerar os empresários que desejam o afastamento da Delta de obras e licitações do governo federal. O mais difícil nas investigações será falar de todos os elementos, atores e alvos em jogo nesta CPI e desvendar seus reais interesses. 

sábado, 28 de abril de 2012

Doce do Padre


Ingredientes 
1 lata de leite condensado 
1 lata (a mesma medida) de leite 
2 colheres (sopa) de açúcar 
3 gemas peneiradas 
1/2 colher (chá) de baunilha 
3 claras 
8 colheres (sopa) de açúcar 
4 gotas de baunilha 1 pacote de biscoito doce (de sua preferência) triturado 

Modo de Preparo: 
Num liquidificador coloque 1 lata de leite condensado, 1 lata (a mesma medida) de leite, 2 colheres (sopa) de açúcar, 3 gemas peneiradas, 1/2 colher ( chá) de baunilha e bata bem. Reserve. 
Em formas individuais coloque um pouco de biscoito triturado e compacte bem. 
Sobre o biscoito coloque um pouco de creme (reservado acima). 
Leve ao freezer por +/- 12 horas. 
Numa batedeira bata 3 claras em neve (+/- 5 minutos) 
Com a batedeira ainda ligada adicione 8 colheres (sopa) de açúcar e 4 gotas de baunilha e continue batendo até formar um suspiro (+/- 3 a 4 minutos). 
Com a ajuda de duas colheres retire porções do suspiro e coloque sobre o doce e sirva a seguir. 

 

Quem pode, pode !

Ratinho compra jatinho de R$ 4 milhões da Embraer 

Folha de São Paulo 
O apresentador Carlos Massa, o Ratinho (SBT) acaba de adquirir um jatinho novo, fabricado pela Embraer. 
O avião teria custado R$ 4 milhões, segundo informa a coluna "Radar", de Lauro Jardim 

Ratinho teria pago parte do novo veículo com o dinheiro da venda de seu velho King Air turboélice, o qual vendeu para a dupla Bruno & Marrone por R$ 2 milhões. 

Ratinho tinha um gasto anual estimado com o antigo avião em R$ 1,4 milhão (entre combustível, salário de pilotos, manutenção e tripulação). 

O gasto anual com o novo jato deve passar de R$ 2 milhões. 

Em 2012, Ratinho se tornou novamente vice-líder de audiência em horário nobre, atingindo médias de até 9 pontos e derrotando sistematicamente sua ex-casa (Record).

Professor no Brasil: Profissão Herói

Quanto vale um professor?  

Estadão 

Na sociedade do conhecimento, o professor universitário é mal pago. Pior: em muitos casos, é visto não como um membro da elite intelectual, mas como mais um trabalhador qualificado. Essa é uma das conclusões de um estudo comparativo de 28 países publicado este mês pelo Center for International Higher Education do Boston College. Ele mostra que o Canadá é o país que melhor paga seus docentes (média de US$ 7,1 mil). O Brasil ficou numa posição de intermediária para baixa, 18.º lugar, com média de US$ 3,1 mil (veja abaixo). 

O estudo usou na maior parte dos casos dados de universidades públicas. Os valores em dólares foram calculados com base no poder de compra de uma cesta de bens e serviços. 

“O Brasil se saiu relativamente bem: ficou abaixo dos países desenvolvidos, mas com destaque no âmbito regional”, diz o colombiano Ivan Pacheco, assistente de pesquisa do Boston College. “Tivemos surpresas positivas, como a Índia, onde o governo fez um esforço grande para melhorar salários. E negativas, como a Armênia: os salários estão baixos nos países da antiga União Soviética."

Outra conclusão do estudo é a de que, com exceção dos países anglo-saxões, benefícios indiretos são tão importantes quanto salários. Os bônus vão desde incentivos dados pela Índia a quem faz vasectomia à remuneração por produtividade, usada em larga escala na China. “A tendência em muitos países é de aumento do gap entre professores superstars e os que não conseguem nem ter uma vida decente de classe média.”


Números que devem "orgulhar" nossos gestores

 Pará está entre os piores na educação, diz IBGE

Diário do Pará 

Em 2010, 966 mil crianças e jovens brasileiros na faixa etária de 6 a 14 anos de idade não frequentavam escola. A região Norte tinha o maior percentual de crianças nesse grupo (6,1%), mais que o dobro do Sudeste (2,8%) e Sul (2,5%). Os maiores percentuais ficaram com o Amazonas (8,8%), Roraima (8,3%) e Acre (8,2%), seguidos pelo Pará (5,5%). No outro extremo, o menor percentual desse indicador foi registrado em Santa Catarina (2,2%). 

Os dados foram divulgados ontem, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa que se refere às mudanças ocorridas no país nessa última década, 2000 a 2010. Ao todo, 13,59% dos paraenses entrevistados de todas as faixas etárias declararam nunca ter frequentado uma escola. Um total de 50,72% declararam não estar frequentando nenhuma escola, apesar de já terem estudado. 

Com relação ao ensino superior, o Censo 2010 revela que a porcentagem da população que terminou a faculdade é de apenas 7,9%. Em 2000, esse número era de 4,4%. No Pará, apenas 4,08% dos entrevistados responderam ter ensino superior completo. As regiões Norte e Nordeste registraram o pior índice de instrução em nível superior, ambos com apenas 4,7% da população diplomada. 

Abaixo do Pará, o pior índice do Brasil é o Maranhão, com apenas 3,61% da população graduada com nível superior. Já no Sudeste, São Paulo foi o que apresentou a melhor taxa, com 10% de formados. 

O percentual de pessoas no Brasil com mais de 25 anos que têm pelo menos o ensino médio completo aumentou e chegou a 35,8%, contra os 23,1% registrados no ano 2000. No Pará, essa porcentagem não passa de 18,92%. 

Enquanto isso, em Brasília

Blog do Ricardo Noblat para O Globo - Charge Chico Caruso

Justiça com lentes coloridas

Opinião do Estadão  

A discriminação racial no Brasil é constitucional, segundo decidiram por unanimidade os ministros do Supremo Tribunal (STF), num julgamento sobre a adoção de cotas para negros e pardos nas universidades públicas. Com base numa notável mistura de argumentos verdadeiros e falsos, eles aprovaram a reserva de vagas para estudantes selecionados com base na cor da pele ou, mais precisamente, na cor ou origem étnica declarada pelo interessado. Mesmo enfeitada com rótulos politicamente corretos e apresentada como "correção de desigualdades sociais", essa decisão é obviamente discriminatória e converte a raça em critério de ação governamental. Para os juízes, a desigualdade mais importante é a racial, não a econômica, embora eles mal distingam uma da outra. 

O ministro Cezar Peluso mencionou as diferenças de oportunidades oferecidas a diferentes grupos de estudantes. Com isso, chamou a atenção para um dos maiores obstáculos à concretização dos ideais de justiça. Todos os juízes, de alguma forma, tocaram nesse ponto ou dele se aproximaram. Estabeleceram, portanto, uma premissa relevante para o debate sobre a formação de uma sociedade justa e compatível com os valores da democracia liberal, mas perderam-se ao formular as conclusões. 

O ministro Joaquim Barbosa referiu-se à política de cotas como forma de combater "a discriminação de fato", "absolutamente enraizada", segundo ele, na sociedade. Mas como se manifesta a discriminação? Candidatos são reprovados no vestibular por causa da cor? E os barrados em etapas escolares anteriores? Também foram vítimas de racismo? ....A ministra Rosa Weber foi além. "A disparidade racial", disse ela, "é flagrante na sociedade brasileira." "A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela", acrescentou. A intrigante referência à cor amarela poderia valer uma discussão, mas o ponto essencial é outro. Só essas cores identificam a pobreza no Brasil? Não há pobres de coloração diferente? Ou a ministra tem dificuldades com a correspondência de conjuntos ou ela considera desimportante a pobreza não-negra, não-mestiça e não-amarela. 

Mas seus problemas lógicos são mais amplos. Depois de estabelecer uma correspondência entre cor e pobreza, ela mesma desqualificou a diferença econômica como fator relevante. "Se os negros não chegam à universidade, por óbvio não compartilham com igualdade das mesmas chances dos brancos." E concluiu: "Não parece razoável reduzir a desigualdade social brasileira ao critério econômico". A afirmação seria mais digna de consideração se fosse acompanhada de algum argumento. Mas não é. O fator não econômico e estritamente racial nunca foi esclarecido na exposição da ministra nem nos votos de seus colegas. 

Nenhum deles mostrou com suficiente clareza como se manifesta a discriminação no acesso à universidade ou, mais geralmente, no acesso à educação. O ministro Celso de Mello citou sua experiência numa escola pública americana sujeita à segregação. Lembrou também a separação racial nos ônibus escolares nos Estados Unidos. Seria um argumento esclarecedor se esse tipo de segregação - especificamente racial - fosse no Brasil tão normal e decisivo quanto o foi nos Estados Unidos. 

Talvez haja bons argumentos a favor da discriminação politicamente correta defendida pelos juízes do STF, mas nenhum desses foi apresentado. Brancos pobres também têm dificuldade de acesso à universidade, mas seu problema foi menosprezado. 

Se um negro ou pardo com nota insuficiente é considerado capaz de cursar com proveito uma escola superior, a mesma hipótese deveria valer para qualquer outro estudante. Mas não vale. Talvez esse branco pobre também deva pagar pelos "danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados". Justíssimo? 

Como suas excelências poderão ser envolvidas em outras questões de política educacional, talvez devam dar uma espiada nos censos. Os funis mais importantes e socialmente mais danosos não estão na universidade, mas nos níveis fundamental e médio. Países emergentes bem-sucedidos na redução de desigualdades deram atenção prioritária a esse problema. O resto é demagogia. 

Embrapa 39 anos de conquistas

Embrapa 39 anos: homenagens, tecnologias e lançamentos 

No ano em que o Brasil recebe a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (Rio+20), a tônica das comemorações dos 39 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não poderia deixar de ser a sustentabilidade. 

Em exposição na Sede da Embrapa, em Brasília (DF), a história recente da agricultura brasileira, revelando como o País superou o quadro de dependência e insegurança alimentar que perdurava até 60 anos atrás com uma trajetória inteligente e planejada que culminou na autossuficiência, na capacidade exportadora e no grande progresso em direção a sistemas integrados e sustentáveis, construindo as bases para a moderna bioindústria brasileira do futuro. 

A participação da Embrapa começa na década de 1970, quando o Brasil ainda dependia da importação de alimentos básicos. Nos últimos 50 anos, a produtividade média de grãos subiu de 783 quilos por hectare para 3.173 quilos por hectare, um salto de 774%. 

Com avanços em eficiência, graças a pesquisa, inovação e investimentos, além de políticas macroeconômicas, setoriais e da crescente organização dos segmentos agroindustrial e agroalimentar, a agricultura brasileira respondeu às demandas de uma população urbana crescente, proporcionando alimentos mais acessíveis e baratos, que contribuíram para reduzir pressões inflacionárias e amenizar as desigualdades sociais. 

O País se tornou líder em inovação na agropecuária tropical e se consolidou como grande produtor mundial de alimentos. Os novos tempos trazem desafios ainda maiores. 
A agricultura do futuro deverá estar balizada por conceitos, métodos e aplicabilidades multifuncionais, muito além da visão convencional de agricultura voltada à produção de alimentos, fibras e energia. 

Apoiada em modernos padrões tecnológicos mundiais e sintonizada com o modelo de economia verde, a agricultura deverá se pautar por um novo conjunto de funcionalidades e requisitos, como saúde e bem-estar, serviços ecossistêmicos, sistemas integrados e sustentáveis, mercados étnicos e regionais e bioenergia, que deverão conformar o padrão tecnológico do agronegócio do futuro. 

É nesse sentido que o 39º aniversário da Embrapa focaliza a sustentabilidade e os novos paradigmas de produção e economia verde, apresentando os temas que serão levados à Rio+20 e lançando tecnologias inovadoras.