sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Rio, a Capital Mundial dos Esportes?

Lars Grael (*)

As Olimpíadas não podem ser apenas uma festa midiática e de duração de três semanas
Mediante o projeto apresentado no Conselho Empresarial do Desenvolvimento do Esporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro, tenho a fazer a seguinte provocação:

Acho que a proposta é um desafio para todos nós.

A Cidade Maravilhosa, para ser a “Capital Mundial dos Esportes”, precisa, antes, ser a Capital Brasileira dos Esportes, e, não é! Pode ser na capacidade de sediar grandes eventos, e neste quesito é!

Precisa ter o índice de 100% das Escolas Públicas (Municipais e Estaduais) com Quadras Esportivas, Professores de Educação Física (bem remunerados) e Educação Física + Esporte regular em pelo menos 3 aulas semanais. Referência? São Caetano do Sul/SP.

Precisam ter um programa público de esporte, atividade física e saúde preventiva de combate ao sedentarismo. Referência? Santos e Sorocaba/SP.

Necessário ter um programa exemplar de esporte para a Terceira Idade e para os Portadores de Deficiência. Referência? Volta Redonda/RJ.

Precisa ser um estado que busque a liderança nas Olimpíadas Escolares do Ensino Fundamental; do Ensino Médio e dos Jogos da Juventude. Referência razoável? São Paulo.
Integrar os espaços esportivos ociosos dos clubes com a comunidade. Referência? Piracicaba/SP.

Precisamos que estas ações ocorram não apenas na cidade do Rio, mas em toda a região metropolitana. Porque não em todo o estado?
Muitas outras ações o Rio já pratica e até de forma exemplar. Precisam integrar todas estas ações acima. Precisam mostrar que o esporte é para todos. Que o esporte inicia na escola. 
Precisa ser maravilhosa para sua população! Esta referência teria que ser o Rio.

As Olimpíadas não podem ser apenas uma festa midiática e de duração de três semanas.
Não apenas o quadro de medalhas que o Brasil fatalmente irá ascender.
Não apenas a festa para o gringo gostar e falar bem do Brasil. Isto tudo também é importante.

O verdadeiro legado, acho que está nas premissas mais puras e sócio-educacionais, como as enumeradas acima.

(*) Velejador brasileiro é medalhista olímpico de bronze em dois Jogos Olímpicos: em Seul 1988 .

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