quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Sem milho=Sem avicultura

Baixa produção de milho inibe avicultura no Pará

A produção de milho no Pará, que vem mantendo uma tendência declinante desde 2008, deverá sofrer, na safra de 2010/2011, um decréscimo estimado em cerca de 10%, segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por intermédio de sua Superintendência Regional.

A notícia é particularmente ruim para dois segmentos da agroindústria paraense – a avicultura e a suinocultura, que hoje já importam de Goiás e Mato Grosso parte do volume de milho necessário ao suprimento da demanda interna. No ano de 2005, segundo o levantamento da Conab, a produção paraense de milho foi de 559.698 toneladas, destacando-se o vale do rio Capim, com 179.842 toneladas, e o Baixo Amazonas, com 148.122, como as principais regiões produtoras do Estado. 

No ano seguinte (2006), o volume produzido alcançou 576.579 toneladas. Depois de um ligeiro recuo em 2007, para 562.032, a produção saltou em 2008 para uma safra recorde de 622.800 toneladas. A euforia, porém, durou pouco. 

Já em 2009, a safra paraense minguou para 552.104 toneladas e caiu ainda mais este ano ( 515.400). Mantendo a tendência de queda, segundo os técnicos da Conab, tudo indica que a colheita do ano que vem ficará num patamar pouco acima de 450 mil toneladas. 

De acordo com Moacir da Cruz Rocha, encarregado do setor de apoio à logística e gestão da oferta da Conab no Pará, o decréscimo da produção na safra de 2010 pode ser a tribuído à baixa dos preços verificada nos dois últimos anos, e mais acentuadamente em 2009. 
Os próprios números evidenciam isso. Em dezembro de 2007, o saco de milho era comercializado nas indústrias da Região Metropolitana de Belém a R$ 35,68. 

Um ano depois (em dezembro de 2008), o preço médio havia caído para R$ 26,21 e, no mesmo período do ano passado, despencara ainda mais, alcançando R$ 22,45. 
“O baixo retorno financeiro desestimulou a expansão e até mesmo a manutenção das áreas plantadas, inibindo ao mesmo tempo os investimentos na utilização de insumos”, acrescentou Moacir Rocha. 

Um dado interessante, revelado nas últimas pesquisas de campo realizadas pela Conab – esse levantamento é feito semanalmente –, é que os preços do milho experimentaram, nos últimos meses de 2010, uma forte recuperação. 
Tendo saído de um patamar de R$ 22,31 em novembro do ano passado, o produto alcançou R$ 30,98 em outubro deste ano, chegou a R$ 32,92 na penúltima semana de novembro e fechou em R$ 33,67 a semana encerrada na última sexta-feira, dia 3. Com a elevação dos preços, um fator que estimula o produtor e geralmente induz a um acréscimo da produção, seria de esperar um incremento na safra de 2010/2011, e não a queda de 10% já sinalizada pela equipe técnica da Conab. 

Acontece que, no agronegócio, as coisas não são assim tão simples, conforme faz questão de esclarecer Moacir Rocha. 

Ele informou que, com o início das chuvas no sul do Pará, as primeiras áreas já estão sendo preparadas para o plantio da safra 2010/2011, a aí se colocou para os produtores um embaraço que eles não esperavam.
“A exigência de licenciamento ambiental para a implantação de novos cultivos de milho tem ocasionado dificuldades para os produtores junto aos agentes financeiros para liberação do custeio”, disse o técnico da Conab. E acrescentou: “Esse imprevisto deverá ocasionar a redução na área a ser cultivada, refletindo-se a queda também no volume de produção”.

Nota do Blog: Assunto sério tratado como brincadeira de criança. Estado é pobre mas se faz de rico e prefere importar a produzir e exportar. Basta dar uma olhada na nossa região onde plantar é proibido. Agora o interessante que não param de comer, comida do Sul .... Somos povo rico e importamos comida. Fazer o que? Ongueiro nunca pôs a mão na massa. Ganha salário para impedir que os outros trabalhem e vivam de esmolas.

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