sábado, 12 de setembro de 2009

Seriedades desiguais

Realmente gostamos de andar na contramão da seriedade e da lisura.
Não importa em que setor. O que importa é obter vantagens.
Não importam os meios e sim o fim. Como o exemplo vem de cima
de quem obrigatoriamente deveria mostrar lisura e comportamento ético pelos cargos que ocupam certamente, esse “levar vantagem”
erradicou-se por todo segmento da sociedade.
O esporte é um grande exemplo.
Já temos estampado em todos os jornais do mundo essa lambança
na Formula 1 onde um piloto brasileiro mandado ou não deliberadamente bateu seu carro dando condições de que um companheiro
ganhasse a corrida. O fato de aceitar pensando num benefício próprio
lá adiante, já demonstra a falta de ética, de moral, de sensatez,
de esportividade.
Na Inglaterra um brasileiro jogador de futebol e naturalizado
croata de nome Eduardo da Silva e que atua no futebol inglês,
está sendo execrado pela comunidade futebolística daquele País,
por ter simulado um pênalti numa partida do seu time Arsenal
pela Copa dos Campeões. Afora ter sido suspenso por dois jogos
pela simulação ganhou nacionalmente a pecha de ser trapaceiro.
Na Europa esse tipo de comportamento de simulação
ou mesmo um gol feito com a mão sem que o arbitro veja,
é considerado anti-jogo, falta de esportividade e passível
de punição rigorosa.
Em 2007 um jogador da Lituânia foi suspenso pelo mesmo motivo
e na Itália o jogador Gillardino da Fiorentina foi punido
por dois jogos de suspensão por ter feito um gol com a mão
e pego através das câmeras de televisão.
Aqui no nosso futebol constantemente temos esses tipos de lances.
Mais recentemente Jorge Henrique do Corinthians foi beneficiado
por um pênalti flagrantemente simulado no jogo contra o Botafogo,
sendo que no mesmo jogo André Lima fez um gol com a mão,
e todas essas lambanças o punido foi apenas o arbitro.
Os jogadores ficaram no contexto dos “espertos” e os outros
de “trouxas” inclusive as torcidas.
Pior é verificar alguns “comentaristas esportivos” endossando
as atitudes porque se trata de um jogo e “esperteza” faz parte do jogo.
Esse é o pior dos conceitos.
Ao invés de recriminar, fazer com que os dirigentes, técnicos
coíbam essas atitudes, punam os atletas de forma rigorosa uma
vez que sao atitudes que vão ao desencontro da ética e da lisura
que se espera de um esporte, onde vencer sim faz parte do jogo,
mas vencer com méritos e não através de simulações e enganações,
surgem os que aplaudem e incentivam para que isso continue a acontecer. Gozado que recriminam as atitudes de “esperteza” de alguns políticos lá em cima e aplaudem a “esperteza” aqui embaixo no esporte.
Explica-se porque tantos e tantos atletas brasileiros “não se adaptam”
ao mesmo esporte jogando em outros países.
Lisura e ética também fazer parte do esporte.
Coisa que aqui é sempre na base do jeitinho.
Ser desonesto no esporte mais popular do País, aparentemente,
não é crime.

Nenhum comentário:

Postar um comentário