Meia punição

Os jornais alardeiam a questão da punição aos envolvidos no assunto Renault e a batida provocada de forma deliberada pelo piloto brasileiro Nelsinho Piquet.
A Federação Internacional de Automobilismo decidiu que Flavio Briatore (chefe de equipe) seja banido do esporte não sendo permitida sua presença em nenhuma atividade esportiva patrocinada pela FIA, que o engenheiro chefe da equipe Pat Symonds seja suspenso das atividades pelo prazo de 5 anos, que a Renault seja punida com 2 anos de afastamento, porém a pena será cumprida tão somente se ela voltar a cometer erros grosseiros.

Os pilotos Nelsinho Piquet que provocou o acidente e Fernando Alonso que se beneficiou da batida vencendo a prova, foram poupados sob a alegação que o primeiro por ter delatado o ocorrido recebeu esse indulto e o segundo por alegar inocência no ocorrido.
Ora bolas, torna-se de um caradurismo que imaginávamos houvesse tão somente nas punições aplicadas em nosso País, mas ao que tudo indica em todo lugar os fins justificam os meios e a coisa fica o dito pelo não dito.
Aonde já se viu alguém fazer a chamada “delação premiada” sem ter nenhuma punição. Entende-se que o uso dessa delação tem como propósito reduzir a pena ao delator, mas não há como não haver nenhum tipo de punição.

Por outro lado, difícil acreditar que o beneficiário dessa maracutaia toda não estivesse sabendo, principalmente na condição de experiente piloto que sua tática num circuito de rua para quem ia sair nas últimas posições poderia dar certo com 3 paradas nos boxes.
Afora tudo isso, como pode alguém receber os prêmios, os pontos, ser considerado vencedor numa prova aonde o resultado foi manipulado.
Uma punição meia boca ou tão somente uma meia punição apesar de que qualquer que fosse o resultado o único prejudicado é a credibilidade do esporte.