Beldroega, ora-pro-nóbis, araruta.
É provável que muita gente nunca tenha ouvido falar.
Estas são algumas hortaliças tradicionais da cultura brasileira, mas que nunca tiveram cultivo comercial e acabaram sumindo da mesa dos brasileiros. Com a ideia de resgatar a tradição de produção e consumo de variedades não convencionais, a Embrapa Hortaliças está investindo em um projeto para manutenção e multiplicação de materiais genéticos de mais de 20 variedades.
O projeto começou tímido, há três anos, com atividades para multiplicar alguns materiais de hortaliças tradicionais no Distrito Federal e em Minas Gerais, onde a Embrapa conta com apoio da Emater. "Mas a demanda de produtores interessados foi tão grande que resolvemos traçar um projeto maior", di z o pesquisador Nuno Madeira, da Embrapa. Além de ampliar o trabalho para outros Estados - Pernambuco, Santa Catarina e Mato Grosso -, a lista de hortaliças não-convencionais que serão trabalhadas chegou a 23. "São culturas rústicas, a maioria nativa brasileira, e bastante adaptáveis, ou seja, de fácil cultivo.
O próprio agricultor pode produzir as mudas", destaca o pesquisador. Segundo ele, algumas espécies, como mangarito e jacatupé, estão quase em extinção. Antes de investir na multiplicação mais ampla de mudas e sementes, porém, a Embrapa está editando - e deve lançar até o fim do ano - uma cartilha, com informações resumidas, e um manual de produção, com informações mais amplas sobre produção, características nutricionais e formas de consumo destas ho rtaliças. "Muitas caíram em desuso e a população não sabe mais como prepará-las", destaca Madeira.
As hortaliças do banco de multiplicação são: almeirão-de-árvore, azedinha, beldroega, bertalha, capiçoba, capuchinha, caruru, chicória-do-Pará, jambu, ora-pro-nóbis, peixinho, serralha, taioba, vinagreira, araruta, inhame (cará), jacatupé, mangarito, taro, cubiu, jurubeba, maxixe e maxixe-do-reino.
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