"Rio é a nova Medellín", avalia enviado da ONU ao Brasil
O novo coordenador do programa Cidades Mais Seguras para Assentamentos Humanos das Nações Unidas (ONU), Elkin Velásquez, acredita em melhora progressiva do combate à violência no Rio de Janeiro. Velásquez, que já trabalhou como assessor do prefeito de Bogotá no tema da segurança urbana, comparou a situação da capital carioca com Medellín, cidade colombiana que foi dominada pelo tráfico.
"Lá (Medellín) a delinqüência era alta e fizemos trabalho de integração melhorando a convivência entre as pessoas. Consequentemente, a violência diminuiu. O Rio de Janeiro passa por um momento similar e a união dos três poderes (municipal, estadual e federal) é fundamental para combater a segregação racial", finalizou Velásquez, que trabalhou com o tema também em outros países como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Equador, França, Nicarágua, Peru e Venezuela.
O representante da ONU se reuniu na manhã desta segunda-feira com dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador Rio 2016, mas explicou que tratou apenas de se apresentar para os dirigentes dos órgãos e não para definir metas. Segundo o coordenador, isto será feito em breve, em reuniões ainda sem data para acontecer.
"O motivo da minha visita tem a ver com duas coisas: articular o Rio de Janeiro no programa da ONU e ajudar a alinhar os processos de pacificação até 2016. Vamos fazer trabalhos de prevenção de delinqüência e criminalidade, principalment,e relacionado a favelas", explicou.
Velásquez elogiou a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas do Rio e disse acreditar que o governo está no caminho certo. "Gostei muito do sistema das UPPs que está tendo um bom início. Quando temos um piloto dando certo, tem que ser multiplicado para ser valorizado", disse.
Andrea Bruxellas - Redação Terra
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