Certamente se trata de um assunto velho.
Não há nesse País com uma imensidão de praias a lhe contornar todo seu litoral que não tenha tido discussões e mais discussões a respeito da invasão ou estacionamento ou do tráfego de carros por entre elas. Lembro quando frequentava o litoral norte de São Paulo entre Caraguatatuba e Ilha Bela, pelos idos de 1970, com praias que eram verdadeiros paraisos em fase de descobrimento, quantas e quantas discussões, inclusive com agressões físicas entre os jipeiros da época , os conservadores e recém-moradores daquelas praias.
Quantos dos chamados "boyzinhos" da época não tiveram que correr para não tomarem uns sopapos pelas exibições gratuitas que queriam fazer nas praias ainda semi-desertas de frequentadores.
Hoje, aqui na nossa região repleta de praias de água doce que se formam ao longo do Tapajós a medida que a vazão vai diminuindo, observa-se em várias praias semi-desertas reluzentes caminhonetes a desfilar pelas brilhantes areias brancas.
Uma tristeza que se constata pela ausência quase que total do poder público, o único em condições de coibir, punir, tomar medidas condizentes a evitar que tais abusos continuem a ser cometidos.
Por outro lado, torna-se difícil imaginar o poder público tomar à frente de um problema desses que fica distante do Centro da cidade quando se observa ao acompanhar um casal visitante e seu casal de filhos menores ao percorrer o Centro comercial e não conseguir encontrar um recipiente de lixo para jogar os detritos oriundos do sorvetes e dos chocolates absorvidos durante a caminhada.
O jeito foi entrar numa loja com intuito de ver alguma coisa e aproveitar e usar o lixo da loja para se livrar desse incoveniente. Como morador tem-se à certeza de muitas e muitas outras pessoas que simplesmente se livrariam do detritos atirando-os ao solo e seguindo o seu caminho.
Por isso, se algo tão simples, tão evidente, tão necessário e principalmente tão perto de todos inexiste essa preocupação, como se imaginar que a kms do Centro, em praias semi-desertas, iremos observar essa fiscalização inclusive contra o lixo deixado nas praias. É querer acreditar em duende, ou em saci-pererê.
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