quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Roubo de madeiras

São dezesseis dias de manifestação dos trabalhadores 
e moradores da região do Alto Arapiuns.
Rio bloqueado, balsas cheias de madeira paradas, cerca de 200 homens
e mulheres a clamar por justiça e verdade.
Para eles e elas o roubo de madeira tem sido constante.
Enquanto isso, os órgãos do Estado estão indiferentes, surdos. 
Por que será? O que espera a governadora e seus secretários?
O que espera o Ideflor, a Sema, o Iterpa?
O pessoal do Ibama diz que não se mete lá, porque não é de sua competência.
Falta agora o Ministério Público Federal se manifestar porque também
já ouviu as denúncias dos manifestantes.
Irá tomar providencias, ou não?
O que esperam as ditas autoridades?
Que custo tem uma força tarefa ir lá, examinar as denúncias dos moradores da região? Essa indiferença deixa suspeita de que o governo
do Estado é cúmplice do roubo de madeira da região e que por isso,
evita ir lá conferir as denúncias dos moradores.
Se aqueles estão lá há tanto tempo com o rio bloqueado e as balsas
paradas é porque querem a presença dos órgãos públicos.
Não a polícia para acabar com a manifestação, mas para ir lá dentro
das matas junto com os órgãos responsáveis e conferir as denúncias.
Será que a governadora e seus secretários esperam uma ação mais
enérgica dos manifestantes, para então acusá-los de vândalos e
criminosos? Não raciocina a governadora e seus auxiliares que serão
responsabilizados se algo mais grave acontecer?
Afinal, os moradores do Arapiuns já demonstraram bastante paciência
e honestidade em denunciar, apelar e esperar.
Mas toda paciência tem seu limite.
Porém, a omissão das autoridades, que já está evidente, não pode ser
ignorada pela sociedade.
O caso do rio Arapiuns já repercute a nível nacional.
Se algo mais grave acontecer não vai dar mais para o governo do Estado
fazer de conta que não tem nada a ver.
Quem acompanha os acontecimentos sabe da seriedade da situação.

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