segunda-feira, 16 de abril de 2012

Estado terminal

Do Blog Sanatório da Notícia 

E você aí, todo animado porque paira no ar a expectativa da CPI do Cachoeira. Pobre brasileiro ingênuo. É mais uma indigesta pizza. Indigesta e mista. 

Os sinais metastáticos de que o câncer da corrupção se espalha pelos Três Poderes, pela máquina pública e pela privada nacional está em todo o tecido social. À flor da pele. 

Agora mesmo Marcondes Perillo está com iminente pé no traseiro, porque há registros de marcação de consultas com o charlatão da jogatina... Isso anima a face governista a diagnosticar males intestinos no corpo da oposição. 

Quando parece evidente que os sintomas do "jeito de governar que Lula ensinou" contaminou a debilitada oposição, eis que o médico que governa(?) Brasília enfia outra vez o pé na lama que deságua em Cachoeira no Distrito Federal e assim provoca uma recaída fulminante e um profundo mal-estar nas fileiras do governo. 

Diante desse contágio os salvadores da pátria petista sairam da folga momentânea e entraram em plantão permanente. Foram aos institutos de pesquisa e, para sua desilusão em particular e desalento do povo em geral, o diagnóstico político resultante foi fatal. 

Se hoje, em função da morte súbita do governo ONGnelo Queiroz, fosse realizada eleição para governador do Distrito Federal, o político eleito com larga e saudável margem de votos seria... Zé Roberto Arruda! Arruda, sim senhor! O povo deve achar que panetone faz bem ao fígado de todos nós. 

Essa República que se instalou a partir da morte de Tancredo na carcaça de Zé Sarney, passou por Fernandinho Beira-Collor, atropelou Itamar Franco, escorregou por entre os dedos de FHC, escarrapachou-se nas garras de Lula e caiu no colo da primeira-presidenta Dilma, não é nada do que a História do Brasil deveria contar aos brasileiros e ao mundo inteiro. 

É a saga de um país doente em toda a extensão de seu imenso corpanzil territorial. Uma nação que sofre do câncer incurável da corrupção, da imoralidade, da propinagem, da esperteza, da ladroagem pública e notória que registra febre em alta na pele do crime organizado paraestatal. 

O Brasil Dilma da Silva encontra-se em estado terminal. 

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