Pará está entre os piores na educação, diz IBGE
Diário do Pará
Em 2010, 966 mil crianças e jovens brasileiros na faixa etária de 6 a 14 anos de idade não frequentavam escola. A região Norte tinha o maior percentual de crianças nesse grupo (6,1%), mais que o dobro do Sudeste (2,8%) e Sul (2,5%). Os maiores percentuais ficaram com o Amazonas (8,8%), Roraima (8,3%) e Acre (8,2%), seguidos pelo Pará (5,5%). No outro extremo, o menor percentual desse indicador foi registrado em Santa Catarina (2,2%).
Os dados foram divulgados ontem, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa que se refere às mudanças ocorridas no país nessa última década, 2000 a 2010.
Ao todo, 13,59% dos paraenses entrevistados de todas as faixas etárias declararam nunca ter frequentado uma escola. Um total de 50,72% declararam não estar frequentando nenhuma escola, apesar de já terem estudado.
Com relação ao ensino superior, o Censo 2010 revela que a porcentagem da população que terminou a faculdade é de apenas 7,9%. Em 2000, esse número era de 4,4%. No Pará, apenas 4,08% dos entrevistados responderam ter ensino superior completo. As regiões Norte e Nordeste registraram o pior índice de instrução em nível superior, ambos com apenas 4,7% da população diplomada.
Abaixo do Pará, o pior índice do Brasil é o Maranhão, com apenas 3,61% da população graduada com nível superior. Já no Sudeste, São Paulo foi o que apresentou a melhor taxa, com 10% de formados.
O percentual de pessoas no Brasil com mais de 25 anos que têm pelo menos o ensino médio completo aumentou e chegou a 35,8%, contra os 23,1% registrados no ano 2000. No Pará, essa porcentagem não passa de 18,92%.
RENDA BAIXA
O Censo apontou ainda que, no Pará, a renda média per capita é de R$ 383, uma das mais baixas do país, ficando à frente apenas de Alagoas (R$ 378), Piauí (R$ 367) e Maranhão (R$ 319). A renda por pessoa em Belém é maior que a do Estado: R$ 697.
Os mais altos rendimentos médios domiciliares foram os das regiões Centro-Oeste e Sudeste, que ficaram próximos, com diferença de menos de 1%, vindo em seguida o da região Sul. Em patamares mais baixos ficaram os das regiões Nordeste e Norte, que representaram 55,5% e 67,5%, respectivamente, daquele da região Centro-Oeste.
DIVÓRCIOS
O número de divórcios no Brasil superou a marca histórica registrada nos últimos anos: pelo menos 1,8 por mil habitantes da população brasileira respondeu afirmativamente ao Censo do IBGE, informando a mudança do estado civil em 2010. No ano anterior, ela havia sido 1,4 por mil habitantes. Já a taxa geral de separação teve queda significativa e registrou o menor patamar da série histórica, iniciada em 1984, chegando a 0,5 caso por mil habitantes.
No Pará, foram registrados 3.747 divórcios no ano. Foram realizadas 410 separações judiciais e 1.495 mulheres conseguiram a guarda dos filhos. Em compensação, foram feitos 27.359 casamentos.
De acordo com o estudo, 40,9% dos divórcios registrados em 2010 foram de casamentos que duraram no máximo 10 anos. Em 2000, foram 33,3% dos divórcios para o mesmo período e, em 2005, 31,8%.
Considerando ainda os divórcios judiciais concedidos e sem recursos e as escrituras de divórcios realizadas em tabelionatos, essas dissoluções ocorridas em 2010 foram de casamentos que tiveram em média 16 anos de duração.
As informações da pesquisa mostram que as médias de idade se elevaram para ambos os cônjuges. Em 2010, a idade média ao se divorciar foi de 43 anos. Em 2000, essa idade era de 41 anos. Entre as mulheres, a diferença aumentou apenas um ano no período analisado, sendo a idade média atual de 39 anos.
SUB-REGISTROS
Com relação ao sub-registro de nascimentos no Brasil, o estudo mostrou que houve uma queda de 21,9% para 6,6% entre os anos de 2000 e 2010, atingindo o menor nível já observado. Enquanto estados como o Maranhão e o Piauí registraram as maiores quedas (de 73,1% para 20% em dez anos, e de 71,6% para 13,4% no mesmo período, respectivamente), o Pará, juntamente com o Amazonas registraram os maiores índices (28% e 26,5%).
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