quarta-feira, 25 de abril de 2012

Alô Rio de Janeiro... alô cariocas ...


CAMPANHA SOBRE O MARACANÃ

Quando: Neste sábado, dia 28, às 10h.
Onde: Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro - Av. Rio Branco 277, 17º andar – Centro

As 11 posições do Comitê Rio para Campanha Unificada sobre o Maracanã *

1 – Mau uso do dinheiro público:
De 1999 a 2006, foram gastos cerca de 400 milhões de reais em reformas que prometiam deixar o Maraca pronto para a Copa de 2014. Agora decidem colocar tudo abaixo e construir um novo estádio por mais de 1 bilhão ( !!! ) , via BNDES.

2 – Privatização do Maracanã:
Após as centenas de milhões das reformas, e o bilhão da reconstrução, não faz sentido um patrimônio público, de todos os cariocas, ser repassado para a iniciativa privada (Eike Batista!!), que não investiu no estádio mas está a postos para embolsar o lucro gerado por ele. O Maraca é da população e não pode ser vendido!

3 – Elitização do Maracanã:
A geral, espaço tradicional de participação popular, com ingressos a preços acessíveis, já havia sido extinta. Está cada vez mais caro frequentar e assistir futebol ao vivo, o que tem afastado boa parte da população dos estádios e enriquecido as empresas de TV a cabo. Exigimos preços populares!

4 – “Europeização” do Maracanã:
Sem a geral, morrem as manifestações populares bem-humoradas. Agora, botam abaixo também as arquibancadas, espaço coletivo de criação, para a construção de um Maracanã apenas com camarotes, currais “VIPs”, cadeiras numeradas e lugares marcados, inviabilizando nossas formas tradicionais de torcer, com mobilidade e liberdade dentro do estádio, coreografias, intrumentos musicais, bandeiras… Queremos respeito à nossa cultura de torcedor e exigimos a inclusão de setores populares no projeto do novo estádio!

5 – “Encolhimento” do Maracanã:
Recentemente, mais de 100 mil pessoas assistiam ao jogo com segurança no estádio. Com cadeirinhas acolchoadas e lugares marcados, cai pela metade a capacidade, aumenta o preço do ingresso, e menos pessoas podem ver o jogo. Pra ver seu time, o geraldino hoje é obrigado a se espremer no boteco da esquina!

6 – Descaracterização arquitetônica do Maracanã:
O estádio, que era um patrimônio histórico e cultural tombado, passou a ser um patrimônio demolido, às vistas de todos, com as bençãos do IPHAN. Sua arquitetura foi completamente descaracterizada, e a ideia é erguer uma “arena” asséptica e metida a besta. O Maracanã não pode virar shopping center!

7 – Remoção de famílias do entorno:
Comunidades de baixa renda estão tendo suas casas demolidas para dar lugar a estacionamento gigantescos. Defendemos que o direito das pessoas a uma moradia adequada é um legado mais importante do que vagas para carros!

8 – Falta de Transparência e Participação Popular:
Onde estão os laudos técnicos, os estudos de impacto e as plantas do projeto para o estádio? Em que mesa se decidiu a demolição da bancada e da marquise? Houve audiências públicas? Os torcedores, verdadeiros donos do Maraca, foram consultados? Onde está o balanço financeiro da SUDERJ que comprova que o Maracanã é deficitário?…

9 – Repressão ao comércio informal no entorno do estádio:
Esqueça o isopor e a cervejinha antes de entrar no estádio. No “Novo Maracanã”, torcedor não bate-papo na porta do estádio, e trabalhador que tá na batalha toma madeirada no lombo e volta pra casa de mão abanando.

10 – Favorecimento explícito a grupos empresariais:
Odebrecht, Andrade Gutierrez, Delta, Eike Batista… As figurinhas são sempre as mesmas: as mesmas que fornecem jatinhos, helicópteros e outros mimos para o Governador Sérgio Cabral; as mesmas que fecham contratos em todos os estádios da Copa e em outras obras de infra-estrutura; as mesmas que vão ser donas dos camarotes VIPs das “arenas”; as mesmas que financiam as campanhas dos partidos políticos mais ricos…

11 – Más condições de trabalho nas obras:
Enquanto as empreiteiras enchem o cofre de dinheiro, os operários das obras do Maraca reivindicam benefícios fundamentais e melhores salários e condições de trabalho. Em 2011, os trabalhadores ficaram pelo menos 24 dias em greve. *

Todas as propostas serão debatidas coletivamente na reunião de sábado. Convidamos a todos para contribuir, debater e apresentar suas propostas.

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