segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Gota

Sobremesa de chocolate branco com chantili e morangos

Ingredientes
50 gramas de chocolate branco
1 colher de sopa de avelã picada
50 ml de creme de leite fresco a ponto de chantili
100 ml de calda de morango ou morangos picados

Modo de Preparo
Coloque o chocolate derretido em banho-maria em uma forma em formato de gota d' água. Em seguida, acrescente uma mistura de avelã e chantilly. 
Para finalizar, coloque por cima a calda de morango ou os morangos picados.

Para quem estiver ou for a São Paulo conheça essa deliciosa sobremesa no 
Red Angus
R. Henrique Schaumann, 251, Jardins, tel.: o/xx/11/3775-5000

Rodeio das Gordas (11)

O blog vem acompanhando esse assunto procurando saber o desenrolar das punições conseqüentes de uma "brincadeira" de péssimo gosto que consistia em humilhar estudantes principalmente , a mais obesas, de uma Universidade no interior paulista, durante a realização de uma festa.

Pelo que se apurou lamentavelmente a UNESP (Universidade Estadual Paulista) decidiu tão somente, suspender dois alunos por ligação com o chamado "rodeio das gordas", brincadeira ofensiva ocorrida durante o Interunesp, evento de jogos universitários, realizado entre 10 e 13 de outubro.

Os dois estudantes usaram a internet para divulgar material do "rodeio", considerado discriminatório pela instituição. Eles ficarão cinco dias suspensos em março de 2011.

Os jovens estudam no campus da UNESP em Assis, no interior do Estado de São Paulo. A decisão foi baseada no relatório de uma comissão investigativa da faculdade.

Os documentos serão encaminhados ao Ministério Público em Araraquara. A UNESP afirma que os depoimentos não permitiram configurar com clareza as características do chamado "rodeio das gordas".

A decisão não elimina a chance de haver novas punições e indiciamentos - o caso ainda tramita no MP.

Realmente espera-se que o MP assuma a responsabilidade numa punição exemplar.

Sutileza Feminina

Cuidado com as historias que contam!!!

Um homem telefona para a sua esposa e diz:

- Querida, o meu chefe convidou a mim e a alguns dos seus amigos para irmos pescar num lago distante. Vamos ficar fora uma semana. Esta é uma excelente oportunidade para eu conseguir a promoção que tenho esperado; por isso me prepare roupa suficiente para uma semana, e também a minha caixa de apetrechos de pesca. Vamos partir diretamente daqui do escritório, e vou passar aí apenas para apanhar essas coisas.
- Ah... Por favor, coloque também o meu pijama novo, aquele de seda azul.

A mulher acha que isso soa um bocado estranho, mas atende ao pedido do marido. No fim-de-semana seguinte, ele regressa da pescaria um tanto cansado; mas, fora isso, nada de anormal. A mulher recebe-o com um beijo e pergunta-lhe se apanharam muitos peixes.

Ele responde:
- Sim! Muitos pargos, algumas garoupas e uns poucos carapaus. Mas, por que é que você não colocou o meu pijama de seda azul, tal como pedi?

A mulher apenas olha fixamente nos olhos dele e responde segura de si:
- Coloquei sim, querido! Coloquei-o dentro da caixa de apetrechos de pesca.

NUNCA DUVIDE DA CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO DE UMA MULHER!!! MULHER BURRA NASCE HOMEM ... 

Falta de critério com dinheiro público

Dinheiro para publicidade do Ministério do Esporte supera Bolsa Atleta
José Cruz (*)

Enquanto destina apenas R$ 40 milhões para a Bolsa Atleta – o mesmo valor dos dois últimos anos – o Ministério do Esporte gastará R$ 44,2 milhões em publicidade e outros R$ 48,3 milhões com o futebol profissional.

Confirma-se assim, a evidente falta de política, metas e prioridades: os R$ 48,3 milhões servirão para implantar controle de acesso e monitoramento por TV em estádios de futebol. O valor é 20% amais do que o destinado para a Bolsa Atleta.
É um legítimo “circo de horrores com o dinheiro público”. Diante disso, um cálculo é inevitável: se apenas a METADE do dinheiro que será gasto em publicidade e monitoramento do futebol fosse aplicado na Bolsa Atleta o Ministério DUPLICARIA o número de competidores beneficiados.

Comprações 
Pior: o Ministério do Esporte destinou APENAS R$ 13,6 milhões para alções do “esporte educacional”, conforme o orçamento de 2011.

 Mas o mesmo ministério aplicará espetaculares R$ 111,8 milhões ao “apoio à Copa do Mundo 2014”.
Isso que o ex-presidente Lula havia dito que dos cofres públicos não sairia um só tostão... Será que a presidente Dilma Rousseff sancionará o orçamento com essa aberração?

Melhor amigo do homem!

O cão é realmente o melhor amigo do homem.
Se você não acredita, faça a seguinte experiência.
Coloque seu cachorro e a sua esposa no porta-malas do carro e feche...
...depois de uma hora abra.
Quem estará realmente feliz em ver você ?

O caso Battisti e a Constituição

Renato Janine Ribeiro para O Estado de S.Paulo

O Supremo Tribunal Federal (STF), ao rever o caso Battisti, terá de se pronunciar, direta ou indiretamente, sobre dois pontos cruciais de nossa vida constitucional - o que não afeta somente os juristas, mas também os cidadãos, e nesta condição me exprimo. O primeiro ponto é o sentido de crime político. Nossa tradição constitucional proíbe a extradição por esse tipo de delito. Portanto, Cesare Battisti, culpado ou não, só poderia ser entregue à Itália caso seu crime não fosse político. Ora, à primeira vista os atos de que é acusado têm motivação política. O que torna difícil aceitar esse caráter talvez seja nossa tendência a achar que crimes políticos são bonitos, dignos, melhores do que crimes comuns. Em regra, sim. Criminosos políticos geralmente são pessoas perseguidas por delito de opinião - ou seja, não são criminosos, criminoso é quem os persegue, como em nossa ditadura - ou, em menor número de casos, pessoas que recorreram à violência, roubando e até matando, mas isso porque não podiam defender suas ideias, numa sociedade que carecia de liberdades políticas. Nessa descrição se encaixa a grande maioria dos delitos políticos e não há como lhes negar alguma ou mesmo muita nobreza.

Contudo o terror italiano dos anos 1970 - ou o colombiano das últimas décadas - se dá no interior de sociedades democráticas. Concordo que nem a Itália da época nem a Colômbia de hoje são modelos de perfeição política, mas o fato é que se podia e se pode organizar em partidos, disputar eleições, clamar pela apuração honesta de atos criminosos do poder. A questão que fica é: quem usa armas contra tais regimes, mesmo quando estes cometem injustiças, pode ser entendido como criminoso político? Isso é decisivo para o Brasil e a América Latina, criadora do conceito de asilo político. Podemos, como disse acima, sair do conceito heroico e bonito de crime político e aceitar que certos crimes praticados na democracia ou com crueldade são políticos e merecem, pois, asilo. Ou podemos - mas esta é uma novidade cujo preço deve ser meditado - pensar que quem se revolta contra autoridades legitimamente constituídas, eleitas democraticamente, num país em que vige o Estado de Direito, não merece ser considerado criminoso político. Ou seja, as fronteiras da política seriam as da democracia. Lutar contra a democracia seria negar a política. Não seriam criminosos políticos os que violam direitos humanos, procuram acabar com as eleições e impor uma ditadura. Será isso mesmo? Ou será que até democracias têm sua parte de sombra, como a Turquia, Estado de Direito, mas no qual os curdos têm dificuldade de se organizar para defender seus direitos?

Perder o emprego ou ser demitido

Perder o emprego é menos estressante do que esperar a demissão

Perder o emprego pode ser uma experiência extremamente estressante, mas uma pesquisa feita pela Associação Americana de Psicologia (APA) indica que a resiliência dos indivíduos desempregados pode ser maior do que se imagina. Essas pessoas muitas vezes afirmam estarem mais satisfeitas com a vida do que antes de perderem seus empregos.
“Em diversos países, o desemprego vem aumentando. Essa é uma preocupação que tem implicações em longo prazo, especialmente na saúde mental e na sensação de bem-estar de um trabalhador. Mas a nossa análise sugere que as pessoas são hábeis para lidar com a perda do emprego em curto prazo”, diz Isaac Galatzer-Levy, pesquisador da Universidade de Nova York, nos EUA.

Galatzer-Levy e sua equipe – cujo trabalho foi publicado no periódico Journal of Neuroscience – analisaram os dados de uma pesquisa feita na Alemanha entre 1984 e 2003. Foram escolhidas as informações de mais de 770 participantes que haviam perdido o emprego em algum momento durante os quase 20 anos da pesquisa. Esses participantes também haviam respondido a um questionário sobre bem-estar nos anos anteriores ao seu “recesso” trabalhista e novamente após a perda do emprego.

O questionário tinha perguntas como “o que você acha da sua vida como um todo?”, nas quais o participante indicava em uma escala de 0 a 10 seu nível de satisfação. Além disso, a pesquisa tinha dados sobre sexo, idade, nível educacional e histórico trabalhista.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dívidas do Governo Federal

Passivo judicial da União ultrapassa R$ 390 bi e assombra gestão Dilma
O Estado de S.Paulo

Um fantasma de R$ 390,8 bilhões assombra o governo Dilma Rousseff. A cifra representa a soma das principais ações que tramitam na Justiça contra a União e que podem, num cenário pessimista, gerar novos esqueletos a serem bancados pelos cofres públicos.

A Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela defesa do governo nos tribunais, mantém um acompanhamento sistemático sobre as ações que representam "riscos fiscais", como elas são classificadas. Apesar das vitórias obtidas em casos emblemáticos, como do crédito-prêmio do Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) em 2009, há situações nas quais as derrotas têm se acumulado.

Um exemplo disso é o embate com empresas e associações do setor de açúcar e álcool sobre indenizações por conta do congelamento de preços praticado ainda no governo Sarney (1985-1990). Já foram identificadas mais de 150 ações tratando do tema. O valor dos pedidos pode bater os R$ 50 bilhões.

"Estão sendo obtidas vitórias pontuais, reduzindo consideravelmente o valor das indenizações pretendidas, mas a União foi vencida na maioria das ações", afirmam os técnicos da Procuradoria-Geral da União, em relatório ao qual o Estado teve acesso.

Os prejuízos potenciais que mais preocupam o governo, entretanto, são os provenientes de disputas sobre a cobrança de impostos. "Do ponto de vista econômico, as questões tributárias são as mais relevantes", reconheceu o ministro Luís Inácio Adams, da AGU.

Duas ações em especial estão no radar dos advogados porque podem voltar a ser discutidas ainda este ano pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois casos envolvem cobrança de impostos. Em jogo está uma fatura de mais de R$ 130 bilhões. A expectativa é que as duas questões voltem à pauta do STF assim que sair a indicação do substituto do ex-ministro Eros Grau, que se aposentou em agosto passado.

Uma dos temas é a cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nas receitas financeiras de bancos, seguradoras e outras instituições. O tributo passou a ser cobrado em 1999, mas os contribuintes alegam que ele só deveria incidir sobre o dinheiro obtido com a cobrança de tarifas.

"A receita advinda da prestação de serviços inclui também a auferida com a intermediação financeira, que é o serviço por excelência que a instituição presta. Do nosso ponto de vista, é óbvio que essa receita também está na base de cálculo da Cofins", disse Fabrício da Soller, procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, órgão que cuida de questões tributárias.

A renda ameaçada

Opinião do Estadão

Sob os dados auspiciosos do mercado de trabalho - queda recorde do desemprego, aumento proporcional do número de empregos com carteira assinada, redução das diferenças regionais, entre outros -, ressurge com vigor um mal que durante anos castigou os brasileiros. A inflação em alta já corrói a renda dos trabalhadores e, se não contida, turvará ainda mais os bons resultados do mercado de trabalho.

Todos os dados de 2010 da Pesquisa Mensal de Emprego feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são positivos, inclusive os relativos à renda. Entre novembro e dezembro do ano passado, o índice de desemprego caiu de 5,7% para 5,3% da força de trabalho. Na média anual, o índice ficou em 6,7%, bem abaixo da média de 8,1% apurada em 2009, ano em que a crise internacional mais afetou o desempenho da economia brasileira. Em 2003 era de 12,5%.

Em dezembro do ano passado, o total de empregados nas seis principais regiões metropolitanas do País, que são abrangidas pela pesquisa, chegou a 22 milhões de pessoas, o maior número da série iniciada em 2002. O total de desempregados, de 1,6 milhão, foi o menor da série.

No fim de 2010, a renda real média do trabalhador foi 3,8% maior do que a do fim de 2009. O resultado seria ainda melhor se, em dezembro, não tivesse havido uma queda, de 0,7%, em relação a novembro.

Por que, num período de aquecimento de produção e consumo, com efeitos positivos sobre o emprego, a renda caiu? "A inflação funcionou como uma barreira ao progresso do rendimento", disse o gerente da pesquisa do IBGE, economista Cimar Azeredo.

Outros economistas concordam com essa explicação. Um deles, o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Armando Castelar Pinheiro, acrescenta que "a inflação é muito ruim para a renda, porque ela vem sempre antes de qualquer reajuste de reposição salarial que o trabalhador possa ter". É uma corrida em que o trabalhador perde sempre.

Qual é a resistência da inflação? Ou, como gostaria de saber o trabalhador, quanto mais e até quando a inflação corroerá sua renda?

A ata da reunião em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar de 10,75% para 11,25% o juro básico da economia reconhece que "o cenário prospectivo para a inflação evoluiu desfavoravelmente". Embora admita que a alta dos preços dos alimentos possa deteriorar as expectativas com relação à inflação futura e até impulsionar a elevação de outros preços, a ata atribuiu a aceleração inflacionária dos últimos meses apenas ao item alimentação.

Se fosse essa a única - ou a decisiva - causa para o recrudescimento da inflação, dentro de algum tempo, com a acomodação dos preços internacionais das principais commodities agrícolas, seu efeito sobre os preços internos começaria a se dissipar, desanuviando o cenário para os meses seguintes. Fatores internos que fizeram subir o preço dos alimentos - desastres naturais em áreas produtoras de hortifrutigranjeiros e clima desfavorável em outras regiões (excesso de chuvas em umas, seca em outras)-, de sua parte, tendem a perder força daqui para a frente.

O que a análise da evolução dos preços nas últimas semanas mostra, porém, é que a alta, inicialmente concentrada na alimentação, se dissemina para outros itens. Além de alimentos e bebidas, também serviços como aluguel, condomínio, barbeiro, empregado doméstico e conserto de automóvel ficaram mais caros. Não se trata de aumentos sazonais ou localizados - como são os de itens como transportes, fortemente dependentes das tarifas do transporte público -, mas de um comportamento que se espalha por diversos setores da economia.

O que antes era uma inflação de causa determinada agora é um movimento mais forte e amplo. Boa parte do governo, no entanto, ainda não entendeu a mudança e, por isso, não reconhece os riscos e não adota as medidas necessárias para afastá-los, sobretudo o corte de despesas públicas por meio do qual seria possível frear a demanda interna. Pior para os trabalhadores.

Fantasmas urbanos

Luiz Caversan (*)

Na penumbra, parece até gente. Quer dizer, quase gente, gente parada, estática, que não se sabe se está indo ou voltando.
Foi assim que as vi pela primeira vez, aquelas quatro figuras paradas no meio da praça Marechal Deodoro, região central de São Paulo, pertinho aqui de casa.

A primeira impressão, juro, foi a de que tratava-se de apenas mais uma turma de fumadores de crack, que aos bandos zanzam pela região, depois que a municipalidade resolveu dar seguidas blitze na chamada cracolândia, que fica a mais ou menos uns três quilômetros daqui.
Não eram fumadores de crack em surto paralisante, não, eram estátuas mesmo. Ou esculturas, encomendadas e instaladas na antigamente bela praça Marechal Deodoro pelo sindicato dos trabalhadores em empresas de serviços de conservação e limpeza, numa homenagem a esses bravos profissionais.
Assim é que desde o dia do aniversário de São Paulo ali estão, perpetuados em bronze dourado, o gari, a mulher do cafezinho, a moça da limpeza e o jardineiro, todos em "pose" de trabalho e em tamanho natural.

Achei bacana a homenagem, mesmo porque, para que ela ocorresse, deram também um trato na praça, removendo a sujeira acumulada e embelezando os jardins com plantas floridas. Teve até um show no dia da inauguração.
Mas toda vez que agora passo pela praça, sinto um ligeiro mal estar: peças tão bem tratadas e no entanto cercadas, em todo o entorno, de gente tão destruída, arrasada, deteriorada, se é que se pode dizer isso de gente consumida pelo crack.

Farrapos enrolando restos de humanidade.
Assim como a praça e as estátuas, esses indigentes se abrigam sob a imensidão do elevado Costa e Silva, o famigerado Minhocão, e ali depositam e purgam e expõe suas desgraças.

Durante o dia, dormem esparramados em qualquer lugar, à noite tornam-se zumbis alucinados em busca de alguma coisa que a droga coloca na sua frente como um objetivo inalcançável, tornando sua loucura, além de abjeta do ponto de vista da saúde pública, a um só tempo comovente e apavorante.
São fantasmas urbanos que às dezenas se espalham pela área, sub-cidadãos desclassificados e sem destino ou rumo, perdidos num delírio desesperado.

Querem acabar com a cracolândia sem acabar com o crack ou sem dar destino aos fumadores, como?
Eles não têm para onde ir, não sabem o que fazer, não têm como sair do buraco gosmento em que se meteram.

Precisam de ajuda, que não vem ou é insuficiente.
Num certo sentido, as assépticas estátuas do "pessoal da limpeza" que agora lhes fazem companhia meio que simbolizam sua sujeira e sua presença incômoda.

Um, mais um, triste paradoxo dessa cidade que tenta se reinventar, mas não consegue...

(*) Jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa da Folha de São Paulo.

Ceasa de Belém abandonada!!!!

Descaso faz movimento cair na Ceasa
O Liberal 

Saneamento - Responsável pelo abastecimento da cidade, central é dominada pelo lixo

A Central de Abastecimento do Pará S.A. (Ceasa), responsável por fornecer frutas, legumes, verduras, raízes e hortaliças a feiras, supermercados e consumidores da Região Metropolitana de Belém (RMB) pelos menores preços, mostra sinais de abandono e falta de gestão. Os problemas acumulados nos últimos quatro anos afastam clientes. As vendas já caíram pelo menos 40% e os mais de 200 trabalhadores permissionários fazem de tudo para manter a freguesia. Para algumas situações, a administração do mercado parece desviar o olhar, principalmente para a coleta de lixo. Há resíduos em avançada decomposição espalhados, buracos nas vias, falta de iluminação, água e segurança.

Quem vai à Ceasa pela madrugada se depara com vias escuras. Faltam luminárias em diversos trechos da estrada e do mercado. Sem luz, fica difícil visualizar os inúmeros desníveis no asfalto e buracos presentes na estrada de acesso e na central. Assaltantes aproveitam a escuridão para fazer vítimas. Com as vias cheias de buracos, trabalhadores que movimentam carrinhos perdem mercadorias e têm problemas musculares. Com as chuvas dos últimos dias, os buracos se tornaram poças de lama. A sinalização de trânsito é inexistente, tornando o tráfego uma grande confusão.

Apesar destes problemas, o lixo é uma das maiores preocupações. Em diversos pontos há montes de resíduos com produtos orgânicos, caixas de madeira, papelão e sacos plásticos. Os contêineres ficam lotados rapidamente e o lixo acaba sendo jogado no chão. Os rejeitos entopem bueiros. Quando há chuva forte, as vias ficam alagadas, pois a água não consegue escoar. Os trabalhadores são obrigados a conviver com o mau-cheiro, moscas, ratos, baratas e mosquitos atraídos pela sujeira.

Nota do Blog: Se o Ceasa da Capital está abandonado como é que se pode querer que esse mesmo Estado instale um Ceasa no interior. Muita idiotice sua, não é Antenor, ter esse delírio ....

Impressões iniciais

Sergio Fausto (*)

A esta altura não é possível ter mais do que impressões a respeito do governo Dilma Rousseff. E elas não são ruins. Em especial por uma ausência notável: Lula. Sinto-me como quem se recupera de uma intoxicação alimentar depois de se ver forçado a engolir quantidades excessivas de uma comida de qualidade duvidosa. O silêncio inicial de Dilma é a bem-vinda dieta de chá com maçã raspada.

O ex-presidente merece reconhecimento. Em seu primeiro mandato deu respaldo político firme à política econômica não petista da dupla Palocci e Meirelles, protegendo-a do intenso "fogo amigo" disparado pelo PT, de fora e de dentro do governo.

Tivesse sido diferente, o panorama econômico seria outro, e pior. Também importante foi a substituição do Fome Zero, bandeira da campanha eleitoral, pelo Bolsa-Família. O primeiro trazia a marca da esquerda cristã, remanescente das origens do PT, e padecia de problemas conceituais e operacionais graves. Já o segundo faz parte da família de programas de transferência de renda que se espalharam na América Latina a partir dos anos 1990, sob os auspícios do Banco Mundial e do BID.

Não são uma panaceia, mas se mostraram razoavelmente bem-sucedidos na mitigação da pobreza. Mais uma prova de que o presidente não se deixou prender por dogmas ideológicos de seu partido.

No segundo mandato, porém, inebriado pelo sucesso, Lula desandou a dizer disparates (muitos e em quantidades cada vez maiores) e a cometer equívocos. Na política externa, o maior de todos foi a aproximação política com o Irã e o desastrado acordo que supostamente daria solução alternativa à imposição de sanções àquele país pelo Conselho de Segurança da ONU. Lula ergueu o braço de Ahmadinejad em Teerã, para no dia seguinte assistir aos Estados Unidos rechaçarem o acordo, com o apoio da China e da Rússia, que o ex-presidente ingenuamente imaginou atrair para a posição brasileira. Tratou-se de uma aventura em que Lula se deixou levar pelos maus conselhos de seu chanceler e pela imensidão de seu ego.

Prédio de 32 andares desaba em Belém

Prédio que desabou
Dados do Jornal Folha de São Paulo 
A tranquilidade dos moradores de Belém foi quebrada na tarde deste sábado (29) por uma tragédia: um edifício em construção de 32 andares da empresa Real desabou na rua 3 de Maio com avenida José Malcher. Foram dadas como desaparecidas sete pessoas entre elas 4 trabalhadores que estavam no prédio.Cerca de 100 famílias ficaram desalojadas e algumas casas e edifícios próximo ao local do desmoronamento foram atingidas. Em pouco tempo tudo ficou reduzido a escombros e poeira.

O corpo da mulher encontrado na manhã deste domingo entre os escombros do prédio que desabou é de Maria Raimunda Fonseca dos Santos, 67. Ela morava em uma das casas vizinhas que foram soterradas, segundo informações do Corpo de Bombeiros.

O edifício que desabou tinha 32 andares e estava em fase de acabamento. Ainda não havia moradores no prédio.

A avenida Magalhães Barata, as travessas 9 de Janeiro e 3 de Maio até a rua 14 de Abril estão interditadas.

Duas pessoas já foram resgatadas com vida em uma casa vizinha destruída no desabamento.

A empresa dona do prédio, Real Class SPE, que faz parte do grupo da construtora Real Engenharia, divulgou nota à imprensa afirmando que "lamenta o ocorrido", ser "solidária com todos os envolvidos no acidente" e que "não medirá esforços para investigar as causas do episódio e dar assistência às pessoas atingidas pelo sinistro".

A nota afirma ainda que a Real Engenharia atua há 27 anos no mercado de construção e incorporação na região metropolitana de Belém, e que já entregou 11 empreendimentos, num total de 600 residências.

Segundo um funcionário da imobiliária responsável pelas vendas no edifício, o Real Class começou a ser construído em 2008 e seria entregue em dezembro deste ano. O prédio tinha 60 apartamentos, com 122 m2 e três suítes cada um. De acordo com ele, 70% das unidades já haviam sido vendidas, por cerca de R$ 500 mil.

Pelo menos dois prédios residenciais vizinhos foram evacuados. Um deles, de 16 andares, corre risco de desabar.

Nos dias atuais

Primeira noite dos recém-casados.
Na cama, a moça diz ao rapaz:
- Sabe amor... Eu não disse a você, mas eu não sei fazer nada de nada!
Então responde o rapaz, todo cheio de si, se achando a última bolacha do pacote:
- Não se preocupe minha querida! Você tira a roupa, deita-se sobre a cama, e deixa o restante comigo.
E ela muito meiga, responde:
- Não, querido! Fazer amor eu faço desde os 12 anos, o que não sei é... lavar, passar, cozinhar, arrumar a casa...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Os "velhinhos" e o ENEM

Enem teve mais de 4.000 candidatos com idade acima dos 60 anos

Entre os 3,3 milhões de estudantes que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2010, um grupo de 4.268 candidatos tinha um perfil diferente do que é tradicionalmente esperado. Eram pessoas com mais de 60 anos que se misturaram aos jovens vestibulandos na disputa de vagas em universidades públicas. Entre os 100 participantes mais velhos, as idades variaram entre 64 e 76 anos.

Nélia Albuquerque, moradora do Rio de Janeiro, com seis netos e três bisnetos, foi a mais velha participante do Enem em 2010. Aos 76 anos, ela decidiu participar da prova por insistência de um dos netos. Parou de estudar ainda na juventude e em 2008 passou a frequentar turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos), onde concluiu o ensino médio.

"Eu gosto de estudar, de ler, foi sem pretensão nenhuma. Os dois dias foram extenuantes, terminar as 180 questões não foi fácil, mas respondi tudo e não deixei nada em branco", conta.

Apesar do resultado satisfatório --ela fez mais de 450 pontos em todas as provas--, Nélia não pretende utilizar a nota para tentar uma vaga em universidade pública ou uma bolsa do ProUni (Programa Universidade para Todos). "Com essa idade não dá mais. Mas foi uma motivação porque a gente estuda, vê coisas novas e não fica só parada dentro de casa", diz a candidata.

O percentual de participantes do Enem que já deixaram a escola tem crescido a cada edição. Para o MEC (Ministério da Educação), uma das explicações para o aumento desse novo público está na possibilidade de utilizar a nota do exame para conseguir certificação de ensino médio. Desde 2009, adultos acima de 18 anos podem obter o certificado de conclusão mesmo sem ter frequentado a escola regular. Para isso, precisam alcançar um mínimo de 400 pontos em cada prova e 500 na redação.

Cerca de 353 mil participantes declararam na inscrição que fariam o Enem pela certificação. Desse total, 100 mil alcançaram nota mínima --entre eles, 1.112 presidiários. A emissão dos certificados é feita pelas secretarias estaduais de Educação.

Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, o Enem se tornou uma "chave-mestra que abre muitas portas. Além de permitir aos jovens de altíssimo desempenho conquistar uma vaga em um curso de medicina de elevada demanda, o Enem possibilita, com a mesma prova, que uma pessoa humilde com quase 80 anos certifique a conclusão dos estudos e volte a sonhar com perspectivas educacionais", defendeu Haddad.

Aos 73 anos, o militar aposentado Roberto do Prado, de Jacareí (84 km de SP), quis fazer o Enem para conhecer "aquilo que todo mundo falava". "Quis saber o padrão em que eu estava de ensino. "A prova, na verdade, derruba toda a garotada porque exige cultura geral, uma visão global do Brasil e do mundo. E a pessoa que não gosta de ler está perdida, a garotada normalmente não tem esse hábito", afirma.

Escondidinho de mandioca com carne de sol

Ingredientes
300 gramas de mandioca
2 colheres de azeite de oliva
2 dentes de alho
1 tablete de caldo de legumes
100 gramas de queijo parmesão ralado
1/2 quilo de carne de sol
2 colheres de manteiga
1 cebola grande
100 gramas de requeijão
1 tomate sem pele cortado em cubos

Modo de preparo
Descasque a mandioca, depois lave e corte em pedaços. 
Coloque em uma panela para cozinhar com um pouco de água e sal. 
Depois de cozida, escorra a água e amasse até o ponto de um purê.
Em outra panela, faça um refogado com azeite de oliva, 2 dentes de alho, e 1 colher de sobremesa de caldo de legumes. 
Junte a mandioca amassada e deixe apurar por 20 minutos.
Corte a carne em pedaços. 
Cozinhe trocando a água por três vezes, para tirar todo o sal. 
Em seguida, desfie a carne de sol e reserve. 
Em uma panela, coloque a manteiga, a carne de sol, a cebola, o tomate e requeijão, deixe apurar por 10 minutos e reserve.

Montagem
Em uma forma, coloque a mandioca, por cima a carne de sol com o requeijão, em seguida outra camada de mandioca e, por último, o queijo parmesão ralado.
Levar ao forno para gratinar.

Uma deliciosa receita do Restaurante Consulado Mineiro.
Quem estiver ou for a São Paulo ele se localiza na :
Rua Cônego Eugênio Leite, 504, Pinheiros, tel.: 0/xx/11/3898-3241
Vale a pena conferir

Tortura não mais

Eliane Cantanhêde

Sabe qual a principal notícia, entre a vinda de Barack Obama em março, a discussão do salário mínimo, o presidente do TCU recebendo uma baba para palestras em órgãos que o tribunal investiga, o pobrezinho do Maranhão pagando rios de dinheiro para ex-governadores?

Na minha opinião, é a notícia publicada hoje pelo jornalista Evandro Éboli no jornal "O Globo" de que a Secretaria de Direitos Humanos vai enviar ao Congresso um projeto criando uma comissão especial para... investigar tortura nas prisões!

Muito se fala, com justo horror e asco, da tortura, das mortes e dos desaparecimentos de militantes políticos ocorridos durante o regime militar (1964-1985), mas a gente finge que não vê, não sabe, nunca ouvir falar em tortura de preso pobre e jogado em cadeias e penitenciárias pelo país afora.

Dá tontura só de pensar no que esses homens e mulheres passam nas cadeias, muitas vezes tratados como seres sub-humanos e roucos de tanto gritar sem que ninguém os ouça e os acuda, afora ONGs e voluntários esparsos e corajosos.

Para lembrar de um caso emblemático: aquele menina trancafiada numa cela só de homens no Pará, estuprada, maltratada, humilhada, marcada no corpo e na alma para todo o sempre.

Pelo projeto, a comissão terá onze membros, incluindo médico, psicólogo, arquiteto e assistente social, entre outros, e terá o poder de entrar nas cadeias e penitenciárias sem aviso prévio, sem consentimento dos diretores. Pode também ir atrás de uma denúncia, anônima ou não, ou simplesmente decidir ir por vontade própria.

A ideia vem do secretário anterior, Paulo Vannuchi, e foi bem encampada por sua sucessora, Maria do Rosário. Eles e ela - a comissão - têm a cara do Brasil que a gente vai construindo aos trancos e barrancos: um país mais desenvolvido, mais democrático, mais justo e mais humano.

Criminosos, por piores que tenham sido seus crimes, têm direito à Justiça, ao respeito e a um tratamento humano edigno proporcionado pelo Estado. Até porque somos nós que pagamos, não um brutamontes qualquer que usa o cargo, o distintivo e o poder fugaz para descontar no outro suas mágoas da vida.

(*) Jornalista e Colunista da Folha de São Paulo desde 1997.

Que cada um assuma seus "erres"

Blog do Juca Kfouri - Charge www.byguedex.com.br


Alerta médico

Todo mundo precisa tomar água, mas as pessoas idosas, mais ainda
Arnaldo Lichtenstein (*)

Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta: "Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?" Alguns arriscam: "Tumor na cabeça". Eu digo: "Não". Outros apostam: "Mal de Alzheimer". Respondo, novamente: "Não". A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratamse com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.

Insisto: não é brincadeira. Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.

Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo "pede" água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.

Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água. Conclusão: idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente - e o verão já vem aí - ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas. O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.

(*) Médico, é Clínico-Geral do Hospital das Clínicas e Professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Lamenta-se, apenas, lamenta-se


Abro a edição desta semana do Jornal O Estado do Tapajós, do amigo Miguel Oliveira e leio entre tantas noticias três que nos deixam perplexos e que nos fazem pensar até aonde chega à irresponsabilidade, incompetência, descaso de nossas autoridades municipais a respeito de assuntos prioritários, básicos e que deveriam ser tratados como mais que prioritários e que no mínimo já deveriam estar em fase de conclusão.
Doce ilusão.

1- Programa Minha Casa, Minha Vida. Não saiu do papel e concede à cidade de Santarém o título da única cidade no Brasil que foi contemplada pelo programa e as obras não foram sequer iniciadas. A “explicação” é de que está faltando à assinatura do contrato com a empresa vencedora da licitação (?) e que as obras deverão ser iniciadas no 2º semestre de 2011 e que serão construídas 3081 casas.

2- Por favor, não morram em Santarém. Podem morrer em outros municípios, estados, mas, por favor, não morram em Santarém. Motivo simples: Não tem mais lugar no cemitério da cidade e não há outro cemitério para enterrar os mortos. Simples. A “explicação” é que há dificuldades na localização de outra área.

3- Câmara deverá acelerar Plano Diretor – imagina-se que se trata de um Plano que envolva toda a cidade, mas apenas do que trata sobre a instalação de telefonia celular, uma vez que as atuais torres foram instaladas sem critérios e sem licenças prévias. Mas, fica a pergunta: E as demais situações da cidade como, por exemplo, terrenos baldios, calçadas irregulares, uso indevido de calçadas, falta de rampa de acessos em calçadas e edifícios, construções irregulares, enfim, algumas das muitas irregularidades que se observa na cidade, existe um Plano Diretor? Se existe porque não é aplicado?

Em razão disso tudo é de se ficar abismado como é possível se chegar a esses níveis de administração pública.

Por isso, lamenta-se, apenas, lamenta-se.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

É o fim da picada !!!!!!!!!!

Blog do Ricardo Noblat para O Globo


"Não desejava ser presidente do Senado. Estou fazendo com grande sacrifício"

José Sarney (PMDB-AP), às vésperas de se eleger presidente do Senado pela quarta vez.



Nota do Blog: Mas esse senhor é de uma cara de pau invejável. Deveria de há muito ter sido execrado da vida política , mas, insiste em não largar o osso e ainda vem dizer que faz sacrificio ....

Dez conselhos para viver a religião

Frei Betto (*)

1. Religue-se. Evite o solipsismo, o individualismo, a solidão nefasta. Religue-se ao mais profundo de si mesmo, lá onde se cultivam os bens infinitos; à natureza, da qual somos todos expressão e consciência; ao próximo, de quem inevitavelmente dependemos; a Deus, que nos ama incondicionalmente. Isto é religião, re-ligar.

2. Tenha presente que as religiões surgiram na história da humanidade há cerca de oito mil anos. A espiritualidade, porém, é tão antiga quanto a própria humanidade. Ela é o fundamento de toda religião, assim como o amor em relação à família. Busque na sua religião aprimorar a sua espiritualidade. Desconfie de religião que não cultiva a espiritualidade e prioriza dogmas, preceitos, mandamentos, hierarquias e leis.

3. Verifique se a sua religião está centrada no dom maior de Deus: a vida. religião centrada na autoridade, na doutrina, na ideia de pecado, na predestinação, é ópio do povo. “Vim para que todos tenham vida e vida em abundância”, disse Jesus (João 10,10). Portanto, a religião não pode manter-se indiferente a tudo que impede ou ameaça a vida: opressão, exclusão, submissão, discriminação, desqualificação de quem não abraça o mesmo credo.

4. Engaje-se numa comunidade religiosa comprometida com o aprimoramento da espiritualidade. Religião é comunhão. E imprima à sua comunidade caráter social: combate à miséria; solidariedade aos pobres e injustiçados; defesa intransigente da vida; denúncia das estruturas de morte; anúncio de um “outro mundo possível”, mais justo e livre, onde todos possam viver com dignidade e felicidade.

5. Interiorize sua experiência religiosa. Transforme o seu crer no seu fazer. Reduza a contradição entre a sua oração e a sua ação. Faça pelos outros o que gostaria que fizessem por você. Ame assim como Deus nos ama: incondicionalmente.

6. Ore. Religião sem oração é cardápio sem alimento. Reserve um momento de seu dia para encontrar-se com Deus no mais íntimo de si mesmo. Medite. Deixe o Espírito divino lapidar o seu espírito, desatar os seus nós interiores, dilatar sua capacidade amorosa.

7. Seja tolerante com as outras religiões, assim como gostaria que fossem com a sua. Livre-se de qualquer tendência fundamentalista de quem se julga dono da verdade e melhor intérprete da vontade de Deus. Procure dialogar com aqueles que manifestam crenças diferentes da sua. Quem ama não é intolerante.

8. Lembre-se: Deus não tem religião. Nós é que, ao institucionalizar diferentes experiências espirituais, criamos as religiões. Todas elas estão inseridas neste mundo em que vivemos e mantêm com ele uma intrínseca inter-relação. Toda religião desempenha, na sociedade em que se insere, um papel político, seja legitimando injustiças, ao se manter indiferente a elas, seja ao denunciá-las profeticamente em nome do princípio de que somos todos filhos e filhas de Deus. Portanto, temos o direito de fazer da humanidade uma família.

9. A árvore se conhece pelos frutos. Avalie se a sua religião é amorosa ou excludente, semeadoras de bênçãos ou arauto do inferno, serva do projeto de Deus na história humana ou do poder do dinheiro.

10. Deus é amor. Religião que não conduz ao amor não é coisa de Deus. Mais importante que ter fé, abraçar uma religião, frequentar templos, é amar. “Ainda que eu tivesse fé capaz de transportar montanhas, se não tivesse o amor isso de nada me serviria”, disse o apóstolo Paulo (1 Coríntios 13, 2). Mais vale um ateu que ama que um crente que odeia, discrimina e oprime. O amor é a raiz e o fruto de toda verdadeira religião; e a experiência de Deus, de toda autêntica fé.

(*) Religioso dominicano , escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco, Brasil), entre outros livros.
www.freibetto.org
twitter:@freibetto

Uma leitura feminina

Danuza Leão (*)

Não há nada que me deixe mais frustrada
do que pedir sorvete de sobremesa,
contar os minutos até ele chegar
e aí ver o garçom colocar na minha frente
uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.


Quanto mais sofisticado o restaurante,
menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um litro de sorvete bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser,
sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade..
A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual,
mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres
continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado,
mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,
mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,
esparramada no sofá,
mas se obriga a ir malhar.
E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar',
tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta
e existencialmente sem-graça,
enquanto a gente vai ficando melancolicamente
sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente
e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou
e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'....

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem,
podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete,
bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados,
a água batendo sem pressa no corpo,
o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
cinco bolas de sorvete de chocolate,
um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order',
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago...

 (*) Jornalista e escritora

A safadeza oficializada das aposentadorias (3)

Amazonas paga pensões vitalícias a ventríloquo, cantor e escritores
Folha de São Paulo

O governo do Amazonas paga pensões vitalícias de R$ 2.000 a R$ 4.500 a sete pessoas em homenagem a serviços prestados ao Estado. Entre os beneficiados estão escritores, um cantor e até um ventríloquo.
As pensões começaram a ser pagas em 2001. A última a ser autorizada foi em abril de 2010.
Pagamentos desse tipo já foram considerados inconstitucionais em outros Estados.

O governo estadual, por meio de assessoria de imprensa, afirmou que as leis foram aprovadas pela Assembleia Legislativa.
Uma das pensões favorece o poeta Luiz Bacellar. Ele teve sua pensão oficializada em Diário Oficial por uma lei de 16 de julho de 2008, pelos "relevantes serviços prestados à cultura amazonense".
Bacellar, 82, disse que é funcionário público estadual, atuando como conservador da coleção numismática (de moedas e medalhas) do Estado.
Questionado se a aposentadoria não era pelos serviços prestados à cultura do Estado, ele disse que estava doente e que não poderia mais falar com a reportagem.

Outro beneficiado é o ventríloquo Oscarino Farias Varlão, conhecido como Boneco Peteleco. Ele foi o primeiro agraciado com a pensão, em janeiro de 2001.
Varlão, 73, confirmou o recebimento da aposentadoria: "Não fui em quem pediu isso. Mas me apresentei em tudo que é cidade do Amazonas, para crianças e adultos e continuo trabalhando até hoje".

A reportagem da Folha não consegui localizar os outros beneficiários.
O Amazonas também paga pensões a três ex-governadores do Estado.

Vasco que tristeza!!!

Do Blog Bola de Meia/Jornal O Globo 

O Vasco não fez um ponto sequer ainda na Taça Guanabara. Prato cheio para os piadistas de plantão.

- Qual a diferença entre a letra i e o Vasco? O i tem um ponto

- Se até o trema, com dois pontos, caiu, imagina o Vasco...

- Tumulto nos arredores de São Januário: os ônibus não estão mais parando no local. Não tem ponto...

- Se o vasco precisar pegar um ônibus, onde vai achar um ponto?

- Novo domínio do site do Vasco: wwwcrvgcombr

Nota do Blog: Amigo Nelson Mota da 94 FM negócio agora é relaxar e esperar milagres ...
Com certeza em breve o Palmeiras estará nessa situação. Fogo de palha. Tal qual o Vasco o time é muito ruim . 

Eta transição cara !!!

Equipe de transição de Dilma custou quase R$ 1 milhão
Blog do Contas Abertas

Para “propiciar condições de funcionamento dos trabalhos da equipe de transição de governo” e “dar apoio ao candidato eleito”, a Presidência da República desembolsou cerca de R$ 509 mil em 2010. De acordo com informações do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi), o montante foi utilizado para cobrir despesas com passagens, diárias, serviços de telecomunicação, assinaturas de periódicos, dentre outras. Somado aos R$ 457,3 mil gastos com a remuneração dos membros do grupo, o custo da transição chega a R$ 966,6 mil.

O serviço que mais exigiu recursos foi o de locação de meios de transporte, que consumiu R$ 200 mil, seguido pelos serviços de telecomunicação, com R$ 169 mil. Outros R$ 97, 2 mil foram usados para pagar despesas com diárias e passagens da equipe de transição (veja a tabela). A maior parte desses dispêndios deve ser paga efetivamente ao longo dos primeiros meses de 2011.

Inicialmente estavam previstos R$ 2,8 milhões para serem utilizados na transferência de governo. Sem mudanças radicais na liderança do país, no entanto, o governo conseguiu economizar. Em 2006, com a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, nenhum centavo do R$ 1,8 milhão disponível no orçamento para a transição governamental foi aplicado.

Até o fim de dezembro, 29 pessoas haviam sido nomeadas para integrar a equipe de transição, segundo portarias publicadas no Diário Oficial da União. Os salários variaram de R$ 2,1 mil a R$ 11,4 mil. Ao todo, a folha de pagamento da equipe girou em torno de R$ 185,9 mil mensais (veja a tabela). A folha de pagamento do grupo, no entanto, ficou de fora da contabilidade do “apoio técnico e administrativo à equipe de transição de governo”.

A equipe, que tinha na coordenação o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), além dos petistas José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci, teve acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos da gestão anterior. O prazo para encerrar os trabalhos foi de até dez dias após o início do ano. A partir dessa data, os nomeados passaram a ser exonerados, conforme a lei.

Nota do Blog : De onde saiu esse cascalho todo????? Dinheiro dos tontos que pagam impostos já que os espertos, ficam isentos ou simplesmente não pagam mesmo ....Bando de urubús ...

Banco PanAmericano

Perguntei para um amigo expert na área de Controladoria como é possivel alguém conseguir fazer um desvio dessa proporção, como o divulgado quanto ao ocorrido no Banco PanAmericano do Grupo Silvio Santos, e demorar tanto para aparecer. Afinal um desvio de R$ 4 bilhões numa instituição financeira não acontece da noite para o dia.
Veja o seu relato:

Caro Antenor.
Essa tramoia feita no banco na minha opinião é roubo e ponto final.
Se o Panamericano tem um valor a receber e o vende, contabilmente (honesto, profissional) é simplesmente contabilizar uma baixa no valor a receber e o dinheiro recebido deve ser depositado na conta de banco(caixa) do Panamericano.
Então com este dinheiro o Panamericano poderia continuar fazer suas operações sem problemas financeiros. Simples não ?
O que se entende é que venderam o contas a receber e colocaram o dinheiro no bolso de quem os vendeu(diretores???).(roubo)

A fraude contábil, foi de não contabilizar a baixa do contas a receber na contabilidade do Panamericano. Isto significa que o valor demonstrado no contas a receber do Panamericano não tinha lastro, que eram os títulos a receber dos clientes.

Neste caso, tudo indica que o contador também faz parte da máfia...., pois não registrou a transação. Então todo o valor do contas a receber deve ser registrado como prejuízo, pois se o Panamericano não vai receber o dinheiro dos clientes, o valor de R$ 2.5 ou R$ 4.0 bi deve ser registrado como prejuízo. Simples também.....

Quanto a parte de Auditoria, a principio penso que faltou trabalho de analise e pesquisa, pois tudo que o balanço demonstra tem que ter “lastro”, e se o trabalho de Auditoria não foi feito adequadamente e os Contas a Receber não tinha lastro, meu caro, falha gravíssima do Auditor.( não dá para pensar que a empresa de Auditoria também faz parte da Máfia).
Como diz o Zagallo, Aí sim, aí tem coisa.......

O Banco Central deve ter aceitado os relatórios dos Auditores, pois tem leis que definem as responsabilidades dos Auditores , e penso que quando o Panamericano começou a ter problemas financeiros o Banco Central deve ter feito trabalhos de analises mais profundas e descobriu a Fraude, colocou a boca no trombone.

Resumindo:
- Roubo
- Diretores na cadeia(máfia)
- Contador (deve fazer parte da máfia)
- Auditoria ( deve se penalizada, trabalho mal feito)
- Banco central , fez o que deveria ser feito.
Espero que o resumo tenha ajudado.

Opinião do Blog : Caso haja alguma outra opinião a respeito, por favor fiquem à vontade em comentá-la.

Mina D'Água

Em discussão, quanto vale uma mina d’água preservada

Para os agricultores que estão recebendo para preservar as nascentes de Apuracana (PR), cada mina vale R$ 100 por mês.
Se plantassem soja no local, poderiam ultrapassar esse valor em 10% vendendo a produção a R$ 45 a saca (60 kg).
Quem planta café, teria renda bem maior.
Uma única saca de grão rende de R$ 250 a R$ 300 na região.

As comparações são grosseiras, por não considerarem custos e porque a área de preservação legalmente não poderia ser usada na agricultura.
Mas, é a partir daí que os produtores discutem quanto vale uma nascente.
Para quem precisa aproveitar cada centímetro de terra para tornar a propriedade viável, viver cercado de fontes naturais é motivo de lamentação.
O pagamento pelo serviço de preservação mudou esse quadro.

Não que os produtores tenham se tornado ambientalistas irredutíveis. Mas agora, enquanto falam do programa de compensação, se detêm nos interesses da coletividade e mostram satisfação por estarem preservando a natureza.
Questões de valor menos matemático. “Quando chove, vira um mundaréu de água. Compensa preservar porque a gente ocupa a água, para o gado, para beber. Só aqui perto, têm 12 famílias que bebem essa água”, afirma Paulo Fenato, produtor de café. Ele é um dos que mais recebem compensação por serviço ambiental. Sua área de 39 hectares possui dez minas.

O programa Oásis remunera a preservação de, no máximo, sete. Ele conta proteger todas e ganhar R$ 562 por mês. Para cumprir a legislação ambiental, não pode cultivar cerca de 15 hectares (38% da propriedade).
A família de Mauro Carlos de Assis comprou, na década de 70, área de 2,4 hectares encostada da cidade de Apucarana.
As oito minas que existem no terreno elevaram o preço do imóvel na época.
Hoje, porém, tornam a chácara aproveitável apenas para moradia, reclama o ex-ferroviário. Assis chegou a criar vacas de leite no local, mas atualmente só cultiva verduras, para garantir o recebimento de R$ 580 por mês pelo projeto Oásis. O terreno se tornou um mosaico de área de preservação e canteiros.

Ainda em recomposição, as áreas em volta das nascentes estão virando matagais. “O jeito é seguir a lei e aderir ao projeto para não ficar só no prejuízo”, afirma. “Para mim, a vantagem é morar no mato, praticame nte no meio da cidade.” Com 8,3 hectares, Valto Amadeu tem apenas 5 ha livres para plantio. Ele dedica a área ao café e trabalha com aviário de 10 mil frangos. A renda do grão é anual e a da avicultura chega a cada dois meses. Dinheiro mensal, só os R$ 128 do projeto Oásis. “Dá quase para pagar a conta da luz elétrica”, relata. Em sua avaliação, o valor de uma mina é maior para a cidade do que para quem trabalha no campo e, por isso, destinar 1% da conta da água à preservação não representa um investimento caro para ninguém. “É melhor uma torneira pingando do que uma torneira seca.”