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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Professor no Brasil

Professores no Brasil estão entre mais mal pagos em ranking internacional 

BBC Brasil 

O Brasil é o lanterninha em um ranking internacional que compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, levando em conta parâmetros como os salários dos professores, as condições de trabalho na escola e o desempenho escolar dos alunos. 

O ranking é de setembro do ano passado, mas volta à tona no momento em que o governo paranaense aprova uma redução nos benefícios previdenciários dos professores do Estado. 

A votação da lei elevou as tensões e levou a um tumulto no qual pelo menos 170 pessoas ficaram feridas após a repressão policial de um protesto de professores em Curitiba. 
Os professores paranaenses estão em greve desde sábado (25 de abril). 

Em São Paulo, professores da rede estadual estão em greve desde 13 de março, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho. 

O estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil 

Nele, o país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores, por exemplo. O valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra) fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas de Hungria e Indonésia. 

Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil). 

Os professores brasileiros também são responsáveis por mais estudantes na sala de aula: 32 alunos, em média, para cada orientador, comparado com 27 no segundo lugar, o Chile, e menos de 8 em Portugal. 

Combinando fatores como estes com o desempenho dos alunos – entre os piores entre os países pesquisados – a consultoria coloca o sistema educacional brasileiro como o mais ineficiente da lista. 

"Nossas conclusões sugerem que o Brasil deveria cuidar do salário dos professores para alcançar o objetivo da eficiência educacional", diz o relatório. Para a consultoria, a meta seria um salário quase três vezes maior que o atual. 

Deficiências no gasto 
Os dados mais recentes da OCDE mostram as debilidades no gasto educacional brasileiro. Segundo a organização, o gasto do governo brasileiro com educação cresceu rapidamente desde o ano 2000, atingindo 19% do seu orçamento em 2011 – a média da OCDE foi de 13%. 

O gasto público com educação chegou a 6,1% do PIB brasileiro, acima da média da OCDE de 5,6%, e à frente da proporção de outros latino-americanos como Chile (4,5%) e México (5,2%). 

Porém, o gasto do Brasil com a educação pública foi o segundo menor de todos os países da OCDE e parceiros – US 3.066, contra uma média de US$ 9.487. 
O país ficou em 34º no ranking de 35 países da organização.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O que acontece quando a educação vira mercadoria

Blog Posgraduando 

A Anhanguera Educacional tornou-se uma empresa S.A., com ações na bolsa de valores e uma agressiva política de compra de outras instituições. Depois de gastar R$ 800 milhões com a compra de 12 redes de ensino, o grupo tornou-se a maior rede de ensino do país. Só no ABC a Anhanguera já adquiriu a Faenac, em São Caetano, a Anchieta e a Uniban, em São Bernardo, a UniA e a UniABC, em Santo André. 

Com a aquisição de tantas faculdades, era de se esperar que houvesse mudanças no quadro de professores, promovendo assim um alinhamento com as diretrizes do grupo. 
No entanto, o que acabou acontecendo foi muito mais que isso. 

As demissões em massa 
Segundo dados da Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp), o Grupo Anhanguera demitiu apenas no Estado de São Paulo 1.497 professores. E esse número deve ser ainda maior, uma vez que há relatos de demissão em outros estados, como Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. 

Especula-se que a Anhanguera deseja reformular seu quadro com professores de titulação mais baixa. Segundo professores da Anhanguera, a instituição paga a um mestre o valor de R$ 38,00 por hora-aula e, agora, deverá pagar R$ 26,00 aos novos contratados. 

O outro lado 
Por nota, a Anhanguera Educacional afirma que “A Anhanguera realizou um grande ciclo de aquisições em 2011, com 12 instituições adquiridas, e que a atualização do corpo docente é necessária para adaptar os currículos das novas unidades ao padrão de qualidade dos cursos da Anhanguera. Neste ajuste, a instituição reduzirá o numero de professores temporários, mas também fará contratações de outros em regime integral”, diz a nota. 

Verdade seja dita 
A incoerência da nota publicada pelo grupo Anhanguera encontra-se no fato de que foram realizadas demissões radicais em praticamente todas as faculdades do grupo, ou seja, não foram apenas as 12 instituições adquiridas em 2011 que tiveram baixas em seu quadro docente. 

Outro aspecto curioso é que 2011 foi ano de avaliação institucional das faculdades do grupo pelo MEC, e os avaliadores do governo encontraram um quadro de professores mestres e doutores que não se encontram mais nas faculdades. A grande sacada aí é que legalmente, as universidades precisam ter ao menos 1/3 de professores com mestrado ou doutorado. Mas há o entendimento de que a porcentagem diz respeito ao número de docentes, não à quantidade de aulas dadas. 

E eu com isso? 
Imagine a situação absurda: professores qualificam-se com titulação de mestres e doutores e são penalizados exatamente porque estudam. 

Sem mencionar que as oportunidades de emprego para mestres e doutores vão acabar se reduzido às instituições públicas, principalmente em regiões como a Grande São Paulo, onde o grupo comprou grande parte das instituições. 

“Só dava aula naquela instituição. Sei que na região minhas opções diminuíram, pois não vou procurar nas que integram o grupo. Além disso, a qualidade do ensino fica prejudicada, uma vez que preferem contratar profissionais com menos experiência e estudo”, lamenta o professor em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. 

Para finalizar, a pergunta que não quer calar: “Por que será que o MEC não toma uma atitude a respeito deste sucateamento do ensino privado superior no país?”.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Em relatório, Cristovam propõe 15 novas fontes de financiamento para a educação

Agência Senado 

Já está pronto o relatório do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para a comissão temporária que estuda soluções para o financiamento da educação no Brasil. 
Em entrevista à Agência Senado, o senador afirmou que procurou propor não só fontes de financiamento, mas mudanças na educação do país. 
A expectativa é de que o texto seja votado pela comissão nas próximas semanas. 

- Primeiro eu analisei quanto custa ter uma educação realmente de qualidade. Eu não procurei como financiar o sistema que está aí, mas um novo sistema, que substitua o atual. Depois, eu identifiquei 15 fontes de financiamento, de onde tirar o dinheiro para isso – explicou o senador. Juntas, as 15 fontes de financiamento indicadas pelo texto teriam um potencial de arrecadação de R$ 887,9 bilhões em 2034. 
O valor é mais de 4 vezes superior aos R$ 215,9 bilhões que, segundo o senador, teriam de ser somados aos atuais investimentos para concretizar seu projeto de mudança na educação. 

Entre essas fontes estão, por exemplo, o aumento da produtividade que seria obtido com a educação, a emissão de títulos públicos pelo tesouro e o imposto sobre grandes fortunas. Há, ainda, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira para a Educação (CPME), que, criada, teria um potencial de financiamento de R$ 93,5 bilhões. 

Outra fonte apontada pelo senador é a redução nos sacrifícios fiscais decorrentes de renúncias e desonerações, que resultaria em R$ 249,8 bilhões ao ano. 
Outras fontes de recursos apontadas são uma taxa verde sobre combustíveis fósseis, recursos recuperados pela justiça nos casos de corrupção e contrabando e a suspensão dos gastos com publicidade do governo, que geraria uma economia de R$ 4,3 bilhões.

Atraso 
Para o senador, ao longo dos séculos, o Brasil sofreu por ter sua economia baseada em bens primários e baixa produtividade, sem contar com uma base educacional para servir ao avanço tecnológico. Para evitar que os fatos do passado se repitam, Cristovam sugere a criação do Sistema Nacional do Conhecimento e Inovação (SNCI), com a revolução da educação básica, a refundação da educação superior e implantação de um amplo programa de educação da população. 

A mudança na educação básica inclui a federalização das escolas, projeto antigo do senador. Para Cristovam, o modelo atual, municipalizado, divide as crianças por CEP, principalmente em razão da desigualdade entre os entes federativos. 
Além disso, a escola funcionaria em tempo integral.

O custo por aluno é de R$ 9,5 mil ao ano. Em uma projeção para 2034, o custo estimado com a educação básica seria de R$ 497 bilhões, o equivalente a 7,4% do PIB. 

O relatório também propõe investimentos em educação superior, com aumento de 67% nos investimentos. O valor seria elevado dos R$ 48 bilhões para R$ 80 bilhões em 2034. Outros R$ 63 bilhões por ano seriam usados em um programa de educação para eliminar o analfabetismo e formar um país de leitores cultos. 

O custo total para os três eixos sugeridos seria de R$ 640 bilhões, o equivalente a 9,6% do PIB estimado para 2034. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Escola é violenta com aluno, diz Cristovam Buarque

BBC Brasil 

Em entrevista exclusiva à BBC Brasil, Cristovam afirma que a escola no Brasil "está sem moral". "A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, não vai fazer diferença, porque o curso não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno na escola", explica. 

Ministro da Educação do governo Lula entre 2003 e 2004, Cristovam Buarque chegou a se candidatar à Presidência em 2006 levantando como principal bandeira a "revolução na educação de base". Ele acredita que só ela poderia resolver de vez o problema da violência e fazer com que a escola voltasse a ser respeitada no país. 

BBC Brasil - Como o senhor define o problema da violência nas escolas do Brasil? 
Por que ele acontece? 
Cristovam Buarque - A sociedade brasileira é uma sociedade muito violenta hoje, então as pessoas se sentem no direito de agir violentamente, às vezes, até não necessariamente com agressão física, mas com palavras. As escolas estão rodeadas de traficantes, a violência do meio influencia. O outro é o fato de que a escola não é uma instituição valorizada e, ao não ser valorizada, as crianças também entram na mesma onda da não valorização, se sentem no direito de quebrar os vidros, se sentem no direito de levar as coisas pra fora. Aqui mesmo na UnB (Universidade de Brasília), eu vi a enciclopédia britânica sendo rasgada, porque o aluno em vez de tirar o xérox da folha que ele precisava, arrancou a página e levou. Os próprios professores são tratados como seres sem importância, que ganham salários baixos. Além disso os jovens sabem que saindo com o curso ou sem, de tão ruim que são os cursos, ele sabe que não agrega muito na vida dele. Os alunos não veem retorno da escola. 

BBC Brasil - Quais as consequências da violência na escola para a educação no país? Cristovam Buarque - A escola desvalorizada gera violência, e a violência desmoraliza ainda mais a escola. Os professores hoje estão fugindo, porque o salário é baixo e há muito desrespeito com relação à profissão deles. Quando a gente analisa o concurso para entrar na universidade, o vestibular, os últimos cursos na preferência dos vestibulandos são pedagogia e licenciatura, isso gera um clima de desvalorização. Para entrar em medicina são 50 por vaga, para pedagogia às vezes têm mais vagas que candidatos. 
Isso gera desvalorização. E aí as pessoas ficam quebrando as coisas, são violentas. 
Cria um ciclo vicioso. A desvalorização da escola aliada à violência do país induz à violência dentro da escola. É preciso ter disciplina na escola, mas para o professor ser agente da disciplina, ele tem que ter moral. Só que a escola hoje está sem moral. 
Uma das coisas básicas da disciplina é o aluno chegar na hora. 
Como chegar na hora se nem o professor dele chega na hora? Se o professor dele ficou dois meses de greve? O professor se vai um dia, não vai outro. A ausência do professor no Brasil é tão grande quanto a do aluno. Eles faltam igualmente. Então está faltando moral na escola. 

BBC Brasil - Quais seriam as medidas a curto prazo para conter o problema? 
Cristovam Buarque - Eu não vejo como resolver isso no curto prazo, só se for atribuindo Valium (calmante) para todo aluno, se colocar Valium na merenda. Brincadeira, mas é que é difícil ver uma solução a curto prazo. Qual o caminho a médio e longo prazo? 
Valorizar a escola, hoje o salário médio do professor na escola é R$ 2 mil, se você pagar menos do que paga para quem vai ser engenheiro ou médico, os melhores não vêm, eles não vão querer ser professores. Você tem que ter um salário compensador, eu calculo R$ 9.500. Só que para merecer esse salário, tem que ter um processo muito rígido de seleção do aluno, para ver se a pessoa tem vocação, tem que quebrar a estabilidade plena de que o professor continue no cargo sem se aperfeiçoar, tem que ser uma estabilidade sujeita a avaliações. Para a escola ser respeitada, o prédio tem que ser respeitado. 
As pessoas não saem quebrando shopping, porque é um prédio bonito, confortável. 
As crianças se sentem desconfortáveis na escola, por isso que elas são violentas. 
A verdade é que a escola é mais violenta com o aluno do que o aluno com ela. 
Ela obriga o aluno ficar sentado 6, 7 horas numa cadeira desconfortável, num prédio feio e mal cuidado. Como fazer isso funcionar no Brasil a curto e médio prazo? 
Ir implantando isso por cidade. Leva 20 anos no país todo, mas precisa de um ou dois anos para fazer em uma cidade. E até lá, como faz? É o que estão fazendo, colocar polícia, bom diretor. A polícia tem que ficar longe da escola, mas no longo prazo. 
No curto prazo ela é uma necessidade, porque ela diminui a violência da sociedade que está na escola. Além disso, é preciso identificar os alunos violentos. 
Um só jovem faz uma violência que desmoraliza a escola inteira. Então identificando os jovens que são agentes da violência você resolve o problema, levando ao psicólogo, tratando esse jovem. 

BBC Brasil - O que o senhor acha do modelo de educação nas escolas de hoje? 
Cristovam Buarque - Não dá para seduzir uma criança com métodos seculares como quadro negro, tem que ser computador, vídeo. O professor tem que ser capaz de cavalgar a tecnologia da informação, de se comunicar com a criança usando o computador. 
E finalmente a escola tem que ser 6h ou 7h por dia. O menino se comporta melhor na escola que ele fica o dia inteiro porque ela passa a ser um pouco da casa dele, a escola tem que ser a extensão da casa da criança. 

BBC Brasil - Aprovou-se no ano passado a medida de destinar 10% do PIB pra educação. Esse dinheiro é suficiente? Então qual é o problema da educação hoje em dia (se não é dinheiro)?
Cristovam Buarque - O problema é dinheiro, mas não é só dinheiro. Se chover dinheiro no quintal da escola, a primeira chuva vira lama. Se aumentar muito o salário do professor agora, isso não vai mudar nada. Precisa de todas ações juntas, a revolução mesmo da educação. Para pagar os R$ 9 mil (para os professores), para construir as escolas novas, você precisa de 6,5% do PIB (na educação de base, sem contar investimentos nas universidades). Esse negocio de 10% do PIB foi uma farsa. Por que não colocaram 10% da receita? Porque ao dizer que é do PIB, ninguém sabe de onde vai sair o dinheiro. 
O PIB não existe, ele é um conceito abstrato de estatística. Para fazer a revolução a qual eu me refiro, nós precisamos para a educação de base R$ 441 bilhões em 20 anos, por isso que eu digo 6,4% do PIB. Se supõe que pré-sal vai dar R$ 225 bi, ele poderia ser uma fonte desse dinheiro. Eu peguei 15 fontes de onde a gente poderia conseguir esse dinheiro e com elas a gente pode chegar a R$ 750 bi. (Quais fontes?) São várias, não vou citar todas aqui. Mas por exemplo, quem vai querer um imposto sobre as grandes fortunas, reduzir publicidade do governo, eliminar subsídio que se dá para educação privada, porque se a pública vai ser boa, não precisa bancar a privada, ou então voltar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), só que fazer ela ser toda destinada pra educação, pegar 50% do lucro das estatais que vão pro governo, usar rentabilidade de reservas? Tudo isso dá o dinheiro que a gente precisa. Não precisa dos 10% do PIB. 
Isso não existe. Eu defendo a federalização das escolas para tornar o ensino público uma referência no Brasil. Hoje, das 196 mil escolas públicas que nós temos, pouco mais de 520 são federais e essas são boas. A seleção do professor é mais cuidadosa, as instalações são melhores o regime de trabalho é melhor. Temos que levar esse padrão para todas as outras.

domingo, 17 de agosto de 2014

Ranking de universidades no mundo e no Brasil

Revista Exame 

Universidade de Harvard
Como de costume, os Estados Unidos dominam as primeiras posições do AWUR (Academic Ranking of World Universities), ranking global de universidades também conhecido como índice de Xangai. 

A classificação chinesa é encabeçada por Harvard, Stanford e MIT (Massachusetts Institute of Technology). 

Entre as 15 melhores universidades, apenas duas não são americanas: Cambridge e Oxford, ambas do Reino Unido. 

A lista completa compreende 500 instituições. 
Desse total, seis são brasileiras: USP (144º lugar), UFMG (317º), UFRJ (318º), Unesp (362º), Unicamp (365º) e UFRGS (421º). 

Os critérios da avaliação incluem o número de prêmios Nobel recebidos por ex-alunos ou pesquisadores, bem como a quantidade de artigos publicados em revistas como a "Nature". 

Veja a seguir o ranking das 15 melhores universidades do mundo, segundo o índice de Xangai: 

1. Harvard University - USA 
2. Stanford University - USA 
3. Massachusetts Institute of Technology (MIT) - USA 
4. University of Califórnia ,Berkeley - USA 5. 
University of Cambridge - Reino Unido 
6. Princeton University - USA 
7. Califórnia Institute of Technology - USA 
8. Columbia University - USA 
9. University of Chicago - USA 
10. University of Oxford - Reino Unido 
11. Yale University - USA 
12. University of Califórnia, Los Angeles - USA 
13. Cornell University - USA 
14. University of Califórnia, San Diego - USA 
15. University of Washington - USA 

Das mil melhores universidades do mundo, 18 são brasileiras, de acordo com estudo do CWUR ( Center for World University Rankings). USP, UFRJ e Unicamp lideram a lista do Brasil. 
 USP- Universidade SPaulo


Os critérios principais para a classificação são o número de prêmios internacionais recebidos por ex-alunos e professores, bem como a quantidade de egressos em posições de liderança em grandes empresas. 

Somados, esses critérios correspondem a 75% da nota final de cada instituição, que vai de 0 a 100. A universidade brasileira mais bem avaliada, a USP, ficou com 49.82.
Veja a seguir a lista das 18 melhores do país:
131- Universidade de São Paulo (USP)- 
329- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
437- Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) 
496- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
585- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 
626- Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) 
683- Universidade Estadual Paulista (Unesp) 
845- Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 
852- Universidade Federal Fluminense (UFF) 
894- Universidade de Brasília (UnB)
898- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
919- Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) 
925- Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 
929- Universidade Federal do Paraná (UFPR) 
940- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 
964- Universidade Federal do Ceará (UFC) 
967- Universidade Federal da Bahia (UFBA) 
983- Universidade Federal do ABC (UFABC)

sábado, 17 de maio de 2014

Cortella: ‘A escola passou a ser vista como um espaço de salvação’

Estadão 

As expectativas das famílias em relação às escolas e o que elas oferecem - ou são, de fato, capazes de ofertar - está em descompasso. De um lado, há adultos cada vez menos presentes, seja pelo excesso de trabalho, pelos longos deslocamentos nas megalópoles ou até pela falta de paciência, que esperam que a escola ensine o conteúdo obrigatório e eduque os seus filhos. Do outro, as instituições se desdobram para dar conta de uma infinidade de disciplinas regulares e ainda são cobradas a disciplinar os alunos e abordar temas considerados pertinentes. Tudo em quatro horas diárias. 

As críticas são feitas pelo professor, educador e filósofo Mario Sergio Cortella, que lança nesta semana o livro Educação, Escola e Docência - Novos Tempos, Novas Atitudes.
"As famílias estão confundindo escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família. Muitas vezes, o casal não consegue, com o tempo que dispõe, formar seus filhos e passa a tarefa ao professor, responsável por 35, 40 alunos." 

Cortella, que há 16 anos não escreve livros na área educacional, fará dois lançamentos de Educação, Escola e Docência, ambos seguidos de palestras. O primeiro será para docentes, no dia 22, na feira Educar/Educador 2014, no Centro de Exposições Imigrantes. 
O segundo, para o público em geral, ocorrerá em 10 de junho, no Teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 

A seguir, Cortella fala sobre a necessidade de uma parceria entre escolas e famílias, o impacto da tecnologia e como tornar as aulas mais atraentes. 

- O senhor fala em métodos de ensino do século 19, docentes do século 20 e alunos do século 21. É possível resolver o descompasso? 
- A escola tem de ficar em estado de prontidão para acompanhar uma parcela das mudanças, que acontecem de forma extremamente veloz. Isso porque nem tudo o que vem do passado tem de ser levado adiante. A escola precisa distinguir o que vem do passado e deve ser protegido, ou seja, o que é tradicional, daquilo que precisa ser deixado para trás porque é arcaico. Autoridade docente, atenção ao conteúdo e formação de personalidade ética são valores tradicionais. A escola tem de estar atenta às mudanças tecnológicas, mas não se submeter a elas. Vou dar um exemplo. Imagine se em 2004, quando foi criado o Orkut, uma escola criasse um projeto pedagógico baseado nessa rede social. Como um projeto pedagógico demora 10, 12 anos para ser aplicado na sequência de seriação, hoje ele já estaria obsoleto. Já pensou se quando o pen drive foi lançado outra escola tivesse decidido que todos os alunos deveriam organizar seus materiais nesse formato, que, chegou-se a dizer, substituiria a mochila? Hoje, nenhum jovem usa pen drive: eles guardam tudo em nuvens. Portanto, o que digo é que a escola tem de ficar atenta ao novo, mas não ser refém. 

- Cada vez mais a aprendizagem ocorre fora do espaço escolar. O que é preciso fazer para conquistar o aluno quando tudo fora da escola parece mais interessante? 
- Vou te dizer uma coisa que parece óbvia: Ninguém deixa de se interessar por aquilo que interessa. Nós temos de saber o que interessa ao aluno para, a partir daí, chegar ao que é necessário. É preciso conhecer o universo circunstancial dos alunos: as músicas que eles estão ouvindo, o que estão assistindo de programas e vendo de desenho animado, para chegar à seleção do conteúdo científico necessário. Temos de partir do universo vivencial que o aluno carrega para chegar até aquilo que de fato é necessário acumular como cultura produzida pela humanidade. Hoje, a escola não pode ser extremamente abstrata, como no meu tempo. O conteúdo tem de ser conectado com o dia a dia. 

- O que as escolas precisam fazer para encantar as crianças? 
- É preciso incorporar o que elas já fazem. A geração anterior, de quem já tem mais de 30 anos, só se comunicava pelo telefone. Esta geração de crianças e jovens voltou a escrever - no Facebook, no Twitter, no WhatsApp, em blogs. A escola tem de aproveitar essa produção. Alguns até dirão que eles escrevem errado. Claro, todo mundo escreve errado antes de escrever certo. Podemos partir de uma escrita que não está no padrão para chegar à norma culta. 

- Conversando com pais e professores, a impressão é de que estão insatisfeitos. As famílias se queixam das escolas e as escolas, dos pais. O que acontece? 
- Antes de mais nada, não estamos diante do crime perfeito, em que só há vítimas. Temos autor também. E essa autoria é multifacetada. A escola foi soterrada nos últimos 30 anos com uma série de ocupações que ela não dá conta - e não dará. Em uma sociedade em que os adultos passaram a se ausentar da convivência com as crianças, seja por conta do excesso de trabalho, da distância nas megalópoles ou da falta de paciência para conviver com aqueles que têm menos idade, a escola ficou soterrada de tarefas. As famílias confundem escolarização com educação. É preciso lembrar que a escolarização é apenas uma parte da educação. Educar é tarefa da família. Muitas vezes, o casal não consegue, com o tempo de que dispõe, formar seus filhos e passa a tarefa ao professor, responsável por uma classe de 35 ou 40 alunos, tendo de lidar com educação artística, religiosa, ecológica, sexual, para o trânsito, contra a droga, português, matemática, história, biologia, língua estrangeira moderna, etc, etc, etc. A escola passou a ser vista como um espaço de salvação. 

- E como resolver a questão? 
- A família precisa retomar o seu papel, porque ter filho dá trabalho. Ou será que as pessoas não sabiam? Existe tempo, aplicação, reordenamento, partilha das tarefas. A escola não tem como dar conta de tudo o que dela hoje se requisita. Quando há um linchamento, querem que a escola fale sobre linchamento. O mesmo ocorre com briga em estádios, corrupção, etc. E nem adianta o pai ou a mãe dizer: "A gente paga, a gente quer o serviço". É preciso uma parceria entre a escola e as famílias. Uma ideia é manter, como algumas instituições fazem, uma escola de pais, com reuniões periódicas para ajudar as famílias na reflexão. 

- De que maneira a convivência reduzida das famílias com os filhos afeta a escola? 
- Nunca tivemos tanta agressividade dos alunos contra os docentes. Parte das crianças fica sozinha, come se quiser, vai de perua para a escola e quase não encontra adultos. Se é de classe média, o único adulto que ela encontra é a empregada, para quem ela dá ordem. Não há uma estrutura da disciplina. O primeiro adulto que ela encontra no dia é o professor, que pergunta cadê o uniforme, você fez a tarefa, guarde o celular. Claro que nessa hora a criança vem para cima. É uma geração que confunde desejos com direitos. É preciso uma educação que seja mais firme, mas isso exige tempo, e tempo é questão de prioridade.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Viva o País da Copa

Educação? Fotógrafa mostra escolas públicas em que 'falta tudo' 

UOL 

Escolas sem carteiras e sem banheiro, alunos sem livros e sem merenda escolar. Esses foram alguns dos problemas encontrados pela fotógrafa Cláudia Martini em escolas públicas de cinco Estados brasileiros. 


Convidada pelo MPF (Ministério Público Federal) a registrar unidades com os piores índices de desempenho escolar do país, Cláudia não teve dúvidas em aceitar o desafio, mas não imaginava o que veria em escolas de Alagoas, Amapá, Pará, Rio de Janeiro e Roraima. 

"É um absurdo. Voltei para casa completamente mexida, deprimida por ter visto crianças e professoras se esforçando tanto para manter uma escola em que falta tudo", confessa a fotógrafa. 

As imagens fazem parte da exposição "Escola?", aberta para visitação até 15 de maio no Memorial da Procuradoria Geral da República, em Brasília. Os registros de Cláudia serviram de base também para inquéritos dos Ministérios Públicos estaduais e federais no projeto MPEduc (Ministério Público pela Educação). 

Confira abaixo trechos da conversa com Cláudia Martini. 

UOL Educação - Sabendo dos municípios que você teria de visitar, como você selecionava as escolas para fotografar? 
Cláudia Martini - As escolas foram selecionadas por ordem decrescente do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Geralmente, quanto menor o Ideb pior era a escola. Recebi sugestões do Grupo de Trabalho Educação do Ministério Público Federal, pesquisei no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e abordei mães nas ruas das cidades, solicitando que me indicassem escolas que precisavam urgentemente de ajuda. 

UOL - As escolas com problemas em que você fez fotos eram exceção em cada uma das cidades? 
Cláudia - Infelizmente não. As escolas públicas que visitei apresentavam problemas estruturais, como rachaduras, infiltrações, fiação elétrica aparente, falta de acessibilidade para alunos portadores de necessidades especiais, quadros negros, mobiliário escolar, área de lazer e cozinhas em péssimas condições ou inadequadas; falta de ventiladores ou ar condicionado; livros didáticos não distribuídos, empilhados e estocados de forma inadequada. 

UOL - Quando perguntava para as crianças o que elas gostariam para a escola, que respostas recebeu? 
Cláudia - As recorrentes foram "merenda todo dia" (muitas crianças vão a escola para se alimentarem), banheiro, área de lazer, ventilador ou ar condicionado (o calor é insuportável dentro de algumas salas de aula) e transporte escolar. Algumas crianças chegam a andar quilômetros para chegar às escolas. 

UOL - E do que reclamavam os professores no seu caminho? 
Cláudia - Todos os tipos de reclamação. Me deparei com professoras exaustas porque se dividem entre educadoras, merendeiras, serviçais. Vi serviçal que se tornou professora da noite para dia e alegou não estar preparada para a função, mas disposta a ajudar no que fosse possível para que as crianças não parassem de estudar. Com professoras que sequer tinham um quadro negro para dar aula e com outra que tirava todo o dia o quadro da parede para que os cupins não o comessem de vez; com a falta de material didático e escolar; com a falta de banheiro. 

UOL - Após as andanças, o que você gostaria de mudar na educação do país? 
Cláudia - O descaso das autoridades e o despreparo dos gestores escolares. A profissionalização dos gestores escolares. Diretores comprometidos em instituir uma nova realidade, na unidade de ensino a que se dedicam, contribuiriam para formação de cidadãos ativos, capazes de exercer sua cidadania.

sábado, 3 de maio de 2014

Brasileiro medalhista de química passa em 4 universidades dos EUA

UOL 

Ramon Gonçalves, de 19 anos, é exemplo de que o esforço pessoal aliado ao apoio estudantil pode mudar a vida de alunos que sonham com uma graduação no exterior. Medalhista em olimpíadas de química e aprovado em cinco universidades internacionais (quatro americanas), o garoto fundou um projeto que ajuda jovens talentos a estudarem em boas escolas no país. 

Nascido em Belém, no Pará, ele sempre gostou da disciplina de química, mas acreditava que sua escola não dava o suporte necessário para que desenvolvesse seus conhecimentos. "Sentia que não acreditavam em mim. Meu grande sonho sempre foi estudar fora, mas eu não tinha ideia nenhuma de como era o processo para ser aceito", conta. 

O estudante foi 1º lugar na Olimpíada Paraense de Química e começou a estudar para a versão nacional. Diante da falta de preparação, Ramon resolveu ser ousado: mandou um e-mail para o coordenador da Olimpíada Brasileira de Química, Sérgio Mello, pedindo ajuda. 

Mello colocou Ramon em contato com o colégio Ari de Sá Cavalcante, em Fortaleza, que concedeu a ele bolsa integral de estudos. O jovem então se mudou para a cidade e morou em um pensionato com outros alunos da instituição. 

"No começo foi bem difícil a adaptação. Eu cheguei lá no finalzinho de julho. A olimpíada aconteceu em agosto. Os outros alunos tiveram cerca de seis meses para se preparar. Eu tive menos de um", lembra. 

A rotina de estudos de Ramon foi puxada. Das 8h às 12h, ele estudava para a olimpíada de química, e das 13h30 até as 20h, tinha aula preparatória para o exame do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). 

Conquistas 
Em agosto de 2011, Ramon conquistou a medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Química. No ano seguinte, participou da edição internacional, em Washington, nos Estados Unidos, onde foi agraciado também com o bronze. 

"Quando eu soube que tinha passado nem acreditava. Até o diretor da escola falava que os professores tinham tirado água de pedra", conta. O estudante lembra que foi bem na prova prática, mas a teórica exigiu rapidez de raciocínio. "Eram oito questões que se dividiam em muitas outras. Foram 59 páginas de prova." 

Já na edição ibero-americana veio a medalha de prata. Ela aconteceu em setembro de 2012, em Santa Fé, na Argentina. O evento reuniu 57 estudantes de 17 países. 

Em junho deste ano, ele participará na Finlândia do Millennium Youth Camp, iniciativa para jovens que se interessam por ciências naturais, matemática e tecnologia. 
Durante uma semana, os campistas são apresentados para empresas finlandesas e instituições de ensino superior. 

Como tarefa para ser aprovado, o estudante teve de fazer um projeto sobre recursos naturais renováveis. Foi assim que ele criou um estudo que prevê a substituição do petróleo por derivado da cana de açúcar no processo de criação de propano, principal ingrediente de plásticos como o polietileno e o polipropileno.

Tamanho esforço e dedicação renderam a Ramon a aprovação em cinco universidades internacionais: quatro norte-americanas (Cornell, Dartmouth, University of Southern Califórnia e Amherst) e a principal instituição finlandesa (University of Helsinki). 

"Estou em dúvida entre a Southern Califórnia e a Cornell, mas a questão financeira pesa muito, porque a mensalidade chega a ser em torno de 10 mil reais", conta. 
Caso não consiga bolsa de estudos, o estudante pretende recorrer ao governo brasileiro ou até mesmo fazer uma campanha para arrecadar dinheiro para os estudos no exterior. 

Projetos 
Ramon criou dois projetos para ajudar alunos do Brasil na preparação para vestibulares. 
Um deles, o "Clube do Estudante", é um canal atualizado com vídeos de exercícios resolvidos de provas das melhores instituições de ensino do país. 

Já o "Talentos sem Fronteiras" é uma iniciativa que coloca as escolas parceiras em contato com jovens promissores. "O projeto é justamente promover essas oportunidades que eu recebi. O aluno se inscreve, preenche dados acadêmicos, atividades extracurriculares e manda para o nosso banco de dados. As escolas analisam e pegam os talentos que elas acham que podem ajudar a lapidar", explica. 

O projeto foi criado no ano passado e atualmente conta com o apoio do colégio de Ramon em Fortaleza e do Poliedro.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

As razões de um fracasso

Estadão 

Depois da última edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que mais uma vez colocou o Brasil nas dez últimas posições de um ranking comparativo de 65 países, organizações não governamentais e entidades financiadas pela iniciativa privada passaram a pesquisar os fatores responsáveis pelo mau desempenho dos estudantes brasileiros em matemática, leitura, ciências e ao lidar com informações e problemas práticos da vida cotidiana. Promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde 2002, o Pisa mede e compara o quanto e como esses países preparam seus jovens para uma vida adulta produtiva. Aplicado a cada três anos, o Pisa avalia 500 mil estudantes em 34 países desenvolvidos e em outros 31 convidados - como é o caso do Brasil. 

Financiada pela Fundação Lemann, uma pesquisa ouviu cerca de 800 diretores de escolas que participaram da edição de 2012 do Pisa e identificou 19 fatores que explicam o mau desempenho do Brasil. Entre esses fatores, destacam-se problemas já conhecidos, como altas taxas de evasão nos cursos noturnos, absenteísmo dos professores e dos alunos, atrasos na chegada à escola, consumo de álcool e drogas por estudantes, bullying, falta de respeito pelos docentes, interrupções de aula e ambiente escolar. 

Divulgado pelo jornal O Globo, o estudo da Fundação Lemann constatou que esses problemas prejudicam o aprendizado nas escolas brasileiras mais do que na média dos países da OCDE. 

Para 24,57% dos diretores de escolas brasileiras entrevistados, as interrupções de aulas pelos estudantes prejudicam significativamente seu desempenho. 
Na OCDE, só 2,54% dos diretores de escolas reclamam desse problema. 
Em países como a Tailândia, Polônia, Canadá e Reino Unido, menos de 1% dos diretores de colégios apontam as interrupções como obstáculo para o aprendizado. Outro problema é o atraso dos alunos na entrada das salas de aula. Pelas pesquisas da OCDE, quando o índice de atraso é alto, a proficiência dos alunos tende a cair - e, inversamente, quando o índice de atrasos é baixo, o nível de aprendizado tende a ser mais alto. 
A pesquisa da Fundação Lemann mostrou que 9,18% dos diretores de escolas brasileiras consideram esse problema como grave e recorrente - na média da OCDE, somente 4,30% dos diretores de colégio se queixam dele. 

Um dos problemas que mais têm prejudicado o aumento do nível de aprendizagem nas escolas brasileiras de ensino fundamental e de ensino médio, principalmente as situadas em bairros mais pobres e na periferia das regiões metropolitanas, é a agressividade dos alunos e a falta de respeito com os professores. Segundo o estudo da Fundação Lemann, 14,08% dos dirigentes escolares brasileiros entrevistados consideram esse problema preocupante. Eles alegam que a falta de respeito, além de colocar em risco a autoridade dos docentes em sala de aula, atrapalha o aprendizado dos alunos bons. 
Na média dos países da OCDE, apenas 1,88% dos diretores de escolas reclama da alta frequência de xingamentos e ameaças aos professores. 

A pesquisa da Fundação Lemann mostra ainda que as dificuldades de aprendizagem dos estudantes brasileiros estão associadas à falta de empenho do professorado, à falta de planejamento escolar e à leniência nas avaliações - fatores que não estimulariam os alunos a atingir seu pleno potencial. A pesquisa mostrou que 8,32% dos diretores entrevistados apontaram o problema como muito grave e 28,15% responderam que ele dificulta "até certo ponto" o processo de aprendizagem. Na média da OCDE, os porcentuais são de 2,2% e 18,40%, respectivamente. 

A pesquisa da Fundação Lemann é uma fonte de informações para a definição de prioridades e para a formulação de políticas pedagógicas.
Iniciativas como essas são fundamentais para que o País consiga dar um salto de qualidade no ensino básico e melhorar sua posição nos rankings comparativos internacionais.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Mas será que isso será algum "pobrema" amanhã?

Alunos não sabem nem o básico em Português

Estadão 

Quase quatro em cada dez alunos chegaram ao fim do ensino médio na rede estadual de São Paulo sabendo menos do que o básico em Português. No 9.º ano, essa proporção é de três em cada dez. Como o Estado revelou nesta quinta-feira, 27, a qualidade da educação caiu no ensino médio e ficou estagnada no fim do fundamental, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). 

Os níveis de proficiência são organizados a partir da pontuação dos alunos nas provas de Português e Matemática no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp). São quatro níveis: abaixo do básico, básico, adequado e avançado. 
A Secretaria de Estado da Educação considera como suficiente o desempenho dos alunos que fiquem entre os níveis básico e avançado. A pasta não informou, no entanto, as médias alcançadas pela rede nas duas provas - não é possível saber se houve piora nas duas avaliações. 

A proporção de alunos que ficaram no pior nível de proficiência (abaixo do básico) aumentou tanto no ciclo 2 do fundamental (6.º ao 9.º ano) quanto no médio entre 2013 e 2012. No fundamental, 30% ficaram no patamar, ante 28,5% no ano anterior. São alunos incapazes, por exemplo, de organizar, em sequência, os episódios principais do enredo, em conto e fábula. 

Já no ensino médio, 39,6% estão nesse nível mais baixo, ante 34,4% em 2012. 
Com esse desempenho, um aluno do 3.º ano não consegue, por exemplo, distinguir um fato da opinião sobre esse mesmo fato em um artigo opinativo. 

Em Matemática, a proporção de alunos no nível mais baixo caiu nos anos finais do fundamental (de 36,6%, em 2012, para 36,5% em 2013) e no médio (de 55,8% para 55%). Isso significa que esses alunos não conseguem identificar o raio de uma circunferência, por exemplo. 

O Idesp é calculado a partir dos resultados do Saresp e do fluxo (reprovação e abandono). Cada escola tem seu próprio índice, a partir do qual é mensurada a taxa da rede. 
Como o Estado revelou ontem, o ensino médio caiu de 1,91 para 1,83 e o ciclo final do fundamental ficou estagnado em 2,50 entre 2012 e 2013. As metas para 2030 são de 5 e 6, respectivamente. 

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) comentou ontem o Idesp da rede. "O ensino médio é uma dificuldade no mundo todo", afirmou ele. 

Comemoração. 
Alckmin comemorou o desempenho da rede nos anos iniciais (1.ª a 5.ª série).
"É o melhor índice de toda a série histórica", disse. A etapa vem em ritmo de melhora e cresceu de 4,28 para 4,42 - a meta é de 7, também até 2030. 

Segundo dados da Secretaria, 16,1% dos alunos do 5.º ano estão nos níveis abaixo do básico em Português (esse porcentual era de 18,1% em 2012). 
Em Matemática, o índice é de 26,1% no nível mais baixo (em 2012 era de 27,9%).
A partir deste ano, a pasta divulgou dados de avaliação no 2º ano, em que 94,6% dos alunos estão entre os níveis básico e avançado em Português - o que representa, segundo o governo, que sabem ler e escrever.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um bom professor deve ser, na verdade, um ótimo guia

Folha de São Paulo 

Salman Khan
O matemático norte-americano Salman Khan não baseia suas aulas em nenhum teórico da educação como Jean Piaget. Mesmo assim, consegue uma proeza: prender a atenção dos alunos --e são milhões de alunos. 

Criador do Khan Academy, plataforma de estudos na internet que direciona os estudos dos usuários a partir de exercícios básicos, ele defende que o conhecimento não deve estar em caixinhas. Ou seja: quem gosta de matemática pode, sim, ter aptidão para letras ou história. E pode aprender as áreas do conhecimento juntas.

"O processo de aprendizagem é um só", diz o especialista que acaba de lançar no Brasil a tradução do livro "Um Mundo, uma Escola" (Editora Intrínseca, R$ 29,90). Também acaba de chegar ao Brasil a própria Khan Academy. 
A Fundação Lemann lançou neste mês a versão em português do material (http://pt.khanacademy.org). Isso inclui 100 mil exercícios de matemática e mil videoaulas de várias áreas do conhecimento --o que corresponde a 20% do total de vídeos em inglês. 

Abaixo, a entrevista exclusiva para a Folha, concedida por meio do Skype. 

Folha - Como surgiu a ideia de colocar aulas na internet? 
Salman Khan - Uma sobrinha minha de 12 anos começou a ter problemas em matemática na escola e eu ofereci ajuda. Isso foi em 2004. Eu morava em Boston, e ela morava em Nova Orleans. Então, começamos a falar por telefone e pela internet. O processo ajudou, e o aprendizado dela em sala foi se acelerando. Depois eu comecei a trabalhar em ferramentas para ajudá-la. A Khan Academy surgiu de uma tentativa de simplesmente ajudar meus sobrinhos na escola. Comecei com ela, depois passei a ajudar os irmãos dela. Em 2005 registrei o domínio do Khan Academy na internet, passei a postar os vídeos com as aulas, meus amigos começaram a assisti-los e divulgá-los. A coisa ganhou escala e o mundo inteiro começou a assistir os vídeos e fazer os exercícios [hoje a plataforma educativa traz 100 mil exercícios de matemática e quase cinco mil videoaulas sobre várias disciplinas]. E o que aconteceu com sua sobrinha que tinha problemas com matemática? Ela se deu bem em matemática, melhorou muito e rapidamente. Ela acabou se dedicando à escrita. Acho que ela é uma boa escritora porque ela é boa em matemática. Penso que as duas atividades estão relacionadas, ambas são similares e utilizam muito o cérebro. Hoje ela estuda escrita no Sarah Lawrence College (EUA). 

Baseado nessa ideia de multidisciplinaridade que você, que é matemático, também dá aulas de disciplinas como história na Khan Academy? 
[risos] Eu acho que sou uma pessoa multidisciplinar. E acho que a maioria das pessoas também pode ser. É como eu disse: eu não acredito que matemática ou escrita sejam diferentes. Ambos usam partes importantes do cérebro. É isso que quero passar aos meus filhos. Eles não se veem como pessoas de humanas, de exatas ou de biológicas. Eles se veem como estudantes, como pessoas que podem aprender e se envolver com o que quiserem. Não acredito que o conhecimento seja segmentado em caixas. 

Essa maneira conectada e multidisciplinar é uma nova forma de ver a educação? 
Na verdade, não. Esse era o modelo da educação há cerca de 200 anos. Mas era um modelo muito caro porque as pessoas tinham mestres individuais, não daria para fazer uma educação de maneira massiva como é feita hoje. Há, claro, ganhos no novo modelo educacional com professores por áreas do conhecimento ensinando um grupo de alunos. Mas estamos, sim, retomando ideias antigas de educação. O que temos de novo agora são as tecnologias que nos permitem retomar esses padrões de educação que foram dispensados ao longo do tempo. E temos escala. No Khan Academy nós não estamos falando de um milhão de pessoas, mas sim de dez milhões de usuários que estão no sistema de ensino e que integram o Khan Academy na sua rotina de aprendizado. Isso é inovador. Grandes universidades americanas como MIT e Harvard passaram a disponibilizar cursos na internet recentemente. 

Elas foram influenciadas pela proposta da Khan Academy? 
A ideia de oferecer educação de graça e em qualquer em qualquer lugar está relacionada de alguma maneira. A diferença é a maneira como estamos fazendo. Os cursos on-line massivos de plataformas como o edX e Coursera [que trazem cursos abertos de universidades como MIT, Harvard e Caltech] são focados em digitalizar cursos que já existem presencialmente. Ou seja, de colocar on-line algo que já existia. Além disso esses cursos têm data para começar e terminar. Nós somos mais focados em como prover às pessoas conhecimento. Vamos mostrar para você onde você precisa ir e você irá, no seu tempo e nas suas condições. Mas assim como o edX, a Khan Academy está mostrando um caminho para o qual a educação está seguindo, sem fronteiras na internet. Sim, estamos definitivamente em um novo mundo. Nos últimos dez ou cinco anos qualquer pessoa pode aprender algo que decidiu estudar se tiver acesso à internet. 

O truque é: como relacionamos o aprendizado na internet e o que se aprende presencialmente com o contato com os professores? 
Ainda não temos resposta. 

O que é uma escola boa? 
É uma escola que tem professores incríveis e que oferece a eles uma estrutura suficiente para que trabalhem com os alunos possibilidades de explorar o conhecimento. É preciso dar a eles flexibilidade de tempo para que eles não sejam obrigados a ensinar determinado assunto em determinado tempo. Os alunos precisam aprender com os professores como direcionar seu próprio estudo. E aí entra a tecnologia. O professor não deve usar tecnologia somente porque alguém mandou que o fizesse. 

Os professores sabem usar tecnologia em sala de aula? 
Todos temos de aprender. Primeiramente é preciso que a tecnologia esteja presente na sala de aula. É o primeiro passo. Isso deve começar a acontecer cada vez mais. Você disse que boa escola é a que tem "professores incríveis". 

O que é isso? 
Muita gente associa um professor incrível com alguém que dá aulas sensacionais. Eu acho o contrário. Um professor incrível é o que conhece profundamente o assunto que pretende passar, mas que entende que precisa passar ao estudante ferramentas para que ele descubra o conhecimento por si só. O bom professor na verdade é um ótimo guia. 

Você dá aulas presenciais? 
Não. Apenas para amigos e para a família [risos]. Eu já dei aulas no passado, muito antes da Khan Academy, mas nunca pensei em seguir minha carreira nesse sentido. 

Então você nunca estudou para ser um professor? 
Não. 

Como surgiu a ideia de traduzir o material da Khan Academy para o português?
Nós fomos procurando pela Fundação Lemann há alguns anos e achamos a ideia ótima. 
Eu visitei o Brasil com a minha família, conheci um pouco do contexto local e falamos da tradução. Somos um dos piores países do mundo em matemática, segundo o exame internacional Pisa. 

A Khan Academy pode ajudar os brasileiros? 
Não posso fazer promessas, mas posso dizer que existe essa mesma expectativa aqui nos Estados Unidos. 

Vocês sobrevivem apenas com doações? 
Sim. Temos suporte da Fundação Bill & Melinda Gates, do Google e de grandes empresas e de pessoas físicas. Qualquer moeda ajuda.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

MEC vai descredenciar Gama Filho e UniverCidade

O Globo 

O Ministério da Educação (MEC) decidiu descredenciar a Universidade Gama Filho e o Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), no Rio, o que deverá levar ao fechamento das instituições de ensino. A portaria de descredenciamento foi assinada nesta segunda-feira e será publicada no "Diário Oficial" de terça-feira. 

Em cinco dias úteis, o ministério deverá publicar outra portaria para definir as regras da transferência assistida, isto é, os procedimentos para que os atuais estudantes da Gama Filho e do UniverCidade migrem para outras instituições de ensino superior. Serão convocadas as instituições de ensino superior do Rio que tenham interesse em receber os alunos da Gama Filho e do UniverCidade. 

"Com o agravamento da crise das duas instituições nos últimos anos, o MEC tomou um conjunto de medidas de supervisão em 2012 e 2013, com o objetivo da superação das deficiências. 

Diante do descumprimento por parte da mantenedora do Termo de Saneamento de Deficiências acordado, o MEC instaurou, em dezembro de 2013, Processo Administrativo para aplicação de penalidades, com prazo de 15 dias para a defesa. 

Apresentada a defesa, o MEC analisou a manifestação e os demais elementos constantes da supervisão e concluiu pelo descredenciamento de ambas as instituições com o objetivo de preservar o interesse dos estudantes e da sociedade por uma educação superior de qualidade", afirmou o MEC. 

A decisão de descredenciar as duas instituições foi tomada pelo colegiado superior da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres). Segundo o MEC, "os motivos foram a baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora e a falta de um plano viável para superar o problema, além da crescente precarização da oferta da educação superior". 

O ministério informou que, em 2013, a Gama Filho e o UniverCidade implementaram algumas medidas determinadas pelo MEC, mas também passaram por momentos de agravamento da crise, "enfrentando longo período de paralisação das atividades acadêmicas - motivadas pela falta pagamentos de docentes e funcionários e ausência de condições mínimas de funcionamento". Isso levou o MEC a impor a suspensão de ingresso de novos alunos em agosto de 2013. 

Segundo o MEC, a mantenedora das duas instituições, o Grupo Galileo, tomou providências para a captação de recursos que permitisse sanear as suas finanças. Em outubro, firmou um acordo com o MEC para assegurar a continuidade das atividades da Gama Filho e do UniverCidade. Mas, em visita às duas instituições, o ministério constatou que a mantenedora não cumpriu o acordo. 

Os alunos das instituições descredenciadas poderão ter mais informações sobre a política de transferência assistida no portal da SERES (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16717&Itemid=1116) ou pelo telefone 0800 61 61 61 do MEC. 

Em nota, a Galileo Educacional informou que vai recorrer da decisão junto ao próprio MEC, além de acionar as instâncias judiciais cabíveis. 

"Trata-se de uma decisão injusta e arbitrária, que leva o caos a duas das mais tradicionais e respeitadas instituições de ensino superior do Rio de Janeiro", diz a nota. 
A Galileo Educacional acrescenta que "já havia apresentado um amplo projeto de reestruturação junto ao MEC, contemplando a retomada das atividades acadêmicas e regularização dos salários de professores e funcionários" e que "o patrimônio imobiliário do grupo é superior aos passivos financeiro, fiscal e trabalhista das duas instituições".

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jovem cria plataforma para multiplicar educação de qualidade

Folha de São Paulo  

O cearense Thiago Feijão, 24, estudante do ITA (Instituto de Tecnologia de Aeronáutica), teve sua vida mudada aos 12 anos, quando seu professor de matemática o convidou para fazer parte de sua tese de mestrado, que estudava a educação e cidadania. "Ele me ensinou a enxergar as injustiças que estavam ao nosso redor e como deveríamos contribuir para solucioná-las", relembra. 

Inquieto, Feijão, assim que entrou na universidade, queria desenvolver algum projeto que ajudasse a fazer mudanças sociais e impactasse as crianças. Então, começou a desenvolver atividades voluntárias em uma ONG da cidade. E foi quando ele pensou: "Por que eu não posso fundar outra?" 

E ele não criou uma, mas duas. Uma ONG trabalha com jovens de ensino fundamental, direcionando-os para olimpíadas [educacionais] e para ensino médio de qualidade. A outra chama-se Instituto Semear, que busca jovens financeiramente desfavorecidos, "mas que tenham um sonho de transformar o Brasil e de serem universitários", explica. 

Na Semear, os jovens são apoiados com bolsas de estudos, mentoria e "networking". Mas, para isso, eles têm que desenvolver projetos que resolvam problemas sociais. 

Da ideia das duas ONGs nasceu o projeto Qmágico, um sistema de educação que conecta interessados em aprender e ensinar para que todos estudem melhor. "[A ideia é] replicar para que todo aluno e professor tenha acesso aquele tipo de oportunidade, à educação de qualidade", conta. 

"Queremos empoderar os professores para que ele consigam conhecer cada vez mais seus alunos e possam entregar algo especial para cada um", explica a produtora do Qmágico, Lívia Palomo. 

A ideia de Feijão era desenvolver uma plataforma digital com uma série de funcionalidades para que fosse "um novo giz" do professor. E, por meio dela, ele soubesse como está o desenvolvimento do aluno. "Pensamos em tecnologia como uma maneira do professor se multiplicar", diz Palomo. 

Existem duas formas de interação na plataforma: on-line, onde todos os dados de interação com o sistema são coletados, que servem para gerar diagnósticos de aprendizado para o próprio aluno e para o professor. "O professor pode saber como cada aluno está individualmente e em grupos, e o diretor da escola, como está toda a escola", explica Feijão. 

Com o diagnóstico em mãos, a equipe da Qmágico sugere uma intervenção educacional, com uma série de soluções, sejam tecnológicas ou diretamente com os professores, por meio de novos projetos educacionais. 

"A coisa mais poderosa que alcançamos aqui dentro foi comprovar que o que estamos criando tem impacto no aprendizado das crianças. Sonhar é de graça e traz muito sentido para nossa vida", afirma Feijão. 

Para realizar esse sonho, ele conta o segredo: "Depois que você tem um sonho muito grande, a segunda coisa é acreditar que as coisas funcionam e dão certo". E finaliza: "Depois é fazer".

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Escola Paulista - Uma idéia brilhante que sempre se renova

A Escola Paulista (onde estudam Giovana e Yasmin) promove anualmente a publicação de um livro com os melhores textos entre os alunos da escola. 

 
Uma brilhante maneira de incentivá-los pela leitura e principalmente através da escrita fazendo com que cada um, na sua idade, ao seu modo, exponha da melhor forma seus pensamentos e suas ideias.

E de forma festiva , incentivada e muito concorrida, a edição de 2013 que é a 8ª , ocorreu ontem na livraria Saraiva no Shopping Center Norte a noite de autógrafos desses pequenos e pequenas escritoras do livro "Nós Semeamos" . 

Com satisfação e orgulho minhas duas princesas tiveram seus textos escolhidos e ontem participamos dessa festa. 

Parabéns à Escola pela excelente promoção e não poderia deixar de parabenizar minhas "escritoras" Giovana Rego Giovannini e Yasmin Rêgo de Oliveira . 

Valeu muito e esperamos que esse incentivo provoque uma continuidade seja na leitura, seja na escrita dos pensamentos seja em forma de versos, de textos, crônicas, enfim , todos serão sempre muito bem-vindos.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Enem 2013

Com recorde de inscritos, Enem terá 'operação de guerra' amanhã  

Folha de São Paulo 


O MEC está preparando uma "operação de guerra" com Exército e Polícia Militar para aplicar a maior prova do Enem neste final de semana. 

Ao todo, 7,8 milhões de alunos devem fazer a avaliação amanhã e no domingo --são 2 milhões de candidatos a mais do que em 2012. 

De acordo com informações divulgadas pelo Inep (Instituto Nacional de Educação e Pesquisa), do MEC, o exame vai envolver 648 mil pessoas, dentre coordenadores estaduais, municipais e de locais de aplicação, chefes de sala, fiscais e apoio. 
É o maior número de pessoal de apoio já registrado. 

Esses profissionais vão cuidar de 15,7 milhões de provas que foram embaladas em malotes com lacres eletrônicos. Isso permite que a abertura dos pacotes fique registrada. 

O MEC está com cuidado redobrado após alguns episódios de vazamento do exame. O mais sério foi em 2009, quando algumas provas foram levadas por funcionários de uma gráfica de São Paulo, que tentaram vendê-la. 

Outra preocupação é a correção da redação. No ano passado, um texto com boa nota trazia uma receita de miojo. 
Neste ano, a pasta quase dobrou o número de corretores de redação: serão 9,5 mil. 

"O Enem é uma das maiores provas de avaliação de educação do mundo", explica Fernando Abrucio, professor e especialista em políticas públicas da FGV. 
"É uma logística enorme aplicar uma prova dessa dimensão simultaneamente em todo o país --ainda mais em um país tão diverso", diz. 

De acordo com David de Lima Simões, coordenador geral de concepção e de análise pedagógica do Enem, a tendência é que o número de participantes do exame cresça a cada ano, conforme a prova vai ganhando importância no cenário educacional brasileiro. 

Hoje, o Enem é usado na seleção de universidades e de programas federais como o ProUni (que dá bolsas em universidades particulares) e o Ciência Sem Fronteiras (que dá bolsas no exterior). 

FIQUE ATENTO 
Amanhã, os candidatos fazem, no total, 90 questões das áreas ciências humanas e ciências da natureza. 

Os organizadores recomendam que os estudantes cheguem ao local de prova até as 12h (horário de Brasília).