domingo, 31 de julho de 2011

A censura se eterniza

Opinião do Estadão

Uma questão de princípio e uma anomalia institucional aparentemente insanável mantêm este jornal sob censura há dois anos. Em 31 de julho de 2009, o Estado foi proibido de publicar notícias baseadas nas investigações da Polícia Federal sobre denúncias de ilícitos praticados pelo empresário maranhense Fernando Sarney, o filho do ex-presidente da República José Sarney, que toca os negócios do clã. As apurações da operação chamada Boi Barrica levaram ao indiciamento do empresário por lavagem de dinheiro, tráfico de influência, formação de quadrilha e falsidade ideológica. A decisão de amordaçar o jornal foi tomada, a pedido do investigado, pelo desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF). Ex-consultor do Senado, ele é amigo do presidente da Casa, José Sarney.

Em 18 de dezembro de 2009, o primogênito do senador desistiu da ação. Se o Estado concordasse, ela seria arquivada. Mas isso não impediria o empresário de voltar à carga, com outro pedido idêntico de censura, se o jornal publicasse novas reportagens sobre o inquérito, o que fatalmente faria, quanto mais não fosse, com o material de que já dispunha. Havia ainda outro fator, mais importante, para a recusa: a questão de princípio mencionada na abertura deste editorial. Tratava-se - e continua a se tratar - do imperativo de obter da Justiça um pronunciamento definitivo sobre a aberração da censura prévia, que viola a Constituição, ao atentar contra a liberdade de imprensa e o direito à informação no País.

No seu artigo 220 a Carta sustenta que "a manifestação do pensamento (consagrada no artigo 5.º), a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição" e proíbe "toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística". A evidente intenção dos constituintes, passados apenas três anos do fim da ditadura militar de 1964, era erguer as mais sólidas barreiras possíveis contra iniciativas liberticidas da parte dos poderosos de turno. Aos redatores da Carta decerto não ocorreu que servidores públicos togados da ordem democrática brasileira poderiam, eles próprios, travar o livre curso da informação de interesse público.

Era clamoroso o interesse público, no caso de uma gravação da Polícia Federal, autorizada pela Justiça e reproduzida por este jornal, em que o senador e Fernando Sarney acertam a nomeação do namorado da filha dele para um cargo no Senado. À época, por sinal, o Estado revelou a nomeação de apaniguados na Casa mediante mais de 300 atos secretos. O escândalo derrubou o seu diretor-geral Agaciel Maia, apadrinhado de Sarney e, como ele, pessoa das relações do desembargador Dácio Vieira - cuja imparcialidade não viria a ser reconhecida por seus próprios pares. O juiz entendeu, como pleiteava Fernando, que a divulgação de elementos de um processo protegido pelo segredo de justiça violava a privacidade e manchava a reputação do acusado, protegidas pela Constituição. Mas não é assim.

Em primeiro lugar, o direito à informação prevalece sobre o direito à privacidade. Este preserva a vida particular dos cidadãos, mas não os atos eventualmente praticados em prejuízo dos cofres públicos. Esses, a sociedade tem o inviolável direito de conhecer. A imprensa, de mais a mais, não pode ser responsabilizada por quebra de sigilos de justiça. Se os "donos" dos segredos os repassam a jornalistas, eles podem - ou melhor, devem - compartilhá-los com o público. Se a informação se revelar falsa, o órgão de comunicação responderá por isso. O que é inadmissível é o amordaçamento. "Não há no Brasil", diz o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, "norma ou lei que chancele poder de censura à magistratura".

E há a lentidão da Justiça - a mencionada anomalia institucional. Há 14 meses, para se ter ideia, se espera que um ministro do Superior Tribunal de Justiça decida qual o foro adequado para o processo contra o Estado: a Justiça do Maranhão ou instância equivalente no Distrito Federal. E a Constituição é aviltada a cada edição deste jornal sem notícias sobre o que levou o filho do presidente do Senado a se tornar um caso de polícia.



Torta de palmito com brócoli


Ingredientes:

200 g de massa folhada
2 xícaras (chá) de brócolis congelado
1 xícara (chá) de leite
2 ovos
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
100 g de queijo cottage
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
400 g de palmito em conserva cortado em rodelas
sal e noz-moscada a gosto

Modo de Preparo:
Em uma panela, cozinhe o brócolis em 2 litros de água fervente e um pouco de sal, até ficar al dente.
Retire do fogo, escorra a água e reserve.
Ligue o forno à temperatura média.
Bata no liquidificador o leite, os ovos, a farinha de trigo, o queijo cottage, metade do queijo parmesão, o sal e a noz-moscada, até obter uma mistura bem homogênea.
Despeje a mistura em uma tigela, junte o palmito e o brócolis e misture com uma colher. Reserve.
Em uma superfície lisa, abra a massa em um círculo de 30 cm de diâmetro.
Forre o fundo e as laterais de uma fôrma redonda de 20 cm de diâmetro.
Com um garfo, faça furos no centro e nas laterais da massa e leve ao forno por 10 minutos.
Retire do forno, despeje a mistura sobre a massa assada e polvilhe o queijo parmesão restante.
Leve ao forno novamente por 40 minutos, ou até dourar.
Retire do forno e sirva em seguida.

Fonte: Revista Água na Boca

Até no Exército!!! Aonde vamos parar?

Comandante do Exército vira alvo de investigação

Folha de São Paulo

O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e mais sete generais viraram alvo de investigação da Procuradoria-Geral de Justiça Militar sob suspeita de participação em fraudes em obras executadas pelo Exército, informa reportagem deste domingo da Folha de São Paulo.

Os oficiais comandaram o DEC (Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército firmou vários convênios com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para realizar obras em rodovias.

Um grupo de engenheiros e contadores chefiados pela promotora Ione de Souza Cruz, do Ministério Público Militar, apontou indícios de fraude em 88 licitações feitas pelo Exército para executar obras do Ministério dos Transportes e apontou desvios de recursos públicos no valor de R$ 11 milhões.

Em nota, o Centro de Comunicação do Exército afirmou que não tem conhecimento da investigação e que "não cabe à Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de posicionamento sobre o assunto".

Terra legal, legal pra quem?

Edilberto Sena (*)

A Amazônia será certamente a maior prejudicada pelo próprio governo com a invenção da lei chamada terra legal. Sem coragem de realizar uma reforma agrária de verdade, o governo se submete aos caprichos e
ambições dos grileiros e latifundiários do País. Segundo a tal lei do Terra Legal, todo posseiro que estava utilizando uma área de terra sem documentação oficial era considerado invasor de terras públicas.

Por ineficiência do INCRA e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, milhares de pequenos produtores ocupavam há dezenas de anos terras sem documentos legais. Esperavam pela reforma agrária que nunca veio. Ao mesmo tempo, com o crescimento do agronegócio e do alto preço das madeiras da Amazônia, no mercado internacional e nacional, chegaram à Amazônia grandes grileiros e latifundiários se apossando de
áreas públicas.

Com a lei apelidada de Terra Legal, o governo iludiu os pequenos posseiros , como foi o caso no Careiro Castanho, no Amazonas anunciando que poderia legalizar facilmente suas terras, o que não ocorreu até hoje pára a maioria deles. Ao mesmo tempo, facilitou a vida dos grileiros, que com mais recursos podem legalizar a invasão que fizeram desde o início desta década. Estes estão rindo dos pequenos e agradecidos ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, que generosamente facilitou suas vidas.

De repente o ilegal se tornou legítimo; o que era roubo da coisa pública se tornou propriedade privada. Enquanto isso, os pequenos produtores esperam a reforma que não vem, que não vem e nem virá! E a Amazônia continua sendo devastada agora legalmente. Que país é este, pergunta o cantor. Que justiça é esta pergunta o lavrador e que democracia é esta, perguntam os amazônidas conscientes e impotentes diante de tal violência legalizada.

(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém (PA)

O parafuso está começando a apertar ....

Em meio a protesto, Ricardo Teixeira fica fora dos holofotes no sorteio

Cara de poucos amigos
GloboEsporte.com

Presença sempre marcante em eventos da Fifa, o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) optou pelo silêncio e pela discrição, neste sábado, durante o sorteio dos grupos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro. Enquanto do lado de fora da Marina da Glória manifestantes protestavam e pediam a saída do dirigente, Ricardo Teixeira teve participação discretíssima na festa.

Sentado na primeira fila ao lado de Pelé e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Ricardo Teixeira não subiu nenhuma vez ao palco e foi um calado espectador. Viu o amigo Jeróme Valcke, secretário geral da Fifa, comandar a festa. O dirigente foi pouco citado durante os discursos das autoridades. E quase não foi aplaudido quando teve o nome mencionado no início do evento pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Enquanto isso, Pelé foi chamado de "meu querido" pela presidente da República, Dilma Russeff, e se levantou para agradecer ao público a calorosa salva de palmas. O Rei do Futebol foi uma ausência sentida durante a cerimônia. A organização não usou o brasileiro mais conhecido em todo o mundo em nenhum momento do evento.

Após o sorteio, que durou cerca de 2h, Ricardo Teixeira posou para algumas fotos ao lado de autoridades da Fifa e políticos brasileiros. E saiu mais uma vez em silêncio. Na vespera do sorteio, o dirigente discutiu com jornalistas ingleses e cancelou uma entrevista coletiva com a imprensa internacional.

“Sugestões” paternas

Antenor Pereira Giovannini (*)

Normalmente os filhos não seguem muito os conselhos dos pais, principalmente quando o assunto diz respeito a que profissão seguir. Eu não fugi à regra. Meu querido papai Leontino, que já nos deixou de há muito, apesar de não ser nenhum sábio, vira e mexe dava “conselhos” durante a minha adolescência e juventude, para que seguisse determinadas profissões. Arredio, pouca ou quase nenhuma atenção eu dava. “Vai ser dono de cartório” ele me dizia. “Afinal nem cheques ele recebem e não fazem crediário, é tudo 100% em dinheiro, à vista”. Nem fui atrás de saber como se faz para ser dono de cartório. “Vai ser cantor de pagode/música sertaneja” era outra “sugestão”. “Eles mal abrem a boca, cantam qualquer La-ri-lá e enchem o bolso de dinheiro”. Tendo voz de taquara rachada, desafinada ao extremo, nem mesmo tentei fazer algum teste. Outra “sugestão”: “Vai ser jogador de futebol. Você gosta. Basta dar umas gingadas e fazer uns gols e a imprensa já lhe chama de craque e você está feito. Quem sabe não vai para o Exterior”. Os dois joelhos arrebentados por jogos na várzea, a idéia também não vingou. “Abra uma igreja e vá ser pastor. Isento de impostos, não precisa declarar as doações, e apenas terá que fazer cara de santo. Quem sabe você pode ter até uma Televisão”. Tendo outros preceitos e crenças, nem ouvia tal sandice.

Por último, uma das “sugestões” que certamente mais me “arrependo” de não ter procurado seguir: ser político. “Vai ser político.” dizia o velho Leontino com sorriso no canto da boca, e talvez fosse uma das “sugestões” que não poderíamos ter deixado passar. “Ganha muito, trabalha pouco, tem mordomias, pode dar as famosas “carteiradas” sem problemas, faz acordos que não precisam ser cumpridos e nunca é cobrado, pode mentir para seu eleitor sem medo de perder a “credibilidade”, pode mudar de partido como se muda de camisa e ninguém liga, dá emprego para um monte de amigos, faz pressões junto a conhecidos para que contratem algum simpatizante, não precisa ter caráter, pode desviar dinheiro público e sabe que nunca será punido. E, se, por acaso, é acusado de alguma coisa, pode usar o chavão de que se trata de intrigas políticas da oposição, nunca precisa admitir um erro ou algum desvio, pode sempre dizer que nada viu, nada ouviu e que não sabe de nada a respeito de qualquer acusação. Tem amigos na Imprensa e por isso está sempre em evidencia na mídia em geral, passa a mão na cabeça das crianças em épocas de eleição, visita bairros pobres e periféricos e faz cara de triste ao ouvir a história de um morador”.

Certamente meu querido e saudoso velho pai, onde você estiver deve estar rindo, porque suas “sugestões” sempre foram em tom de sarcasmo e gozação, principalmente essa última, a do político. E como foram sábios os teus ensinamentos, assim como os da mamãe, dos avós e tios. Foram eles que me deram a compreensão e certeza de que, para ser político em nosso País, principalmente nos dias de hoje, antes de tudo é preciso perder o caráter, a identidade. Sim, porque a partir do momento que os valores éticos, morais, a decência em uma linha de conduta, de bom senso, de equilíbrio, de discernimento entre o bem e o mal, são deixados de lado, há que se convir que o caráter já tenha sido jogado na lata do lixo. Até mesmo um eventual político sério, a partir do momento em que não se revolta contra as arbitrariedades e devassidão cometidas por esse País afora e nada faz, limitando-se a se acomodar dentro de sua omissão, covardia, inoperância, incompetência, inevitavelmente se torna tão podre quanto aqueles que as cometem.

Trabalhei profissionalmente por 40 anos e quase todo esse tempo numa mesma empresa. Estudei, alcei cargos dentro da empresa, tive equipes de trabalho sob minha responsabilidade e principalmente recebi um salário que entendia ser adequado à função. Como todo funcionário assalariado, é quase impossível se tornar um milionário. Todos os meus companheiros, assim como meus superiores, alguns com PHD, falando mais de duas ou três línguas, que exerceram funções de chefias até no exterior, podem ter uma vida mais tranqüila em razão de suas aposentadorias merecidamente obtidas, mas estão longe, muito longe de terem alcançado o patamar de serem hoje milionários.

Não é o que ocorre entre os políticos de forma geral, sejam de que nível forem.
O que se vê com enorme freqüência é o chamado crescimento patrimonial avassalador, obtido em poucos anos de “carreira”. Aí vem uma pergunta: será que eu, assim como meus antigos companheiros, amigos, fomos um bando de idiotas, incompetentes, que mesmo trabalhando em empresas sólidas, com remunerações acima da média, não chegamos a esse patamar de milionários que vemos pipocando na política nacional?.

Meu querido velho Leontino, talvez não tenha sido muito eficiente ter absorvido seus conceitos éticos, de lisura e principalmente de caráter. Mas, garanto que não lamento um só instante. Muito ao contrário, a riqueza que consegui com isso é inestimável. A consciência de ser feliz sem prejudicar ao próximo nos deixa a certeza que o caminho percorrido estava, está e estará sempre correto.

(*) Aposentado, agora comerciante e morador em Santarém (PA)

sábado, 30 de julho de 2011

O País do desperdício

União gasta R$ 42,1 milhões em premiações

Do Blog Contas Abertas

Depois de bater recordes de gastos durante o governo Lula, ao que parece, as premiações realizadas pela União (Executivo, Legislativo e Judiciário) vão ser freadas pelo atual governo. Até o último dia 22 de julho, R$ 42,1 milhões foram desembolsados para despesas referentes a festividades e homenagens culturais, artísticas, científicas, desportivas, entre outras. Contudo, 95% deste valor foi direcionado aos compromissos assumidos na gestão anterior, os chamados ‘restos a pagar’, e apenas R$ 2,1 milhões foram realmente utilizados em premiações deste ano.

Os campeões de gastos com as despesas durante os primeiros seis meses do ano foram os Ministérios da Cultura, Justiça e da Defesa. A pasta da Cultura desembolsou valores muito maiores que os outros órgãos da administração central. O ministério computou R$ 33,9 milhões – 80,5% de toda a despesa do período. Diferença de R$ 28,5 milhões para o segundo maior gasto, o Ministério da Justiça, que desembolsou R$ 5,4 milhões em premiações. Já o Ministério da Defesa aplicou R$ 716 mil em despesas desta natureza

Segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Cultura, entre os editais que estão sendo pagos, incluem-se, por exemplo, o Tuxaua 2010, que tem por finalidade premiar pessoas que demonstrem históricos relevantes junto às ações do programa Cultura Viva, criado para exprimir e construir a identidade nacional por ações culturais. Também ocorreram premiações como o Microprojetos Amazônia e o Mídia Livre 2010. “É importante que os prêmios, editais de seleção pública, não sejam confundidos com condecorações de baixo ou nenhum impacto social”, ressalta.

Em relação aos valores, dos R$ 33,9 milhões pagos no exercício de 2011, cerca de R$ 33,6 milhões são de compromissos rolados de outros exercícios. “Este volume de restos a pagar de 2010, quitado em 2011, deve-se ao fato de que o repasse financeiro do ano passado ficou muito aquém do limite orçamentário concedido. Portanto, isto acarretou a necessidade de desembolso maior este ano, observado naturalmente o cronograma de liberação dos recursos financeiros para quitação dos compromissos do Ministério da Cultura”, explicou a assessoria.

Os Ministérios das Cidades, dos Transportes e da Fazenda, assim como o Tribunal de Contas da União e o Supremo Tribunal Federal,não realizaram nenhum gasto com festividades e homenagens neste ano. Juntos, os órgãos possuem R$ 261,8 mil previstos no orçamento para dispêndios em 2011.

Procura-se gente séria no governo

Irmão de Jucá denuncia esquema de corrupção na Agricultura

Oscar Jucá Neto
Folha de São Paulo

Irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto denuncia, em entrevista à revista "Veja", um esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, sob o comando do ministro Wagner Rossi, do PMDB.

Segundo Jucá Neto, existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro.

A revista revela que suas informações incluem dois casos de negócios envolvendo a Conab. Em um deles, a estatal estaria protelando o repasse de R$ 14,9 milhões à Caramuru Alimentos, já que representantes da Conab estariam negociam um "acerto" para aumentar o montante a ser pago para R$ 20 milhões. Desse total, R$ 5 milhões seriam repassados por fora a autoridades do ministério.

O segundo caso envolve a venda, em janeiro deste ano, de um terreno da Conab numa região valorizada de Brasília. Apesar de ser uma área cobiçada, uma pequena empresa da cidade apareceu no leilão e adquiriu o imóvel pelo preço mínimo de R$ 8 milhões --um quarto do valor estimado de mercado. O comprador, Hanna Massouh, seria amigo e vizinho do senador Gim Argello (PTB), influente na Conab.

Na entrevista, Jucá Neto afirma ainda que Rossi lhe ofereceu dinheiro quando sua situação ficou insustentável.

A exoneração do diretor foi publicada no "Diário Oficial" da União do último dia 27. Ele pediu para deixar o governo após denúncias de que teria liberado irregularmente um pagamento de R$ 8 milhões. O pagamento foi feito para a empresa de armazenagem Renascença.

Segundo reportagem da "Veja", para o pagamento, foi preciso usar um fundo exclusivo para compra de alimentos.

O uso do dinheiro ocorreu, segundo a revista, sem o conhecimento da presidência da Conab e do ministro da Agricultura. O texto da revista diz também que a Renascença está em nome de dois laranjas.

OUTRO LADO
Em nota divulgada hoje, o ministro Wagner Rossi repudia as declarações de Jucá Neto à revista.

"Nenhum acordo extrajudicial foi fechado durante minha gestão à frente da Conab ou do Ministério da Agricultura com qualquer empresa privada. A única exceção foi o pagamento, à minha revelia, feito justamente pelo senhor Oscar Jucá Neto. E exatamente este caso levou-me a tomar medidas, juntamente com a Advocacia Geral da União, para bloquear o pagamento na Justiça."

Segundo a nota, a alegação de que o terreno foi vendido por um quarto do valor é infundada, e a operação de venda do terreno não foi realizada durante a gestão de Rossi.

Já sobre a decisão judicial que beneficia a Caramuru Alimentos, o ministro afirma que transitou em julgado em abril deste ano. "Os cálculos foram determinados pela Justiça e não pela Conab. Portanto, o pagamento a ser feito respeitará a determinação do juiz e não aquilo que um diretor da Conab, qualquer que seja ele, acredite ser possível fazer. Nenhuma tentativa de antecipar este pagamento chegou a meu conhecimento. E, caso isso ocorresse, não se efetivaria."

Nota do Blog: Realmente trata-se de um artigo em extinção, artigo de luxo. Encontrar alguém com seriedade, princípios, com ética nesse governo parece missão impossível. Como rabiscamos outro dia: e somente haviam mexido os pauzinhos no Ministério dos Transportes. Imagine se mexer nos demais. Já começaram a pipocar denúncias no Ministério da Agricultura. É assim . Mas, não podem reclamar. Não foi esse mesmo povo que concedeu 80% de aceitação do governo anterior, que nada mais é que a continuação. Portanto, vão chorar na cama que é lugar quente ..

Liquidação é uma boa?

Liquidação é risco ou oportunidade, depende de você

Blog Seu Dinheiro - Jornal da Tarde/SPO

A compra por impulso é uma das principais ameaças ao controle das finanças pessoais. E as temporadas de liquidação são um teste de resistência, especialmente para nós mulheres, o alvo favorito das promoções de roupas, calçados e assessórios. Já virou praxe: nos shoppings e nas lojas de rua da capital as vitrines anunciam descontos de até 60% em ‘saldões de inverno’. Isso em pleno inverno.

Mas os saldões também podem ser uma forma de economizar. Tudo vai depender de como o consumidor entrar na operação, pois a linha que separa o ganho do descontrole financeiro é tênue.

Por exemplo, a compra de um produto que antes era vendido a R$ 100 e que é oferecido na promoção a R$ 70 vai resultar em uma economia de R$ 30. Ótimo. Mas a regra só vale se a aquisição já estava prevista no orçamento. Caso contrário, o consumidor gastou R$ 80 que estavam fora da programação. São desvios assim que levam as finanças pessoais para o mau caminho.

Uma estratégia para aproveitar as ofertas dos saldões sem comprometer o orçamento é vistoriar o guarda-roupas antes de sair de casa. Conferir detalhadamente o que há no armário ajuda na seleção das novas peças e faz com que a compra seja mais eficiente. Assim evita-se que entrem na sacola roupas que nada têm a ver com as que já se tem em casa e que certamente ficarão encostadas por falta de ter com o que compor.

Outra vantagem da pré-conferência é escapar das repetições. Parece brincadeira, mas já vi casos de pessoas que de tão empolgadas com as promoções levaram para casa peças idênticas às que já tinham. Ou muito parecidas, o que dá no mesmo.

Feita a vistoria, vale a mesma tática da ida ao supermercado: preparar uma lista com tudo o que precisa ser comprado. Assim fica mais fácil focar no necessário e fugir das tentações.

Nas liquidações é comum que a loja não tenha todos os tamanhos. Em geral sobram os números muito pequenos ou os muito grandes. Se não encontrar o número certo, é importante ser forte e resistir ao impulso de levar a peça mesmo assim. Uma das armadilhas mais comuns nessas situações é o consumidor comprar um número menor apostando que a peça vai lassear com o uso. Muito provavelmente ela terminará abandonada no fundo do armário. Um desperdício.

Outro erro é levar um número maior. A não ser que a intenção seja passar uma impressão de desleixo, a peça vai precisar de um ajuste. Se souber fazer ou tiver alguém que o faça sem custo, tudo bem. Se não, o preço cobrado pela costureira precisa ser considerado na conta, pois pode anular o desconto obtido no saldão.

Outra questão é quanto ao pagamento. Se a aquisição está prevista no orçamento daquele mês, deve ser quitada à vista. O cartão de crédito pode ser útil caso o gasto esteja programado para o mês seguinte, mas apenas diante de uma oferta de fato imperdível.

Casamento maldito

Cristovam Buarque (*) para O Globo

A corrupção tem sido uma loteria ao contrário: o vencedor compra o bilhete e espera ser sorteado depois; o corrupto rouba primeiro porque sabe da pouca probabilidade de ser punido. A impunidade é o pai da corrupção, a mãe é a falta de valores morais: de compromissos sociais e sentimento pátrio entre os que se dedicam à política.

A vocação política deveria nascer do sentimento de responsabilidade com a coletividade, com o país, com a humanidade. Quando essa vocação surge, a vida pública é um sacrifício com o prazer de realizar a obra da construção do mundo. O político é um escultor. A escultura é o mundo que ele transforma por sua ação; e sua biografia termina esculpida por suas ações. Joaquim Nabuco é um dos exemplos brasileiros. Sua biografia se fez enquanto ele esculpia a abolição da escravatura.

Ele e sua carreira se confundiam com a luta e o resultado obtido. Impossível imaginar Nabuco roubando porque, mesmo que houvesse impunidade no seu tempo, ele fazia política com o propósito de realizar seu compromisso social com os escravos, seu amor patriótico por um país sem escravidão. Políticos comunistas, socialistas e capitalistas liberais lutavam pela democracia, e pela igualdade e fraternidade. Seus partidos se organizavam por suas bandeiras para lutar por um país melhor para todos.

A luta política era feita em trincheiras e o interesse político se realizava no coletivo. Ao perderem bandeiras, os militantes se transformaram em filiados, os políticos em carreiristas e os partidos em clubes eleitorais. As bandeiras, causas e ideias foram substituídas por metas eleitorais; os discursos e convencimentos pela manipulação do marketing; e os candidatos e políticos substituíram os líderes e estadistas. A luta foi substituída pelo apego aos cargos. Sem ideais e sem punição a porta da corrupção ficou escancarada.

É isso que vem ocorrendo no Brasil. As forças liberais realizaram a democracia e sentiram-se livres para usar o Estado como o celeiro de onde tirar proveito privado, pessoal ou empresarial. Aqueles que, além da democracia, ainda continuaram lutando pela ética e por bandeiras sociais, ao perderem as convicções e propostas, chegaram ao poder e passaram a conviver com a corrupção como um fato natural, não mais um crime da política contra o povo e o país. Ainda mais grave: a política passou a oferecer o magnetismo das benesses e do enriquecimento fácil.

A política permite o salto, de um dia para o outro, da sobrevivência com contracheque de assalariado para o poder de manejar bilhões de reais do dinheiro público. Coincidindo a impunidade jurídica e a falta de valores morais, a corrupção torna-se um filho natural da política e gera netos hediondos, tais como estradas paradas, porque a licitação foi burlada; alunos sem merenda, por causa do desvio de verbas; uma empresa escolhida no lugar de outra, porque pagou propina. Um triste produto desse casamento é a quebra da confiança nos políticos e a recusa dos jovens de ingressarem na política.

Ainda pior é quando os mais velhos olham com desconfiança para os jovens que desejam fazer política, como se eles quisessem obter vantagens, e não oferecer sacrifício ao país. A política fica sem dignidade, e os líderes que deveriam ser exemplos são vistos como aproveitadores. Quando as bandeiras tradicionais morrem antes de serem substituídas por novas e a impunidade coincide com um marco jurídico impotente para enfrentar e combater a corrupção, o país entra em crise de credibilidade.

É necessário romper esse casamento maldito, acabando com a impunidade e consolidando novas bandeiras. Mas vivemos em um tempo em que as bandeiras morrem antes que novas surjam. As ideias só se transformam em causas quando o povo as entende e aceita. Mas hoje a população está dividida entre uma parte pobre interessada apenas na solução dos problemas imediatos e uma parte rica desejosa de manter os benefícios aos quais está acostumada graças a um modelo de sociedade e economia que já não têm mais como manter tantos privilégios.

No vazio ideológico desse tempo, não se pode esperar até que novas causas sejam aceitas pela maioria. Por isso, a forma possível de enfrentar a corrupção no momento é romper o casamento maldito pelo lado da impunidade, eliminando-a enquanto os novos valores sociais vão sendo construídos aos poucos pela história.

(*) Engenheiro mecânico, Economista, Educador, Professor universitário e Senador da República PDT-DF).

MP x Cargill eterna batalha

MP x Cargill: estudo de impacto ambiental é omisso e obscuro

Blog Notapajós.com

O Ministério Público do Estado (MPE) em Santarém denunciou a Consultoria Paulista de Estudos Ambientais Ltda. (CPEA) e seu diretor-presidente, Sérgio Luís Pompéia, pela elaboração e apresentação de estudo ambiental parcialmente enganoso, crime previsto na lei de crimes ambientais. O documento questionado é relativo aos impactos no meio ambiente, causados pela construção do terminal fluvial de granéis sólidos da empresa Cargill S.A no município.

Com base no apurado em depoimentos e documentos constantes no inquérito policial e no procedimento administrativo instaurado na promotoria de Santarém, o MPE verificou que os dados fornecidos pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentado pela empresa CPEA, não condizem com a realidade, com elementos discrepantes e que tornam obscuras as informações extraídas de estudos de diversos autores.

“Assim, o Estudo de Impacto Ambiental confeccionado pelos denunciados se constitui, pois, peça que retrata uma realidade dos fatos mais benéfica a empresa Cargill S.A. A conclusão apontada pelo referido EIA induz em erro o Órgão Licenciador, a sociedade e prejudica sobremaneira a análise judicial dos fatos que se encontram em plena discussão processual”, afirma o Ministério Público de Santarém na denúncia.

Segundo o documento da promotoria, ao inserir conclusões não correspondentes a verdadeira idéia dos autores citados na bibliografia e não ressaltar que os dados estatísticos colhidos não tinham como base os anos anteriores a instalação e efetivo funcionamento da empresa Cargill, a CPEA cometeu o ilícito previsto na lei de crimes ambientais.

“Os denunciados agiram de forma negligente e omissa na elaboração da informação central, tornando obscuro e parcialmente inverídico o Estudo de Impacto Ambiental, documento de fundamental importância para o procedimento de Licenciamento Ambiental da empresa Cargill. a cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente”, ressalta a denúncia do MPE.

Pela forma negligente e omissa na elaboração e apresentação de estudo ambiental parcialmente enganoso, a pena prevista para o crime é de detenção, de um a três anos.

O Ministério Público não ofereceu denúncia contra os representantes legais da empresa Cargill, pois entende que houve celebração de contrato com a empresa denunciada para que elaborasse o estudo de impacto ambiental, que é de exclusiva responsabilidade da CPEA, não podendo a Cargill ser responsabilizada objetivamente na seara criminal, pelas incorreções e negligências da contratada.

Ministério do Esporte: pessoal de palavra

José Cruz (*)

Em 2008, o Ministério do Esporte, de Orlando Silva, lançou a seguinte campanha para divulgar o programa Bolsa Atleta:

Antes de vencer, nossos atletas precisam ganhar

Conquistar os Jogos Olímpicos é assim: a gente investe agora para ver os resultados lá na frente

Vencer no esporte pode exigir uma verdadeira corrida: mas não precisa ser sempre com obstáculos

Quem elaborou as frases de efeito foi a empresa Fields Comunicação Ltda, de Brasília.
Este ano, a Fields continua agência do Ministério, e receberá R$ 22 milhões por um contrato até julho de 2012. No total, o Ministério do Esporte tem R$ 44 milhões para gastar com publicidade, em 2011.

Enquanto isso...
O orçamento da Bolsa atleta para 2011 é de R$ 48 milhões.
Faltam 75 dias para a abertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, México.
Mais de 100 competidores do karatê, patinação, boliche etc não receberam absolutamente NADA da Bolsa Atleta DE 2010!!! Estamos em 2011, é bom lembrar...

E o que dizem as excelências do Ministério do Esporte?

Prezado Atleta,
... “Ainda não temos data prevista de quando sairá a divulgação da próxima lista. O programa Bolsa Atleta trabalha para que isso ocorra o mais breve possível.”
Dizem isso desde o início do ano.

Milhões para a Copa
.Já para "apoiar " a Copa 2014, o Ministério do Esporte destinou R$ 17 milhões em 2010 e R$ 111 milhões este ano.
E Lula disse que não sairia um tostão dos cofres públicos...
Também disse que a Bolsa Atleta ajudaria a quem não tivesse dinheiro para crescer no esporte.

Taí pessoal de palavra.

(*) Jornalista e que cobre há mais de 20 anos os bastidores da política e economia do esporte, acompanhando a execução orçamentária do governo, a produção de leis e o uso de verbas estatais na área esportiva

Dilma e as sofríveis escolhas

Aloísio de Toledo César (*) para O Estado de S.Paulo

É assustador verificar com o passar dos dias e das noites a nada tranquilizante capacidade de escolha de assessores pela presidente Dilma Rousseff. De início, quando era tão somente ministra do governo Lula e teve de se desincompatibilizar para disputar a Presidência da República, ela decidiu deixar em seu lugar uma senhora da qual o País guarda triste lembrança: a demitida ministra Erenice Guerra - e sua suspeitíssima família.

Essa senhora, conhecida por ser "escudeira" e "braço direito" de Dilma, montou no Palácio do Planalto uma central de lobby familiar-partidário que cobrava um "pedágio" de empresários interessados em fazer negócios com o governo. O próprio filho, que dias antes perambulava pela Esplanada dos Ministérios em cargos comissionados de pouca importância, tornou-se um próspero consultor de negócios, envolvendo, é claro, pessoas interessadas em transações com o governo federal.

Enfim, foi um horror. A nova ministra teve de ser afastada durante a campanha eleitoral, mas, dada a já conhecida incapacidade brasileira de exprimir indignação, o escândalo acabou relevado e nem teve influência marcante na disputa.

Da envolvida, contudo, era de esperar que tomasse mais cuidado nas escolhas, inclusive nas de pessoas que se encontram mais próximas dela, porque causam a impressão de ali estarem a serviço do ex-presidente, bem como de outros propósitos.

Foi o caso, por exemplo, do ex-ministro Antônio Palocci, de triste memória, que já saíra da prefeitura de Ribeirão Preto com uma avalanche de processos judiciais. Detinha uma biografia ruim, já havia sido afastado do Ministério de Lula com a imagem necrosada, mas, mesmo assim, acabou voltando aos braços de Dilma, como homem forte do seu governo, até que foi obrigado a sair pela porta dos fundos.

Quem não se lembra do ex-presidente Lula tentando defender Palocci e forçar sua permanência no cargo? Sempre que a gente dá uma cabeçada na vida, e isso acontece com praticamente todos, é importante aproveitar os ensinamentos daí advindos, como forma de evitar novos desacertos.

Ecoturismo em Porto de Galinhas

Ecoturismo afeta recifes de corais em Porto de Galinhas

Folha de São Paulo 
O movimento intenso de turistas que buscam sol e paisagens paradisíacas na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (litoral sul de Pernambuco), tem provocado danos ambientais à região.

Parte da fauna marinha dos recifes vem sendo destruída em razão do ecoturismo desenfreado, conforme estudo da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Os trechos de recifes onde o acesso é livre (7% do total) apresentaram redução de 55% na quantidade de animais que vivem em meio às algas, segundo a bióloga Visnu Sarmento, 25, que estudou o tema durante o mestrado.

Ainda segundo a bióloga, a passagem de turistas sobre os recifes provocou diminuição de 11% entre as espécies de microcrustáceos -pequenos animais, parentes distantes de camarões e siris, que servem de alimento para os peixes dos recifes.
Cerca de 800 mil pessoas visitam a praia todos os anos para conhecer as águas cristalinas das piscinas naturais e as bancadas de recifes -cartões-postais do local.

Por R$ 15, é possível ir de jangada até os recifes, para caminhar sobre as formações calcárias e mergulhar em meio a peixes coloridos e cavalos-marinhos. Na maré baixa, o programa pode até ser feito a pé.
"A continuidade da exploração agressiva do turismo pode provocar a extinção de espécies nos recifes de Porto de Galinhas. A longo prazo, também pode levar a um desequilíbrio na cadeia alimentar da fauna local", afirma.

Os recifes danificados levam até 200 anos para se recuperarem totalmente.
Pesquisadores da UFPE pisotearam por três dias uma faixa de recife protegida. Após três meses sem nenhum contato humano, o local apresentou os mesmos índices de quantidade de animais e espécies anteriores.

Para a bióloga, o rodízio dos passeios em diferentes pontos dos recifes é uma medida simples para amenizar o impacto do turismo.

Obrigado Itabirito e Cagliari

Agradecimento especial a essas duas cidades que visitaram o blog.

Itabirito para quem não conhece é uma simpática cidade mineira cortada pela Rodovia dos Inconfidentes e fica localizado entre Ouro Preto e Belo Horizonte. Uma das preciosidade de itabirito e que atrai turistas do todo lugar é sua gastronomia. Começa pelo seu famoso pastel de angu e passa pela Julifest realizada em Julho com 4 dias de muita música e muita comida gostosa como frango ao molho pardo, feijão tropeiro, umbigo de banana com angu e carne e por aí afora. Possui cerca de 50 mil habitantes.
Muito obrigado Itabirito pelas visitas aos blog.

E outra visita a quem agradecemos muito é dos patrícios da cidade de Cagliari na Itália localizada na Sardenha e com aproximadamente 180 mil habitantes. 
Cagliari faz fronteiras entre outras com Monserrato, Assemini, possuem uma das mais belas praias do Mediterrâneo, ainda com muitas reservas de vida selvagem entre lagoas, santuários de aves. Museus e monumentos com arquitetura refinada dão o toque para se conhecer a história pelas diversas ocupações da região. Fenícios, Romanos, catalães, espanhóis, deixaram suas marcas numa cidade descoberta por volta do século 8 A.C. Além de uma rica vida cultural em teatro, ópera, concertos e exposições, Cagliari oferece uma gastronomia que é rica em frutos do mar e pratos de carne, que é garantido para satisfazer e agradar até os paladares mais exigentes.
Aos queridos patrícios meu muito grazie di cuore (obrigado de coração).

Voltem sempre

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acusação grave

No vídeo anexo apresenta o senador Demóstenes Torres - 
DEM/GO  que pronunciou um impressionante discurso no Senado da República denunciando a ação criminosa do atual governo,  através do Ministério da Educação, que promove a lavagem cerebral de crianças e adolescentes das escolas brasileiras através de livros didáticos doutrinários com afirmações mentirosas e sem qualquer base científica, ao mesmo tempo em que faz a defesa do ataque à propriedade privada e distorce a realidade usando coisas que vão além do marxismo vulgar. 

Sem falar no tratamento afrontoso do idioma português ensinado o errado como certo e na abordagem vulgar da questão sexual que faz esses livros do MEC se aproximarem da sub-literatura pornográfica.

Enfim, o que é revelado minuciosamente pelo Senador Demóstenes Torres neste pronunciamento deve ser ouvido por todos. Encareço aos honrados leitores do blog, especialmente os pais de alunos, que vejam com atenção este vídeo e que se unam num grande movimento para obrigar o governo a retirar essa sujeira das escolas.

Chamo a atenção especial a todos os leitores: trata-se de uma denúncia gravíssima, uma coisa muito séria e terrivelmente chocante que está destruindo a Nação brasileira e transformando as futuras gerações sabe-se lá o que . 

Encareço que, de ofício, o Ministério Público acione a Justiça para o recolhimento imediato desses livros propondo ainda competente ação penal tendo em vista processar os responsáveis por esse crime que corrompe a juventude brasileira e antecipa a destruição da Nação ao vilipendiar os valores do respeito à lei e à ordem, da liberdade, da individualidade, do Estado de Direito, da democracia e do direito à Educação e ao conhecimento vazado nos princípios da ciência.

Uma vergonha.

Datena já vai sair da Record

Em menos de dois meses na Record, José Luiz Datena vai deixar a emissora

Do Blog de Flávio Ricco

Não vai além de 43 dias o contrato de José Luiz Datena com a Record, em sua terceira passagem pela emissora. Seriam mais cinco anos pela frente e o atual compromisso só se encerraria em junho de 2016.

A informação é que hoje, terminando a apresentação do “Cidade Alerta”, ele entregará a carta de rescisão. Será o seu último programa.

Procurado, Datena não foi localizado.
Depois de tornar públicas algumas das suas insatisfações, houve por parte da direção de Jornalismo uma solicitação ao apresentador, para que não aceitasse mais pedidos de entrevistas. Isso aconteceu e só aumentou o desconforto entre as partes.

As frequentes mudanças no horário e a quebra da rede em meio a sua exibição foram outras causas que acabaram precipitando o desgaste das relações.

A volta para a Bandeirantes deve ser o caminho natural.

As Primícias da Impunidade

Jorge Linhaça (*)
Extraido do Blog Net 7 Mares - http://net7mares.blogspot.com

Qualquer bandido ou fascínora que tenha dinheiro amealhado em nosso país, pode sempre contar com ajuda providencial do presidente do Supremo Tribunal Federal, o sr Gilmar Mendes , que, seja lá porque motivo for, parece não se importar com a lei e ordem no Brasil e muito menos com o seu juramento de defender a constituição.
Daniel Dantas, (Aquele condenado a 10 anos pela investigação feita na operação Satiagraha) foi solto devido a Habeas Corpus concedido pelo ilustre ministro, talvez em virtude do fato de haver familiares de políticos paulistas, que juram ser idôneos e integros a cada eleição, já que sua sujeira é varrida sistematicamente para baixo do tapete pelos Gilmares da vida.
Depois disso veio o cancelamento das provas "colhidas de forma indevida"
Quando há endinheirados envolvidos as provas são sempre indevidas...

O médico estuprador, Roger Abdelmassih ( aquele que bolinava e abusava de suas pacientes anestesiadas e que foi condenado a 278 anos de cadeia )seguiu os mesmos passos de Dantas, conseguindo um Habeas Corpus com Gilmar Mendes e indo se auto exilar no Líbano, que não tem acordo de extradição com o Brasil.

Como não sou advogado e nem doutor da lei, fica-me apenas a indignação, inclusive com a tal OAB que parece dizer amén a esses casuístas ou demonstra não ter força ou representatividade suficiente para exigir explicações e organizar uma campanha do tipo " Fora Gilmar Mendes".

Aliás, desculpem-me os bons advogados, mas estudar direito neste país é um baita de um negócio...desembargadores se livram da cadeia mesmo após cometerem assassinatos por motivo banal ( como aquele no litoral, lembram?) , acabam afastados de seus cargos mas recebendo a sua remuneração sem precisar trabalhar.
Afinal isso é uma punição ou uma premiação?

Outra, pega no sistema de corrupção do Roriz, orientada pelo seu psiquiatra, agora se finge de doida e tem chiliques cada vez que vai depor....mas não rasga o dinheiro fruto da corrupção...engraçado.

Grandes escritórios de advocacia , comandados por ex-ministros ou juízes,
trabalham quase que exclusivamente para criminosos de colarinho branco, para os endinheirados de plantão, buscando brechas em nossa lei, que aparentemente já é pensada para permitir tais brechas para quem tenha dinheiro para pagar.

Fica-me a questão de o que fazer com a (in) justiça em nosso país que liberta o terroristas italiano Césari Battisti e lhe dá asilo político, ao mesmo tempo que trata de permitir que os criminosos nacionais consigam obter passaportes mesmo depois de condenados e ainda por cima concede-lhes habeas corpus para recorrer em liberdade.

Como muitos dizem neste país a justiça aqui só vale para pés de chinelo, para pobres, "pretos" e putas.

Se um cara qualquer deixa de pagar pensão alimentícia, corre o risco de ficar engaiolado por um bom tempo porque está desempregado ou sem condições de arcar com tais valores.
Por outro lado alguém que dá um golpe financeiro enorme nos cofres públicos e privados , como o Dantas e o Nicolau lalau,; que assassina alguém, como o Pimenta; ou estupra em série como o especialista em fertilização merecem do supremo tribunal tratamento diferenciado que varia de "prisão domiciliar" em suas mansões à facilitação de fuga para o estrangeiro.

Afinal, que justiça é esta? Será ela tão cega que não vê os desmandos daqueles que são pagos com o nosso dinheiro extamente para evitarem desmandos e esferas inferiores?

Como podem esses senhores deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilos? Talvez a resposta esteja no recheio das suas fronhas, talvez o estofo seja verde....

Como verde é a grama que dão ao povo para comer, sentados que ficam em suas grandes cadeiras estofadas finamente, adulados pela mídia e fazendo cena de entendidos em leis.

Será possível que no nosso supremo tribunal federal ( assim em minúsculas mesmo, pois não merecem um clique a mais no caps lock ) não exista ninguém honesto e capaz de exigir o afastamento desse senhor?

Quem dera tivessemos um Capitão Nascimento na vida real, que pegando o tal Gilmar pelo seu branco e togado colarinho gritasse a plenos pulmões :
Pede pra saír...Pede pra saír...

Tenho uma sugestão para os criadores do filme "Tropa de Elite" :]
Poderíamos agora fazer a sequência "Tropa de Elite x Tropa da Elite" ...faria tanto ou mais sucesso que os seus antecessores.

Engaçado que a grande mídia não faz estardalhaço nesses casos...no máximo uma notinha de rodapé. Será o "rabo preso"? Será o medo? Ou algum outro motivo inconfessável? Sabe-se lá. Pode ser apenas falta de ibope...ou quem sabe a falta de um bom BOPE em seus calcanhares.

Aos meus leitores advogados e quiçá políticos, deixo meu e-mail aberto para que possam tentar "explicar" quais dispositivos legais impedem que "cúmplices" de criminosos e reincidentes sejam cassados de seus cargos.

A tal OAB poderia tentar explicar para que ela serve afinal das contas, já que faz estardalhaço quanto à liberdade de expressão e tal mas não se manifesta contra desmandos de seus filiados.
Achei que o papel da OAB fosse fiscalizar a conduta ética daqueles que possuem diplomas do curso de direito. Devo ter me enganado.

Ou será que só se pode tomar atitudes contra os neófitos da profissão?

Perguntas, perguntas e mais perguntas que, por certo ficarão sem respostas.

Contatos com o autor
anjo.loyro@gmail.com

(*) Poeta, Escritor e Dramaturgo

Ética? O que é isso?

'Casal Dnit' lida com negócios milionários do órgão junto a empresas

Fábio Fabrini (fabio.fabrini@bsb.oglobo.com.br) e Roberto Maltchik (roberto.maltchik@bsb.oglobo.com.br) para O Globo


Sônia Duarte
Promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em meio à crise, Marcelino Augusto Rosa comanda serviços milionários do órgão com empresas cuja representante é sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa. De um lado do balcão, o servidor, que responde a processo disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) por suposto favorecimento de empreiteiras, tem ascendência sobre contratos de sua área. De outro, é ela quem leva e traz documentos e pleitos de algumas das contratadas à sede da autarquia em Brasília.

Sônia Duarte é procuradora de oito empresas, a maioria responsável pela sinalização de rodovias. Antes de assumir a Coordenação Geral de Operações - no lugar de Luiz Cláudio Varejão, exonerado pela presidente Dilma -, Marcelino já era interino do cargo e coordenava o setor de Segurança e Engenharia de Trânsito, responsável pela sinalização horizontal e vertical, entre outras atribuições. Graças a aditivos, algumas das clientes de Sônia conseguiram dobrar o valor de seus contratos nos últimos anos.

Só a SBS, que se vale dos serviços de Sônia há pelo menos três anos, esticou o valor de seu contrato em 164% (de R$ 4,3 milhões para R$ 11,4 milhões), após seis aditivos. A CAP tem dois contratos, um com aumento de 121% (de R$ 4,1 milhões para R$ 9,1 milhões) e outro de 86,5% (de R$ 5,2 milhões para R$ 9,7 milhões). Já a Sinalmig obteve acréscimos de 112% (de R$ 5,09 milhões para R$ 10,6 milhões). Desde 2006, a SBS já recebeu R$ 9 milhões. Os pagamentos à CAP somaram R$ 16,3 milhões. No caso da Sinalmig, outros R$ 8,9 milhões.

Sônia atua no Dnit há cerca de 15 anos
Em vez de abrir licitações para ampliar ou dar continuidade aos trabalhos, o Dnit optou por prorrogá-los por meio de aditivos. As três empresas são de Belo Horizonte e também atuam como subcontratadas de empreiteiras que trabalham para o órgão.

Nos bastidores da autarquia em Brasília, Sônia e Marcelino ganharam o apelido de "casal Dnit". Ele é servidor antigo, com mais de 40 anos de crachá, egresso do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER). Levada pelo marido, ela atua há cerca de 15 anos no órgão, graças a procurações das empresas, anualmente renovadas. O boca a boca aumentou a clientela. E fez sua fama. Segundo um engenheiro, contratá-la é a garantia de "acelerar" processos internos.

Sônia e Marcelino são sócios na Somart, com sede no apartamento em que moram em Brasília. Nos registros da Junta Comercial do Distrito Federal, a empresa faz representação comercial de material odontológico e cosméticos a madeira e revistas, além de obras de terraplanagem, serviços de preparação de terreno. Eles alegam que a empresa está inativa.

Sobra alguém com seriedade ???

Coordenador de Operações Rodoviárias do Dnit é exonerado

O coordenador de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Rosa, pediu para ser exonerado, após a revelação pelo jornal O GLOBO de que sua mulher é representante de oito empresas que têm contratos de sinalização rodoviária, área de atuação do servidor. A publicação no Diário Oficial da União (DOU) deve ocorrer na segunda-feira. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, aceitou o pedido.

Nota do Blog: Parece piada. Será que sobra alguém nesse Ministério com alguma lisura? Com total lisura já se observou que será difícil. E isso porque mexeram um pouquinho nos pauzinhos. Imaginem se mexer em todos qual será o resultado? Uma vergonha sem limítes para um País que se julga sério.
Detalhe que afastam os "suspeitos" porém, as investigações não continuam para que se conheça até aonde houve algum favorecimento/beneficiamento pelo uso do cargo. E se houver dinheiro envolvido que seja devolvido e os envolvidos devidamente processados e presos. Isso em um País sério.
Daqui 1 ano não estranhem se algum deles estiver de volta e com mais influência ainda.

O Estranho Viajante

Uma crônica budista: o elogio da "preguiça"-

Lin Ching Xuan
(Trad*.: Ho Yeh Chia)

Certa vez participei de uma excursão, pelo leste de Taiwan, e havia no grupo um sujeito muito estranho. Ele passava o dia todo dormindo no hotel enquanto os outros saíamos para conhecer as belezas do lugar. Quando ele acordava antes da gente chegar do passeio, ficava sentado no bar, tranqüilamente tomando um café. Às vezes, ele não acordava nem para comer, alegando que queria descansar. Ele não gostava de falar e se alguém tentava puxar papo, ele apenas dava um sorriso e ficava quieto.

Embora tudo em sua conduta fosse silêncio, ninguém conseguia ignorá-lo. Ele era como um mistério e, pelas costas, os companheiros não paravam de comentar sobre seu comportamento.

Às vezes, eu o imitava: sentava-me no bar, em silêncio, sem proferir nenhuma palavra e sorria para ele.

E, assim, ficamos amigos.

Uma vez não resisti e lhe perguntei: "Já que você participa da excursão, por que não passeia conosco?"

"Sou um homem preguiçoso", disse ele, "acho que ficar em pé é melhor do que andar; sentar, melhor do que ficar em pé; deitar, melhor do que sentar e dormir é ainda melhor do que ficar só deitado. Eu participo da excursão porque, assim, não preciso me preocupar com arranjar o que comer, onde morar e outras bobagens dessas...!"

Eu já vi muitas pessoas trabalhadoras que estão sempre ocupadas, dificilmente conheço um preguiçoso. E os preguiçosos geralmente não costumam assumir esse título. Então, começamos a conversar sobre a preguiça.

Para esse viajante estranho, um homem preguiçoso tem dois princípios: primeiro, não faça nada que possa não ser feito. Por exemplo, ele compra sete camisas, uma para cada dia da semana, ao final de uma semana, todas vão estar usadas. Volta a usá-las pela segunda vez na semana seguinte e na terceira semana também. A vantagem é que precisa lavar roupas apenas uma vez a cada três semanas. Sapatos, de preferência, sem cordões, melhor ainda se não for preciso agachar para calçá-los. Comida, se encher o estômago, já está bom. De preferência, em restaurante: preparar em casa dá muito trabalho. Alimentos crus é melhor do que cozidos, procure dispensar requintes na alimentação: pão é mais fácil do que macarrão, que é mais fácil do que arroz (para cozinhar arroz é necessário lavá-lo antes...). Frutas, escolha aquelas que não precisam ser cortadas: banana, tomate, maçã são melhores do que abacaxi ou melancia.

E para fazer compras, não adquira mais do que o estritamente necessário, pois quando a gente começa a ter muitas coisas caras e boas, começa também a querer colecionar e guardar com cuidado. Além disso, surgem as preocupações de manutenção, e complicações que não têm mais fim: não nós possuímos as coisas; elas nos possuem. "O homem gasta muito tempo e muita força para buscar fama, sucesso e satisfazer desejos materiais. Assistindo a tudo isso de longe, o homem parece um grande tolo", disse o estranho viajante.

O segundo princípio de um homem preguiçoso é: não lembre de coisas que possam ser não lembradas. "As pessoas não param de lembrar coisas bobas, preocupam-se com tudo. Eu prefiro sentar-me e olhar nuvens", disse ele. Contou-me também que a maior sabedoria que os antigos monges zen buscavam tem tudo que ver com a preguiça. Há uma poesia que diz:

Na primavera, há cem variadas flores;
No outono, o luar;
No verão, ventos frescos
E, no inverno, neves;
Se não tivermos preocupação
Suspensa no coração,
Estaremos sempre
Nos bons momentos da vida.

Ele recitou ainda outra poesia para mim, esta, da Dinastia Yuang:

Tranqüilamente,
Sem ter nada para discutir,
Apenas um incenso a queimar
E sua fragrância para sentir;
Tenho chá ao acordar
E refeições para a fome,
Vejo a corrente do rio, ao caminhar
E as nuvens do céu, ao sentar.

As duas poesias são antigas: como pode um homem preguiçoso saber recitá-las de cor? Perguntei curioso: "Você diz que não costuma lembrar das coisas e se esforça para decorar poesias?"

"Não fui eu que as lembrei: foram as poesias que quiseram ficar em meu coração", respondeu ele. Depois me disse que a maior dificuldade de ser preguiçoso é que tem que usar muito a cabeça para pensar em como pode ser mais preguiçoso ainda...

 Do original chinês: Y way de lui ke.

Emprego Rural

Emprego rural: agropecuária tem maior taxa de crescimento

Agropecuária registrou a maior taxa de crescimento nas vagas de emprego criadas no primeiro semestre do ano entre os demais setores econômicos.
No primeiro semestre deste ano foram geradas 1,4 milhões de vagas de emprego no Brasil, das quais pelo menos um sexto ou 235,3 mil vagas foram provenientes do setor agropecuário, sendo o terceiro setor que mais gerou empregos neste período depois do setor de serviços e indústria de transformação.

A agropecuária registrou a maior taxa de crescimento entre os setores no primeiro semestre de 2011 em relação a 2010 com variação de 15,81%, enquanto o setor de serviços registrou taxa de 3,92% e indústria de transformação 3,27%.

O número de vagas criadas até junho de 235,3 mil é o segundo melhor saldo do semestre nos últimos nove anos, sendo superado apenas pelo saldo de 2007 quando a criação de empregos foi de 238,4 mil vagas.

Neste setor tiveram destaque as regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste com a criação de 187,2; 32,3; 11,4 mil vagas respectivamente.

Até o final do ano o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE estima que sejam criadas 3 milhões de vagas de emprego e atribui este resultado à expansão da economia brasileira e a maior renda do trabalhador com salários médios que apresentam crescimento real de 3,04% em relação ao ano passado, passando de R$ 874,14 para R$ 900,70 em 2011.

Commodities : a salvação

Commodities salvam superávit brasileiro

A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) revisou no dia 20/07, as estimativas de comércio exterior para 2011, com superávit subindo levemente de US$ 26,100 bilhões para US$ 26,260 bilhões.

O presidente da entidade, José Augusto de Castro, explicou que o que salvará o superávit comercial brasileiro este ano será o preço em alta de commodities.

As importações e as exportações este ano devem crescer praticamente na mesma magnitude, respectivamente 20,2% e 21,1% contra 2010.

Mas o cenário nos dois setores não poderia ser mais diferente.
Enquanto as compras externas são impulsionadas pelo dólar fraco, as vendas externas são concentradas em commoditi es, que têm procura forte no mercado internacional. "Se não houvesse esta boa demanda atual por commodities, as exportações brasileiras teriam um cenário diferente", afirmou.

Castro alertou que, este ano, a dependência brasileira das exportações de commodities, que representam 71% do montante exportado, tornou-se cada vez mais visível.
Ele observou que, apesar do aumento previsto para as vendas externas, três commodities devem responder por 35,7% das receitas totais de exportação do Brasil até o final do ano: minério de ferro, complexo soja e petróleo e derivados.

No caso específico do minério, o produto deve responder por US$ 39,036 bilhões da receita, ou 15,96% dos ganhos totais do País com vendas externas este ano.
Para o especialista, é alto o risco de uma ''reprimarização'' da economia brasileira, que pode voltar a se posicionar no mercado internacional apenas como fornecedor de matérias-primas.

"No momento, estamos respondendo à boa demanda por commodities no cenário internacional. Mas o problema é que, se ocorrer algo no cenário externo, se a China reduzir sua demanda, não temos plano B", afirmou o executivo.

A ineficiência das medidas adotadas pelo governo para conter a demanda interna, anunciadas em dezembro do ano passado, também influenciou as revisões das estimativas da AEB. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Maluf : "Premiado" em 186 países

Maluf ameaça voltar a ser candidato a prefeito. Se hipoteticamente eleito, seria preso se desembarcasse em 186 países. Veja por quê

Blog do Ricardo Setti (*)

Amigos do blog, o homem não sossega. Uma vez mais, o inevitável deputado Paulo Maluf (PP-SP) ameaça: pode vir a ser, de novo, candidato a prefeito de São Paulo.
A coisa ainda não está decidida (leia no site de VEJA), até porque Deus sabe o que vai ocorrer até 2014, ano das eleições presidenciais, para os governos estaduais, o Congresso e as assembleias legislativas. Por via das dúvidas, e enquanto isso, Maluf vai colocando seu pé em diferentes canoas. Agora ele é amiguinho do governador tucano Geraldo Alckmin, e fez indicações para o governo estadual, que o PP apoia. Por outro lado, ele vem apoiando as articulações em favor da candidatura do deputado Gabriel Chalita a prefeito da capital pelo PMDB, outrora, como os tucanos, seu adversário no Estado.

Essa candidatura, se vingar, terá um toque inédito: será o primeiro aspirante à Prefeitura a ser procurado como foragido da Justiça em 186 países do mundo. Se teoricamente ele fosse eleito, o prefeito do mais importante Estado brasileiro só poderia visitar, sem ser preso, 7 países que aparecem em vermelho no mapa acima: a Coreia do Norte, os Estados Federados da Micronésia, as Ilhas Salomão, Kiribati, Palau, Tuvalu ou Vanuatu. A presença do Brasil no mapa múndi está explicada abaixo.

Ordem de captura internacional da Interpol
Os 7 países citados são os únicos do planeta não filiados à Interpol e nos quais, portanto, ele não corre o risco de ser preso ao desembarcar, devido à a ordem internacional de capura que tem contra si em decorrência de processo que sofre desde 2007 na Justiça de Nova York. (Ele não pode ser preso no Brasil porque o pedido é da Justiça dos Estados Unidos e o país, segundo a Constituição, não concede a extradição de seus nacionais).

Maluf teve sua ordem de captura expedida pela Justiça americana para a Interpol em 2007, sob acusação de conspiração, fraude e roubalheira de dinheiro público por, como prefeito (1993-1997), ter, entre outras coisas, supostamente desviado recursos das obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho (ex-Água Espraiada) para contas em entidades financeiras de Nova York e, de lá, para paraísos fiscais e outros destinos.

O mais novo amigão do governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, que recentemente compareceu, com outras figuras venerandas da República, à posse de Maluf como presidente do PP de São Paulo – sim, Maluf, até há pouco visto como o que de pior poderia haver em matéria de comportamento político, e que passou 40 dias preso numa carceragem da Polícia Federal em 2005 –, esse amigão de Alckmin e da presidente Dilma, do vice Michel Temer, não pode desembarcar sem ser preso nos seguintes 186 países:

Se visitar qualquer desses países, será preso
Afeganistão, África do Sul, Albânia, Alemanha, Andorra, Angola, Antigua & Barbuda, Antilhas Holandesas, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Armênia, Aruba, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bahamas, Bahrein, Bangladesh, Barbados, Bélgica, Belize, Benin, Butão, Bielorrússia, Bolívia, Bósnia e Herzegóvina, Botswana, Brunei, Bulgária, Burkina-Faso, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Canadá, Catar, Cazaquistão, Chade, Cingapura, Chile, China, Colômbia, Comores, Congo, Congo, Costa Rica, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Croácia, Cuba, Chipre, Dinamarca, Djibouti, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, Eritreia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Etiópia, Fiji, Finlândia, Filipinas, França, Gabão, Gâmbia, Geórgia, Gana, Grécia, Granada, Guatemala, Guiné, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Guiana, Haiti, Holanda, Honduras, Hungria, Iêmen, Ilhas Marshall, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Jamaica, Japão, Jordânia, Kuwait, Laos, Lesoto, Letônia, Líbano, Libéria, Líbia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Madagascar, Malásia, Malawi, Mali, Maldivas, Malta, Marrocos, Maurício, Mauritânia, México, Mianmar, Moçambique, Moldova, Mônaco, Mongólia, Montenegro, Namíbia, Nauru, Nepal, Nicarágua, Níger, Nigéria, Noruega, Nova Zelândia, Oman, Panamá, Paquistão, Papua Nova Guiné, Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Quênia, Quirguistão, Reino Unido, República Centro-Africana, República Checa, República Dominicana, Romênia, Rússia, Ruanda, Sta. Lucia, St. Kitts & Nevis, St. Vincent & Granadinas, Samoa, San Marino, São Tomé & Principe, Senegal, Sérvia, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Síria, Sri Lanka, Suazilândia, Sudão, Suécia, Suíça, Suriname, Tailândia, Tajiquistão, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Tonga, Trinidad & Tobago, Tunísia, Turquia, Turcomenistão, Uganda, Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão, Vaticano,Venezuela, Vietnã, Zâmbia e Zimbábue.

(*) Jornalista é colunista do site No mínimo , do Observatório da Imprensa, da Revista Veja.