Blog Seu Dinheiro - Jornal da Tarde/SPO
A compra por impulso é uma das principais ameaças ao controle das finanças pessoais. E as temporadas de liquidação são um teste de resistência, especialmente para nós mulheres, o alvo favorito das promoções de roupas, calçados e assessórios. Já virou praxe: nos shoppings e nas lojas de rua da capital as vitrines anunciam descontos de até 60% em ‘saldões de inverno’. Isso em pleno inverno.
Mas os saldões também podem ser uma forma de economizar. Tudo vai depender de como o consumidor entrar na operação, pois a linha que separa o ganho do descontrole financeiro é tênue.
Por exemplo, a compra de um produto que antes era vendido a R$ 100 e que é oferecido na promoção a R$ 70 vai resultar em uma economia de R$ 30. Ótimo. Mas a regra só vale se a aquisição já estava prevista no orçamento. Caso contrário, o consumidor gastou R$ 80 que estavam fora da programação. São desvios assim que levam as finanças pessoais para o mau caminho.
Uma estratégia para aproveitar as ofertas dos saldões sem comprometer o orçamento é vistoriar o guarda-roupas antes de sair de casa. Conferir detalhadamente o que há no armário ajuda na seleção das novas peças e faz com que a compra seja mais eficiente. Assim evita-se que entrem na sacola roupas que nada têm a ver com as que já se tem em casa e que certamente ficarão encostadas por falta de ter com o que compor.
Outra vantagem da pré-conferência é escapar das repetições. Parece brincadeira, mas já vi casos de pessoas que de tão empolgadas com as promoções levaram para casa peças idênticas às que já tinham. Ou muito parecidas, o que dá no mesmo.
Feita a vistoria, vale a mesma tática da ida ao supermercado: preparar uma lista com tudo o que precisa ser comprado. Assim fica mais fácil focar no necessário e fugir das tentações.
Nas liquidações é comum que a loja não tenha todos os tamanhos. Em geral sobram os números muito pequenos ou os muito grandes. Se não encontrar o número certo, é importante ser forte e resistir ao impulso de levar a peça mesmo assim. Uma das armadilhas mais comuns nessas situações é o consumidor comprar um número menor apostando que a peça vai lassear com o uso. Muito provavelmente ela terminará abandonada no fundo do armário. Um desperdício.
Outro erro é levar um número maior. A não ser que a intenção seja passar uma impressão de desleixo, a peça vai precisar de um ajuste. Se souber fazer ou tiver alguém que o faça sem custo, tudo bem. Se não, o preço cobrado pela costureira precisa ser considerado na conta, pois pode anular o desconto obtido no saldão.
Outra questão é quanto ao pagamento. Se a aquisição está prevista no orçamento daquele mês, deve ser quitada à vista. O cartão de crédito pode ser útil caso o gasto esteja programado para o mês seguinte, mas apenas diante de uma oferta de fato imperdível.
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