7.000 trabalhadores de Belo Monte entram em greve nesta segunda
Folha de São Paulo
Sete mil trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo Monte, uma das mais importantes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), devem cruzar os braços a partir desta segunda-feira.
O Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada) do Pará começou a organizar o movimento grevista durante a tarde deste domingo, instalando faixas anunciando a greve em todas as frentes de obra.
O Sindicato poderá bloquear acessos aos canteiros de obra ou fechar a rodovia Transamazônica, entre Altamira e Belo Monte. Os líderes sindicais prometem um movimento pacífico.
Os trabalhadores reivindicam vale-alimentação de R$ 300 por mês, além de licença a cada três meses para visita à família.
A Norte Energia, responsável pela obra, aceitou elevar o valor do vale de R$ 95 para R$ 110.
A empresa também aceitou aumentar o tempo de afastamento do funcionário para retorno à cidade de origem de 9 para 19 dias.
A Norte Energia, no entanto, manteve o intervalo de seis meses entre as licenças e quer descontar esses dez dias adicionais do período de férias do funcionário.
A obra de Belo Monte, projeto que deve custar mais de R$ 25 bilhões, já está atrasada.
A primeira turbina terá de começar a gerar energia em janeiro de 2015.
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