quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Quando se quer, se consegue

Produtores de pimenta-do-reino do Pará vão exportar por Trading Company

Pequenos produtores de pimenta do reino do estado do Pará poderão começar a exportar, a partir da próxima safra, em 2010, através do sistema Trading Company. 

Para tanto, o governo paraense vai colocar em prática um plano para recuperar a cultura da pimenta que está se tornando inviável devido ao alto custo de produção, à doença fusariose e a problemas ambientais. 
O estado chegou a produzir 83 mil toneladas em 1983, mas terá em 2009 uma safra de 32 mil toneladas. 
Por meio do sistema de empresa Trading Company, que será implantado inicialmente no município de Castanhal, nordeste paraense, será feita a prospecção de mercado, elaboração de projetos e comercializaç ão dos produtos, priorizando a agricultura familiar. 

A proposta é preparar os agricultores familiares a exportarem 10 mil toneladas anuais. 
Na primeira etapa, espera-se reunir 2500 agricultores que irão produzir cerca de três mil toneladas na safra 2009/2010. O projeto será implantado pela Secretaria de Estado de Agricultura do Pará (Sagri) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) com financiamento dos Bancos da Amazônia (Basa) e Banco do Brasil (BB). 
Além do plantio consorciado, outra estratégia dos agricultores será a de utilizar estacas de gliricídia (Gliricidia sepium L.) como tutor vivo no plantio de pimenteira-do-reino substituindo a estaca (tutor morto). 
A gliricídia contribui para a redução de custos de produção e de impactos ambientais, bem como para o aumento da longevidade dos pimentais que pode aumentar de 8 para até 25 anos. 

O consórcio diminui os riscos da produção e garante renda para os agricultores a partir do quarto mês, com as culturas de ciclo curto. Além disso, o projeto pretende ser gerador de crédito de carbono, negociado em bolsas de valores de vários países. 
Em janeiro de 2010, começa o plantio na área de abrangência do plano, que inclui os municípios de Castanhal, Terra Alta, São João da Ponta, Curuçá e Marapanim. Será realizado plantio consorciado, ou seja, a pimenta vai dividir o espaço de produção com outras culturas, como cacau, açaí e essências florestais. 
A adoção da lavoura no sistema Agroflorestal (SAF), que une agricultura com floresta, garante a sustentabilidade da área utilizada, pois exige pouca adubação, não agride o meio ambiente e perm ite o uso de culturas de ciclo curto nos dois primeiros anos. 
Num segundo momento, o plano deverá se estender para outros polos de produção de pimenta do estado como Paragominas, Tomé-Açu, Baião e Capitão Poço e depois a todo o estado.

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