Erik Jennings (*)
Seis anos de estudo e a busca pela autorização legal para exercer a medicina.
Chega o tão sonhado registro no Conselho Regional de Medicina, o CRM.
Forma-se um medico, nasce uma uma nova vida cheia de obrigações, sucessos, frustrações e muito trabalho.
O toque repetido do carimbo, ano após ano, referenda nossos atos e comprovará, inevitavelmente, nossos acertos, como também nossos erros.
Com o passar dos anos, depois de tanto carimbar, gastando tinta preta e ganhando cabelos brancos, percebemos que o nosso tão sonhado CRM é apenas um detalhe e insuficiente para desfrutarmos da condição plena de sermos médicos.
Nenhuma instituição exige formalmente, mas nunca seremos medicos se nao tivermos habilitados com o maior e mais poderoso CRM que existe: o da Compaixão, Resiliencia e Moral.
Ser medico é ter COMPAIXAO, sentir e se importar com o sofrimento alheio, sem no entanto ter a dor física ou morrer junto com o paciente.
Exercer a medicina é ser RESILIENTE. Resistir as perdas, tolerar as frustrações, e transformar resistência em paciência para vencer a doença.
O medico tem que ter MORAL, em seu sentido mais ampla quando envolve Ética e a convivência com uma serie de regras entre o profissional e o doente
.
Compaixão, Resiliencia e Moral é o verdadeiro CRM que pode carimbar, legitimar e manter a paixão e o entusiasmo de ser medico. A única carteira capaz de abrir caminhos seguros tanto para pacientes, como para médicos.
Este CRM (Compaixão, Resiliência e Moral) não tem número, não tem cor nem registro. Mas existe dentro do coração de cada medico. Basta procurarmos por ele todos os dias.
(*) Médico é Diretor Técnico e Coordenador da Equipe de Neurocirurgia do HRBA (Hospital Reginal do Baixo Amazonas)
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