terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

E Santarém vai ficando só para acenar os lencinhos ...

Amapá ganha rota hidroviária de transporte de grãos  

Acorda, Pará 

Uma alternativa para o escoamento de grãos para a Europa com custo reduzido – antiga reivindicação de empresários do agronegócio no país – será colocada em prática com a nova rota hidroviária de transporte de grãos no Amapá. 

Em diversas reuniões com produtores de soja da região centro-oeste do país, Camilo Capiberibe, governador do Amapá, mostrou as potencialidades do porto Santana e sua posição estratégica em relação a Europa e garantiu, como contrapartida, a regularização de uma área no Distrito Industrial de Santana e na Ilha de Santana: 

“Temos o Porto de Santana como opção para o norte da produção de Mato Grosso e do Amapá, na foz do rio Amazonas, que pode baratear o frete em 30%”, explicou. 

O fruto da articulação política foi a fundação da Cianport (Companhia Norte de Navegação e Portos S/A), em Santana (AP), por investidores nacionais (Fiagril Participações S.A. e Agro Soja Comércio e Exportações de Cereais Ltda), em dezembro de 2011. 

Agora com o financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a Cianport no valor de R$ 75,9 milhões do BNDES – os recursos do FMM (Fundo de Marinha Mercante) correspondem a 80% do investimento total de R$ 94,6 milhões – será possível a utilização de uma nova rota de escoamento de grãos transportados pela empresa da região centro-oeste para o exterior, especialmente China e União Europeia. 

A Cianport atuará dentro do corredor logístico intermodal, formado pela BR-163 e a hidrovia Tapajós-Amazonas.
Os recursos irão garantir a construção no Estaleiro Rio Negro (Erin), em Manaus (AM), de dois empurradores fluviais de 3,2 mil bhp (unidade de potência usada para as embarcações fluviais), oito balsas graneleiras do tipo Box, de 2,8 mil toneladas de porte bruto (tpb), e dezesseis balsas graneleiras do tipo Racked, de 2,7 mil tpb. 

O projeto ampliará a competitividade dos produtos comercializados na região, uma vez que reduzirá custos de frete e tempo de transporte em relação às atuais rotas de escoamento. O apoio do BNDES contribuirá para descongestionar os portos de Santos e Paranaguá, rota atual utilizada para escoamento.

Nota do Blog: Para quem era a primeira opção, hoje Santarém assiste outros portos lhe deixando para trás. Miritituba, Vila do Conde, agora Santana no Amapá....  e assim vai indo... O ditado é real: " Os cães ladram e a caravana passa" ... muitos fizeram barulho, fizeram au-au, espantaram o desenvolvimento, a geração de renda e empregos e hoje certamente para aqueles que virão de Miritiruba e para o porto de Santama, Santarém irá acenar lencinhos vendo a caravana passar ... Perdeu o bonde .... ou os navios....

Nenhum comentário:

Postar um comentário