sábado, 23 de fevereiro de 2013

E o cara saiu pela porta da frente e foi para casa

Gil Rugai é condenado a 33 anos e 9 meses por morte de pai e madrasta 

Estadão 

Os advogados de defesa vão recorrer da sentença. Segundo Marcelo Feller, “o júri é reflexo da sociedade, que é preconceituosa”. O defensor de Gil Rugai ressaltou que o resultado foi apertado – 4 votos pela condenação e 3 pela absolvição – e afirmou que se tivesse “mais alguns dias” poderia ter revertido a desvantagem. A defesa tem cinco dias para manifestar o desejo de recorrer. Ao todo, foram ouvidas 15 testemunhas de acusação e defesa. Se o recurso for aceito, Gil pode ser novamente julgado ou mesmo absolvido diretamente. 

Durante os 90 minutos de explanação, a defesa tentou desconstruir a imagem de “mostro” que, segundo eles, foi atribuída ao réu em todo o processo. Ao se referir a ele, usaram termos como “padreco”, “moleque”, “esquisito” e “estranho”. Os defensores afirmaram que Gil é apenas um menino que perdeu o pai e a madrasta. 

Eles gastaram boa parte do tempo de argumentação tentando derrubar a tese do horário do crime. Uma xerox com uma suposta conta telefônica de um dos vizinhos da vítima foi apresentada. Neste documento, cuja autenticidade não pode ser comprovada, já que se trata de apenas de uma parte da conta, um vizinho teria telefonado para o vigia da rua onde o crime ocorreu por volta das 22h, após ouvir os disparos. Outro registro telefônico mostrado pela defesa, do tele fixo do escritório de Gil, a 4,5 km da casa do pai, mostra que ele ligou às 22h14 do local para uma amiga: não podeira, portanto, segundo os defensores, estar na cena do crime. 

Os advogados também voltaram a desqualificar as testemunhas de acusação, que apontavam que Gil no local dos assassinatos, afirmaram que ele portava uma arma e que tinha problemas com o pai. A dupla de defesa negou qualquer motivação para o réu ter matado o pai. 

Depois do encerramento do juri, os advogados de Gil apontaram um novo suspeito para o caso: Aguinaldo Silva, assistente pessoal da empresa de Luiz Carlos Rugai, a Referência. Segundo Marcelo Feller, um dos defensores do réu, Silva tinha uma dívida trabalhista de R$ 600 mil com a empresa. 

O crime
Gil Rugai é o único suspeito de matar Luiz Carlos Rugai e a madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, na noite de 28 de março de 2004. O assassinato aconteceu na mansão em Perdizes onde o casal morava, na zona oeste. Alessandra foi atingida por cinco tiros e Luiz Carlos, por quatro. 

Hoje com 29 anos, o réu ficou dois anos e meio preso, depois que provas periciais e o testemunho de um vigia noturno da rua da residência indicaram a sua presença no local. 

Nota do Blog: A pergunta que qualquer leigo faz é do que adianta um juiz condenar um cidadão a 33 anos de cadeia se ele sai pela porta da frente do fórum e vai para casa e não para cadeia? É a lei .. mas que lei é essa ... que País é esse já dizia Renato Russo .. os senhores deputados, senadores e a propria Presidente do País não tem vergonha de legislarem um País com tantas leis e que no final acaba sendo o País da impunidade? Esse pessoal não tem vergonha para sentarem de forma urgente e mudarem a legislação penal e acabarem com todas essas rotas de fugas que os criminosos conseguem dentro da própria lei penal? Que País é esse onde alguém que matou um casal de forma cruel e covarde, dormindo e sem chances de defesa pegam mais de 30 anos de cadeia e depois de 10 anos saem na base da liberdade provisória??? Onde estamos? Criem vergonha na cara senhores deputados e senadores e resolvam fazer algo que vocês de há muito não fazem que é trabalhar ....

3 comentários:

  1. Isso somente irá mudar quando um desses vagabundos de Brasília forem executados/esquartejados por alguém ... Até lá iremos conviver com essa barbaridade .

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  2. Arthur - São Paulo23/2/13 15:35

    Apenas uma palavra: Vergonha

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  3. GENTE,

    NÃO TEM JEITO ESSE PAÍS.

    CHAGUINHA/SANTARÉM/PARÁ... brasiiiill..il...il...il!!!

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