Humberto Luiz Peron (*)
Palmeirense, seu time não vai conquistar o Campeonato Paulista. Também não passará de um mero coadjuvante na Copa Libertadores e, mesmo entrando na reta final, também não terá nenhuma chance de manter o título da Copa do Brasil.
Tudo isso porque, durante um bom tempo de 2013, o clube viverá períodos de turbulência, como na semana passada, quando o time abriu mão do artilheiro Barcos em troca de dinheiro e um punhado de jogadores.
Aliás, a negociação do centroavante argentino - poucas horas depois de a direção do clube anunciar que o jogador não sairia do clube - deixou bem claro um dos objetivos de seus novos dirigentes. Ao se livrar de um jogador que tinha um alto salário, a diretoria mostra claramente que o clube vai tentar sanear a precária situação econômica que o clube enfrenta atualmente.
A transferência de Barcos mostra que o Palmeiras, para arrecadar dinheiro, não vai pensar duas vezes em abrir mão de jogadores caros de seu elenco, como nos casos de Valdivia - que só não saiu em janeiro porque o clube não recebeu nenhuma proposta oficial - e o zagueiro Henrique. A não oficialização da contratação do argentino Riquelme e a saída de Luan - também porque tinha vencimentos que eram considerados altos pela nova diretoria - mostram o quanto o clube quer - e precisa - conter gastos.
É preciso dizer que o Palmeiras está tendo inúmeros problemas para cumprir seus compromissos financeiros - inclusive aos que dizem respeito ao contracheque de seus profissionais - e hoje o clube perdeu credibilidade e está longe de ser a primeira opção até para jogadores medianos.
Além da questão financeira, e apesar de não dizer isso claramente, a nova diretoria visa a renovação total do elenco. Pretende-se acabar com a base do time que fez o clube cair no ano passado. Por isso, ainda por um bom tempo os palmeirenses vão acompanhar muitas dispensas, várias contratações de jogadores baratos e o aproveitamento dos jogadores da base.
Lógico que essa transformação no time vai fazer com que o Palmeiras sofra algumas derrotas e, em um curto espaço de tempo, o trabalho do técnico Gilson Kleina será questionado. Entre a nova cúpula que dirige o futebol do clube, o nome do treinador está longe de ser uma unanimidade. Alguns grupos políticos que ajudaram eleger o presidente Paulo Nobre já pedem a cabeça do treinador.
O técnico preferido por todos é Jorginho, que, além de ser um nome de consenso dos vários grupos políticos do clube, tem experiência de ter brilhado na Série B com a Portuguesa, quando tinha nas mãos um elenco de jogadores baratos.
O grande objetivo técnico da nova diretoria do Palmeiras é montar um time barato que termine entre os quatro mais bem colocados da Série B. Por isso, afirmo que a paz só voltar ao Palestra Itália em outubro, porque esse vai ser o período que o time vai estar muito perto de garantir seu acesso para a Série A - nesse mês também deve ser definida a data de inauguração do novo estádio.
Depois de sofrerem muito em 2012, os palmeirenses ainda passam boa parte de 2013 chateados. A esperança é que o clube aprenda com o que fez de errado nos últimos anos e se reestruture melhor para dar um chega para lá nessa fase ruim, que para os palmeirenses parece que não vai acabar mais. A história quase centenária do clube mostra que o Palmeiras nasceu para ser um dos protagonistas do nosso futebol e não motivo de piadas.
(*) Jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet"
Palmeirense, seu time não vai conquistar o Campeonato Paulista. Também não passará de um mero coadjuvante na Copa Libertadores e, mesmo entrando na reta final, também não terá nenhuma chance de manter o título da Copa do Brasil.
Tudo isso porque, durante um bom tempo de 2013, o clube viverá períodos de turbulência, como na semana passada, quando o time abriu mão do artilheiro Barcos em troca de dinheiro e um punhado de jogadores.
Aliás, a negociação do centroavante argentino - poucas horas depois de a direção do clube anunciar que o jogador não sairia do clube - deixou bem claro um dos objetivos de seus novos dirigentes. Ao se livrar de um jogador que tinha um alto salário, a diretoria mostra claramente que o clube vai tentar sanear a precária situação econômica que o clube enfrenta atualmente.
A transferência de Barcos mostra que o Palmeiras, para arrecadar dinheiro, não vai pensar duas vezes em abrir mão de jogadores caros de seu elenco, como nos casos de Valdivia - que só não saiu em janeiro porque o clube não recebeu nenhuma proposta oficial - e o zagueiro Henrique. A não oficialização da contratação do argentino Riquelme e a saída de Luan - também porque tinha vencimentos que eram considerados altos pela nova diretoria - mostram o quanto o clube quer - e precisa - conter gastos.
É preciso dizer que o Palmeiras está tendo inúmeros problemas para cumprir seus compromissos financeiros - inclusive aos que dizem respeito ao contracheque de seus profissionais - e hoje o clube perdeu credibilidade e está longe de ser a primeira opção até para jogadores medianos.
Além da questão financeira, e apesar de não dizer isso claramente, a nova diretoria visa a renovação total do elenco. Pretende-se acabar com a base do time que fez o clube cair no ano passado. Por isso, ainda por um bom tempo os palmeirenses vão acompanhar muitas dispensas, várias contratações de jogadores baratos e o aproveitamento dos jogadores da base.
Lógico que essa transformação no time vai fazer com que o Palmeiras sofra algumas derrotas e, em um curto espaço de tempo, o trabalho do técnico Gilson Kleina será questionado. Entre a nova cúpula que dirige o futebol do clube, o nome do treinador está longe de ser uma unanimidade. Alguns grupos políticos que ajudaram eleger o presidente Paulo Nobre já pedem a cabeça do treinador.
O técnico preferido por todos é Jorginho, que, além de ser um nome de consenso dos vários grupos políticos do clube, tem experiência de ter brilhado na Série B com a Portuguesa, quando tinha nas mãos um elenco de jogadores baratos.
O grande objetivo técnico da nova diretoria do Palmeiras é montar um time barato que termine entre os quatro mais bem colocados da Série B. Por isso, afirmo que a paz só voltar ao Palestra Itália em outubro, porque esse vai ser o período que o time vai estar muito perto de garantir seu acesso para a Série A - nesse mês também deve ser definida a data de inauguração do novo estádio.
Depois de sofrerem muito em 2012, os palmeirenses ainda passam boa parte de 2013 chateados. A esperança é que o clube aprenda com o que fez de errado nos últimos anos e se reestruture melhor para dar um chega para lá nessa fase ruim, que para os palmeirenses parece que não vai acabar mais. A história quase centenária do clube mostra que o Palmeiras nasceu para ser um dos protagonistas do nosso futebol e não motivo de piadas.
(*) Jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet"
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