Governo Federal prepara socorro ao calote dos clubes ao fisco
José Cruz (*)
Em crise em campo depois da derrota para o Grêmio pela Libertadores, o Fluminense vive outro drama, financeiro, com atraso de salários, conforme conta reportagem de Renan Rodrigues, do UOL, no Rio de Janeiro.
O problema não é exclusivo do Tricolor carioca. E o drama para pagar dívidas vem de anos, envolvendo os principais clubes do nosso futebol, Flamengo, Corinthians, Santos, Atlético e por aí vai.
Em resumo, os bens dos clubes, em geral, são penhorados por ordem judicial para pagar contas, principalmente com o INSS, Imposto de Renda e Fundo de Garantia. Extraoficialmente, a dívida dos principais clubes passa de R$ 2 bilhões.
Para tentar resolver o problema o Governo do então presidente Lula criou a Timemania, aposta que repassa 22% da arrecadação para abater nas dívidas fiscais. Não adiantou.
Alternativa esperta
Em 25 de agosto alertei para um possível perdão do governo aos R$ 2 bilhões de débito ao fisco.
O projeto de perdão, do deputado Vicente Cândido (PT-SP), previa a criação do Proforte (Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos).
Na prática, o valor da dívida fiscal de cada clube seria abatido com os clubes oferecendo práticas esportivas para jovens atletas.
O Flamengo, por exemplo, que recentemente acabou com sua equipe de natação por falta de dinheiro, poderá participar do Proforte formando atletas, em troca da dívida que tem para com o fisco. A questão é que o Flamengo não tem dinheiro nem para a sua equipe principal…
Solução a caminho
No sábado, o companheiro Luiz Carlos Azedo confirmou em sua coluna (Brasília-DF), no Correio Braziliense, que o programa de anistia das dívidas está a caminho.
“Para fazer valer a força das nossas chuteiras, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, prepara um pacote de medidas para resolver as dívidas dos clubes e das federações. Os clubes trocarão apoio à iniciação ao esporte para classes menos favorecidas em troca de perdão ou renegociação de dívidas coma Receita e a Previdências. As negociações já começaram e deverão ser anunciadas logo após a Copa das Confederações.”
É difícil acreditar que o ex-presidente da CPI da CBF Nike, que identificou falcatruas, evasão de divisas e corrupção no nosso futebol agora prepare um pacote para premiar os fraudadores de ontem.
A medida é casuística e atenta contra o contribuinte que honra seus compromissos.
Não é possível que o governo federal, que cobra dos empresários pesados impostos seja “bonzinho” com o cartola fraudador esquecendo o calote praticado há mais de 10 anos…
Se essa medida de Aldo Rebelo se confirmar fica evidente que é discriminatória e uma fortíssima peça de campanha eleitoral, que já está nas ruas.
Mas que moral terá a presidente Dilma Rousseff para encarar o eleitor em geral e lhe exigir que honre seus compromissos para com o Estado?
(*) Jornalista e que cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte. Participou da cobertura de eventos esportivos internacionais nos últimos 20 anos.
José Cruz (*)
Em crise em campo depois da derrota para o Grêmio pela Libertadores, o Fluminense vive outro drama, financeiro, com atraso de salários, conforme conta reportagem de Renan Rodrigues, do UOL, no Rio de Janeiro.
O problema não é exclusivo do Tricolor carioca. E o drama para pagar dívidas vem de anos, envolvendo os principais clubes do nosso futebol, Flamengo, Corinthians, Santos, Atlético e por aí vai.
Em resumo, os bens dos clubes, em geral, são penhorados por ordem judicial para pagar contas, principalmente com o INSS, Imposto de Renda e Fundo de Garantia. Extraoficialmente, a dívida dos principais clubes passa de R$ 2 bilhões.
Para tentar resolver o problema o Governo do então presidente Lula criou a Timemania, aposta que repassa 22% da arrecadação para abater nas dívidas fiscais. Não adiantou.
Alternativa esperta
Em 25 de agosto alertei para um possível perdão do governo aos R$ 2 bilhões de débito ao fisco.
O projeto de perdão, do deputado Vicente Cândido (PT-SP), previa a criação do Proforte (Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos).
Na prática, o valor da dívida fiscal de cada clube seria abatido com os clubes oferecendo práticas esportivas para jovens atletas.
O Flamengo, por exemplo, que recentemente acabou com sua equipe de natação por falta de dinheiro, poderá participar do Proforte formando atletas, em troca da dívida que tem para com o fisco. A questão é que o Flamengo não tem dinheiro nem para a sua equipe principal…
Solução a caminho
No sábado, o companheiro Luiz Carlos Azedo confirmou em sua coluna (Brasília-DF), no Correio Braziliense, que o programa de anistia das dívidas está a caminho.
“Para fazer valer a força das nossas chuteiras, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, prepara um pacote de medidas para resolver as dívidas dos clubes e das federações. Os clubes trocarão apoio à iniciação ao esporte para classes menos favorecidas em troca de perdão ou renegociação de dívidas coma Receita e a Previdências. As negociações já começaram e deverão ser anunciadas logo após a Copa das Confederações.”
É difícil acreditar que o ex-presidente da CPI da CBF Nike, que identificou falcatruas, evasão de divisas e corrupção no nosso futebol agora prepare um pacote para premiar os fraudadores de ontem.
A medida é casuística e atenta contra o contribuinte que honra seus compromissos.
Não é possível que o governo federal, que cobra dos empresários pesados impostos seja “bonzinho” com o cartola fraudador esquecendo o calote praticado há mais de 10 anos…
Se essa medida de Aldo Rebelo se confirmar fica evidente que é discriminatória e uma fortíssima peça de campanha eleitoral, que já está nas ruas.
Mas que moral terá a presidente Dilma Rousseff para encarar o eleitor em geral e lhe exigir que honre seus compromissos para com o Estado?
(*) Jornalista e que cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte. Participou da cobertura de eventos esportivos internacionais nos últimos 20 anos.
Sinceramente fico pensando aonde iremos chegar com esses políticos que temos. Se tenho uma divida com um orgão público e atraso, recebo cartas, vou parar no Serviço de Proteção ao Crédito, sou impedido de financiamentos, sujam meu nome e por aí vai ... E os clubes, administrados por calhordas, incompetentes, traíras do próprio clube, ficam livres de pagarem as dívidas dos clubes, dívidas que a maioria criou e assumiu, para depois realizarem novas dívidas ... uma palhaçada ...
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