Na CUT, Lula se compara a Lincoln e critica adversários
Estadão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira, 27, seus adversários, afirmou que eles têm "bronca" dele e da presidente Dilma Rousseff e avaliou que a oposição e os formadores de opinião pública nunca quiseram a eleição dos dois. "Essa gente nunca quis que eu e a Dilma ganhássemos as eleições, que a gente fosse progressista", disse o ex-presidente, durante evento em comemoração aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "A bronca que eles tinham de mim era (em relação ao) meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma."
Lula se comparou ainda ao ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln em relação, segundo ele, aos ataques sofridos na imprensa. "Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho batem em mim. E o coitado não tinha nem computador. Ia para o telex ficar esperando", disse Lula, contando que está lendo a biografia do ex-presidente dos Estados Unidos, cuja trajetória política também foi retratada recentemente nos cinemas. "Hoje a resposta é em tempo real. Eu quero parar de reclamar dos que não gostam de mim e não dão espaço. Eu não convido eles para minha festa e não sou convidado", resumiu.
Para Lula, os adversários e "os formadores de opinião pública" foram os últimos a aderir, na década de 80, ao movimento pelas eleições diretas para presidente e, na década seguinte, à campanha pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, hoje senador.
"É preciso reconhecer que o País mudou muito, inclusive na questão da comunicação. Nos anos 80, qualquer imbecil se achava formador de opinião pública", disse. "Nesse País, formadores de opinião pública eram contra a campanha das diretas, contra a derrubada do Collor", criticou.
Movimento sindical.
O ex-presidente reclamou ainda da falta de espaço para o movimento sindical na imprensa e cobrou um mapeamento de toda a mídia do setor para que esse segmento se organize. "É uma arma poderosa, mas totalmente desorganizada. Por que a gente não organiza a nossa mídia, dá formatação, um pensamento coletivo, mais unitário?", indagou.
Lula pediu uma mudança de postura da CUT, cobrou que a central sindical e seus dirigentes saiam às ruas, deixem os prédios e viajem mais pelo País. Recomendou ainda que conversem mais com a presidente Dilma "porque mulher sempre trata melhor que o homem". Após manifestações da plateia sobre a fama de rígida da presidente, Lula emendou: "Mesmo quando a mulher é mais dura, é mais flexível que o homem."
Na saída do evento, Lula disse, em uma rápida conversa com jornalistas, que apoia a marcha dos trabalhadores a ser realizada em 6 de março. "Todas as reivindicações são justas. Agora, só precisa saber se o governo tem condições de atender", comentou.
Estadão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira, 27, seus adversários, afirmou que eles têm "bronca" dele e da presidente Dilma Rousseff e avaliou que a oposição e os formadores de opinião pública nunca quiseram a eleição dos dois. "Essa gente nunca quis que eu e a Dilma ganhássemos as eleições, que a gente fosse progressista", disse o ex-presidente, durante evento em comemoração aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT). "A bronca que eles tinham de mim era (em relação ao) meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma."
Lula se comparou ainda ao ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln em relação, segundo ele, aos ataques sofridos na imprensa. "Eu fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho batem em mim. E o coitado não tinha nem computador. Ia para o telex ficar esperando", disse Lula, contando que está lendo a biografia do ex-presidente dos Estados Unidos, cuja trajetória política também foi retratada recentemente nos cinemas. "Hoje a resposta é em tempo real. Eu quero parar de reclamar dos que não gostam de mim e não dão espaço. Eu não convido eles para minha festa e não sou convidado", resumiu.
Para Lula, os adversários e "os formadores de opinião pública" foram os últimos a aderir, na década de 80, ao movimento pelas eleições diretas para presidente e, na década seguinte, à campanha pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, hoje senador.
"É preciso reconhecer que o País mudou muito, inclusive na questão da comunicação. Nos anos 80, qualquer imbecil se achava formador de opinião pública", disse. "Nesse País, formadores de opinião pública eram contra a campanha das diretas, contra a derrubada do Collor", criticou.
Movimento sindical.
O ex-presidente reclamou ainda da falta de espaço para o movimento sindical na imprensa e cobrou um mapeamento de toda a mídia do setor para que esse segmento se organize. "É uma arma poderosa, mas totalmente desorganizada. Por que a gente não organiza a nossa mídia, dá formatação, um pensamento coletivo, mais unitário?", indagou.
Lula pediu uma mudança de postura da CUT, cobrou que a central sindical e seus dirigentes saiam às ruas, deixem os prédios e viajem mais pelo País. Recomendou ainda que conversem mais com a presidente Dilma "porque mulher sempre trata melhor que o homem". Após manifestações da plateia sobre a fama de rígida da presidente, Lula emendou: "Mesmo quando a mulher é mais dura, é mais flexível que o homem."
Na saída do evento, Lula disse, em uma rápida conversa com jornalistas, que apoia a marcha dos trabalhadores a ser realizada em 6 de março. "Todas as reivindicações são justas. Agora, só precisa saber se o governo tem condições de atender", comentou.
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