domingo, 17 de fevereiro de 2013

Frequentes erros nas entrevistas para trabalho

Atraso 
O primeiro erro cometido pelos candidatos a uma vaga de trabalho é não comparecer ao local no horário estabelecido. Para a Eliane Figueiredo, presidente da consultoria Projeto RH, o atraso só é permitido caso haja um motivo muito forte. “O primeiro erro na entrevista é chegar atrasado. É recomendado que as pessoas saiam com antecedência de suas residências, ainda mais em grandes cidades, onde você nunca sabe o que pode encontrar pela frente. Hoje em dia, o mínimo que se pode fazer é ligar, avisar que está atrasada. Mesmo assim, em alguns casos é fatal, como em uma dinâmica de grupo, por exemplo, no qual um atraso pode te deixar por fora de todo o ocorrido”. 

Vestimenta 
De acordo com os especialistas, cuidar da aparência para uma entrevista de emprego é de vital importância. Abusos e desleixos causam má impressão nos avaliadores. Mesmo assim, não são necessárias roupas de grife ou de alto valor, mas sim uma vestimenta adequada a qual vaga o candidato busca. Uma oportunidade em uma agência de publicidade ou em um banco, por exemplo, podem admitir diferentes formas de se vestir. “Não se vista de forma informal demais. Algumas candidatas vão a uma entrevista sem nenhum critério, abusando de decotes ou saias curtas demais. Já os homens chegam suados, de jeans, o que dependendo do cargo, é inaceitável”, afirma Gisele Diniz, gerente de recrutamento e seleção da Arezzo RH. 

Despreparo 
O nervosismo é uma situação normal durante uma entrevista de emprego, afirmam os especialistas. Mas nervosismo é diferente de falta de preparo, o que é tido como um dos principais erros cometidos nesta etapa da seleção. “Muitas vezes o candidato não pesquisou absolutamente nada sobre a empresa que ele está tentando a vaga. Alguns até pronunciam o nome errado da empresa”, afirma Eliane Figueiredo. Para não ser surpreendido, é necessário estudar políticas e ações das companhias. “É necessário se preparar. Entre na internet, veja os serviços e os produtos que a empresa faz. Entender a empresa e seus concorrentes é fundamental, porque preparação é tudo”, afirma Luiz Edmundo Rosa, diretor da Associação Brasileira da Recursos Humanos. 

Vocabulário 
Erros de português são levados a sério por parte dos examinadores. Caso a vaga necessite de um vocabulário perfeito, este tipo de equívoco pode levar o candidato à desclassificação imediata. “Erros de português são muito comuns. Ao telefone, ao vivo, enfim, não pega bem em lugar nenhum”, afirma Eliane Figueiredo. Outro problema é o uso das gírias. Segundo Gisele Diniz, os candidatos que abusam das gírias e as frases sem sentido acabam se desqualificando perante os outros. “A gurizada de hoje em dia utiliza muito gírias, frases sem sentido, gerundismo. Caso o cargo não necessite muito de um excelente português, isso até que pode ser relevado, mas se for para um cargo mais sênior, isso conta muito”, afirmou. 

Falar demais. Ou falar pouco  
O candidato monossilábico pode passar a mesma impressão de alguém que fala muito, deixando uma vaga impressão do seu real potencial. “Os dois são problemas. Pois quando alguém é muito prolixo, começa a contar histórias, mostra que não tem objetividade. Se é monossilábico, sem desenvolver uma ideia, sem justificativa, também não demonstra. A inadequação está na não percepção do contexto da entrevista”, afirma Luiz Edmundo Rosa. De acordo com ele, o diálogo com o entrevistador deve ocorrer de forma com que ambos possam dar e receber informações, sendo que o candidato deve estar apto a fazer perguntas pertinentes sobre a empresa. 

Falar mal da empresa anterior 
Outro erro crucial na hora de uma entrevista de emprego é falar dos defeitos e problemas do emprego anterior. Segundo os especialistas, o candidato não deve deixar a impressão de que todos os erros são culpa da empresa. “Um erro recorrente é o profissional ficar só falando do que ele fez certo e do que a empresa deveria ter feito para ele, isso é um erro porque fica parecendo que a empresa está sempre errada. Ele deve apresentar qual era a sua missão, quais eram seus resultados na época ou ocasião e quais ações ele tentou”, disse Carlos Contar, diretor do Grupo Business Partners Consulting.

Focar no salário 
Discutir o salário durante a entrevista de emprego é um procedimento normal. O incorreto é focar apenas na remuneração, deixando em primeiro plano durante o diálogo. “Um erro é só perguntar em relação a salário e benefícios. Quando perguntamos se a pessoa tem interesse na vaga, ele já pergunta qual o salário, isso é um erro. O salário é o segundo fator sempre. Nenhuma empresa busca uma pessoa que só aceite o trabalho pelo dinheiro”, afirmou Figueiredo. 

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