Copa 2014: gastos com estádio Mané Garrincha perto de R$ 1,5 bilhão
José Cruz (*)
A dois meses da inauguração do estádio Mané Garrincha, em Brasília, os gastos com as obras bateram em R$ 1,2 bilhão. Desse total, R$ 797.397.020,00 já foram pagos.
Mas se forem incluídas despesas como paisagismo e urbanização nos arredores do estádio, serviços ainda não contratados, o custo total chegará a R$ 1,5 bilhão.
Os valores, oficiais, detalhados no quadro abaixo e obtido em registros do Diário Oficial do DF, foram cedidos pelo gabinete da deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD).
Ela realiza esse trabalho para acompanhar a fiscalização dos gastos públicos com a Copa 2014, porque as informações do governo não são confiáveis.
O último lançamento da Terracap, que administra as obras do estádio, é de 18 de dezembro, há quase dois meses. E informa apenas os valores dos contratos, sem se referir ao que já foi pago e quanto está empenhado.
Já no “Portal da Transparência”, da Controladoria Geral da União, os valores também estão desatualizados e não batem com os números oficiais. Esses desencontros de valores demonstram a falta de transparência com as obras da Copa.
Problemas
O orçamento original do novo estádio em Brasília era de R$ 680 milhões, mas nesse valor não estavam incluídos vários itens, como gramado, cadeiras, cobertura, iluminação etc.
O Governo do Distrito Federal optou por realizar orçamentos por etapas, na medida em que a obra avançava.
Informações não oficiais indicam que a atual situação financeira da Terracap é preocupante, pois a venda de terrenos públicos, cuja renda é destinada às obras do estádio, não é suficiente frente às despesas. O problema se agrava porque o pagamento dessas transações é em longas prestações.
O problema ficou mais evidente há duas semanas, quando o Governo do Distrito Federal transferiu R$ 100 milhões de seu orçamento para a Terracap.
Para essa operação foram retirados recursos de 13 secretarias, entre elas as da Criança, Educação, Segurança Pública e Fundo de Saúde.
Em outra operação para não atrasar as obras do estádio a direção da Terracap teria contratado empréstimo de R$ 50 milhões junto ao Banco do Brasil, e negocia novos empréstimos com bancos particulares, segundo uma fonte próxima do gabinete do governo distrital.
(*) Jornalista que cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte. Participou da cobertura de eventos esportivos internacionais nos últimos 20 anos.
A dois meses da inauguração do estádio Mané Garrincha, em Brasília, os gastos com as obras bateram em R$ 1,2 bilhão. Desse total, R$ 797.397.020,00 já foram pagos.
Mas se forem incluídas despesas como paisagismo e urbanização nos arredores do estádio, serviços ainda não contratados, o custo total chegará a R$ 1,5 bilhão.
Os valores, oficiais, detalhados no quadro abaixo e obtido em registros do Diário Oficial do DF, foram cedidos pelo gabinete da deputada distrital Eliana Pedrosa (PSD).
Ela realiza esse trabalho para acompanhar a fiscalização dos gastos públicos com a Copa 2014, porque as informações do governo não são confiáveis.
O último lançamento da Terracap, que administra as obras do estádio, é de 18 de dezembro, há quase dois meses. E informa apenas os valores dos contratos, sem se referir ao que já foi pago e quanto está empenhado.
Já no “Portal da Transparência”, da Controladoria Geral da União, os valores também estão desatualizados e não batem com os números oficiais. Esses desencontros de valores demonstram a falta de transparência com as obras da Copa.
Problemas
O orçamento original do novo estádio em Brasília era de R$ 680 milhões, mas nesse valor não estavam incluídos vários itens, como gramado, cadeiras, cobertura, iluminação etc.
O Governo do Distrito Federal optou por realizar orçamentos por etapas, na medida em que a obra avançava.
Informações não oficiais indicam que a atual situação financeira da Terracap é preocupante, pois a venda de terrenos públicos, cuja renda é destinada às obras do estádio, não é suficiente frente às despesas. O problema se agrava porque o pagamento dessas transações é em longas prestações.
O problema ficou mais evidente há duas semanas, quando o Governo do Distrito Federal transferiu R$ 100 milhões de seu orçamento para a Terracap.
Para essa operação foram retirados recursos de 13 secretarias, entre elas as da Criança, Educação, Segurança Pública e Fundo de Saúde.
Em outra operação para não atrasar as obras do estádio a direção da Terracap teria contratado empréstimo de R$ 50 milhões junto ao Banco do Brasil, e negocia novos empréstimos com bancos particulares, segundo uma fonte próxima do gabinete do governo distrital.
(*) Jornalista que cobre as áreas de política, economia e legislação do esporte. Participou da cobertura de eventos esportivos internacionais nos últimos 20 anos.
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