Denunciado ao STF, Renan Calheiros volta à presidência do Senado
UOL
Cinco anos após renunciar ao cargo de presidente do Senado sob suspeita de irregularidades, Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito nesta sexta-feira (1º), em votação secreta, o novo presidente da Casa para o biênio 2013-2014. Renan era favorito para a disputa, mesmo tendo sido oficializado candidato no final da tarde desta quinta-feira (31), menos de 24 horas antes da eleição. Ele substitui o senador José Sarney (PMDB-AP) no posto, terceiro na linha sucessória da presidência da República.
Ele teve 56 votos, contra 18 para o senador Pedro Taques (PDT-MT), que representou os senadores independentes e parte da oposição. Houve ainda dois votos em branco, dois votos nulos e três ausências. Dos 81 senadores, 78 estavam presentes. Os três ausentes são João Ribeiro (PR-TO), Luiz Henrique (PMDB-SC) e Humberto Costa (PT-PE). Os dois primeiros estão licenciados por decisão médica e o último está nos Estados Unidos, estudando para um curso de proficiência em inglês, segundo sua assessoria.
Eleito, Renan defende liberdade de imprensa e cita Dilma
Ao discursar já como presidente eleito, Renan defendeu a liberdade de imprensa. "A imprensa precisa ser livre. Ninguém quer uma imprensa que se agacha". Ele disse ainda ter "a clara e desapaixonada percepção do processo político"
"O Congresso precisa criar condições mais seguras para investidores, diminuir a burocracia, eliminar gargalos e fazer o país crescer", discursou. "Exercerei a presidência do Senado com respeito, com equilíbrio e com transparência."
Renan deixou a presidência do Senado em dezembro de 2007 e quase perdeu o mandato depois de ser acusado de ter despesas pessoais pagas pelo lobista de uma construtora. O dinheiro serviria para pagar o aluguel de um apartamento e a pensão da jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha. Renan admitiu ser amigo do lobista, mas negou ter recebido dinheiro.
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