terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A Mônica de Lula e a Rose de Renan

 Augusto Nunes (*) 

Além das escancaradas pelo confronto estético, há três diferenças essenciais entre Mônica Veloso e Rosemary Noronha. 

A primeira é a origem do patrocínio: se a Rose de Renan Calheiros teve as despesas bancadas por uma empreiteira, a Mônica de Lula ganhou um empregão federal. 

A segunda reside nos desdobramentos das relações com gente poderosa: só uma se valeu da influência do parceiro para enriquecer como quadrilheira. 

A terceira, como ressalta o texto publicado na seção História em Imagens, está no tratamento dispensado pela imprensa às duas mulheres. 

Mônica foi apresentada ao país como amante do presidente do Senado. 
Rose é apenas “amiga” do ex-presidente da República. 

O livro em que Mônica Veloso contou o pouco que sabia do que se passava fora da alcova nada acrescentou ao prontuário de Renan. 

Se Rosemary Noronha resolver contar à polícia o muito que sabe, Lula terá de interromper o silêncio que já passou de 70 dias para passar outros tantos tentando explicar-se. 

E não conseguirá.

 (*) Jornalista e Ex-Diretor do Jornal do Brasil, do Jornal  Gazeta Mercantil e Revista Forbes. Atualmente na Revista Veja

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