Jornal da Tarde
Um coração artificial importado chega a custar cerca de R$ 500 mil, mas o preço do produto brasileiro será de aproximadamente R$ 60 mil. “É uma tecnologia amplamente difundida no mundo, mas o Brasil está muito atrasado.
O problema é que o custo desse aparelho era proibitivo”, reforça Dinkhuysen, acrescentando que a intenção do projeto é baratear o custo do aparelho nacional para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa indicar seu uso com frequência.
Pelo mundo, há casos de pacientes que vivem com o equipamento há oito anos e se adaptaram tão bem que não querem mais ser transplantados. No Dante, a ideia é que o aparelho seja testado inicialmente em doentes com cardiopatias graves, que estão na fila do transplante de coração, não respondem mais ao tratamento com medicamentos e correm risco de morte.
Segundo Reginaldo Cipullo, cardiologista clínico do setor de transplantes, existem hoje 99 pacientes na fila do transplante em todo o Estado, sendo 37 na capital. “O índice de morte na fila de espera é de 55%. Desses, o aparelho seria útil para cerca de 80%. O equipamento fará a fila de transplante cair. Será um benefício enorme para a sociedade”, acredita.
O projeto de desenvolvimento do coração artificial do Dante começou em 1998, idealizado pelo engenheiro Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo centro de bioengenharia do instituto. Em 2004, a equipe iniciou os testes em bezerros.
Com os bons resultados, no ano passado o grupo pediu autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em seres humanos. A pesquisa foi liberada e, num primeiro momento, será realizada em cinco pacientes.
Órgão auxiliar
O coração artificial não substituirá o órgão natural e funcionará como auxiliar para o coração doente, para que o paciente consiga esperar pelo transplante em melhores condições clínicas. “A gente criou um dispositivo para ser um auxiliar ao coração porque, se o aparelho falhar, o paciente ainda terá o seu coração funcionando e terá tempo de ser socorrido”, esclarece Andrade.
A princípio, o coração artificial foi feito para ser implantado no paciente e conectado ao coração natural. Ele funciona com uma bateria que fica presa ao corpo, do lado de fora, e precisa ser trocada a cada duas horas. Os primeiros cinco pacientes, no entanto, não terão o aparelho implantado. Por questões de segurança, ficarão internados e o dispositivo ficará preso do lado de fora do corpo para que seja melhor monitorado pela equipe.
“Estamos em teste e as pessoas não têm experiência com esse aparelho. Por isso, todo cuidado é necessário e vamos monitorá-lo 24 horas”, explica Dinkhuysen. Não há risco de rejeição – o risco que existe é o de coagulação do sangue dentro do aparelho, o que será controlado com medicação anticoagulante diariamente, detalha o médico.
O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, começará a testar em humanos um coração artificial totalmente nacional, desenvolvido pela equipe de bioengenharia do próprio hospital.
Até hoje, como o Brasil dependia de aparelhos importados, a maior dificuldade para difundir a técnica no País era o preço, segundo o chefe do setor de transplante do hospital e principal responsável pelo projeto, Jarbas Dinkhuysen.
Um coração artificial importado chega a custar cerca de R$ 500 mil, mas o preço do produto brasileiro será de aproximadamente R$ 60 mil. “É uma tecnologia amplamente difundida no mundo, mas o Brasil está muito atrasado.
O problema é que o custo desse aparelho era proibitivo”, reforça Dinkhuysen, acrescentando que a intenção do projeto é baratear o custo do aparelho nacional para que o Sistema Único de Saúde (SUS) possa indicar seu uso com frequência.
Pelo mundo, há casos de pacientes que vivem com o equipamento há oito anos e se adaptaram tão bem que não querem mais ser transplantados. No Dante, a ideia é que o aparelho seja testado inicialmente em doentes com cardiopatias graves, que estão na fila do transplante de coração, não respondem mais ao tratamento com medicamentos e correm risco de morte.
Segundo Reginaldo Cipullo, cardiologista clínico do setor de transplantes, existem hoje 99 pacientes na fila do transplante em todo o Estado, sendo 37 na capital. “O índice de morte na fila de espera é de 55%. Desses, o aparelho seria útil para cerca de 80%. O equipamento fará a fila de transplante cair. Será um benefício enorme para a sociedade”, acredita.
O projeto de desenvolvimento do coração artificial do Dante começou em 1998, idealizado pelo engenheiro Aron José Pazin de Andrade, responsável pelo centro de bioengenharia do instituto. Em 2004, a equipe iniciou os testes em bezerros.
Com os bons resultados, no ano passado o grupo pediu autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em seres humanos. A pesquisa foi liberada e, num primeiro momento, será realizada em cinco pacientes.
Órgão auxiliar
O coração artificial não substituirá o órgão natural e funcionará como auxiliar para o coração doente, para que o paciente consiga esperar pelo transplante em melhores condições clínicas. “A gente criou um dispositivo para ser um auxiliar ao coração porque, se o aparelho falhar, o paciente ainda terá o seu coração funcionando e terá tempo de ser socorrido”, esclarece Andrade.
A princípio, o coração artificial foi feito para ser implantado no paciente e conectado ao coração natural. Ele funciona com uma bateria que fica presa ao corpo, do lado de fora, e precisa ser trocada a cada duas horas. Os primeiros cinco pacientes, no entanto, não terão o aparelho implantado. Por questões de segurança, ficarão internados e o dispositivo ficará preso do lado de fora do corpo para que seja melhor monitorado pela equipe.
“Estamos em teste e as pessoas não têm experiência com esse aparelho. Por isso, todo cuidado é necessário e vamos monitorá-lo 24 horas”, explica Dinkhuysen. Não há risco de rejeição – o risco que existe é o de coagulação do sangue dentro do aparelho, o que será controlado com medicação anticoagulante diariamente, detalha o médico.
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