segunda-feira, 9 de abril de 2012

Demissão em massa

Para se recuperar, Sony planeja cortar 10 mil postos de trabalho  

Terra 

A multinacional japonesa Sony planeja cortar dez mil postos de trabalho, cerca de 6% de seu quadro de funcionários, possivelmente no final deste ano, informou nesta segunda-feira o jornal econômico Nikkei. 

Um porta-voz de Sony consultado se limitou a dizer que por enquanto não há um anúncio oficial, embora o Nikkei, garanta que metade da redução proviria da integração de operações da divisão de produtos químicos com a de telas LCD. 

Entre abril e dezembro de 2011, primeiros nove meses do ano fiscal no Japão, o gigante tecnológico perdeu US$ 2,7 bilhões e espera-se que o resultado do ano fiscal que concluiu no dia 31 de março reflita números vermelhos pelo quarto exercício consecutivo. 

Por enquanto se desconhece quais países e regiões serão afetados pelos cortes da Sony, que atualmente conta com pouco mais de 168 mil funcionários no mundo todo. 

A expectativa é que a redução seja realizada em vários departamentos, inclusive nos relacionados com desenvolvimento, produção, vendas e administração, segundo o jornal japonês. O gigante eletrônico anunciou em março sua intenção de vender seu ramo de produtos químicos ao Banco de Desenvolvimento do Japão, entidade de capital público, como parte de sua estratégia de reorganizar suas divisões para conseguir maior sinergia, especialmente nas operações de eletrônica. 

Além disso, no dia 1º de abril, a Sony e os também japoneses Toshiba e Hitachi uniram suas operações de fabricação de telas LCD pequenas e médias dirigidas a tablets, smartphones e outros dispositivos móveis. A estratégia atual do grupo presidido por Kazuo Hirai passa por acelerar sua consolidação, desprendendo-se das operações que não estejam vinculadas com sua atividade principal. 

Em seu anterior programa de reestruturação, anunciado em dezembro de 2008 no meio da crise global suscitada pelo colapso do Lehman Brothers, o grupo cortou 16 mil postos de trabalho no mundo todo e fechou cinco de seus nove centros de produção de televisores. 

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