Alguns dias atrás escrevemos neste mesmo espaço sob o titulo "Quando o Presidente vira torcedor" a respeito do destêmpero e certa irracionalidade do presidente do Palmeiras o afamado economista e até então considerado ponderado, Luiz Gonzaga Belluzo, quando após o jogo contra o Fluminense onde o Palmeiras perdeu por 1x0 e teve um gol mal anulado e outros lances duvidosos, ofendeu de forma transloucada o árbitro Carlos Simon, e entre coisas chegou a dizer que se cruzasse com árbitro na rua, mesmo com seus 62 anos ainda o agrediria fisicamente.
Ninguém discute a intensidade do erro, porque foi tão claro que a própria organização do Campeonato já o puniu o árbitro o afastando das rodadas finais.
Mas, discute-se até que ponto um presidente de uma entidade, de um clube da proporção de um Palmeiras e mesmo que fosse de menor expressão não se justifica que o assunto chegue nesse nivel e nessa proporção.
Há muitos e muitos meios legais de que o erro seja passivel de punição, mas não será desonrando o árbitro e o colocando como "vendido" que o assunto será resolvido.
E acima de tudo êle é o presidente, ele representa a entidade e não pode ultraprassar a linha divisória entre a razão e a paixão.
Ele, como o clube tinha razão e a reclamação deveria vir com razão e não com paixão.
Hoje chega a informação que o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD já recebeu a denúncia contra o presidente Beluzzo e ele corre o risco de ser penalizado por 6 anos. Seis longos anos .
Valeu a pena? Resolveu o assunto? O gol foi legitimado? A partida foi cancelada?
O homem brilhante, de passado ilibado, culto que certamente à frente de um clube de futebol poderia mudar essa mentalidade esdrúxula, mediocre, pequena, amadora, dos principais dirigentes do futebol brasileiro e ao passo que podendo ficar 6 anos afastado, o coloca literalmente fora por muito tempo do mundo esportivo.
Lamenta-se que ainda a emoção supera a razão em pessoas que deveriam obrigatoriamente ser o exemplo.
Perde o presidente Beluzzo, perde o clube e perde o futebol porque deixará de ter uma pessoa do seu quilate mas que quando precisou do seu discernimento, ele foi tão ou pior que os demais.
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