sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Pimenta do Reino


Belém é sede de evento internacional da pimenta-do-reino

Representantes dos países exportadores de pimenta-do-reino estarão reunidos em Belém (PA), de 30 de novembro a 3 de dezembro, para a 37ª Sessão da Comunidade Internacional da Pimenta-do-Reino (CIP). A reunião acontece anualmente para discutir questões relacionadas à produção, ao crédito e ao mercado para o produto. São esperados 150 participantes de 20 nacionalidades para o evento promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Governo do Pará, por meio da Secretaria Estadual de Agricultura (SAGRI) e Associação Brasileira dos Exportadores de Pimenta do Reino (ABEP). A cada ano, a sessão da CIP é realizada em um país exportador. Ano passado foi no Vietnã, maior produtor mundial atualmente.
A escolha de Belém se deu porque o Pará é o maior produtor nacional de pimenta. 
O programa inclui reuniões fechadas da Comissão Executiva dos Chefes de Delegação, de exportadores e importadores, da comissão de qualidade, além de visita a uma plantação de pimenta em Castanhal. Também haverá uma Rodada de Negócios que, pela primeira vez, será realizada numa sessão da CIP. Sob a coordenação do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresas (SEBRAE), estarão à venda pimenta e equipamentos. 
A produção brasileira de pimenta-do-reino, prevista para a safra 2009/2010, é de 35 mil toneladas, 90% produzidas no Pará, onde os maiores polos produtores são os municípios de Castanhal, Tomé-Açú e Baião. 
O setor gera cerca de 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. Durante a colheita, com duração de três a quatro meses, são empregadas 50 mil pessoas. A última safra gerou ao Estado uma receita de U$ 90 milhões. De 1999 a 2008 foram U$ 783 milhões.
A sessão da Comunidade Internacional da Pimenta do Reino, em Belém, representa a oportunidade de se buscar resultados e reverter a situação do Brasil no mercado internacional, onde ocupa a 4ª posição. 
O custo de produção da pimenta no país é 50% maior que o de outros países produtores como Vietnã e Indonésia e o preço praticado está abaixo do custo. 
O Brasil contribui com cerca de 15% do volume comercializado no mercado internacional. 
A produção do Pará chegou a 83 mil toneladas em 1991, mas a praga da fusariose e fatores ligados ao mercado reduziram a área plantada no estado. Grande parte da produção paraense ainda é monocultura, mas o 
consórcio da pimenta com espécies frutíferas e essências florestais, o chamado Sistema Agroflorestal (SAF), vem sendo incentivado pela Secretaria de Agricultura do Estado, especialmente, entre agricultores familiares, como a melhor alternativa de recuperar a cultura da pimenta. 
A Comunidade Internacional da Pimenta coordena as políticas de produção, exportação, controle de qualidade, usos do produto e estimula a pesquisa e o intercâmbio de informações e estatísticas entre os países membros: Brasil, Indonésia, Vietnã, Sri Lanka, Índia e Malásia. 
A pimenta do reino é uma espécie perene, do tipo trepadeira e arbustiva, originária da Índia e é a mais importante especiaria comercializada no mundo. 

Nota do Blog - E a participação do Oeste do Pará poderia sem dúvida nenhuma ser muito maior. Mas, quando se falta infra-estrutura e logistica, até mesmo para andarmos dentro do Estado, temos que convir que não sómente pimenta do reino, mas qualquer segmento se vê totalmente prejudicado. São elementos básicos principalmente estradas de rodagem com acesso das comunidades produtoras aos centros consumidores. Como nosso País cresceu em termos de rodovia torna-se impossivel sem ela ter uma logistica que consiga dar continuidade daquilo que se comçea lá no campo.

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