Arnaldo Jabor (*)
Nenhuma palavra sobre o estado paralisado pelo patrimonialismo sórdido que nos atrasa. É fácil gritar: “somos vitimas dos americanos!”.
Com a Venezuela dos apagões diários, sem comida, com inflação crescente, o fascista Chávez redescobriu esta bandeira e manda em nós que obedecemos.
“Ah, nada de reformas essenciais! Vamos é chamar o cara que odeia a América, que financia os terroristas do Hamas, do Helsbolah, o cara que quer jogar Israel no mar”.
O pretexto do Brasil é “comercial” e dizem: “um dia teremos um comércio de 15 bilhões com o Irã”. Papo, isso é folga com a platéia internacional para bancarmos os “independentes”.
É mesma coisa aqui dentro: promessas virtuais e discursos futuristas em vez de realizações no presente. Temos um analfabetismo funcional, saúde em pedaços, alianças paralisantes e um explosivo absurdo fiscal?
Sim, mas não faz mal. Temos uma grande vitória lá no oriente, sentados no deserto, tem uns árabes barbudos e uns persas malucos nos respeitando!
(*) Cineasta, jornalista, critico de teatro, roteirista . Colunista do Jornal O Globo
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