O presidente Luis Inácio Lula da Silva resumiu o teor da discussão que vai travar com os presidentes dos países que compõem a Amazônia Internacional, na tarde desta quinta-feira, em Manaus, durante a reunião de Cúpula dos Países Amazônicos.
"Que não venha nenhum gringo pedir pra gente manter um amazonense morrer de fome embaixo do toco de uma árvore porque não queremos preservar (a floresta). Eles terão de pagar a conta dessa preservação pelo fato de nós não termos derrubado a nossa floresta como eles derrubaram a deles séculos atrás", disse o presidente, em Manaus, durante a inauguração do gasoduto Coari-Manaus.
A reunião entre os chefes de estado tem o objetivo de fechar um conjunto de propostas que serão levadas para a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em Copenhague (Dinamarca), no mês de dezembro. Devem participar dela ao menos seis presidentes sulamericanos e mais o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Dos chefes de estado convidados, apenas Hugo Chaves(Venezuela) e Álvaro Uribe (Colômbia) não confirmaram a presença.
O encontro do presidente Lula com o seu colega, Nicolas Sarkozy, da França, está programado para o início da noite de hoje. A fala do presidente Lula durante a inauguraçao do gasoduto mostrou uma das idéias que o Brasil defenderá na COP 15: a vontade de uma compensação financeira internacional pela preservação da floresta.
O assunto promete render discussões porque não atingiu todo o consenso. "Um dos problemas maiores é quantificar estes valores e instituir uma forma legal que seja obedecida pelos países", disse a secretária de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nádia Ferreira.
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