quarta-feira, 25 de novembro de 2009

País do descaso


Milho encalhado em Mato Grosso
O milho colhido na safrinha ainda permanece estocado nos armazéns de Mato Grosso. 
Nem a queda no preço estimulou a procura pelo grão. 
Parte do milho safrinha ainda está nos armazéns em Mato Grosso. 
O agricultor Zeca Chiarelo conta que falta comercializar 30% do que ele produziu nesta safra, mas o preço em Sinop, região norte do Estado, é baixo. Está em torno de R$ 8,00 a saca de 60 quilos. “O comércio que tem hoje para o milho é via governo federal. Para a exportação, sem premio de escoamento, é inviável. 
Não tem como fazer”, explicou Chiarelo. A produção em Mato Grosso foi recorde, com 8,5 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. 
Mesmo com nove leilões feitos pela Conab este ano, o Estado ainda tem quase milhão e meio de toneladas sobrando só desta safra. 
A situação em Mato Grosso pode causar outros problemas daqui a alguns dias.
Se o milho não for escoado a tempo faltará espaço para armazenar a próxima safra de soja que deve começar a ser colhida em janeiro. Segundo o gerente de armazém, Dalto Gagnini, com o estoque elevado e preços baixos, a única solução é a intervenção do governo. “A questão hoje não é nem só de preço.
O problema hoje é a questão da falta de compradores. 
O mercado interno praticamente já se abasteceu e, como o Estado cada ano vem produzindo mais milho, o mercado vai ter de se adaptar a essa nova oferta”, disse Cagnini.

Nota do Blog - Os leitores podem dizer se estou errado ou não? Somos ou não o País do descaso, da omissão, da inércia, da falta de poder público, da falta de vergonha na cara.
Milho é alimento. Milho é comida. Para gente e para bicho. Milho é comida. E o milho está parado, estocado, estragando, mofando, ficando com alto custo pelo excesso de fumigação senão as borboletinhas do milho acabam estragando, ou ainda a proliferação do ardido natural de um produto estocado onde o proprio ar faz com que haja periodo úmidos e secos propiciando aumento do caruncho, e por aí afora. E não conseguimos desovar esses estoques. Principal motivo não é a falta de comprador. Não temos logisticas. Não temos estradas para desovar no norte, no nordeste, porque nossas estradas inviabilizam qualquer logistica. Certamente com ele ficando caro a cada dia, torna-se impossivel se imaginar javer competitividade de exportação. Mas, em algum momento tivemos entre o inicio e o fim da colheita. Do que adianta haver alguma competitividade senão temos logisticas para os portos passiveis de exportação. Como o nosso em Santarém. Doce ilusão. Doce sonho. Não temos estrada de rodagem. Ponto final. E esse alimento que fique estragando. Somos um País rico e ninguém morre de fome ... Ainda tem muita gente que se alimenta sómente com fubá.

Um comentário:

  1. É isso aí meu caro Antenor. Se a BR-163 estivesse asfaltada até Santarém, o milho de Sinop teria o melhor preço do MT. Será que um dia este asfalto vai acontecer??

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