A produção de grãos está transformando regiões onde antes predominava a agricultura em pólos de criação de frangos, em Mato Grosso e no Maranhão.
Os aviários ficam numa região estratégica do país, na divisa do Maranhão com o Tocantins, bem na área de influência do corredor norte de exportação. As granjas estão sendo instaladas às margens da Ferrovia Norte-Sul, a 750 quilômetros do complexo portuário de São Luís, zona de embarque mais próxima do mercado europeu. O empresário Newton de Oliveira foi um dos primeiros a investir na criação de frangos na região. Ele construiu cinco galpões para 150 mil pintos e também aproveita a fartura da soja na região. “Os grãos estão próximos, a ferrovia está próxima, o porto está próximo. Olhando para o futuro, a região é muito boa”, diz.
Os criadores maranhenses tiram proveito do clima amazônico para aumentar os lucros.
A temperatura media beira os 30°C nesta região praticamente o ano inteiro. Neste ambiente os frangos atingem o ponto de abate com 42 dias. Seu Ivaldo Leal coordena a integração entre a indústria e os criadores. Nos planos de expansão do pólo está prevista, até 2014, a produção de 12 milhões de frangos para abastecer o mercado nordestino e também mercado externo. “Nós temos estabilidade de clima, não temos intempéries aqui, o que é uma grande vantagem para o frango e nós temos tudo próximo. Então tudo favorece para que a gente produza uma carne cada vez mais barata”, garante.
Outro estado que vive uma expansão semelhante no setor de aves é Mato Grosso. Marcos Roberto mantém dois aviários em sociedade com o irmão em Tangará da Serra, na região sudoeste de Mato Grosso. A cada 45 dias recebem cerca de 30 mil pintinhos. Com a compra de uma nova área já pensam em estender a produção. “É um bom negócio. Ele dá uma segurança para a manutenção da pequena propriedade”. Os agricultores são integrados de um frigorífico. A empresa funciona há 15 anos. De lá pra cá a capacidade de produção vem aumentando. No encubatório são criados cerca de dois milhões de pintinhos por mês. No município de Nova Marilândia, perto de Tangará da Serra, o setor também começa a se desenvolver. Um frigorífico se instalou no município e m dezembro do ano passado já abate, diariamente, 50 mil frangos. Quinhentos funcionários foram contratados.
Os avicultores estão otimistas com desenvolvimento do setor e apostam em um crescimento ainda maior. É o caso do seu Agnaldo. Ele trabalhou vários anos como funcionário na avicultura. Agora decidiu comprar o próprio aviário. “A demora nossa estava sendo porque estava demorando para alojar. Agora está saindo em um dia e alojando no outro, então dessa forma já foi resolvido e melhorou 100%. O negócio é ir para frente, né? Estou gostando”, diz Agnaldo Vieira, avicultor A criação de frangos em Mato Grosso cresceu 190% nos últimos dez anos.
No sul do Maranhão, a expansão da avicultura ainda está no início.
Nota do Blog - Milho e frango viram ração. Ração vira aviário que vira galpões de frangos que vira abatedouro e que vira exportação. Um ciclo razoavelmente normal. Menos para nossa região que não precisa de 750 km para acesso ao porto. Fica menos de 100 km. Mas temos o porto e falta o resto. Aqui porto é para construir bosquinho, e as empresas demolidas porque atrapalham o pôr do sol. Geração de renda e empregos não precisa. O PAC e as bolsas nos dão. Os ongueiros e ambiemtalistas de plantão agradecem.
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