Gilberto Dimenstein (*)
Um grupo de 50 viciados em crack se submeteu a um experimento comandado por psiquiatras da Universidade Federal de São Paulo: altas doses de maconha combinadas com terapia. Resultado: 68% deixaram o crack. Desse total, 100% deixaram a maconha --o detalhamento está no www.catracalivre.com.br.
Diante dos indícios positivos, os psiquiatras queriam dar mais consistência à pesquisa, ampliando o atendimento e controlando a qualidade da maconha.
O mais incrível dessa história é que, como no Brasil é proibido o uso medicinal da maconha, a experiência foi suspensa. Os psiquiatras poderiam ser enquadrados como traficantes.
Descobriram a cura ou um jeito de amenizar o vício do crack? Talvez
Daí se vê o perigo de misturar preconceito com ciência.
(*) É membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz
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