sexta-feira, 8 de junho de 2012

E agora? Quem paga a conta? O povão, ora bolas ..

Delta conseguiu R$ 139 milhões em financiamentos via BNDES de 2010 a 2012

Estadão

Planilha de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Delta Construções mostra que a empreiteira recebeu R$ 139 milhões entre 2010 e 2012, período das investigações que deram origem à Operação Monte Carlo. O valor representa mais da metade do total de empréstimos – R$ 249,7 milhões – obtido pela construtora, suspeita de envolvimento com integrantes da organização de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Só no governo da presidente Dilma Rousseff, segundo documentos obtidos pelo Estado, foram mais de R$ 119 milhões, sendo R$ 75,1 milhões em 2011. É o maior valor desde 2001, início das operações financeiras da construtora com o banco.

Investigada pela CPI do Cachoeira, a empresa teve o sigilo bancário quebrado pelos parlamentares. O valor da dívida da Delta com o sistema BNDES-Finame é de R$ 160,3 milhões, com vencimentos até 2020.

Repasses.
A análise dos dados mostra que, no período em que a Delta irrigou contas de empresas suspeitas de serem de fachada, o BNDES emprestou R$ 20,5 milhões à empreiteira, por meio das operações indiretas. Relatórios da Polícia Federal registram empresas cuja única fonte de renda identificada eram os repasses da Delta. Entre elas estão a Alberto e Pantoja Construções, que recebeu R$ 26,2 milhões, e a Brava Construções, com R$ 13 milhões. Ambas eram gerenciadas por Geovani Pereira, tesoureiro de Cachoeira e operador financeiro do esquema do contraventor, que está foragido.

Os empréstimos feitos pela Delta fazem parte do Finame, linha específica para compra de máquinas e equipamentos. A empreiteira assinou 701 contratos, que variam de R$ 2,1 mil a R$ 4,3 milhões. Mas a checagem do uso do dinheiro, segundo o banco, é feita depois, por amostragem.

De acordo com o BNDES, esse financiamento utiliza recursos do banco repassados por meio de agentes financeiros. A aquisição das máquinas pode ser feita pelo intermediário diretamente com o fornecedor ou por reembolso. A taxa de juros dos contratos da construtora varia entre 4,5% e 15,75% ao ano.

Principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Delta foi a empresa que recebeu o maior volume de recursos do governo nos últimos três anos: R$ 2,4 bilhões. A empresa tem mais de 300 contratos com 23 Estados e o Distrito Federal. Além de construção civil, atua em coleta de lixo, concessão de rodovias e construção de linhas de transmissão de energia e, como o Estado mostrou no domingo, ainda obtém novos contratos com o poder público.

Em nota, a Delta informou que o Comitê Executivo que passou a gerir a empresa decidiu que só voltará a se manifestar após a resposta da Justiça do Rio sobre o pedido de recuperação judicial. A empresa entrou com a medida para evitar a falência, depois que a holding J&F Participações desistiu da compra da empreiteira, alegando "crise de confiança e credibilidade".

Durante a negociação da venda da Delta para a holding, o governo barrou um requerimento da oposição para convocar o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e representantes das empresas. Os parlamentares queriam obter esclarecimentos sobre a compra com a justificativa de que o frigorífico JBS, uma das principais empresas da holding, recebeu aportes milionários do banco nos últimos anos.

O BNDES afirmou que não iria se pronunciar sobre valores e contratos da Delta. Em relação à dívida, o banco informou que caberá aos agentes financeiros contratados acompanhar o andamento dos empréstimos.

Nota do Blog: Como sempre no País do faz de contas ninguém vai preso, ninguém devolve o dinheiro e fica tudo como antes na casa do abrantes ...

2 comentários:

  1. Caro Antenor, bom dia!

    Realmente é mais uma vergonha...Veja nobre cidadão, outra vergonha Nacional, a "maracutaia" dos leilões dos aeroportos, a seguir:

    Infraero deve ter verba recorde do Tesouro para garantir Copa Publicidade
    GUSTAVO PATU
    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1186266-infraero-deve-ter-verba-recorde-do-tesouro-para-garantir-copa.shtml
    Saiu hoje na Folha de S.Paulo.(16/11/2012 - 07h00)

    O que já era esperado... Vendem os aeroportos de maior faturamento do país, sendo que o pagamento será feito através do BNDES, por empréstimo,segue abaixo:

    3. BNDES aprova empréstimo-ponte de R$ 1,2 bilhão para investimentos no aeroporto de Guarulhos (88%)
    BNDES aprova empréstimo-ponte de R$ 1,2 bilhão para investimentos no aeroporto de Guarulhos O ... de ampliação, modernização e exploração do Aeroporto Internacional de Guarulhos (Aeroporto Internacional ... de longo prazo seja concluída. A operação foi aprovada à Concessionária do Aeroporto Internacional ... de veículos, com a edificação de edifício garagem, adequando o aeroporto ao crescimento da demanda ... o quadro de pessoal do aeroporto deverá atingir até 2,1 mil empregados no mesmo período. O BNDES aprovou ... BNDES aprova empréstimo-ponte de R$ 1,2 bilhão para investimentos no aeroporto de Guarulhos

    http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/system/modules/br.gov.bndes.prototipo/templates/tmp_resultado_busca.jsp (origem da mensagem em tela)
    Nós não podemos ficar omisso. E só para finalizar, outra notícia:
    http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2012/08/21/internas_economia,313111/passagens-aereas-devem-ficar-mais-caras-este-ano-dizem-tam-e-gol.shtml

    Passagens aéreas devem ficar mais caras este ano, dizem TAM e GolApesar de não prever aumento imediato da tarifa, cenário atual pode impulsionar reajustes
    Marina Rigueira - Estado de Minas
    Publicação: 21/08/2012 17:53Atualização: 21/08/2012 18:16


    Cordiais saudações,
    Orlando


    O preço do querosene de aviação vendido no Brasil e o aumento das taxas aeroportuárias podem contribuir para o aumento das passagens aéreas. Os presidentes das duas maiores companhias aéreas do país, TAM e Gol, afirmaram nesta terça-feira que é forte a tendência de alta nos próximos meses. Marco Antonio Bologna, da TAM, e Paulo Sérgio Kakinoff, da Gol, estavam no lançamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), órgão que vai unir as cinco maiores empresas do setor.

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  2. segue meus dados para sua apreciação e estou a sua disposição nobre Antenor:

    orlandopsicanalise@uol.com.br
    Orlando Cruz

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