Globo aposta em Pedro Bial e Fátima Bernardes como âncoras de novos programas
Folha de São Paulo
Fátima Bernardes, 49, e Pedro Bial, 54, vivem momentos similares em suas carreiras. Donos de longas trajetórias no jornalismo da Globo --25 e 31 anos, respectivamente--, em 2012 eles encabeçam a renovação do entretenimento da emissora.
Movimentação parecida ocorreu 13 anos atrás, quando Ana Maria Braga trocou a Record pelo canal, e Jô Soares disse adeus ao SBT para retornar à emissora onde comandara o "Viva o Gordo".
"Somos meio móveis e utensílios da Globo. Entramos moleques, por meio de um curso de formação em telejornalismo, como 'trainees'. Pastamos muito e construímos nossa história, que é bacana", diz Bial, que, como Fátima, falou à Folha sobre sua nova atração
ENCONTRO
Ela vem primeiro: após 14 anos, trocou a bancada mais importante da TV brasileira, a do "Jornal Nacional", pelo "Encontro com Fátima Bernardes", que estreia amanhã.
"A ideia é complementar a programação que já estava lá havia alguns anos, como o 'Mais Você'. Havia o espaço para a Globo transformar essa manhã", conta Fátima.
Apesar de ambas as atrações serem voltadas para o público feminino, discutirem temas do dia a dia, com jornalismo e participação de artistas, e até dividirem um anunciante --a Unilever--, a jornalista não se enxerga como candidata a substituir Ana Maria Braga no futuro.
"Eu não fui convidada a fazer um projeto. Eu o propus. Não havia nenhum intuito meu de substituição."
No "Encontro", Fátima vai promover conversas com o público de casa e com sua plateia sobre variados assuntos. Contará com jornalistas e humoristas para apimentar as discussões. "Se uma conversa tem pessoas diferentes, flui melhor."
Leia abaixo trechos da conversa:
Folha - Sente falta de apresentar o "Jornal Nacional"?
Fátima Bernardes - Temos saudades dos amigos, da convivência. Mas fiz a despedida no momento certo. Gosto de ver o "JN" em casa.
Está preparada para a disputa da audiência matinal?
Até agora não tem expectativa nenhuma em torno de números, ninguém me passou isso. Mas eu sei que tem uma concorrência grande.
Espera-se que seu programa seja vanguardista?
É claro que queríamos que ele somasse com o que já estava ali. Que fosse um pouco diferente do que a concorrência faz. Mas acho que a pressão já é estar no ar na Globo, num horário que é difícil.
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