Feijão vendido no Pará é o mais caro do Brasil, diz Dieese
Blog Notapajos
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) divulgou na manhã desta sexta-feira (08) mais um aumento no preço do feijão consumido pelos paraenses. O produto bate recorde de reajuste Belém e chega a ser vendido a R$ 6,20.
De acordo com o Dieese, o feijão, um dos produtos mais básicos da alimentação brasileira, vem sofrendo ao longo dos anos reajustes elevados, com alta de aproximadamente 450% em quase 18 anos de Plano Real (Jul/94-Mai/12). No mês de Abril, o quilo do produto chegou a custar na capital paraense cerca de R$ 5,85. Já no último mês de maio, com a nova alta, o produto atingiu a média de R$ 6,02.
Atualmente, quase 70 % dos produtos básicos que chegam à mesa dos paraenses é importado de outros estados. O feijão em todos os seus tipos comercializados é de longe o maior destaque. Com a nova alta verificada em maio de 2012, a alimentação básica dos paraenses ficou entre as dez mais caras do país. No último mês, a cesta básica passou a custar cerca de R$ 251, o que comprometeu cerca de 40 % do atual salário mínimo.
Segundo o Dieese/Pa, são inúmeras as causas apontadas para justificar a colocação do estado no ranking da alimentação mais cara do país. Entre elas, talvez a mais determinante, continua sendo a falta de uma ampla política estadual que tenha como foco a garantia do abastecimento interno, tanto com abrangência na produção como na comercialização dos principais produtos básicos.
A microempresária Adélia Santos, dona de um restaurante em Belém, afirma que o aumento do preço do feijão reflete em reajustes no cardápio de seu restaurante. “Com o aumento do preço do feijão tive que cobrar mais dos clientes, pois o alimento não pode faltar no cardápio, isso me prejudica bastante e gera muita reclamação na hora da compra, posso até perder minha clientela,” desabafa a comerciante.
O departamento de Estatísticas ressalta que, as altas de preços nos produtos básicos na alimentação dos paraenses, devem continuar. De acordo com as pesquisas realizadas no inicio de junho deste ano, em alguns locais, o preço do kilo do feijão já está sendo comercializado em torno R$ 6,20.
Nota do Blog: Por termos uma agricultura pífia e principalmente proibitiva diante das ações eco-chatenses, principalmente com agricultura mecanizada, os habitantes pagam pela necessidade de importação de tudo. Aqui em Santarém recebemos tudo de São Paulo e ninguém reclama . Tivemos uma época que chegamos a exportar arroz e na prateleira tinhamos arroz produzido localmente a R$ 1,25 o kg. Hoje nada abaixo de R$ 2,20/R$ 2,50. Fazer o que. Ou paga-se ou não se come.
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