Dilma: de ‘gerentona’ à candidata
Jornal da Tarde
Depois de descansar na virada do ano, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, retorna ao trabalho na segunda quinzena de janeiro com a missão de iniciar a transição da imagem de ministra “gerentona do governo” para candidata presidencial.
O primeiro passo é melhorar a exposição na mídia. Pesquisas internas do PT mostram que o câncer no sistema linfático combatido pela ministra ajudou e muito a garantir a presença dela nos meios de comunicação em 2009.
O PT agora tenta preencher o vácuo com uma “agenda positiva” e escalou o marqueteiro João Santana para mais uma bateria de treinamento de comunicação com a ministra. Dilma foi orientada a deixar de lado o tom agressivo retomado recentemente, como na entrevista sobre o apagão no sistema de Itaipu, em novembro. Isso, porém, não significa deixar de lado críticas à oposição - a ideia é intensificar comparações com a gestão de Fernando Henrique Cardoso.
O mais provável é que Dilma vista de vez a camisa de candidata assim que entregar o que os petistas entendem como sua última grande tarefa: o novo programa de investimentos do governo, apelidado de PAC 2. O anúncio oficial da candidatura ocorrerá em fevereiro, no Congresso do PT.
Setores da sigla defendem que falta “humanizar” Dilma. Há quem cobre por exemplo, que ela apareça mais vezes em público ao lado da filha Paula. Uma das medidas nesse sentido é o lançamento de um livro contando a história da ministra, que já foi encomendado a um ghost-writer.
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