Padre Edilberto Sena (*)
Bem compreensível a desilusão do líder comunitário em relação ao poder público municipal. O clamor de indignação popular aumenta mais e mais na cidade e no interior do município.
Estradas estão intrafegáveis, quando o inverno está à porta, professores concursados ainda esperando serem incorporados, obras várias inacabadas e sem prazo para conclusão na cidade, serviço de água eterno problema da cidade e por aí vai.
Algo está muito errado na administração pública municipal.
A senhora prefeita tenta falar direto com a população, anuncia promessas de fazer obras novas, concluir as inacabadas, diz que está recebendo verbas estaduais e federais, porém, a paciência popular se esgota, ao ver que na prática a administração não avança.
O plano estratégico do atual mandato é desconhecido e o plano diretor do
município parece estar apenas no documento bem encadernado.
O código de postura não funciona, cada morador faz o que acha adequado para si,
como indicam as vendas e coberturas em calçadas públicas e as calçadas privadas construídas sem respeito aos pedestres.
As explicações oficiais, ou são incompletas, ou nem são publicadas.
É urgente que a senhora prefeita do município chame seu secretariado, assuma a direção da administração, é preciso exigir respostas dos assessores para as demandas coletivas da sociedade, não apenas de um ou outro grupo. Está se generalizando a onda de manifestações até espontâneas por causa do abandono da cidade e até do meio rural.
Um dos mais graves problemas hoje sentido na cidade de Santarém é a falta d’água nas torneiras dos bairros e a Cosanpa se cala, está sucateada e a prefeitura se omite, como se não fosse sua a responsabilidade pelo serviço de água e esgotos, que o atual mandato transferiu para o Estado e lava as mãos. É sua responsabilidade constitucional garantir o serviço de água e saneamento no município.
O fato de a Cosanpa estar sucateada e nunca ter atendido satisfatoriamente aos moradores de Santarém não exime a prefeitura da responsabilidade para como seus munícipes.
Os clamores da população estão crescendo e toma proporções cada vez mais sérias.
A desilusão do líder o bairro é um só exemplo.
O poder público não pode continuar indiferente, omissa, especialmente num ano eleitoral nacional.
(*) Sacerdote e Diretor da Rádio Rural de Santarém
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