Sojicultores brasileiros chegam a 2010 cercados de projeções de redução da demanda e elevação da oferta internacional pela expectativa de safra cheia na América do Sul.
No Brasil, a colheita pode ultrapassar em quase 13% o volume anterior, atingindo recorde de 64,56 milhões de t, depois que muitos produtores optaram pela cultura em substituição ao milho, de maior custo e menor resistência à seca.
O cenário desenhado por especialistas é de aumento de 19% na oferta mundial da oleaginosa, para 253 milhões de t.
O câmbio é outro problema.
Com dólar abaixo de R$ 1,80, há tendência de queda da rentabilidade da cultura.
Também não há recursos públicos garantidos, já que a soja é considerada pelo governo como a cultura de ma ior liquidez e margem. O clima é de cautela.
O diretor comercial da Cotrijal, Irmfried Schmiedt, não revela a projeção com que a cooperativa trabalha para a época de venda. Entretanto, ele confia no apetite chinês para sustentar a cotação do grão, que ficou na média de R$ 40,96 na última semana de dezembro, segundo a Emater.
De acordo com Fernando Muraro, consultor da AgRural, o clima neste mês será importante para o mercado. "Se a safra for gigante, teremos preços pressionados em março e abril, com a saca, provavelmente, em R$ 35,00." No caso do Rio Grande do Sul, o valor estimado por Muraro eliminaria parte da rentabilidade de R$ 9,00 calculada pela Fecoagro, com custo de R$ 32,47
Nenhum comentário:
Postar um comentário