Alter do Chão que não queremos
Ubirajara Bentes Filho (*)
Fiquei estarrecido na visita que fiz ontem (30) ao CAT (Centro de Apoio ao Turista) na Vila de Alter do Chão. Aquele lugar público pode ser chamado de coió de porres, de drogados, albergue de vagabundos, motel de hippies, depósito de garrafas de cachaça, de camisinha, de calcinhas, menos um lugar de apoio logístico ao turismo.
Decadente, com tábuas/pranchões soltos e irregulares, pregos à mostra e prontos para causar acidentes, guarda-corpo inseguros, telhas e telhado quebrados, instalações elétricas, janelas e portas destruídas, com vidros, fezes humanas e lixo espalhado pelo chão, aquele local é o retrato cruel do descaso com a coisa pública.
Nós não queremos nem merecemos isso, nem os turistas vindos de todos os lugares do mundo que esperam encontrar beleza e o encantamento dos botos no lugar denominado ‘Caribe da Amazônia’, mas que, na verdade, encontram um local em completa ruína em face da ausência do Poder Público e da própria comunidade.
Para completar, quem chega de carro à Vila de Alter do Chão depara, no início da orla, com a presença de dois ou três tugúrios de madeira de venda de doces e outras gororobas – que não resistem ao mais raso olhar da vigilância sanitária – que assumem ares de comércio permanente.
No mesmo sentido, com certeza, com autorização do administrador da vila, fincado está um ‘trailer’ de venda de tapioca sobre a calçada dessa mesma orla, concorrendo com os quiosques construídos pela prefeitura, numa área que deveria estar despoluída de entulhos para permitir uma visão plena do lago Verde.
A vila está suja, as ruas alagadas e destruídas pela erosão. O novo Código de Posturas, em Alter do Chão, ainda é potoca. O potencial turístico, nossa vocação natural, segundo os entendidos, parece que foi esquecido pela secretária de Turismo, que deveria avocar a vila à sua administração para colocá-la nos trilhos do desenvolvimento e do bem-estar social.
Descer à praia é um sacrifício. Numa das laterais da praça central, em frente à Igreja de N. S. da Saúde, um boteco impede o ir e vir de pessoas e de veículos simplesmente porque um sabe quem qualquer tomou conta – por conta própria – da via pública (não particular) com a colocação de dois tronquetes de madeira, de mesas e cadeiras do seu comércio, transformando o espaço público no quintal da ‘mãe Joana’.
No lado oposto da praça, a venda de doces que igualmente deveria temporária, encravou no local casebres desalinhados que parecem currais, quando aquela área deveria ter barracas padronizadas e desmontáveis ao final da férrea diária, seguida de limpeza e da desocupação.
Não é essa Alter do Chão que queremos, ainda é tempo de fazer alguma coisa!
(*) Advogado e atual presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Santarém.
Ubirajara Bentes Filho (*)
Fiquei estarrecido na visita que fiz ontem (30) ao CAT (Centro de Apoio ao Turista) na Vila de Alter do Chão. Aquele lugar público pode ser chamado de coió de porres, de drogados, albergue de vagabundos, motel de hippies, depósito de garrafas de cachaça, de camisinha, de calcinhas, menos um lugar de apoio logístico ao turismo.
Decadente, com tábuas/pranchões soltos e irregulares, pregos à mostra e prontos para causar acidentes, guarda-corpo inseguros, telhas e telhado quebrados, instalações elétricas, janelas e portas destruídas, com vidros, fezes humanas e lixo espalhado pelo chão, aquele local é o retrato cruel do descaso com a coisa pública.
Nós não queremos nem merecemos isso, nem os turistas vindos de todos os lugares do mundo que esperam encontrar beleza e o encantamento dos botos no lugar denominado ‘Caribe da Amazônia’, mas que, na verdade, encontram um local em completa ruína em face da ausência do Poder Público e da própria comunidade.
Para completar, quem chega de carro à Vila de Alter do Chão depara, no início da orla, com a presença de dois ou três tugúrios de madeira de venda de doces e outras gororobas – que não resistem ao mais raso olhar da vigilância sanitária – que assumem ares de comércio permanente.
No mesmo sentido, com certeza, com autorização do administrador da vila, fincado está um ‘trailer’ de venda de tapioca sobre a calçada dessa mesma orla, concorrendo com os quiosques construídos pela prefeitura, numa área que deveria estar despoluída de entulhos para permitir uma visão plena do lago Verde.
A vila está suja, as ruas alagadas e destruídas pela erosão. O novo Código de Posturas, em Alter do Chão, ainda é potoca. O potencial turístico, nossa vocação natural, segundo os entendidos, parece que foi esquecido pela secretária de Turismo, que deveria avocar a vila à sua administração para colocá-la nos trilhos do desenvolvimento e do bem-estar social.
Descer à praia é um sacrifício. Numa das laterais da praça central, em frente à Igreja de N. S. da Saúde, um boteco impede o ir e vir de pessoas e de veículos simplesmente porque um sabe quem qualquer tomou conta – por conta própria – da via pública (não particular) com a colocação de dois tronquetes de madeira, de mesas e cadeiras do seu comércio, transformando o espaço público no quintal da ‘mãe Joana’.
No lado oposto da praça, a venda de doces que igualmente deveria temporária, encravou no local casebres desalinhados que parecem currais, quando aquela área deveria ter barracas padronizadas e desmontáveis ao final da férrea diária, seguida de limpeza e da desocupação.
Não é essa Alter do Chão que queremos, ainda é tempo de fazer alguma coisa!
(*) Advogado e atual presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Santarém.
Um lugar tão lindo, tão abençoado por Deus e tão abandonado pelos homens . Triste principalmente para quem conhece o lugar
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